Boa noite pessoal, segundo cap. saindo, queremos agradecer a todos que comentaram e leram.
oooooi galerinha, (tava com saudades de escrever essa frase pra vcs u.u ),
Leticia Rodrigues: muuuito obrigado, continuandoooo Loh: muito obrigada. :)
Geomateus: valeu mateus Loh: obrigada.
Ru/Ruanito: brigaduuuu Loh : valeu.
carllinhasouza: muito obrigado por ler carlinha Loh: obrigada. ^-^
GUINHO: pois é a gente ja tava com saudades, valeu Loh: muita saudades hehe. Valeu.
peetalove3: muito obrigado Loh: valeu ;)
Esperamos que gostem. tenham uma boa leituraEles já haviam andado quase o dia inteiro, a floresta era em sua maioria escura, exceto por algumas brechas não muito grandes entre as copas das arvores por onde o sol tentava passar. Foi um percurso complicado para eles, muitas raízes traiçoeiras no chão e pequenos buracos onde os cavalos podiam prender as patas, Hector achou que seria melhor se eles caminhassem, pois segundo ele, montados não iriam conseguir identificar todas as traiçoeiras raízes e buracos.
Mesmo cansados eles ainda caminhavam, não estavam nem perto do fim daquela floresta, porem já estavam bem longe do reino. Sara cantarolava uma suave canção, era calma como uma canção de ninar, Pedro estava gostando de ouvi-la, o silencio da floresta era esmagador, por algumas vezes chegou a pensar se existia mesmo alguma vida ali ou apenas as arvores habitavam aquele lugar meio escuro.
- merda. – resmungou após tropeçar em uma raiz escondida entre as folhas secas no chão.
- cuidado majestade. – disse Sara. – deve olhar bem onde pisa.
- como posso ver onde piso nesse lugar que mal tem luz. – resmungou.
- eu gosto. – eles ouviram o comentário baixo vindo do Hector, e realmente ele era o único que não tropeçara nem escorregara nos musgos daquele lugar, era possível ate mesmo ver a sombra de um sorriso nele. – gosto desse silencio também.
- só você mesmo para gostar de um lugar assustador como esse. – disse Sara revirando os olhos.
- a floresta deixa minha rainha assustada, é? – zombou ele.
- não disse que estava assustada. – rebateu.
- hurum. – foi tudo que Hector respondeu com sarcasmo, Pedro sorriu com aquilo. O gêmeo gostava de provocar.
Fizeram uma rápida parada para recuperarem o fôlego e voltaram a caminhar, Pedro sentia a estranha sensação de estar sendo observado, porem a floresta continuava silenciosa, começou a observar melhor e era quase como se as arvores fossem que os observava. Teve a impressão de ter visto algo entre as arvores a sua direita, mas não teve certeza se tinha mesmo algo ou era apenas coisa de sua mente, afinal nem Sara nem o Hector tinha percebido. Mais uma curta caminhada e Pedro ainda sentia-se observado, chegaram a um ponto da floresta onde Hector achou que seria bom para o acampamento, era bem aos pés de um imenso salgueiro, suas raízes estendiam-se altas no solo. Era uma arvore Centenária sem duvida.
- majestade será que poderia cuidar das nossas barracas? – disse Hector de forma calma. – hoje eu vou buscar a lenha.
- eu posso cuidar do fogo...
- eu cuido dele hoje majestade. – interrompeu já se virando. Pedro achou estranho aquilo, Hector parecia esconder algo.
- Hector? – chamou-o.
- sim vossa graça? – parou mais não se virou.
- algum problema? – perguntou sentindo a energia do outro se deslocar, apesar da postura relaxada e despreocupada Hector parecia que se preparava para algo, ou alguém, ele não tirava os olhos da floresta fechada. – você esta se sentindo observado também não esta? Tem alguma coisa nos olhando, eu sinto.
- eu não sei do que você esta falando majestade. – respondeu olhando para o Pedro que agora estava parado ao seu lado também fitando a floresta escura a frente. – eu só vou pegar lenhas, nada de mais.
