A Punheta

Um conto erótico de Hemerson
Categoria: Heterossexual
Contém 637 palavras
Data: 23/11/2014 18:50:28
Última revisão: 25/11/2014 19:55:34

Se há um assunto que sempre me excita é Punheta. A minha primeira foda foi inesquecível, é claro, mas não lembro a idade, por exemplo!

Já a punheta... Ah, a punheta: lembro de todos os detalhes (inclusive já expus num conto aqui, rs) da primeira.

A punheta é marcante, porque é a primeira aventura sexual do cara. É claro que, em termos de prazer, punheta não chega aos pés de uma boa transa, mas na descoberta do prazer sexual, ali na pré-adolescência, há aquele fogo que faz o menininho se sentir um homem, a sensação gostosa que percorre toda a espinha, sensação que depois traz culpa e remorso.

É ali, entre os 10 e 12 anos que, geralmente, vem a primeira. Há os que descobrem por si mesmos, e guardam ou compartilham o segredinho. Há os que descobrem através dos coleguinhas da mesma idade, repassando o segredo. Há ainda os que descobrem pelo mais velho, seja um irmão mais velho ou um amigo mais velho que quer ensinar para a nova geração o segredo dos homens ou ainda quando pega algum desses no flagra, e então aprende como lavar o pau!

A punheta acende a curiosidade. Mesmo sabendo que vai se sentir culpado, o garotinho faz, porque a sensação é gostosa. E as perguntas vêm à mente, e as coisas começam a fazer sentido. Começa-se a compreender a puberdade, mesmo não tendo chegado lá ainda, e vêm a curiosidade, vêm o desejo de se tornar um homem, a necessidade de ver uns pelinhos se encorpando, e a demora traz a preocupação: e se não vier?

Mas eles vem, e o ciclo punheta-culpa continua naquele cacetinho, só que agora já sai um meladinho. E esse desenvolvimento segue, alguns são mais extrovertidos e discutem baixinho com os amigos. Descobrem os nomes, compartilham informações, bronha, punheta, masturbação, pelos, esperma, porra, sexo... Outros são mais tímidos e descobrem tudo na solitária.

Alguns meses e aquela babinha transparente parece ficar mais esbranquiçada, e tudo sempre acaba em punheta.

E o menininho cresce...

Já não há mais tabus dele consigo, a punheta já faz parte da vida dele, é sua forma de extravasar.

E vem os estágios. O que eram apenas grandes gotas brancas passam a escorrer pela extensão do pau. Mais alguns meses e aquilo já vem com mais força, até que, nos dias de maior tesão, vem o tão esperado jato. E ver aquele jato branco saindo lhe dá uma sensação de poder, de virilidade, e ele começa a inovar, e a esporrar tudo. Goza no banheiro da sua casa, goza no quarto, goza no banheiro público, goza no banheiro da escola, goza junto com os amigos! Goza na mão, goza no peito, goza na meia, goza no chão, goza na parede, goza na cueca, goza no lençol, goza na blusa, goza até sem querer... E já não há mais culpa: ele já sabe do que se trata, e ele convive com aquilo, e já pratica técnicas para variar e obter mais prazer.

Ele olha para os mais velhos e pensa: ele já fez isso. Ele olha para aqueles da sua idade e pensa: ele faz isso direto!

Ele, então, percebe que não foram só seu corpo e seus músculos que cresceram, mas seu pau já está bem mais vistoso, maior e mais grosso que o pauzinho dos seus 11 anos, e mais sexy, e ver aquele pau dobrar de tamanho diante dos seus olhos não tem preço.

E vem, então, os desejos de sexo real, mas ele ainda tem medo, e continua na punheta. Há algum tempo ele já descobriu, dependendo da sua época, as playboys ou os pornôs na internet, mas disso não se fala. E ninguém fala mais disso: todos batem!

E ninguém nunca esquece a punheta, porque eles sabem que só chegaram até ali por causa dela.

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Comentários

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Obrigado pelo comentário Samusam, gostei bastante e concordo com tudo o que vc escreveu.

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Hemerson que massa seu texto. Vc fez uma análise sobre a sexualidade masculina. Tudo começa com um desejo inocente na primeira adolescencia. É natural, é natural instintivo. Não é pecado. Nenhum homem feito com os materiais carne, osso e veias arteriais, com sangue transitando por elas, escapa disso. A menos que seu material seja longarinas de ferro ao invés de ossos e fibras de aço nő lugar de veias. A punheta é um canal por onde ő homem desagua a carga de prazer acumulado em seu corpo. A punheta é um recurso de sexo livre. ő homem pode transar com quem ele quiser sem que o cara saiba que é o causador das maiores fantasias da sua cabeça. Pode ser com o colega gostoso da faculdade, com o motorista do onibus do seu bairro, com o entregador de pizza, de gáz, com o pedreiro, com o instalador da SKY, com aquele visinho casado enfim, todos esses caras podem ser o motivo das nossas bronhas mais freneticas. Nő inicio da adolescencia, a culpa vem por estarmos conhecendo os prazeres da carne. Agente faz aquela transição da infancia e ficamos localizados nő inicio"meio-termo". Nao somos nem criança nem adulto e aprendemos que a auto satisfação é o fruto de pensamentos pecaminosos com alguem que agente deseja. Existem tecnicas pra uma punheta bem batida. Nesses tempos de doenças venereas e da tão temida AIDS, a auto satisfaçao se torna uma alternatíva infalivel. Nao tem jeito. Nossos avós, Nossos país, Nós, nossos filhos bateram e irão bater bronha. Ő leite acumulado tem que agente sair uma hora. Gostei d dő texto e classifico como ő mais inteligente que li até agora.

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