Dentro de Nós - Capítulo 7

Um conto erótico de Thomaz
Categoria: Homossexual
Contém 3534 palavras
Data: 13/12/2014 00:54:08

“Amo a liberdade, por isso deixo as coisas que amo livres. Se elas voltarem é porque as conquistei. Se não voltarem, é porque nunca as possuí.”

Tudo havia acontecido tão rápido, desde o meu primeiro beijo com William, da nossa conversa, e agora eu estava “conhecendo” o Samuel. Ele realmente me fazia bem, sentia com ele algo que eu não sentia com o William. Não era maior, nem igual, era um sentimento que eu só sentia por ele, e não conseguia definir. Talvez eu estivesse apenas tentando esquecer o William nos braços de outra pessoa, mas não. Eu não faria isso, só decidi que deveria ir em busca da minha felicidade, e eu ia fazer isso. Eu pensei que pudesse encontrar ela com o Samuel, e acho que poderia mesmo.

Nós estávamos ali, parados olhando um nos olhos do outro. Sentia um arrepio a cada toque dele no meu corpo, nossos corpos estavam colados, e eu não conseguia o soltar, queria ficar assim enquanto eu pudesse. Era cedo pra eu dizer que o amava, realmente eu queria conseguir dizer isso, e uma hora quem sabe eu diria. Seus músculos estavam rígidos, minha mão estava sobre seu peito e eu conseguia sentir seu coração bater. Eram batimentos calmos, sintonizava com a sua respiração, que já não era mais ofegante como minutos atrás. Eu estava começando a ficar zonzo, e já via dois Samuel na minha frente.

- Tá bem? – ele perguntou, com uma cara de preocupado. Eu estava tentando me manter em pé e minha cara já não era das boas. Fiz que “não” com a cabeça e então ele me colocou de volta no carro.

A praça era longe da minha casa, e mais ainda do Samuel, então o caminho foi longo. Eu estava deitado no banco detrás do carro com a cabeça repousada no colo do Samuel. Estava tentando olhar em seus olhos, mas acho que estava vesgo. Ele começava a rir a cada vez que eu fazia isso. Meu sono era grande e acabei dormindo ali mesmo.

Acordei no dia seguinte em um quarto que não era meu. O sol forte iluminava o quarto. Não sabia onde estava, nem o que estava fazendo ali. Olhei ao meu redor e era tudo diferente. Estava deitado em uma cama de casal, com um roupeiro enorme, cheio de espelhos. Percebi a maçaneta girar e a porta se abrir. Samuel aparece com uma bandeja de café da manhã, e com um sorriso envergonhado no rosto.

- Bom dia. – diz, posicionando a bandeja sobre a cama. Fiz sinal para ele esperar e fui até o banheiro do quarto, voltei minutos depois.

- Pronto. Bom dia – sentei-me do seu lado e ele me beijou um pouco mais feroz quanto da última vez, mas ainda calmo.

- Achei que não ia acordar mais. – diz, eu pergunto o porquê, e ele diz que eu dormi um dia inteiro e que hoje era sábado.

- Nossa, é sério isso? – perguntei, surpreso.

- Sim. Falei com a sua mãe, disse que você ia ficar aqui, busquei seus materiais e uniformes pra ela não desconfiar

muito. – ele ajeita a bandeja na cama.

- Obrigado, Samuel. – dou um selinho nele – Você por acaso... Dormiu comigo?

- Dormi, mas te juro que não fiz nada. Só fiquei abraçado contigo, vendo você dormir. – parecia que o vinho só tinha

efeito colateral comigo.

- Ah, é. – peguei um cookie da bandeja, e tomei um gole do suco de laranja.

- Tá gostoso? – perguntou, olhando nos meus olhos.

- O quê? – disse, mastigando um pedaço do cookie, que estava delicioso.

- O cookie, o suco, fui eu que fiz. – ele dá um sorriso de canto.

- Você que fez? – me impressiono, ele tinha mão boa.

- Sim. – ele também pega um cookie.

Passamos o fim de semana juntos, não rolou sexo, nem nada. No máximo beijos e carinhos, não estava preparado pra isso ainda, não me sentia totalmente confiante de fazer isso. Saímos para alguns lugares, conversamos muito, fui apresentado a pessoas novas. Aquele fim de semana foi muito especial.

