E o tempo passou, levando com ele tudo aquilo que pôde ser esquecido.
Quase dois anos no Rio, fez com que Heitor terminasse os estudos e ganhasse uma boa quantia em dinheiro, e quando conseguiu o que pra ele seria a sua estabilidade e independência financeiras, a conquista dos seis zeros na conta bancária, ele finalmente aceitou a proposta de trabalho na Europa... Destino inicial, Espanha.
Nesse meio tempo, enquanto a temporada européia apenas começava, jano formou e já era o redator do Jornal em que trabalhava, seu pai, seu Azevedo, havia morrido e ele tinha sido transferido pra sucursal de São paulo pra ficar mais perto da mãe e dos irmãos.
No Recife, Eduardo perdeu a mãe. D. Abigail quase no final do ano em que Heitor viajou pra Europa, e mais alguns bens lhe foram deixados em herança, assim como uma dor insuportável pela perda daquela que sempre foi antes de mais nada sua amiga. Ele passou a se sentir muito só, e seu mundo passou a ser além do trabalho, a esperança de reconquista daquele que tinha seu amor incondicional.
Em Fortaleza, D. Auxiliadora finalmente se estabilizou como empresária no ramo de confecções e agora viajava frequentemente para feiras pelo País... Seus produtos em couro e jeans tinham uma enorme aceitação... E o ponto alto de todas as suas coleções, que eram desenhadas pela filha mais velha, tinham as peças em renda de bilro e labirinto, como carro chefe.
A primeira coisa que Heitor fez ao chegar em Madri, foi ligar pra casa da mãe e contar da sua viagem... A mãe ouvia tudo com uma apreensão muito grande, afinal de contas seu querido filho estava muito longe dela e se algo lhe acontecesse, ela não saberia como seria sua vida...
_ Você tem que me prometer que vai tomar cuidado por aí, Heitor.
_ Pode deixar mãe, vou lhe manter sempre avisada. Agora tenho que desligar porque ainda estou meio cansado da viagem e esse negócio de fuso horário, é complicado.
_ Deus te abençoe meu filho e mais uma vez, toma cuidado.
Logo que desligou, Heitor tratou de descansar um pouco mais, pois logo mais a noite, Marcos, o amigo que tinha feito o convite para que ele viesse finalmente pra Europa, o levaria a uma das bates mais bem frequentadas da cidade, Cool Club.
Foi justamente na quinta vez em que foram ao tal Cool Club, uma vez que eles ja haviam ido as outras boates baladas, Labirinto e Kapital, que Heitor conheceu o cara que o fez rever conceitos pela primeira vez na vida...
A boate como sempre estava cheia. Os turistas se misturavam aos moradores locais e a noite apesar de muito quente, estava perfeita. Heitor chegou na companhia do amigo Marcos e sentiu a insistência de um olhar pousado nele, onde quer que fosse. Conseguiram chegar após um grande esforço ao bar e após fazer os pedidos a um deus grego de nome Ramon, se encostaram para esperar as bebidas. A velha sensação voltou a lhe incomodar e quando Heitor olhou para seu lado esquerdo, deu de cara com um barman que lá não estava...
_ Su bebida señor.
Ao entregar seu copo, seu olhar se tornou mais penetrante ainda... E seus dedos foram levemente tocados pelo do estranho.
_ Gracias, señor.
_ lo siento, pero tengo que decir que lo he visto antes por aquí...
_ Yo siempre trato de venir aquí es el lugar para Melchor buena diversión ... Falou Heitor em um excelente espanhol de pouco mais de três meses.
_ Ahora le doy las gracias por hacer esto ... el turismo prefenrência? Llegó desde dónde?
_ De hecho, yo vine a trabajar ... Yo soy un acompanhamte ...
Isso em nada tirou o interesse daquele belo homem que aparentava ter pouco mais de 35 anos de idade. Ele só podia ser muito bom no que fazia para trabalhar ali. lembro que conversamos muito e ele sempre cheio de atenções... marcos sumiu e foi curtir sua noite... Já passava das 03:00 h da manhã e assim que meu mais novo amigo, Enrique saiu do seu posto, veio em minha direção, tocou e meu braço e disse no meu ouvido...
_ Te deseo, ven conmigo ...
Eu apenas o segui e subimos uma escada privada que nos levou direto a um aposento totalmente mobiliado, com muito bom gosto, diga-se de passagem, e assim que ficamos a sós, Enrique disse num excelente português:
_ Sei quem você é... Heitor, acertei?
_ Você fala português? Como sabe meu nome?
_ Sei muita coisa sobre você. Seu amigo Marcos trabalhou pra mim, então no dia em que os vi chegando aqui, tratei de perguntar tudo sobre você... E devo dizer que meu interesse por você ficou maior ainda.
