(...)
E um dia após o almoço eu tive uma surpresa. Eu tinha uma visita. E quando a vi meu coração pulou para fora do peito. Corri para abraçá-lo. Mas, ele ficou ali parado. Não me abraçou de volta. Apenas me olhou... E eu não soube interpretar o olhar do meu namorado... do Teco. Ao mesmo tempo que o achava frio eu ainda via uma fagulha de sentimento ali... Eu tive medo, mas tive esperança também...
Eu fiquei estático olhando para ele. Percebi que suas mãos e sua testa suavam muito. Eu via seu coração bater acelerado debaixo da blusa. Ele estava mais magro, porem com o corpo mais musculoso. Seus braços e peito continuavam enormes e eu senti saudades da época que eu me deitava alia.
O agente educativo que me acompanhava nos deixou a sós e ficou nos monitorando através do vidro que havia na porta.
Olhei para o chão inseguro e tímido. Teco não sabia tudo que aconteceu. Ninguém sabia. Oficialmente não houve nenhuma explicação para o suicídio do pai de Luís. Eu estava ali encarcerado devido à vadia sonsa da Bruna. As agressões que ela sofreu, que foram bem poucas eu pensava com ódio, aliada a influência da família dela, que determinaram minha prisão.
Teco se aproximou com passos curto. Ele puxava o ar com dificuldade pela boca. Ele me segurou elos cotovelos e me puxou para um abraço.
- Eu senti tanto sua falta, cara. Eu fiz de tudo pra vir aqui antes, cara. Tudo. Tudo que podia. Mas, foi tenso. Meus antecedentes não são muito bons. Custei pra conseguir uma autorização. Eu te amo cara. Te amo demais – eu sorri interiormente, satisfeito. Ele continuava o mesmo bobo.
- Ai Teco, minha mãe te explicou tudo né... Eu fui lá estudar... era trabalho em grupo, não tive escolha. A professora mandou né. Ele começou a brigar comigo. E a Bruna, nossa... ela também... eu nem sei o que fiz, agi no impulso – eu chorei fingidamente – eu... eu vim parar aqui... eu tô sofrendo demais... sem você, sem minha mãe, sem ninguém... – eu comecei a soluçar alto e ele me abraçou mais forte; pelo vidro vi que o guarda nos olhava atentamente – eu quero ir embora, tudo que eu quero nessa vida é ir embora... eu só quero sair daqui – dessa vez fui um pouco mais sincero; Teco começou a me dar beijos secos no rosto e a lamber minhas lágrimas, vi que o guarda conteve um riso, a cena devia ser patética – eu quero sair daqui... por favor, Teco, por favor, me tira daqui – Teco não resistiu mais e enfiou toda a sua língua, sem preâmbulos em minha boca, eu sorvi sua língua com vontade, chupei-a como faria com seu delicioso pênis.
Teco me encostou na parede e permaneceu me beijando com desejo, quase com desespero. Eu o beijava e, com um olho aberto, observava o guarda nos encarando. Ele havia aberto os primeiros botões de sua farda e parte do seu peito peludo ficou a mostra. Ele parecia apertar o mamilo com uma mão enquanto nos admirava, sua outra mão, eu imaginei, devia estar apertando seu cassete dentro da calça justa da farda. Teco começou a chupar e morder meu pescoço. Eu gemi alto de prazer. Enfiei meus dedos na própria boca e comecei a chupá-los. Acariciava com força a cabeça de Teco e olhava para o guarda com cara de puta. Minha blusa foi levantada e Teco começou a chupar meus mamilos.
Eu, confesso, estava admirado com a audácia de Teco por me sarrar tão descaradamente ali no reformatório, mas é claro que estava gostando muito. Ele abriu o fecho da calça e colocou seu cassete duro para fora. Era maior e mais grosso do que eu me lembrava. A cabeça brilhou com a gosma do pre-gozo. Estava muito inchado e com as veias grandes. Peguei e gemi baixinho quando senti sua quentura. Abaixei-me e abri a boca. A porta abriu junto. Com a calça estufada na parte da frente e um olhar lúbrico e devasso o guarda nos fitou.
- Acalmem-se, seus putos! Onde pensam que estão? – Ele olhou para mim com cara de tarado e para Teco com uma expressão furiosa.
Teco, para meu espanto, permaneceu com o pau de fora, começou a se punhetar, enfiou a mão no bolso, tirou várias notas, entregou para ele e simplesmente disse:
- Vaza daqui, AGORA!
O guarda guardou o dinheiro e saiu de mansinho. Eu agachei-me, mas Teco me levantou e me colocou de cara na parede.
- Não temos muito tempo – ele disse – Cara, desde que tu veio pra cá que tô na seca... te amo, porra, te amo... – ele começou a morder minha nuca.
