Um dia de Domingo - Cap 17

Um conto erótico de Victor V
Categoria: Homossexual
Contém 1663 palavras
Data: 24/11/2014 00:26:37

Pessoal, mais uma vez peço infinitas desculpas pela demora em postar o cap17 do conto. A boa noticia é que ele está prontinho =) Ele ficou meio grande, mas eu não queria dividir ele... Espero que gostem! Um beijããããão!

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NARRADO POR LUCÃO:

Depois que eu vi o Victor no concerto, fiquei sem reação nenhuma. Eu concentrei todas as minhas forças em não dar uma de louco e voar no pescoço dele. Fiquei em transe.

- O que foi, Lucas, viu um fantasma? – Ele me perguntou.

- Na... não – Respondi meio gaguejando. Ele me deu um abraço e um beijo no rosto e me perguntou:

- O que foi então? Ficou pálido de uma vez...

- Não foi nada! – Eu disse estressado para morrer de vez o assunto. Ele ficou meio com o pé atrás comigo.

Entramos no carro dele. Não lembro se eu disse, mas Raul era maior de idade e tinha um carro. Isso facilitava bastante as coisas entre nós (hehehehe).

Enfim, entramos no carro dele e fomos até um shopping para jantar. Eu comi o mínimo possível. Estava sem fome nenhuma. Não queria comer nada, não queria falar com ninguém. Eu só queria ver Victor denovo. Mesmo que por um relance.

- Vamo para minha casa, amor? – Raul me perguntou.

- Melhor não, Raul. Eu quero ir para minha casa... – Falei com a voz calma e cansada.

- Então eu vou com você – Ele me disse sorrindo.

- Não... Eu quero ficar sozinho hoje. Por favor – Raul pegou na minha mão e disse com a voz doce:

- O meu bem, o que que aconteceu? Fala pra mim... – EU já estava ficando irritado com Raul.

- Não cara! Eu não quero falar com ninguém! – Ele me olhou.

- Mas... – Antes dele continuar eu levantei e fui saindo do shopping. Raul veio atrás de mim e me puxou com força, do mesmo jeito que Victor tinha me puxado na casa dele. Meu sangue ferveu na hora. Virei um murro na cara do Raul.

Todos na praça de alimentação do shopping pararam para olhar o que estava acontecendo. Limpei uma lágrima de raiva que escorreu do meu olho e sai andando, pisando duro. Peguei um taxi para casa.

Cheguei e já me tranquei no quarto. Custei a dormir. Todo aquele sentimento que eu estava reprimindo dentro de mim voltou incrivelmente forte. Eu sentia o cheiro de Victor ali do meu lado, eu via o rosto dele... Meus dedos tremiam para ligar para ele...

No outro dia olhei meu celular. Raul não tinha me ligado nem mandado mensagem. Não achei estranho, afinal, no dia anterior, do ponto de vista dele, eu agi muito estranho e ainda por cima bati dele.

Levantei da cama e na hora que eu cheguei na sala, Raul estava lá, dormindo num colchão no chão, com a mesma roupa que ele estava no shopping. Fiquei olhando ele dormir por 5 minutos, depois fui para a cozinha arrumar meu café.

Enquanto eu colocava café numa caneca (muito café), Raul entrou na cozinha. Olhei para ele sem saber como reagir. Tinha um roxo perto do olho onde eu tinha dado o murro nele.

- Está melhor? - Ele me perguntou.

- Sim... Raul, desculpa por ontem eu... – Ele se aproximou de mim, colocou as duas mãos na minha cintura e fez “shhhh” com a boca.

- Eu não percebi que você estava mal e não queria falar sobre o que quer que seja. O que importa é que você está bem! – Ele me deu um selinho e eu falei:

- Você não existe, Raul. É perfeito demais... Eu tenho muita sorte de te ter! – Dei um beijo nele.

Sentamos na sala e ligamos na Nickelodeon para ver desenho. Ficamos ali até a hora do almoço. Emprestei uma roupa minha e Raul tomou banho lá em casa mesmo. O resto do dia ficamos atoa, só namorando.

Eu queria negar, mas era inegável. O simples fato deu ter visto Victor mexeu muito comigo. Eu custava a não pensar nele, mas a todos os instantes eu lembrava dele. Lembrava de como era bom estar junto dele, das nossas discussões, das noites viradas jogando vídeo game...

Esse tipo de lembrança foi me desgastando. E o pior: foi desgastando meu namoro com Raul. Ele era perfeito demais para mim. Ele me aturava sempre que eu tinha minhas crises de abstinência do Victor, sem nem perguntar o porquê.

Eu desconfio que ele sabia que era por causa do Victor que eu tinha essas crises de raiva, tristeza e saudade ao mesmo tempo. Mas ele estava ali, sempre do meu lado, sempre me acalmando.

O tempo foi passando e cada vez mais eu achava que eu tinha que terminar com ele. Eu já tinha aceitado para mim mesmo que eu não amava Raul do jeito que ele me amava e do jeito que eu amava Victor.

Eu me esforçava ao máximo para fazer meu namoro dar certo e não ir para o buraco. Raul não merecia isso. Ele já havia sofrido muito e eu não queria que ele sofresse mais por minha causa.

As semanas foram passando e as férias chegaram. Entretanto, junto com as férias, chegou uma notícia que arrasou comigo.

