O Amor Vai Nos Separar V

Um conto erótico de Irish
Categoria: Homossexual
Contém 711 palavras
Data: 19/10/2014 17:04:19

Amanheceu chovendo no domingo e por isso, e por Mauro ter acordado gripado, decidimos ir embora mais cedo. Ainda na lancha que nos conduzia de volta, eu percebi o sermao que Vitor passou em nosso amigo, gesticulando muito, com um ar carrancudo. Nao ouvi pois estava mais afastado deles, porem era notavel a contrariedade de Mauro, encarando meu namorado com irritaçao, respondendo com hostilidade, as vezes com sorrisos ironicos. Achei que Vitor perdeu tempo e labia com ele.

Troquei poucos olhares com Tony desde cedo, embora o sentisse me observando as vezes. No barco, em um momento em que os outros rapazes nao viram, ele me encarou, apertando o penis rapidamente e rindo bonito, mordendo o labio. Nao contive uma risada constrangida.

Voltamos à nossa rotina corrida : trabalho, faculdade, casa. Nao tive mais noticias de meus pais nesse tempo, e quando pensava neles era com um rancor vivo, doloroso. Evitava lembrar para nao sentir ainda mais raiva.

Comecei a procurar nos jornais por um emprego com melhor rendimento, mas nao estava facil. Minha experiencia era pouca, e o cargo de bancario nao pagava mal, porem era insuficiente para manter a faculdade. Temi precisar interromper o curso.

A minha turma de sala era relativamente bacana, contudo ultimamente eu vinha percebendo em alguns deles uma clara hostilidade a mim, a Vitor e a Mauro. Falavam que estavamos passando a "peste gay " pela cidade, que Deus estava nos castigando. Um dia o Vitor bateu boca com um cara na cantina, que nao quis se sentar perto dele, no unico lugar vago nos bancos de concreto.

- Seu veado aidetico! - disse o cara - Aposto como nao dura dois anos vivo.

A discussao foi enorme e contida depois por uns funcionarios da faculdade. Nao sei como sabiam que eramos gays, decerto por sermos unidos a Mauro. Ele, alias, estava faltando às aulas fazia uma semana e ninguem tinha noticias.

Quase dez dias sem ver o Tony e eis que uma tarde ele me surge, na saida do meu trabalho. Me esperava na rua, encostado em seu Opalla vermelho, fumando, muito bonito no seu jeans Lee e camiseta do Joy Division, modelada ao seu corpo perfeito.

- Entra - disse, assim que me aproximei.

Obedeci e ele deu partida no carro, me levando para uma praça a algumas quadras dali. Perguntei como ele conseguiu encontrar meu local de trabalho e me respondeu que foi Mauro quem disse certa vez.

- E por falar em Mauro, como ele esta? Nao aparece mais nas aulas - falei.

- Ainda um pouco fraco da gripe - respondeu Tony, hesitante - Logo estara bom.

Ligou o radio do carro : tocava uma musica brega e nacional. Desligou e começou a abrir a braguilha do jeans.

- Me ajuda aqui - pediu num sorriso malicioso, pondo penis e saco pra fora da calça.

Passava gente as vezes pela rua, mas assim mesmo levei a mao ao membro, movendo -o freneticamente, me controlando embora minha boca salivasse. Tony se recostou ao banco do carro, suspirando e gemendo. Quando estava perto de gozar eu nao resisti, me abaixei rapido e ele ejaculou na minha boca, gemendo alto, me fazendo engolir tudo. Limpei os labios com a lingua, sorrindo, vendo -o todo suado e ofegante.

- Preciso te foder de novo - falou, fechando a calça.

Era dificil, eu quase nunca estava sozinho em casa, e sair em horarios estranhos sem o Vitor era querer que ele soubesse de tudo. Expliquei isso a Tony.

- Larga desse palhaço! - disse ele, irritado - Ele esta longe de ser homem suficiente pra voce.

Mas eram dois anos de namoro e ate dividiamos a vida juntos. Nao disse isso, mas de subito lembrei que às sextas o banco fechava mais cedo e eu tinha, antes do horario de Vitor chegar, cerca de uma hora e meia.

- Beleza! -exclamou Tony assim que me ouviu - Entao apareço la depois de amanha.

Fiquei ansioso e, claro, excitado. Ele me levou embora, parando uma esquina antes do predio. Entrei em casa e Vitor se arrumava para a faculdade. Reclamou da minha demora e expliquei que foi o transito. Tomei banho, me vesti e escovei bem os dentes antes de beijar meu namorado. No elevador ainda deu para tirar um amasso bom antes da maratona de aulas.

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Obrigada a quem acompanha! Opinem à vontade!

aline.lopez844@gmail.com

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Comentários

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Estou com medo da gripe do Mauro :( E o Marcos enguliu :o é perigoso. Estou gostando muito ^_^ acho que o Marcos ainda terá uma mágoa muito grande contra o Tony

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Eu tbm irei tratar esse assunto logo logo

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Poxa, você nem me avisou que já tinha começado a postar seu novo conto, se tivesse falado eu teria começado a ler antes... :p Li todos hj, to gostando muito ainda que imaginando o futuro complicado que a historia vai tomar. Acho que já te disse isso antes, seus contos tocam em assuntos difíceis, eu mesmo não conseguiria, no minimo ficaria deprimido pensando tanto sobre, mas isso pq sou covarde rsrsrs, mas vc não, é uma muralha, corajosa como uma guerreira. Já te disse por e-mail que assuntos assim devem ser lembrados sempre, para fazer as pessoas lembrarem que ate mesmo no "amor" existe perigo. Falar sobre isso é um serviço relevante de conscientização que todo mundo deveria ler. Parabéns, de verdade, sou seu fã :******

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Agora a vaca vai pro brejo, quero ver quando o vitor descobrir.

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