- Não!... - Gabriela se desesperou, correndo para auxiliar.
Usou um guardanapo para conter o sangue no peito de Radsha. A respiração fraca impedia Radsha de falar, mas ela tentava se despedir.
- Rad calma, vai ficar tudo bem. O socorro já está vindo.
- Gabriela eu... Eu... Eu amei cada segundo que... Nós passamos...
- Isso não é uma despedida né? Você vai ficar bem, eu prometo.
- Dói muito... Não vou... Aguentar...
- Fica comigo, Rad. Não vai embora, por favor.
O pano estava enxarcado de sangue, Radsha agonizou mais uns instantes e apagou.
- Não! Droga! Meu Deus, não leva ela. Não agora... - Chorou junto ao corpo inerte.
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Camila tentava fugir pelo estacionamento, alguém a segurou pelo braço, em suas costas. A arma ainda estava em sua mão, tentou atirar mais uma vez, o revólver travou no exato momento em que a polícia chegou armada dando ordem de prisão.
- Quem é você? - Perguntou Camila.
Hayssa conduziu os socorristas sem nada responder à Camila.
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- Rápido, ela ainda está respirando. Entubar, vamos, vamos. Senhora, tem que soltar a mão dela. Nos deixe trabalhar, por favor.
- Eu vou com ela. É minha namorada.
- Tudo bem, mas não atrapalhe.
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- Diego, vamos para casa.
- Vou ajudar a minha namorada.
- Você vai perder tudo se seguir por esse caminho. Entre no carro e vamos embora, agora.
- Pai, ela está grávida.
- O quê???
- Eu não vou abandonar meu filho por causa de dinheiro. Pai, eu não sou você. - Diego entrou no carro e saiu acelerando atrás da viatura polícial.
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Melissa foi avisada sobre o ocorrido. No hospital encontrou uma mulher chorando muito na sala de espera, suas mãos ainda sujas com sangue, os cabelos bagunçados, o uniforme em desalinho, seu rosto inchado e vermelho, banhado por lágrimas.
- Oi, sou Melissa. Eu trabalho para a Radsha. Sou o mais perto de uma mãe que ela tem.
Gabriela não teve forças para falar nada, apenas aceitou o abraço consolador.
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- Como você está?
- Diego, isso aqui é uma delegacia. Como acha que eu estou? Aí, isso aqui tá muito apertado.
- Calma, o advogado já deve estar chegando. - Segurou a mão dela, Camila puxou. - Porquê você me trata assim?
- Eu não te chamei aqui, Diego. Vai embora!
- Não vou deixar você aqui com meu filho na barriga.
Camila gargalhou.
- Sabia que são dois? Ah não, você não vai chorar né? Isso é patético! Essa coisa que tá dentro de mim pode ser de qualquer um, afinal não precisava muito pra foder comigo.
- Você não está bem do juízo. Isso é bom para sua defesa. Ótimo, continue mantendo essa farsa.
- Você tá obssescado por mim.
- Eu gosto muito de você, é diferente. Vai ficar tudo bem, eu vou cuidar de você.
- Diego você me dá nojo. Sai daqui. Sai! Anda!
- Vai se machucar, princesinha. - Tirou o chapéu e colocou na mesa. - Cai fora, rapaz. Você é surdo ou quer ficar preso junto com sua namoradinha?
- Eu voltarei Camila.
- Já vai tarde.
Diego saiu com muita raiva. Quem melhor do que Gabriela para explicar o quê aconteceu? Iria lhe fazer uma visitinha.
- Agora somos só nós dois já podes parar de fingir. - Cantou o delegado. - Tentiva de assassinato, uma única bala no peito. Porquê?
- Não sei do que está falando.
- Vai falar só em juízo?
- Vou falar quando eu quiser.
- Tudo bem. Boreu joga ela na cela 12 com a esquartejadora.
- Não, tudo bem, eu colaboro.
- Claro, rsrs.
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Melissa levou Gabriela até a cantina, pagou café para elas e se sentaram em uma mesa. Gabriela não tinha mais lágrimas para chorar, bebeu o café em silêncio. Olhou um homem de terno entrar na cantina, acenou para Melissa, depois veio ao encontro delas.
- Sinto muito, Melissa. A culpa é minha, eu devia ter ido com ela.
- Você não podia ter adivinhado. Sente-se. Quer um café, Jonas?
- Não, obrigada. Ei, moça - tocou o ombro de Gabriela - você está bem?
- Não. Nada bem. Só vou ficar bem quando ver a Radsha. Quando vou poder vê-la? Hein? Quando? - Segurou no terno de Jonas o puxando.
- Calma, moça. Para início de conversa quem é você?
- Gabriela. Eu sou... A...
- Amiga da Senhora Radsha. Inclusive ela trabalha no hotel onde a tragédia aconteceu.
- Isso está muito estranho...
Médicos entraram assustados na cantina, com formulário na mão, o colocou em frente à Melissa na mesa.
- Vamos precisar operá-la de urgência. Radsha disse que se algum dia acontecesse algo como isso, você ia decidir, Melissa. Assina.
- Preciso ler isso aqui. - Pegou o papel, mas o tomaram dele.
- Desculpa Dr. Jonas, não temos tempo para isso. Melissa.
- Tudo bem. - Assinou. - Salva ela.
- Vou fazer até o impossível. Vamos.
A equipe voltou para a sala de cirurgia, a roupa foi vestida pela assistente, a máscara e a luva. A vida de Radsha estava nas mãos de 8 pessoas, as melhores do país.
- Não importa qual a religião, numa hora dessas a única coisa que podemos fazer é rezar. - Melissa segurou na mão de Gabriela e Jonas, fecharam os olhos e fizeram suas preces.
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[[bom está acabando. será que radsha vai sobreviver? como camila se saiu com o delegado? e diego qual atitude tomará para saber a verdade? não perca o cap.09]]