Enrique foi dizendo essas palavras enquanto se aproximava cada vez mais de mim... Quando notei, meu corpo já estava enlaçado por ele, e nossas bocas começavam a se unir, naquele que foi um longo e gostoso beijo em terras espanholas.
Eu tava precisando desse tipo de carinho, os últimos meses não tinham sido fáceis pra mim por conta da adaptação e de repente estar nos braços de um cara que já me conhecia, isso era como ter ganho um prêmio por algo de bom que tenha feito.
Minhas roupas foram sendo tiradas peça por peça sem pressa nenhuma. A boca de Enrique parecia ter sido colada a minha pele e depois de muito tempo, a mesma já estava toda arrepiada... A última vez havia sido com... Não valia a pena lembar... E meus pensamentos voltaram a se concentrar no ali e agora.
Enrique curvou-se em meu peitoral e passou a morder meus dois mamilos alternadamente... Se seus dentes me faziam sentir uma leve dor, sua inquieta língua me anestesiava por completo os bicos do peito e sua boca cheia e macia, alargava mais ainda o perímetro de ação... e eu comecei a gemer muito pelo grande frisson que estava sentindo com o toque firme e másculo desse homem que pra mim era um completo estranho.
Eu apenas segurava sua cabeça, enquanto acariciava seu basto cabelo preto. Seu cheiro era inebriante, e sua determinação em me tocar, já haviam me ganho por completo.
_ Quiero follarte, Héctor...
_ Sí... foi tudo o que consegui responder antes de ter a boca invadida novamente por sua boca.
Enrique nos separou momentaneamente e me guiou até uma grande cama que ficava numa espécie de quarto conjugado a grande sala em que entramos.
Na cama fui deitado de barriga pra cima e tive meu cu cheirado,lambido e chupado por Enrique que, a cada toque que me fazia gemer, enlouquecia por estar me dando prazer enquanto sentia também...
_ Eres hermoso niño... ¿Tiene un delicioso culo... E eu voltava a ser chupado sofregamente por esse home que sabia muito bem o que fazer com outro...
Quando Enrique terminou de me chupar e enlouquecer, voltou a falar comigo...
_ Chuparme la polla...
Eu então fiquei de quatro em cima da cama, enquanto Enrique se punha de pé para poder me oferecer sua pica reta e grossa na medida certa.
Eu fiz o melhor pra poder dar ou mesmo retribuir o mesmo tipo de prazer que ele me fez sentir. Ele gemeu muito e por vezes chegou a foder minha boca, alcançando minha garganta...
Enrique não se contentou e deitou na cama e colocou meu corpo em cima do seu, já em posição inversa... O 69 que fizemos durou longos minutos e devo confessar que eu não queria que ele acabasse nunca... Enrique era um exímio chupador de cu... Eu me abri e me liberei pra ele sem pudor nenhum... E ele por sua vez sempre procurou ficar comigo, não sendo um egoísta que só pensa no próprio prazer... Por não aguentar mais, lhe disse:
_ Joder mi culo Enrique...Por favor.
Ele me chupou e foi chupado por mais alguns minutos, colocou uma camisinha e me fodeu bastante e por muito tempo... Nenhum dos dois queria o fim do prazer que tinha iniciado no início da madrugada e já estava seguindo por um claro amanhecer espanhol...
Enrique gozou em cima de meu peito e depois me fez gozar com sua língua em meu buraco...
E desde esse dia que deixei de vez essa vida...
Ele me fez trabalhar com ele em sua boate. Passei a morar junto e a dividir tudo com ele... Eu trabalhava e recebia meu salário, que ele nunca me deixou gastar nada. Enrique Brandão Gonzalez era um rico empresário da noite não só em Madri, mas também em Milão e Ibiza, Cannes, Mallorca e Roma... Suas casas noturnas sempre estavam em evidência e ele era conhecido como o rei da noite na Europa Ocidental. Devo acrescentar que era um homem de vasta cultura, e um verdadeiro mecenas em toda a Europa.
Devo dizer que muito vivi a seu lado nos cinco anos em que mantivemos nosso relacionamento. Quando tudo terminou eu já era um homem jovem de quase 28 anos e a ideia de voltar pra casa, foi mais forte que tudo...
Cheguei em Fortaleza num voo vindo direto de Lisboa na madrugada de uma sexta-feira. Na bagagem um homem totalmente diferente do garoto que havia saído daqui, além de muito dinheiro que já havia sido transferido ao longo dos últimos anos e uma ótima quantia que me foi presenteada pelo segundo homem que acredito ter amado na vida...
Peguei toda a minha bagagem, composta de 6 malas pretas e segui pra casa, pois rever minha mãe, havia se tornado a coisa mais importante da minha vida... Além de uma outra coisa...
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Meu agradecimento a cada um de vcs que me alimentam com seus comentarios, principalmente quando junto tem a velha receita de sopa de chucu... Adoro...
POVO DO LADO ESQUERDO, sempre terão o meu possível, disso podem estar certos... Nando Mota.