O FRUTO Cap. 23

Um conto erótico de Diogenny
Categoria: Homossexual
Contém 1214 palavras
Data: 15/10/2014 14:21:00

O FRUTO Cap. 23

Jogo Sujo.

Não tive tempo nem de responder ao que ele tinha falado. Antes mesmo de tentar esboçar alguma reação, de mostrar minha admiração e perplexidade, Igor e Irina surgiram e postaram-se ao meu lado. Matheo simplesmente suspirou e falou firme:

- Já acabei com ele gente. Não se preocupem – Falou com um sorriso.

Eu ainda olhava para a poça de lama que a poucos momentos era uma criatura monstruosa. Movi meus olhos para os três sobrenaturais que me cercavam. Claro que tinha milhões e milhões de perguntas que ecoavam em minha mente, mas só pude fazer uma;

- Onde diabos você conseguiu uma espada?! – Exclamei.

Matheo riu, fazendo meu rosto corar imediatamente “Que sorriso lindo! Por que ele tem essas covinhas fofas?”. Minha mente disparou.

Matheo moveu-se a minha frente ignorando minha pergunta, passando a mão pelo meu pescoço como se fossemos bons amigos. Igor o ignorou, virando-se para mim e com olhos questionadores.

- Você está bem? – Perguntou solene.

Eu assenti e suspirei.

- Estou. – Consegui falar – Essa é minha vida agora, quanto mais antes eu me acostumar com isso, mais rápido eu deixo de ser um peso para vocês. – Emendei.

Irina moveu-se para frente de todos nós e falou com uma firmeza que até então desconhecia e falou:

- Vamos voltar para a aula. E você – Falou para Matheo – Acompanhe o senhor David a diretoria. Explique ao senhor Klaus o que aconteceu, precisamos reforçar a barreira. – Falou séria.

- Mas a barreira na deveria ser impenetrável? – perguntei preocupado. De repente a ideia de existirem mais criaturas como aquele, logo aqui que deveria ser um lugar protegido me arrepiou. “Será que algum dia eu poderei ser normal?” Me perguntei.

Irina assentiu, e logo percebi que ela estava atenta a meus pensamentos.

“Merda.”

Matheo ficou rígido ao meu lado e percebi que ele não se sentia confortável com a ideia de ter de encarar nosso azedo diretor. “Não te culpo amor. Eu também não sou fã do senhor Klaus.” Neste momento Irina virou-se para mim, um sorriso estava estampado em seus lábios.

“Espera aí! Amor?”

...

A sensação de que eu estava ferrado só crescia. O diretor dos Elísios não tinha nem a decência de fingir que me suportava. Caius já havia me informado que o senhor Klaus também era um sobrenatural, e como tal ele deveria proteger-me. Algo dentro de mim desconfiava de que eu realmente precisasse, ele não ajudaria. “Não confie nele” Uma voz feminina ecoava em minha mente.

Matheo estava ao meu lado, observando-me atentamente. Claro que eu ainda tentava ignorar os olhares dele para mim. “Um problema de cada vez, David.” Eu meio que agradecia estar aqui na diretoria. Não me entendam mal, eu sabia que tinha e que precisava conversar com Matheo, mas eu ainda estava muito magoado.

“E um coração machucado desconfia de tudo.” Minha tia sempre falava.

O senhor Klaus surgiu sabe-se lá de onde e pousou o olhar em mim, automaticamente me encolhi.

-Entre. – Falou seco, assim, sem nem sequer um bom dia. “Bom dia pra você também” Pensei.

...

Lá estava eu, sentado na sala da diretoria. Não sabia o motivo, mas algo me incomodava nele, algo me fazia não confiar totalmente nele, minha vontade era de sair dali o mais rápido que minhas pernas conseguissem.

- Ora, Ora!- Falou sentando-se a minha frente. Para variar seu olhar era reprovador.

- Desculpe senhor, por ter sido expulso da sala. – Falei envergonhado.

Klaus simplesmente acenou com a cabeça. E logo depois falou:

- Eu não ligo para essas banalidades humanas, meu caro. – Falou. – A única coisa que me importa no momento é saber o que o tão poderoso fruto decidiu, ou melhor, quem! – Falou com a voz cheia de raiva.