Na noite daquele domingo, tínhamos chegado de uma festa do amigo do Samuel, que até então eu não conhecia. Não havia bebido, apenas refrigerante para não fazer nada demais. Fui para o banheiro tomar um banho, e ele ficou esperando ali fora, sentado na ponta da cama. Depois de poucos minutos eu voltei, e foi à vez dele. Eu estava sentado no mesmo lugar que ele estava, e não conseguia tirar os olhos da porta do banheiro. Ele saiu com uma toalha enrolada na cintura, sem camisa. Pude ver cada músculo seu, da parte que não estava coberta pela toalha. Fiquei olhando para seu corpo, e ele deu um sorriso malicioso ao perceber isso. Foi até o roupeiro e pegou uma cueca e a vestiu por debaixo da toalha, olhando para mim através do espelho. Ergui uma das sobrancelhas quando ele fez isso, e novamente ele soltou um sorriso malicioso. Virou para mim e desenrolou a toalha colocando-a de volta no banheiro. Ele estava perfeito, sua bunda era um pouco grande, e cheia de músculos até onde eu conseguia ver. Logo ele voltou e parou na minha frente, seu órgão ficou a alguns centímetros do meu rosto, então ele sentou-se do meu lado e me abraçou.

- Foi o melhor fim de semana que eu já tive. – ele diz, ainda me abraçando. Confesso que até então, havia sido o melhor pra mim também.

Percebi que ele estava excitado, mas não disse nada, apenas o beijei. Ele se deitou e me puxou para ele, eu estava por cima. Havia ficado excitado também. Nos beijamos, e eu comecei a descer, dando leves chupões em seu pescoço, e desci até seu peitoral. Comecei a beija-lo e a passar a língua pelos seus mamilos. Ele estava com uma cara de malvado, e com uma das mãos segurando minha cabeça. Beijei seus gomos da barriga, seu corpo todo malhado. Cheguei a sua cueca, olhei para ela com estranheza, nunca havia feito aquilo antes. Olhei para os seus olhos e eles estavam fechados, e puxei um pouco da sua cueca, mas logo a soltei e caí para o lado.

- NÃO! – exclamei, colocando minhas duas mãos sobre minha cabeça. Ele abriu os olhos e virou-se para mim, alisando meu rosto com seus dedos.

- Ei, tá tudo bem. Você não precisa fazer isso. – ele me beijou, e me abraçou. Dormimos assim.

O fim de semana havia acabado, e a rotina de aulas voltado ao normal. Cheguei na escola junto com o Samuel, e quem sabia de nós, como a Jéssica, Jade e Juliane, vieram falar com a gente e deram os votos e aquele blá, blá, blá todo.

- Que bom que estão juntos. – diz Juliane. Jéssica e Jade concordam com um enorme sorriso no rosto.

- É... – respondi sem graça. Samuel me abraçou como fazemos com os amigos normais.

- E como foi o fim de semana de vocês? – Jéssica perguntou isso maliciosamente.

- Ei, a gente só ficou junto, saímos para alguns lugares e deu. – respondi, em um tom de quem não estava gostando da

conversa, pois eu não estava mesmo. O que fizemos foi coisa nossa.

- É, não fizemos nada demais. – completou Samuel. Pedi que entrássemos e assim fizemos.

Eu havia parado de usar as muletas, até porque eu estava conseguindo caminhar usando o gesso, mesmo que eu sentisse um pouco de dor. Estava tomando os remédios receitados, tudo nos conformes. Meu dia ocorreu normal, William me viu junto com o Samuel, e não gostei da sua expressão facial, ou gostei. Ele parecia ter ficado com raiva. Mas ele parecia ter concordado em nos mantermos afastados, até demais.

Samuel ficou com uns amigos e eu resolvi ir até o jardim, sentei no mesmo banco em que havia sentado dias atrás, quando conversei com o William. Fiquei olhando para o nada e pensando em qual rumo tomar pra minha vida, tentei ter certeza dos meus sentimentos pelo Samuel, e dos que eu ainda tinha pelo William, afinal por mais que estivéssemos afastados, eu ainda o amava e muito. Talvez eu estivesse agindo errado com o Samuel, eu não sabia se o amava de verdade ou se estava tentando encontrar nele o que eu não podia mais ter com o William. Eu estava dividido, e isso estava me matando. Por outro lado, eu não voltaria com o William enquanto ele ainda estivesse com a Sophia, e eu queria conhece-la.

