Prólogo
Era noite fria, de céu estrelado e corujas atentas. A pequena e pacata Portsnoub estava vivendo um do seus mais rigorosos invernos, onde as lareiras eram o centro das atenções dentro de uma residência. Podia se ouvir os uivos dos lobos ferozes que cercavam aquela cidadela. No final da madrugada onde todos dormiam aconchegados em seus edredons, livres de qualquer frio que importunava os mais despreparados, sempre aquecidos por braços carinhosos de seus parceiros a lua começava a dividir seu espaço com o sol, que vinha nascendo sem muito brilho, mantendo aquele clima nostálgico em Portsnoub.
No interior de uma daquelas moradias sempre apertadas mais com seu conforto, Gabriel acordava de mais uma de suas noites mal dormida, atormentadas por pesadelos angustiantes que o faziam revirar a cama e tremer como se estivesse vivendo aquela história.
Ainda deitado com a respiração ofegante e pálido com uma pedra de quartzo, tentava apagar de sua memória aquelas cenas que insistiam em lembra-lo o quanto aquilo era doentio. Mas tão logo vinha em sua mente a ideia que por mais obscuro que fosse aquilo ainda era algo extraordinário, um acontecimento marcante.
Já de pé e com a toalha rosa em suas mãos, pronto para o banho aquecido, podia-se perceber o quão significativo havia sido aquele sonho, seu membro ainda permanecia ereto, como se estivesse acabado de ter uma noite intensa de prazer, as veias eram pulsantes, glande vermelha e já pronta para penetrar e oferecer prazer inigualável para quem quer que ousasse toca-lo. Não fazia ideia de como parar aquilo, já que pensamentos iam e vinham a velocidades estonteantes, talvez um café quente o ajudasse a acalmar os nervos, pensou.
Parte I
Não havia necessidade de tamanha pressa, a escola não sairia do lugar, mas Vanessa insistia em chegar cedo, nas sextas feiras. Já passava da metade do ano letivo e mesmo assim aquele professor agora não tanto mais novato, ainda movia paixões nos corações das garotas de sua turma. Vanessa havia encontrado uma forma de se aproximar daquele jovem e sedutor professor, chegar cedo era apenas um resultado da vontade enorme de ter 10 ou 15 mim de conversa a sóis com aquele que era seu deus grego. Falavam sobre tudo, desde roupas até carros importados, Paulo era um exímio professor, eclético acostumado a apreciar muitas coisas de muitos lugares diferentes.
- Bom dia professor querido.
- Bom dia Vanessa, o que faz aqui essa hora? Ainda faltam 20 mim para o horário de entrada na escola, indagou Paulo.
- Há professor, meu pai trabalha cedo, então tenho que vir quando ele saí de casa.
- Compreendo
- E como vão as matérias, notas boas?
- Sim, sim professor. Principalmente na sua né, (risadas). Biologia não é uma coisa fácil de se aprender, mas garanto que estou sempre muito empenhada nas suas aulas.
- Notei que sua nota é a maior da turma, parabéns, tem sido uma aluna aplicada, adoro garotas assim.
- Você realmente gosta de biologia Vanessa?
- Adoro professor, mas devo confessar que foi o senhor quem despertou esse meu lado.
Por um instante Vanessa sentiu em seu braço aquele tocar etéreo, e com uma cascata de sentimentos pode notar o entorpecer de seu corpo, gerando um estado de frenesi particularmente alcançado após uma troca de olhares misteriosos.
Aquele momento logo foi interrompido pela chegada dos alunos, Vanessa e Paulo com um rápido passo para atrás se distanciaram para que não houvesse nenhuma desconfiança do que pudera ter acontecido naquela sala.
Durante toda a aula a garota ficou imaginando como seria sensacional ter aquele homem em seus braços, poder dividir a cama com ele, ela estava molhada, o pensamento vago se prendia na vontade de fazer sexo, de saciar seus desejos até que o mais profundo deles fosse esgotado.
Continua....