- Não entendi senhor. – Falei desconfiado. Algo me dizia que essa conversa não me traria bons frutos. “Que ótimo! Pelo menos meu senso de humor não foi afetado.” Pensei.

Mexi-me desconfortavelmente na cadeira, pregos pareciam terem brotado nela. Eu sabia oque ele desejava saber. Lembrei-me de Caius e do aviso que ele me dera sobre o senhor a minha frente.

“Infelizmente a ganancia de Klaus o deixa cego. Ele só deseja poder... Sempre foi assim. Ele nunca aceitou ter perdido a disputa pelo coração da minha amada... sei que é errado pedir isso, jovem mestre, mas tome bastante cuidado com ele”.

Algo me dizia que Caius estava certo.

Klaus encarou-me e falou;

- Tenho certeza de que você é esperto o suficiente para entender o que eu quero saber. Quem você escolheu como seu amante predestinado e toda aquela baboseira cósmica. – Sua voz era puro desdém.

- Não fiz nenhuma escolha senhor, e nem... – Falei quando fui interrompido.

- Mas que maravilha!- Seus olhos brilhavam – Deixe-me esclarecer algumas coisas. – Falou com um sorriso maligno.

“Oh céus! Por que será que eu me sinto tão ferrado?” Pensei.

- Como você deve saber, ao escolher um sobrenatural como seu consorte, ele automaticamente se torno o novo líder de todos nós. Você entende? – Não esperou minha resposta e emendou. – Claro, que como você pode ver os Montyens também são da realeza, portanto meu filho está apto a tomar seu lugar como seu amante... – Falou. – É claro que eu não esperava que nesta geração você viesse tão... Diferente. si é que me entende. – Suspirou como quem escolhe as palavras certas. – Mas isso não é problema, creio que não haverá problemas quanto a isso, Daniel sabe dos seus deveres para com a sua família, qual quer coisa além disso, pode ser arrumada depois. – Encerrou.

Eu estava incrédulo! Ele estava me tratando como um simples empecilho, uma coisa que ele teria que “arrumar” para alcançar seus objetivos. Minha mente fervilhava agora. Como ele consegue ser tão insensível? Respirei fundo enquanto tentava organizar minha mente. Eu só tinha visto Daniel algumas vezes na mansão, e para ser sincero nunca nem havia conversado com ele. “Será que ele sabe que o seu pai o está me oferecendo?” Pensei. Claro que ele sabia! “Daniel não consegue nem comer se o seu pai não lhe mandar” Irina disse-me uma vez. Então era por isso. Klaus não gostava de mim, ele simplesmente desejava o poder que conseguiria se eu escolhesse seu filho.

- Desculpe senhor, mas acho que não estou pronto para escolher ainda. – Falei, meu objetivo era ganhar tempo e sair dali o mais rápido possível. Claro que não foi assim que aconteceu.

O olhar de klaus mudou, ele exibia um sorriso maligno e seu rosto tornou-se uma mascara de fúria. – Escute aqui garoto!- Berrou- Eu não perderei desta vez. Se tiver de casar meu filho com dez viadinhos como você eu farei! – Suas mãos brilhavam e automaticamente meu corpo perdeu o movimento. –Eu posso tornar as coisas bem difíceis para você. – Falou.

Era como se eu estive congelado, não conseguia mover nem um dedo. O medo cresceu desenfreado dentro de mim. Klaus levantou-se e quando se aproximou de mim. Algo aconteceu. Seu corpo voou para trás atingindo a parede com força, uma bola de fogo o tinha atingindo, seu corpo escorregou para baixo e neste instante pude sentir o domínio do meu corpo. Quando olhei para trás eu o vi;

- Matheo – falei com a voz fraca.

- Eu vou ter que derrotar quantas pessoas para finalmente poder conversar com você? – Perguntou.

Continua...

Capitulo dedicado ao Alex Rikardo Junior. Obrigado por me ameaçar pelo Wpp. <3

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Comentários

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Esse conto esta cada vez mais contagiante...Vamos em Frente quero saber mais. Contudo não pude deixar de LER SEU COMETÁRIO SOBRE AMEAÇA DE ALGUÉM. CUIDADO, SE CUIDE E QUALQUER COISA VÁ NA DELEGACIA, NÃO SE BRINCA COM ESSAS COISAS E VOCÊ DIFERENTE DO CONTO NÃO TEM PODERES. ABRAÇÃO....

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