Sua língua molhada e hábil me deu calafrios. Contorci-me ao seu toque. Seu membro foi introduzido em meu orifício anal. Meu cu já não era tão apertado. Aliás, estava muito aberto, pois vinha sendo utilizado com muita frequência. Ele não notou. Encaixou-se ali e começou a bombar. Ficou fungando em meu pescoço. Eu olhava para o lado e via o agente nos observando. Lambi meus lábios olhando para ele. Teco metia apressadamente. Sua calça atrapalhava um pouco a foda. Eu contraia o cu, para tentar dar a falsa impressão de que ele permanecia estreito. Teco metia impetuosamente, cerca de dez bombadas depois senti sua porra escorrer pelas bandas do meu rabo.
Ele catou a porra com a mão e enfiou na minha boca. Depois nos beijamos. Não satisfeito, agarrei seu pinto murcho e o fiz endurecer entre meus beiços. Chupei rápido, enquanto ele arfava olhando para o teto, sua porra logo se derramou em minha boca de novo. Engoli tudo. Ele me olhava estupefato e saciado. Fiquei orgulhoso. Era o olhar de admiração e gratidão que os machos outrora me lançavam. Ali no reformatório eu só convivia com ameaças e desprezo, tudo num enfoque luxurioso, mas bem diferente do olhar magnífico que meu namorado me lançava.
- Eu sempre acreditei em você – Teco me disse – e sempre vou acreditar.
- Eu te amo, cara, te amo muito, muito, infinito...
- Eu vou estar te esperando lá fora, ok... em um mês você vai sair... – meu coração quase saltou para fora. Eu me senti tonto. Eu fiquei radiante.
- Eu vou sair em breve desse inferno?
- Sim – ele respondeu chorando – vai sair sim – e nos calamos em outro beijo.
Teco foi embora e eu fiquei ali aguardando o agente que ia me conduzir para o interior do reformatório, junto dos outros internos, novamente. Ele não falou nada, apenas me puxou com força e me jogou no chão. Entendi o recado e desci as calças, expondo minha bunda recém-currada.
Fiquei de quatro esperando-o. Ele desafivelou o cinto, abaixou a calça e se encaixou atrás de mim. Senti sua selva de pentelhos arranhar minha pele. Sentia sua barriga, peluda e suada, me roçando também. Seu suor o fazia se colar em minha pele. Ele achou minha orelha e a enfiou a língua lá. Eu sentia seus braços apertando-me logo abaixo dos mamilos. Comecei a gemer bem manhoso. Eu estava me sentindo vivo novamente.
Não era incomum aquele guarda me comer. Alguns outros também o faziam sempre que tinham vontade. Diversos internos me possuíam também. Diversos outros internos também eram violentados. Mas, como eu gostava, eu era o preferido. Até me distraía. Sem esses momentos a vida seria um tédio.
O que fazia meu coração bater mais forte era saber que, em breve, estaria livre novamente, livre com o Teco. Livre para ser feliz de novo. Rebolei instintivamente mais rápido na pica dura do guarda. Era um cara grandalhão e peludo. Tinha a cara vermelha, talvez sofresse de pressão alta, pensei.
Ele metia com vigor. Eu gostava da metida dele. Ele me fazia sentia uma puta. Uma sensação que eu apreciava. Os outros, em regra, procuravam somente o alívio do gozo. Esse guarda não. Esse gostava de cu de viado. Esse sabia tratar um viado. Ele começou a me esganar como fazia quando percebia que o gozo estava vindo. Desengatamos-nos e eu abri a boca. Ele voltou a me esganar. Com seu pau na boca e sem ar eu chupei da forma que pude. A porra veio e ele aumentou a pressão em minha garganta. Meus olhos se esbugalharam. Comecei a me debater. Olhei para ele implorando. Ele aliviou a pressão. Engoli. Ele sorriu. Eu sorri. Abraçamos-nos. Ele deu um tapa na minha bunda. Um tapa forte.
- Vai fazer falta aqui, sua puta!
Sai dali rebolando, feito um gaysinho saltitante. Estava feliz. Ele me puxou novamente e me bateu na cara.
-Vai embora, mas vai marcada – e continuou me batendo. Eu senti dor, mas experimentei o prazer sádico que tanto gostava e fiquei ainda mais felizOs meninos dali me comiam, os guardas me comiam, o faxineiro me comia. Eu dava para quem quisesse. Ou era isso ou eu poderia apanhar de verdade, sem nenhuma conotação sexual. Uma experiência que já havia tido com o Luís e havia me deixado deformado para sempre.
Mas, sobrevivi. O mês passou rápido. Eu estaria solto. Eu estaria em casa. Eu estaria LIVRE.
