Hoje a história vai ser contada na versão do Marcelo. Espero que gostem.
Eu lembro como se fosse ontem, eu tinha uns 9 anos de idade e meu pai queria que eu fizesse três tambores. Eu sempre curti muito isso de bicho, fazenda, ficava bobo quando ia pras fazendas com meu pai, principalmente quando chegava a hora de tirar leite da vaca, montar a cavalo e tal. Quando ele me contou que ia abrir uma turma de três tambores pra crianças eu fiquei afoito, queria muito começar as aulas, passei uma semana sem dormir. Esse sempre foi um dos meus problemas, quando eu ficava ansioso pra alguma coisa eu não dormia, comia ou falava em outra coisa. Lembro que, por causa disso, meu pai me deu uma surra e disse pra eu parar, caso o contrário ele cancelaria minha matricula.
No dia de começar as aulas eu tentei não ficar muito animado, sei lá, não demonstrar animação pro meu pai. Cheguei no local onde as aulas ocorriam e logo pensei em pegar o melhor cavalo. Eu analisei todos por um bom tempo e bati o olho em uma égua linda, branca com algumas manchas meio marrom, foi amor a primeira vista e quando o treinador mandou nós escolhermos nossos cavalos, corri na direção da égua. O problema é que eu usava óculos e, enquanto eu corria, ele não ficava firme nos meus olhos. Resultado: acabei esbarrando em um moleque que tava na minha frente, que tava com o cadarço desamarrado. Eu ainda virei pra trás, mas vi muita gente indo em direção da minha égua, então corri o mais rápido que podia e cheguei primeiro até ela. Eu fiquei com pena do menino e quis voltar lá, mas não achei ele depois disso.
Depois disso as aulas começaram e eu e o tal do moleque criamos uma forte inimizade. Ele sempre fazia de tudo pra me prejudicar, colocava sapos na minha bolsa, jogava sapato na minha cara, e eu não deixava barato.
Como a cidade era pequena, só tinham duas escolas, uma pública e uma particular, e no ano seguinte fui estudar na tal escola particular, e pra minha decepção eu era da mesma turma do moleque do Joquei. Eu nem sabia seu nome, mas lembro que no primeiro dia de aula ele já aprontou comigo: enquanto eu ia sentar, ele puxou a cadeira e eu cai no chão, fazendo toda a turma rir. E assim foi, até o ultimo dia do Ensino Médio, estudávamos sempre na mesma sala.
Ele sempre foi mais legal que eu, na verdade eu sempre fui mais reservado, poucos amigos, eu não me achava um cara feio, no começo do ensino médio eu comecei a me desenvolver fisicamente, até porque eu sempre fui muito magro. Eu usava meu cabelo com um topete, deixava baixo dos lados e o topete baixinho também, usava óculos e aparelho fixo e isso se deu até o segundo ano. Ai finalmente eu comecei a praticar esportes, academia, jiu jitsu, pelada com os amigos no fim de tarde e até no surf eu arrisquei. Eu havia me tornado mais bonito, naquele tempo eu tinha tirado o aparelho e tinha trocado a armação dos óculos pra um que me deixava com uma cara mais séria. Minha barba começou a crescer e, apesar de eu não curtir muito, sempre deixava ela bem aparada, o que me deixava com cara de homem mais velho. No ultimo ano do colégio eu deixei o óculos de lado e comecei a usar lentes de contato mel, da cor dos meus olhos.
Nesse tempo eu comecei a evitar o Alexandre, acho que o que ele queria mesmo era atenção, sei lá. Como nós havíamos parado os três tambores, não havia motivos pra a gente continuar se matando. Eu comecei a dar duro nos estudos, sempre fui estudioso, meu pai queria que eu fosse engenheiro civil, mas eu queria mesmo era fazer medicina veterinária, que é tão concorrido quanto engenharia. Eu prestei o vestibular pra med. veterinária e acabei passando em um dos primeiros lugares, o que deixou meu pai com muita raiva. Naquele dia eu levei outra surra de meu pai.