Eu havia levantado do banco para voltar para o pátio, e ao me virar, dou de cara com o William, parado, e olhando sério para mim.

- Que foi? – perguntei, frio.

- Nada, eu... – ele faz uma pausa e olha para baixo – Eu não to conseguindo.

- Não tá conseguindo o quê? – realmente não havia entendido. Tentava encontrar seu olhar, mas ele sempre desviava.

- Não to conseguindo ficar longe de você, não tô aguentando essa nossa distância, não consigo te ver com o Samuel sem ficar com raiva, sou obrigado e me segurar pra não te tirar de perto dele! – ele dizia aquilo em um tom meio que desesperado – Eu te amo!

Ao ouvir aquilo eu pensei em me jogar no chão, ou nos braços dele. Eu estava chorando e me sentindo um fraco por isso, não estava me reconhecendo como antes. Tudo estava completamente diferente. Eu não entendia mais nada.

- Eu vi a Sophia quinta-feira. – digo, enxugando minhas lágrimas. Ele faz uma cara de surpreso.

- O que? Onde? – pergunta.

- No restaurante que ela trabalha, Samuel me levou lá.

- Ah, vocês conversaram? – pergunta, em relação a Sophia.

- Não, mas eu quero conhece-la. – digo, meio que desafiando-o.

- Quer conhecer ela por quê? – ele faz uma cara de desconfiança.

- Pra saber com quem você está se metendo. Eu vou conhecer ela.

- Você pode conhecer ela, falar de mim pra ela e do que a gente fez. Ela não é mais pra mim o que era antes, o que eu

sentia por ela mudou. A gente não tá mais junto, eu não consegui mais, perdi todo meu sentimento por ela. – ele fala aquilo enxugando suas lágrimas que não paravam de cair.

- O quê? – não conseguia acreditar no que ele estava dizendo – Quando isso aconteceu?

- Uns dias depois de a gente discutir, eu e você. – ele olha para a mesa – Ela me perguntou o que estava acontecendo e eu acabei falando tudo, ela parecia ter entendido. Me aceitou como um amigo... Isso que a gente é agora.

- William... – eu não sabia o que falar, minhas lágrimas voltaram ainda mais fortes.

Ele fez sinal de “não” com a cabeça e se virou para sair dali. Eu abaixei a cabeça e fechei meus olhos, senti as lágrimas pingarem como gotas de chuva em minhas mãos e então olhei pra frente. William ainda estava lá, caminhando em passos lentos. Enxuguei minhas lágrimas e fui atrás dele, em passos um pouco rápidos, eu iria tentar com ele de novo. Mas quando estava a poucos metros dele, eu parei. Percebi que ele parou também e abaixou a cabeça, e depois voltou a seguir.

Fiquei parado ali por alguns minutos até ele desaparecer. O dia seguiu tranquilamente, mas eu não conseguia parar de pensar no que havia acontecido. Realmente o que eu sentia por William não havia mudado. Eu o queria comigo, mas ao mesmo tempo pensava no Samuel. Eu poderia amar os dois, mas isso não era comigo. Não tinha quem eu amava mais, não conseguia definir meus sentimentos, nem controla-los. Me senti um tremendo idiota por tudo que eu havia feito em menos de 3 meses.

As semanas passaram, eu continuava firme com o Samuel, não havíamos tido nada além de beijos e carinhos, não sabia quando eu iria me entregar ao desejo, mas não seria agora. William havia se afastado de mim quase que definitivamente, e eu estava aceitando aquilo, precisava aceitar. Jade havia começado a namorar o Théo, e confesso que fiquei com um pouco de ciúmes, mas era para o bem dela. Voltei a falar com a Letícia e me enturmei com a Lívia, ela era realmente muito legal. Estava fazendo o que eu podia para esquecer do que me desanimava. Em casa fazia de tudo para deixar minha mãe feliz, porque por mais que ela se mantivesse forte, sabia que ela estava sofrendo. Eu já havia retirado o gesso, mas ainda sentia um pouco de dor no joelho, mas nada comparado ao que sentia antes. Estava caminhando um pouco manco ainda, mas o médico disse que logo iria voltar ao normal.