Eu sentiria um pouco de falta do reformatório também. Apesar de trancafiado, era um lugar onde eu podia viver o sexo em sua plenitude. Eu ali era o que eu sempre fui fora dali, porém sem maquiagens e ditames sociais: um corpo. Eu era usado por quem quisesse. Sempre que quisessem. Negros, gordos, velhos, deficientes, eu estava sempre disponível. E isso assegurava minha sobrevivência. Muita gente morria ali... O engraçado era que, agora, quando eu dava para eles, eu pensava no Teco. Eu acho que, finalmente, eu me apaixonei mesmo.
O tempo passou voando. Eu fui solto. Minha mãe, não foi lá me buscar. Ela já não acreditava mais em mim. Pagava o advogado, enviava notícias, mas não me dava mais afeto. Ela nunca disse claramente que não acreditava em mim, mas um dia ela insinuou que achou coisas em meu quarto: fotos, vídeos, mensagens... coisas que uma mãe não quer ver... e nem deve ver... eu sentia saudades, mas, ah, que se dane! Eu tinha esquecido até o amor da minha vida, o Luís...
Luis parecia que fazia parte de outra vida. Eu e ele havíamos mudado. Eu acompnahava a vida dele, através das redes sociais. Estava bem de vida, graças a puta da mãe dele. Estava melancólico também. Divagava e filosofava muito. Tinha um olhar triste. Por ele eu tinha curiosidade, não era mais amor, nem possessão. Eu queria saber da vida dele, só por saber... Estava as vezes acompanhado de mulheres mais velhas, “amigas” de sua mãe... deviam ser carentes e safadas por um corpo jovem... no fundo, eu sabia que ele não tinha mudado, apenas se fazia de vítima para tentar salvaguardar algum resquício de masculinidade.
Teco estava lá fora me esperando. De carro. Gostei. Ele estava mais prospero, pelo visto.
- Cara, sua mãe não pode... – ele começou hesitante.
- Não ligo, minha vida agora é só você!
Fomos para a nova casa dele, maior e melhor localizada, e em sua cama enorme nos amamos como devíamos.
Ele trouxer roupas da minha casa antiga e outros objetos. Soube por ele que minha mãe vendeu a casa e depositou parte do dinheiro numa conta no meu nome. Era o que eu teria para me virar, agora que já era maior.
Teco era carinhoso e gentil, dizia-me que precisava compensar todo o sofrimento injusto que havia experimentado naquele reformatório maldito. Eu olhava para seus olhos e via carinho. Eu olhava para seu corpo e sentia desejo. Eu olhava para mim e percebia, porém, que, apesar de feliz eu não estava completo. Sentia que me faltava algo. Era uma sensação frequente agora.
Um dia, vi Roberto correndo no parque. Ele estava ainda bonitão. Forte, viril, másculo. Ele me olhou e desviou o olhar. Mas, percebi que ele ajeitou o pau dentro do short curto e largo de corrida. Vi um pouco de medo em seus olhos, mas vi desejo também. Nesse dia percebi o que me faltava...
Teco levou seu carro na antiga oficina que trabalhava para fazer a manutenção. Esperei dentro do carro enquanto Teco combinava o valor do serviço. Ouvia parte da conversa. Percebi que Teco conhecia o mecânico. Era alguém que já tinha trabalhado com ele.
Olhei para dentro da oficina e vi um coroa de mais ou menos quarenta e poucos anos, negro, cabeça raspada, olhos pretos, barbudo, dedos e unhas sujos de graxa, beiçudo e forte devido ao trabalho braçal. Era o negro que me esnobou dizendo que eu não sabia chupar pica direito. Senti raiva. Senti-me contrariado. Quis ir embora. Meu cu começou a piscar.
Desci do carro e andei até eles.
- Amor, o banheiro ainda fica no mesmo lugar? – falei insinuante. O negro me olhou de cima à baixo, reconhecendo-me.
- Fica sim, cara, vou com você até lá... – vi o tesão brilhar nos olhos do outro mecânico. Certamente ele estaria relembrando em sua mente as deliciosas fodas que já havia presenciado de nós dois. No passado ele havia me humilhando muito dizendo que eu não seria para ser viado. Caras que tem o pau extraordinariamente grande tem essa mania. Como pouca gente aguenta uma tora dessas, eles se habituam a humilhar seus parceiros sexuais, desprezando-os.
Teco foi caminhando atrás de mim.
- Desculpa gente, mas esse banheiro é só pro pessoal da oficina – o mecânico negro disse.
Teco olhou para ele com estranheza.
- Deixa disso, cara, trabalhei tanto aqui, pow...
- Lamento, o chefe anda muito estressado. Sem chance – ele respondeu irredutível.
- Que isso cara, somos brother pow... ficou maluco? – Teco continuou insistindo.
