Continuando...
Depois que o Murilo saiu do quarto dele deixando minha mãe passar como um furacão pra dentro do quarto, e ela “misteriosamente” não viu nada de mais lá dentro já que não tinha nenhuma vagabunda lá, ela pediu desculpas pro Murilo, que aceitou de bom grado, depois disso fomos nós quatro jantar, era por volta de 20:30, depois da janta ficamos conversando sobre coisas sem importância, lógico depois do que aconteceu ficou um clima meio chato, depois de algum tempo fomos cada um para o seu quarto, entrei no meu quarto, e fiquei pensando na minha noite maravilhosa com o Murilo, eu o amava não tinha dúvidas disso, ele me amava, era o que ele dizia, então pra mim estava tudo certo, ele me amava, eu o amava, e era isso que me importava, a opinião das outras pessoas não significava nada pra mim, oque os outros pensavam sobre esse relacionamento, era problema deles. Depois de algum tempo deitado pensando, sou tirado dos meus devaneios com alguém abrindo a minha porta, era ele Murilo, lindo, ele fechou a porta e veio andando até mim, se deitou do meu lado, e eu deitei no peito dele:
-Essa foi por pouco em?!- eu disse.
-Verdade, vamos tomar mais cuidado, melhor não fazermos mais isso aqui em casa.
-e você quer me levar pra onde? Um motel? Você sabe muito bem que eu não posso entrar em um.
-eu sei bobo, você é menor de idade, mais aqui não é lugar para as nossas safadezas- disse ele com um sorriso malicioso.
-eu tava aqui pensando, você não acha melhor nós falarmos para nossos pais oque tá acontecendo? Não sei mais acho que eles poderiam até...-ele me interrompe.
-eles poderiam até nos internar, você acha que é tão fácil assim Roberto, chegar neles e falar que os dois filhos deles se amam e querem ter um relacionamento?
-eu sei que não vai ser fácil, eu não disse que seria disse? Eu imagino como seria a reação deles, mais uma coisa você não pode negar, eles sempre nos apoiaram em todas as nossas decisões, mesmo a gente estando errado.
-eu sei, mais agora as coisas são diferentes, e alias daqui a algum tempo eu vou embora do país, e você vai ficar aqui.
-oi como é? Você vai embora do país? Por quê? Quando? Nossos pais sabem disso?
-ué você não sabia, os nossos pais sabem até achei que você já soubesse disso já que a nossa mãe fala tudo pra você!- falou ele surpreso com a minha reação.
Então quer dizer que ele vai embora? Assim? Sem mais nem menos.
-você vai embora por quê?
-vou terminar de fazer minha faculdade, na Europa, nossos pais e eu achamos que lá é melhor do que aqui, lá tem mais condições de eu voltar já com minha carreira consolidada.
-atá mais assim, você não tá esquecendo de nada não?
-oque?
-de mim seu idiota, você esqueceu de mim, eu vou ficar aqui enquanto você vai tá lá, vou ficar aqui sozinho, olha quer saber eu não vou ficar aqui lamentando não, quer ir vá!
-você pode me esperar, eu vou voltar- falou ele me olhando.
-hahaha, você acha mesmo que eu vou ficar aqui te esperando, quanto tempo você vai ficar lá uns 4 ,5 anos você acha mesmo que eu vou ficar esse tempo todo sem ninguém? Eu tenho uma vida Murilo se você ainda não percebeu, eu tenho uma vida e eu vou seguir com ela...sem você.
-se você quer assim, assim será, mas quando eu voltar, não ache que vai ser do jeito que você quer não.
-nunca nada é do jeito que eu quero, eu não vou botar uma lágrima por você, você não merece uma lágrima minha, vamos acabar logo com isso, não vou ficar me martirizando por causa de você. Tudo que a gente teve acaba aqui, e quando você voltar a nossa relação vai ser completamente diferente, vamos ser oque deveríamos ser, irmãos.
-se você quer assim, não posso fazer nada...- eu o interrompo.
-já que você não pode fazer nada e eu menos ainda, saia do meu quarto, e bata a porta quando sair- falei de costas pra ele.
Ele não disse mais nada e saiu pela porta, por incrível que pareça eu não chorei não achei digno, ele não merece o meu sofrimento, eu sou jovem e ele não é o único homem do mundo, já que ele vai embora e não quer me levar a sério, se pelo menos ele tivesse falado pra eu ficar com ele, mesmo que longe eu ficaria só que ele tratou a partida dele com tanta naturalidade que me assustou, como se ele não tivesse deixando nada pra trás, mais fazer oque né se ele quer ir, então que vá.