Minha mãe não interviu, então eu acabei indo pra casa do meu padrinho, que é um dos sócios do Joquei quando comecei a treinar. Ao chegar, logo sou avisado que o Alexandre tinha começado a trabalhar lá, e caralho, me deu uma puta inveja porque eu sempre quis trabalhar lá. Depois de uns dias minha mãe foi até mim e interviu, disse que era pra eu voltar pra casa porque meu pai estava muito doente, ele tinha uns problemas de coração, além de pressão alta, ou seja, ele não podia se irritar. Eu quase prestei o vestibular pra engenharia civil, mas minha mãe disse que se não fosse o que eu queria fazer, que ela me apoiaria e tal. O gesto dela foi muito bonito, a agradeço até hoje por isso.
No primeiro dia da faculdade dei logo de cara com o Alexandre. Na verdade, nem me importei muito com a presença dele, contanto que ele não mexesse comigo ele podia morrer que eu não ligaria. Eu logo fiz amizades e fiquei feliz, até porque nunca fui sociável.
Ao longo do tempo e da convivência, eu comecei a me interessar pela Juliana, ela era a mais novinha do grupo, tinha 17 anos e um sorriso lindo, além de ser muito gostosa. Nesse tempo meu pai teve outra crise de pressão e eu passei uns dias sem ir pra faculdade, o que acabou me prejudicando muito, principalmente num seminário muito importante de embriologia (acho). O professor que ia aplicar o seminário era muito durão e ele acabou elogiando a nossa turma, e como merecimento acabamos por dar uma festa na casa da Ju.
Ela era bem de vida, acho que o pai dela era um dos caras mais ricos da cidade. Ele era dono de uma das poucas redes de supermercado da cidade, além de ser pioneiro. A gente foi pra casa dela, onde fizemos um churrasco e ficamos na piscina. Eu queria muito chegar nela e ela sabia disso, mas eu achava que ela era muita areia pro meu caminhão. Depois de um tempo, ela começou a dançar com o Alexandre na piscina e depois eles começaram a se beijar, o que me deixou MUITO puto. Na verdade eu fiquei com ciumes, mas não fiquei com raiva do Alexandre, e sim da Ju. Estranhei aquilo mas achei que tinha ficado com raiva dela por ela ter ficado com ele.
Depois de um tempo inventei uma desculpa e fui pra casa. Quando cheguei, entrei no facebook e vi que tinham me marcado numas fotos com o Alexandre, e então fui fuçar seu facebook. Depois de um tempo fui dormirE aí pessoal, essa foi a primeira parte da versão do Marcelo na história. Ele vai continuar contando a história quando tiver mais tempo, ou seja, isso não significa que as partes vão ser em sequencia. A segunda parte pode sair amanhã, semana que vem, mês que vem... ou seja, mais uma vez esse foi só um update pra vocês não ficarem na mão. Amanhã tem mais.
Uma coisa que me deixou um pouco chateado foi um comentário que li aqui, dizendo que daqui a pouco eu vou postar só um parágrafo. Gente, sempre seria bom se colocar no lugar dos outros. Eu comecei a escrever quando eu estava de férias, agora não estou mais. Eu tenho trabalho, estágio, faculdade, academia, tenho que arrumar um tempo pra fazer tudo isso. A CDC é mais um hobby, até porque sempre curti escrever. E se for pra eu postar um parágrafo, eu vou postar, até porque é melhor postar um parágrafo do que não postar nada e/ou abandonar o conto, como muitos escritores fazem. Passar bem, Gik ;)
rewfew, ahaha será que vai rolar outra?
Vi(c)tor, acho que você vai matar mais um pouco da sua vontade hoje, ahha. :D
Gu11, muito obrigado, aí está mais um pedacinho pra você. Abraço.
Ru/Ruanito, Muito obrigado.
Kevina, vou tentar caprichar no próximo que eu escrever. Abraço.
kaduNascimento, que nada. Abraços, e até amanhã. Obrigado por comentar.
Junynho Play, i think so. :D
Drago*-*, infelizmente já to chegando no fim sim. Acho que em uns 5 capítulos termino aqui. Mas tenho outros projetos em mente. Abraços.
Geomateus, aí está.
Drica Telles(ametista), aí está.
Wyllia Paes, muuuito obrigado. :D