No começo a minha intenção era só provocar o mecânico, deixando-o com desejo de estar no lugar do Teco. Mas, outra ideia foi surgindo em minha mente. Ali, eu percebi o que faltava em minha vida: era emoção!
- Por favor, falei manhoso, eu tô muito apertado – eu falei que nem gaysinho e até dobrei as pernas para indicar que precisava muito usar o banheiro.
- Quebra essa pro cara mano, a gente vai lá rapidão – Teco voltou a argumentar.
- Porra mano, é meu trampo vei! Não posso! O chefe já tá bravo comigo! Ele vai me fuder se ver gente estranha andando por ai
- Ai meu Deus – choraminguei – eu vou no gramado ali atrás. Eu realmente não estou bem – agora eu apertava a barriga – deve ter sido o churros que a gente comeu naquela barraca.
- Puta que pariu! – Teco xingou, já bravo – Vamos embora daqui, cara – ele me puxou pelo braço.
- Espere – disse o mecânico – eu posso levá-lo no banheiro do quartinho que a gente dormia no intervalo, lembra? – ele olhou para Teco – lá o chefe não ia reclamar.
Teco fez uma cara de quem não via sentindo na argumentação dele e nem eu, mas percebi a deixa e, antes que Teco falasse mais alguma coisa eu disse:
- Pelo amor de Deus, vamos rápido, então... eu tô com muita dor de barriga...
Teco começou a nos acompanhar.
- Você não. Que parte você não entendeu? O chefe não quer gente estranha por aqui! – o mecânico elevou um pouco a voz e Teco, depois de olhar para minha expressão condoída, cedeu.
- Vão lá – Teco disse - Eu espero aqui.
- Amor, devo demorar... você entende – até forcei um peido para ele acreditar que eu queria cagar desesperadamente; o mecânico negro se segurava para não rir.
Caminhamos até o banheiro e não perdi tempo. Apertei aquela tora negra por cima da roupa, enquanto ele a tirava para fora. Era enorme ainda. Muito grande. O maior cassete que já tinha visto na vida. Eu salivei de vontade. A baba chegava a escorrer da minha boca. Eu reverenciei aquela pistola com desejo. Eu abri a boca e a engoli. Toda. Todos os centímetros daquela carne dura estavam na minha boca.
O mecânico me olhou com gosto. Começou a bombar na minha boca. Eu permanecia engolindo tudo. Cada pedaço. Babava e salivava e olhava para ele procurando sua aprovação. Ele movimenta lentamente a cabeça para indicar que estava gostando.
Fechei os olhos e senti uma pressão estranha no pescoço, um toque que me lembrava o guarda do reformatório. Olhei para o mecânico e vi uma expressão diferente em seu rosto. Seu pau murchou na minha boca. A pressão no meu pescoço continuou. As mãos do mecânico estavam livres, eu podia vê-las. Virei-me lentamente. Teco continuou me apertando. Eu estava sendo estrangulado.
Ele chorava. Eu vi a tristeza em seus olhos. Eu o encarei. Eu fiz cara de compaixão. Eu tentei tocar seu pênis. Ele não cedeu. O mecânico negro nos olhou pela última vez e dando um tapinha nas costas do Teco, saiu dali.
- Eu sabia que você não valia nada, cara! Tu só se aproximou de mim pra eu te ajudar a matar um cara... e eu bobo, fiz o que tu pediu. Eu me apaixonei cara, por você... cara, você foi meu tormento... eu fingi não ver... eu tentei... – ele continuava chorando e eu sem ar – você é o demônio! Nem na tua mãe acreditei! Ela me procurou sabia! Primeira vez na vida que eu bati numa mulher! Sentei a mão na cara dela quando ela veio me dizer quem você era! Santo tu não era, mas será que podia ser tão sem vergonha assim? Idiota – ele aumentou a pressão no meu pescoço – agora não tem mais volta.
Eu via que a situação era séria e tentei me soltar. Ele era forte e maior. Eu lutei por ar. Eu tentava encher os pulmões desse gás que a gente nem sempre valoriza, mas que ali me era vital.
- Idiota – ele repetiu – eu te odeio.
Eu ouvi, mas já quase não podia enxergar mais nada. Minha visão embaçou. Meu corpo foi ficando flácido e pesado. Eu não conseguia me concentrar. Eu não conseguia enxergar... eu vi que o dia escureceu... tudo ficou escuro... tudo... com dificuldade eu consegui articular uma última palavra: “Luís”... a pressão ficou mais ferrenha e tudo ficou definitivamente um bréu...
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Leitores amados do meu Brasil, estou vivendo um ótimo momento na minha vida e sem tempo para escrever. Desculpas pela demora e pelo capítulo curto. Essa sempre foi minha ideia inicial e eu só queria desenvolve-la mais. Agradeço todos os comentários. Voces são uns fofos! Amo muito voces todos!