Hector saiu caminhando enquanto Pedro ficava sem entender, estava claro na resposta que o outro deu que era tudo mentira, Pedro estava quase acostumando com aquele tom cínico de Hector, percebera como o moreno usava isso e o sarcasmo para esconder o que sentia, pensava ou sabia.
Enquanto Pedro e sara ficavam para traz Hector entrava cada vez mais na floresta, ele caminhava como quem não queria nada enquanto estendia seus sentidos como varias antenas que captavam coisas que os olhos normais não eram capazes. Ele sentia que havia algo ali, esteve parte do caminho submerso em seus pensamentos enquanto planejava como iriam chegar ate Jack, ficou tão perdido nisso que nem se deu conta de seus sentidos avisando que tinha algo de errado os cercando. O manto invisível de poder que Hector tinha estendido tocou em algo, ele pensou ter se enganado por um minuto, porem aquela aura era inconfundível.
- eu já sei que esta ai então sai logo. – disse autoritário, mas nem um movimento foi feito. – eu não estou brincando, ou você aparece por bem ou vou ter de usar a força.
Hector virou a cabeça olhando para a figura que agora era visível entre duas arvores, fechou os punhos quando viu ele ali, como explicar aquilo para o rei? O moreno cruzou os braços enquanto o outro se aproximava em passos lentos, ele sabia exatamente que estava encrencado, a forma como olhava para Hector dizia isso.
- não vou perguntar o que faz aqui e nem o porquê nos seguiu, sinceramente não ligo. – disse Hector com a voz dura enquanto o outro abaixava a cabeça. – mas espero que saiba que foi o ato mais burro que eu já vi em toda minha vida.
- eu não sou burro. – disse Ian bravo, mas ainda de cabeça baixa, as palavras duras de Hector tinha magoado o menino que só queria poder salvar o Jack também. – eu só queria ajudar.
- então deveria ter ficado no castelo. – respondeu Hector, ele estava zangado com atitude do menino, afinal, o pequeno poderia ter se machucado e ele não gostaria disso. – venha, vou ti levar ate o rei Pedro.
- ele vai ficar bravo comigo, não vai? – perguntou em voz baixa, ele sabia que foi arriscado, mas ele sabia também que podia ajudá-los.
- Hector onde esta a lenha? – perguntou Pedro ao ver Hector voltar, franziu a testa ao ver a expressão do gêmeo tão dura. – o que foi? – Hector não disse nada, apenas sai da frente dando passagem ao garotinho que vinha logo atrás com os ombros encolhidos e o olhar que dizia que ele sabia que tinha feito algo muito grave e seria castigado por isso. – Ian? Mas o que...?
- ele estava nos seguindo desde que saímos do castelo vossa graça, me desculpe por não ter percebido antes. – Hector olhou para o menino que não dizia nada, apenas escondia os olhos com o cabelo.
- como? Como nós não o vimos? – perguntou Pedro, ao mesmo tempo que estava bravo tentava entender como eles não viram um menininho arrastando um urso atrás deles por tanto tempo.
- explique pra nós garoto. – disse Hector com seu rosto serio como de costume.
- eu queria ajudar a trazer o Jack de volta, mas vocês não me deixaram vir junto, eu fiquei muito bravo por isso, mas então quando eu estava no meu quarto eu lembrei de um momento em que vi a senhorita Sara no pátio, ela estava La e de repente não estava mais, tinha ficado invisível. – contava o menino enquanto apertava o urso de pelúcia com força olhando em cada rosto confuso ao seu redor. – eu achei legal o que ela fez e pensei que se talvez eu ficasse invisível também, eu poderia segui-los e quando nós chegássemos La eu poderia ajudar vocês. – seus olhos brilharam e um biquinho tremulo se formou em seus lábios. – me desculpem, eu não queria atrapalhar, só queria mostrar que também posso ajudar. Não era minha intenção deixar vocês zangados.
- oh. – exclamou Sara comovida pela expressão do pequeno.
- não adianta fazer biquinho garoto, há mim você não vai comover. – disse Hector vendo que tanto Sara quanto Pedro estavam amolecendo pelo olhar inocente do menino. – o que você fez foi errado, arriscado e podia ter se machucado.
