Cap.2
Estava eu, fazendo panquecas na cozinha.
- E mais uma rua passou a ter um buraco. Se trata da avenida cinco, em Chicago. Esta manhã, um tremor de 7.8 graus na escala richter abalou a cidade. O governador Mike Dylan afirmou que tudo já está controlado- de repente senti mais um tremor. Esse foi bem forte. A tv começou a falar, e pratos caírem do armário. Um buraco começou a se abrir no meio da casa. Me assustei e corri pra fora. Vi o carro de minha mãe se aproximar e entrar direto no buraco- maaaaaeeeee- gritei, ouvindo a explosão- naoooooo- imediatamente corri pra beira do buraco, e via ele se expandir ainda mais. Vi rachaduras embaixo do meu corpo, já ia correr, mas o chão foi mais rápido, e desabou em baixo de mim...- aaaaaaaa- fechei os olhos, eu ia cair, mas senti, do nada, uma mão me segurar. Olhei pra cima, e percebi que era o meu vizinho, Chris.
- Eu não vou deixar você cair !- ele gritou, e começou a me puxar pra fora do buraco. Ele caiu, eu cai em cima dele. Por medo, instantaneamente o abracei.
- O que está acontecendo ?- repentinamente, o tremor parou. Estava paralisado, em choque. Não consegui solta-lo. Me lembrei da cena, minha mãe estava morta- não. Minha mãe, ela morreu. Eu não acredito- desabei em choro logo em seguida
NARRADO EM TERCEIRA PESSOA
- Nós não temos mais tempo senhor presidente. A nave já está pronta e devemos partir imediatamente- Edgar dizia, desesperado.
- Chame os chefes de estado. E façam todo o resto do plano. Que se inicie a evacuação.
NARRADO POR NATHAN
- Calma- me soltei dele e me joguei no chão- os meus, também me deixaram- limpei meus olhos e vi ele chorando.
- Porque tudo isso está acontecendo ?
- O governo não quer contar, mas eu descobri. São as atividades do sol.
- Como assim ?
- Digamos que o sol está ativo mais do que o normal, fazendo com que o núcleo do planeta se mexa, causando tudo isso. Todo o planeta vai desabar, em pouco tempo- me levantei e cheguei mais perto dele.
- Então todos nós vamos morrer ?- ele olhou pra mim, firmemente.
- Não. Os países mundiais estão criando uma nave. Mas eu não sei onde está.
- Do que adianta, morreremos do mesmo jeito.
- Mas eu só preciso ir para Washington, no escritório do meu pai tem um mapa certo do local aonde eles estão produzindo esse negócio.
- Como seu pai sabia de tudo isso ?
- Ele foi um dos cientistas criadores desse projeto. Os EUA já sabiam que tudo isso ia acontecer a um bom tempo, por isso criaram a nave. Vamos, agora só restou nós dois aqui- dizia ele, olhando ao redor e vendo diversas casas desabadas e pessoas mortas- vamos pegar nossas coisas e tentar ir pra lá- eu não sabia se ele estava falando a verdade, mas se havia uma chance de nos salvar de tudo aquilo, eu iria tentar. Corri e peguei algumas coisas dentro de casa. Voltei pra fora e vi ele guardando as suas coisas no carro. Corri e joguei lá dentro também- pra onde nós vamos ?
- Pro aeroporto.
- Mas ele não está fechado ?
- Num momento como esse, é cada um por si. Ou nós vamos pro aeroporto e roubamos um avião, ou nunca chegaremos em Washington.
- Você fala como se fosse fácil !- ele deu a ré e saiu andando as pressas. Andamos rapidamente e víamos as coisas desabando. Parecia cena de filme. Chicago estava um caos.
- Não é fácil, mas nós tentaremos. Não podemos morrer sem tentar- fiquei olhando ele dirigir as pressas.
- Eu não sabia que você sabia dirigir !- dizia eu, me segurando no banco, morto de medo.
- Meu pai me ensinou- ele fez uma curva brusca, que quase capota o carro- meu deus, esta tudo desmoronando- dizia ele, vendo um viaduto desabar, e os carros caírem de lá
- Obrigado por ter me tirado daquele buraco.
- De nada- era tanta coisa acontecendo que eu não conseguia pensar em nada. Deve ser o fim dos tempos.
NARRADO POR GEORGE
Tudo estava desmoronando. O fim dos tempos estava ali, batendo a porta. Me sentia culpado. Eu sei que não poderia evitar, mas sinto que poderia ter salvo mais vidas. Dentro da casa branca, estava uma enorme correria. Eles estavam preparando o Força Aérea 1 pra viajarmos em busca da nave. Senti que a última coisa que eu poderia fazer era alertar a população de que o fim estava próximo. Sabia que haveria pânico, mas as pessoas tinham que saber, pra quem sabe, ter alguma chance de escapar.
- Secretaria, avise a assessoria de imprensa que eu quero me pronunciar.
- Sim senhor- era a última coisa que eu iria fazer como presidente.
NARRADO POR NATHAN
O cenário no aeroporto de Chicago era de guerra. Havia muitas pessoas por todo o lado, diversas feridas. Uma parte do aeroporto havia desabado.
- Como iremos entrar ?- perguntei.
- Quebrando a cerca, se segura- ele acelerou o carro, me segurei com todas as forças, e quebramos a cerca.
- Parabéns- falei. Havia muitas pessoas também no pátio. Ele parou o carro ao lado de um jato pequeno- agora como roubaremos isso ?
- Usando isso- falou, tirando duas armas e algumas balas do bolso. Colocou nas duas e me entregou uma- qualquer coisa você atira- Saímos do carro, pegamos as nossas coisas e andamos em direção ao avião. A porta estava aberta, subimos. Não havia ninguém dentro.
- Esta vazio- ele puxou a porta do avião e a travou.
- Ainda bem.
- Você sabe pilotar isso ?
- Mais ou menos.
- Mais ou menos ? Morreremos no ar, é isso ?
- Deixa de falar e vem me ajudar- entrei naquela cabine cheia de botões e me desesperei.
- Eu não sei fazer nada aqui.
- Aperta aqueles botões ali- falou, apontando. Comecei a apertar, e logo ouvi o barulho dos motores.
- Meu deus, eu liguei o avião !- estava boquiaberto com tudo o que acontecia.
- É, parabéns- como um gato ele pulou no assento- aperta o cinto e coloca esse fone.
- Meu deus, dois adolescentes no comando de um avião. Isso não vai dar certo !- lentamente chegamos na pista.
- Parem esse avião agora, vocês não tem autorização- a torre dizia. O tremor voltou em seguida, e vi uma rachadura se abrir
- Vai logo- gritei, vendo ele empurrar os manetes e o avião correr pela pista- meu deus, a gente tá fazendo isso mesmo ???- logo o avião levantou- meu deus, você é louco. Eu não acredito que fizemos isso- eu tremia, enquanto via o avião subir.
- Olha- quanto mais andávamos, mais víamos as destruições no mundo. Diversos lugares desabavam. Era um caos. Eu sentia dor no coração com a morte da minha mãe, e de diversas pessoas no mundo. Era o fim dos tempos
Continua
Gostaram ??? Obrigado pelos comentários.