Uma vez em BH, minha mãe reencontrou um ex-namoradinho dos tempos de colegial. Eles voltaram a se ver, voltaram a namorar e tudo mais. Eles eram muito fofo juntos. Mas havia um problema: Hugo (o nome dele) recebeu uma proposta caralhosamente irrecusável para trabalhar nos EUA. E minha mãe ia com ele, e, de tabela, eu.

Nas férias eu já fui aos poucos me afastando de Raul. Aos poucos eu ia deixando de ir na casa dele. Demorava mais para mandar mensagens, não atendia o telefone...

Mais um ano na escola começou. Eu nem levava a sério mais... Dali alguns meses eu iria morar nos Estados Unidos...

Minha mãe já tinha arrumado todos os documentos para mim e para ela. Hugo, que por sinal era muito, mas muito gente fina, já tinha arrumado também os documentos dele, já havia aceitado, ele só tinha pedido um tempo para a gente, sua nova família, arrumar as coisas.

Cerca de um mês antes de eu ir para os EUA eu finalmente terminei com Raul. Foi a coisa mais triste que eu já fiz. Ele chorou, implorou para eu não fazer isso... Mas era injusto com ele. Contei que iria me mudar, ele disse que ia junto... Foi realmente triste, mas necessário.

A escola ficou insuportável. Todos os dias ele deixava um recadinho de “eu te amo”, “volta pra mim”, “não me abandone” no meu caderno. Duas semanas antes de eu me mudar. Ele parou com isso. Ele nem falava comigo mais, mas era inegável que ele estava sofrendo.

Entretanto, eu tive uma surpresa no dia anterior antes de eu ir embora. Eu sai para dar uma ultima voltinha no centro de BH. Mas na hora que eu chego em casa, Raul estava no meu quarto, e junto dele, um teclado.

Na hora que ele me viu ele me deu um sorriso e disse:

- Lucas, eu entendo o que você está fazendo, o que você está sentindo. Você está se mudando, é difícil, eu sei... Mas, eu só quero te feliz. Quero te ver tão feliz quanto esses meses que fui com você. Então eu preparei uma surpresa especial para você, de uma coisa que eu sei que você gosta... EU aprendi isso em duas semanas, não ligue se eu for ruim...

E para variar, ele começou a tocar Nocturno, do Chopin. Primeira coisa que veio na minha mente: Victor. Segunda coisa que veio na minha mente: Victor. Então ali caiu a ficha: Era improvável que eu veria ele denovo... Aquela musica...

Milhões de lembranças de Victor voltaram de vez na minha mente... O beijo roubado... Nossas risadas, brigas, discussões... Lágrimas saltaram do meu rosto... Cada nota daquela musica fazia meu corpo arrepiar de um misto de tristeza, saudade, emoção, culpa, raiva, amor...

- PARA DE TOCAR ESSA PORRA DESSA MUSICA! – Eu gritei e Raul parou na hora. Ele me olhou sem entender nada.

- O que foi...? Você não gosta dessa musica? Você sempre escuta ela quando está triste... – Ele me olhou com um olhar de desculpa.

- E você ao menos imagina o motivo disso? – ele acenou negativamente com a cabeça.

- É por causa do Victor. Ele tocava essa musica para mim todas as vezes que eu pedia... Essa musica me lembra ele. Todas as vezes que eu estava triste, todas as vezes que eu chorava, era por causa dele... Essa musica é como uma droga para mim. Desculpa Raul. Você é uma pessoa incrível mas... eu amo o Victor, mais do que tudo... Ainda amo e vou amar ele até o fim.

Sem mais. Então você pode, por favor, ir embora para eu chorar sozinho até a hora de eu ir?

Raul saiu sem falar nada. Eu peguei a foto que eu tinha guardada de Victor e chorei. Chorei muito, mas muito mesmo. Eu abraçava aquela foto como se ela fosse o próprio Victor. Eu pensei em me jogar do prédio só de pensar em viver uma vida sem ele.

Raul entrou no quarto chorando cerca de uma hora depois. Ele me olhou e me falou:

- Desculpa Lucas. Eu não sabia... Eu só queria te agradecer por tudo! Eu só queria te ver feliz...

- Se você quer realmente me fazer feliz, vai até na casa do Victor, entrega essa foto para ele e trás ele pra mim. Só assim eu vou ser feliz! – Joguei a foto nele. Empurrei ele para fora do quarto e bati a porta.

Chorei sem parar até no outro dia, quando minha mãe veio me pegar para a gente ir para o aeroporto. Tomei um banho. Aprontei e fomos.

Fizemos o check-in. Aguardamos a chamada do nosso voo. A vozinha do aeroporto chamou. Olhei ao meu redor uma ultima vez. Olhei tudo. Desde as pessoas até as cadeiras onde nós estávamos. Abracei minha tia Martha antes de ir e por fim, entrei na sala de embarque, na esperança de esquecer meu passado no Brasil...

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Comentários

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Que triste vey, espero que o victor chegue a tempo.

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Muito triste. Espero que eles se reencontre. Nâo demora a postar por favor. Já estou ansiosa pelo próximo. :)

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Que triste vey, espero que o victor chegue a tempo.

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Hum, vejo duas pessoas se encontrando em outro pais, to louco por esse reencontro.

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Ai, que merda, O Victor tem que chegar a tempo!!-.-" Affs coitado do Raul, ele merece ser feliz tadinho!! :"( continue logo por favor hein! ^^ bjos

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aaaaa não se ele entra nesse avião eu mato todo mundo os 2 tem q ficar junto ta me ouvindo eu mato todo mundo ( to amando continua logo ) mato todo mundo u.u

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