10 anos depois...
já aviam se passado 10 anos desde que o Murilo foi embora, e esses mesmos 10 anos me fizeram muito bem, obrigado. Agora com 26 anos de idade, trabalhava como advogado, já tinha meu próprio apartamento, e por incrível que pareça... já era casado. Com um homem lógico, o nome dele é Júnior pra quem não se lembra Júnior é o irmão da Camila, o mesmo que me rendeu uma ótima transa com o Murilo, ele tem 28 anos, tem 1,88 de altura, é forte, tem cabelos negros, olhos castanhos, e é bronzeado, ele é legal, divertido, me ama, isso que é importante, estávamos juntos a 8 anos. Estava em casa sentado no chão, de frente para a mesa de centro, lendo alguns casos, quando ele chega do serviço ele é administrador da empresa do pai dele.
-oi meu amor- ele fala entrando pela porta.
-olá, como foi seu serviço hoje?- digo o olhando.
-foi cansativo, mais vale a pena, faço aquilo que gosto. Então não tem preço...mais e ai como foi você no seu?
-foi como sempre, gente chata, querendo que eu resolva casos impossíveis- disse sentando em seu colo.
-te amo sabia.
-eu também te amo seu bobo, se não amasse não estaria aqui nesse Love com você.
-hum to com fome, você sabe oque a Maria fez hoje de comida.
-Maria aquela imprestável, eu já não consigo mais arrumar empregados como os de antigamente, agora só tem desinteressados.
-não gosto quando você fala desse jeito Roberto, não é porque nós temos mais que outros que podemos desmerecer o trabalho deles.
-eu sei... desculpa, eu sei que você não gosta quando eu falo desse jeito, é que... sei lá sabe é cansativo, ter que chegar do trabalho e ainda ter que ver se o trabalho de outra pessoa está bem-feito, a Maria é uma ótima pessoa só que, ela precisa mudar, ou as coisas não vão pra frente.... ah sobre a comida, eu preparei ela, está no fogão pra esfiar, vai lá pra você comer ainda quente.
Ele foi pra lá e eu voltei a que estava fazendo, quando meu celular toca Camila.
-oi vaca qui é?- eu falei atendendo.
-eita que liberdade é esta viado, se liga em eu sou perigosa, vou te dá uns tapas pra ver se cria vergonha- falou ela rindo- liguei pra saber das coisas, das novidades agora que você é meu cunhadinho, quero tá por dentro das paradas, alias minha mãe mandou um beijo pra você, falou pra aparecer qui mais vezes pra vocês conversarem.
-fala pra ela que eu vou sim, é que agora com esse trabalho todo to meio sem tempo mais pra ela que é um amor, eu sempre tenho um tempinho ela sabe disso- falei rindo- e o seu boy como vai?
-nem me fale daquele traste! Ai amigo eu não sei viu. Acho que me precipitei ao me envolver com ele...-ela disse triste.
-já era de se esperar né rapariga, você conhece o boy hoje e uma semana depois você já tá namorando, você viu quanto tempo eu levei pra aceitar o pedido do seu irmão, quem vai com muita sede ao pote sempre quebra a cara- falei pensando no Murilo, se bem que eu não sou a pessoa mais adequada pra dá sermão na Ca, sendo que eu cometi o mesmo erro com ele.
-eu sei viado, mais pensei que ia dá certo né... mais deixa pra lá, era só isso mesmo viu vou voltar aqui pras minhas consultas que cada vez tem mais gente doente nesse Brasil. Bye.
Desliguei o telefone, voltei a fazer oque estava fazendo, quando o celular toca de novo, nem olhei para o visor achando que era camila pra falar sobre mais algum babado.
-Oi rapariga esqueceu de conta oque agora, suas transas.
-com quem você acha que você tá falando seu moleque, me respeite sou sua mãe!- falou ela indignada.
-a...oi mãe desculpa achei que fosse a Camila de novo é que ela acabou de ligar.
-tem problema não a mãe do teu pai me chamava de coisa pior- ela falou baixo quase inaudível.
-oque?
-nada não, deixa pra lá, liguei pra saber se esse ano você vem aqui na ceia de natal...
-não sei mãe.
-vai meu filho por favor, faz mais de 1 mês que a gente não se vê é natal nossa família.
-a mãe do meu pai vai?
-lógico querendo ou não aquela cobra velha é da família.
Pai- oque você disse Roberta?- falou do sofá
Mãe- nada não só tava falando pro Ro que a minha querida sogra vem pra ceia de natal!
Pai- atá achei que estivesse escutado outra coisa... manda um beijo pra ele e fala que é pra ele vim, isso não é um pedido é uma ordem a família quer ver ele, saber como anda a vida dele.
Mãe- ok- falou ela voltando pro telefone- seu pai falou assim que é pra você vim pra ceia que o povo dele que tomar conta da tua vida filho.
-Só pra isso que esse povo serve mesmo, mais quer saber mãe, eu vou mesmo, mostrar pra eles que oque eles queriam pra minha vida não aconteceu, que eu virei alguém na vida sim.
-meu filho ia até esquecendo, adivinha quem tá voltando?
-tia Carol... ah mãe já era de se esperar aquela não para com um homem...
-não quem vai voltar é o seu querido irmão Murilo.
Levei um choque, oque aquela desgraça quer depois de 10 anos, ai meu edy viu, cada coisa.
Continua...