Os Sonhadores
Delicada Atração
Felipe AlvesEntão eu havia passado o dia inteiro tentando intender oque eu poderia fazer para ajudar aquele garotinho, mas eu não tinha chegado a lugar algum, não sabia o que dizer ou o que fazer, ele era muito reservado, muito calado na dele, tinha medo de acabar asustando ele.
Ele sentou com um pouco de medo na minha frente, parecia que ele estava olhando para um serpente prestes a dar o bote, ele estava com o cabelo meio bagunçado, seus olhos pareciam duas lanternas acesas de tão claros e brilhantes provavelmente pela camisa que usava que era de um azul bem claro com a estampa do Super Homem, deixa ele com uma cara de criança, mas criança que o normal kk
Para quebrar aquele gelo glacial que estava entre nós eu resolvi ser o primeiro a falar.
-Então como esta sendo o seu primeiro dia? Posso te ajudar em alguma coisa.
-Na verdade a Tais me pediu para ver se o senhor precisa de alguma coisa.
-Quando me chamam de senhor eu me sinto um idoso sabia, pode me chamar só pelo nome ok, pelo que meu pai me disse ele conhece sua família a muito tempo então somos quase parentes kkk
Não fiz por mal, mas ele ficou parecendo um pimentão de tão vermelho, estáva me esforçando para tentar fazer ele se sentir a vontade comigo.
Em concordância ao que eu havia dito ele só esboçou um leve sorriso.
-Rafael, como está sendo na escola nova? Já tá afim de alguma gatinha?
Desta vez eu fiz por maldade, só pra ver ele ficar vermelho de novo.
-Na verdade não, só afim de estudar mesmo .
-Você está em que ano?
-termino o primeiro ano (ensino médio) esse ano.
-Você pretende cursar qual curso na faculdade?
-quero fazer odontologia.
-legal, você tem cara de médico.
Ta bom essa "você tem cara de médico" foi sem querer, falei sem pensar, agora ele vai pensar que eu to dando em cima dele, oque nen e tão mentira kkk
Continuamos nessa conversa casual por um bom tempo sei que quando demos conta já estava no fim da tarde, a Tais veio a visar que já estava indo e que já havia fechado tudo no andar de baixo e nos desejou boa noite, ela era muito eficiente, ela saiu pela porta lateral que era alto automaticamente e só abria por dentro, traduzindo estávamos eu e ele sozinhos ali, e não tinha a menor chance de alguém chegar e atrapalhar em nada, tinha a oportunidade perfeita para tentar alguma coisa com ele.
Estávamos próximo a parede de vidro as persianas estavam abertas de modo que podíamos ver tudo lá fora, no calçadão da praia onde começa a aparecer alguns moradores que costumavam correr na orla naquele horário, e ninguém de fora conseguia ver lá dentro pelo vidro escuro, eu estava sentado em uma poltrona de couro e ele no divã também dé couro, estávamos relativamente bem próximos um do outro.
Ele estava com uma postura bem rígida ainda meio que de autodefesa, porém já estavamos bem entrosados, conversamos bastante e ele já estava menos calado conversa quase normalmente nen lembrava aquele garoto com cara de assustado que eu o vi ontem pela primeira vez.
Então eu tomei coragem e fui a luta, rsrsrsr, levantei e sentei no divã também bem ao seu lado, ele ficou me olhando com uma expressão que não sei explicar, coloquei minha mão em sua coxa, ele estava com uma calça jeans escura, agora sua expressão era de quem estava prestes a sair gritando, mas não o fez.
-Você ta achando que eu sou gay.
-Não importa o que eu acho.
Aproximei meus lábios do seus lentamente, senti sua respiração fraca em minha pele, o beijo foi delicado e doloroso parecia que eu estava beijando uma pedra, ele não teve nenhum reação.
Ele ficou quieto até que eu separei nossos lábios, e ainda sem nada dizer, sem nen me olhar ele saiu daqui, não correu mas também não me deu tempo de dizer nadaQuem gostou comenta!
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Ps: adoro ler comentários kkk