- eu só queria ajudar. – murmurou Ian de cabeça baixa.
- Ian o Hector esta certo. – disse Pedro se ajoelhando na frente do garotinho. – olha, eu sei que você não fez isso por mal, só queria ajudar, mas é perigoso demais, você é só um garotinho ainda...
- mas eu sou forte majestade. – respondeu um tanto irritado, ele queria mostrar que era forte também, que podia lutar também. – e sou muito esperto, eu consegui segui-los ate aqui sem que vocês percebessem. Eu fiquei invisível como a senhorita Sara e segui vocês. Aprendi a levitar com o Micah, eu o vi levitando uma vez e fiz igual, foi assim que consegui acompanhá-los todo esse tempo. – disse deixando um sorrisinho vitorioso aparecer. – eu sou esperto.
- nisso tenho que concordar. – murmurou Hector.
- Ian conta pra mim, você olha o que uma pessoa faz e consegue fazer igual? – perguntou Sara, ele tinha se inclinado para frente apoiando as mãos nos joelhos.
- posso.
- isso é um Dom. – disse Pedro olhando para Sara que concordou com a cabeça.
- é mesmo? – Ian perguntou com as sobrancelhas unidas. – eu só consigo copiar, é um Dom mesmo assim?
- claro que sim. – Sara sorriu para o menor. – uma dom bem diferente de tudo que eu já vi. Como funciona?
- não sei. – Ian deu de ombros. – eu vejo e faço igual. Não é difícil pra mim.
- interessante. – disseram Pedro e Sara juntos.
- é sim, mas vocês estão esquecendo-se de uma coisa. – Hector chamou a atenção dos outros. – ele não pode vir conosco.
- você tem razão. – Pedro se levantou assumindo uma postura reta. – vamos ter que voltar.
- voltar? – Sara perguntou. – não podemos, já chegamos muito longe pra ter que voltar, o corpo do Jack pode estar conservado, mas não ficara assim pra sempre e nem sabemos quanto tempo vamos levar ate voltarmos com o espírito dele, não podemos voltar agora.
- ele não pode ir conosco. – retrucou Pedro.
- mande o dragão levá-lo. – disse Hector.
Os três discutiam o que fazer enquanto Ian observava com a testa franzida, ele não queria voltar para o castelo, e nem voltaria não importasse o que eles dissessem, ele iria provar que podia ajudar. Ele queria salvar o Jack assim como o Jack salvou ele, graças ao Jack ele tinha uma casa e uma família, estava fora de cogitação ficar parado quando alguém que acabará de entrar na sua vida precisa de ajuda.
- não importa se voltarmos pro castelo fugiremos de novo, né Teddy? – Ian sorriu para seu urso de pelúcia. – só vamos levar um pouco mais de tempo.
- majestade, eu não quero que o Ian se meta em confusão, mas não podemos mesmo voltar, e a Atena esta carregando nossas coisas, se voltarmos perderemos muito tempo, e ele se mostrou mesmo muito esperto, se algo acontecer ele fica invisível de novo, não tem outra alternativa, vamos ter que prosseguir com ele. – disse Sara. – nós somos três, podemos tomar conta dele, é arriscado mas não podemos voltar.
- não esta certo, ele não devia estar aqui. – disse Pedro com um longo suspiro.
- mas eles já esta, e ele conseguiu chegar aqui sem que nós víssemos ele e se virou bem ate agora, acho que pode aguentar o resto da viajem. – disse Hector olhando de relance para o menino que sorria alegremente para seu ursinho.
- agora já esta feito majestade. – Sara concluiu.
- tudo bem, mas ainda não acho certo. – Pedro respondeu derrotado. – Ian. – chamou o menino que olhou na mesmo hora. – você vai com a gente, mas qualquer sinal de perigo eu vou mandar a Atena voltar com você para o castelo entendeu?
- sim, sim. – disse com um sorriso imenso nos lábios e se agarrando nos pescoço do Pedro. – obrigado, obrigadoComente, votem e opinem.