Minha rotina no trabalho havia voltado ao normal, todos os dias. Conversava com meus colegas e de vez em quando combinávamos de irmos a festas. Não fui a muitas, e geralmente eu ficava sentado nas mesas bebendo refrigerante e vendo os outros dançarem e se curtirem. Raramente Samuel ia comigo. Eu havia me enturmado com praticamente todos da cidade, cumprimentava na rua, às vezes parava e ficávamos conversando. Estava descontraindo e perdendo a minha timidez idiota. Eu estava me dando bem aqui, e certamente não gostaria de me mudar de novo, por vários motivos.

Era noite, já. Peguei meu celular e havia seis mensagens do Samuel, pergunto se eu queria sair com ele, era a mesma mensagem nas seis, uma a cada meio minuto. Pensei e olhei as horas, era perto das 20hs, então mandei uma mensagem perguntando aonde iríamos nos encontrar.

Combinamos de nos encontrar na praça central, que não era a mesma onde nos beijamos. Me arrumei, falei pra mãe que iria sair e ela permitiu. Eu estava bem arrumado, até. Camisa social, calça jeans e um tênis legal. Esperei lá por alguns minutos e logo ele chega. Cabelos arrepiados, usava um colete, calça jeans, mas diferente. Estava muito lindo! E cheiroso. Abracei-o apertado, olhei para os cantos e não havia muita gente. Dei um beijo curto nele, mas ele me segurou quando eu fui me afastar e continuou o beijo. Nos soltamos e olhamos para os lados, não tinha ninguém nos olhando.

- Quer ficar por aqui mesmo? – perguntou. Havíamos sentado em um banco na praça, e o Samuel segurava minha mão.

- É, aqui tá bom. – respondi, calmamente.

- Você tá lindo. – ele falou, olhando-me de cima a baixo. Fiquei corado.

- Você também. – disse isso e olhei para os lados, procurava por um lugar fechado.

- Eu sei.

- Samuel, vem comigo. – puxei-o e levei até uma casa de brinquedos, ali mesmo na pracinha, onde as crianças ficavam brincando de dia.

- É sério isso? – ele perguntou, rindo. Empurrei-o para dentro da casinha. Não era muito grande, mas cabíamos ali dentro.

- É, entra aí. – entrei junto com ele e fechei a porta. Puxei-o para mim e o beijei.

- Eu te amo. – ele disse com os olhos fechados, nossas testas estavam encostadas uma na outra.

- Eu também te amo, William. – no momento que falei aquilo, eu mesmo o soltei e me afastei dele. Abaixei minha cabeça e a segurei com as duas mãos. Ele não falava nada.

Isso foi a pior coisa que eu fiz, não sei o que deu na minha cabeça em falar o nome do William, simplesmente saiu. Estava me odiando, queria afundar minha cabeça em um buraco. Samuel me puxou e me abraçou. Ele acariciou meus cabelos.

- Você ainda gosta dele, amor. – diz, olhando nos meus olhos.

Samuel havia pedido pra namorar comigo logo depois do fim de semana, do nosso fim de semana. Estávamos firmes e eu sentia que não o deixaria por nada, e não estava pensando em deixa-lo agora. Eu sabia dos meus sentimentos por ele, e sabia também o que eu sentia pelo William, mas eu estava mesmo gostando do Samuel. Eu estava me entregando a ele pouco a pouco, e não queria que isso fosse em vão, ele me amava de verdade e eu sentia isso. Não queria magoa-lo, eu tinha medo de fazer isso.

- Me desculpa. – implorei, dando-lhe um selinho – Eu não queria ter dito isso, Samuel. Eu amo você, e eu quero ficar com você. O que eu passei com ele foi só uma vez e é passado.

- Tá tudo bem, eu também quero ficar com você. Eu tô tentando mesmo te fazer feliz. Te fazer esquecer das coisas que você passou e te fizeram sofrer. – ele falava isso de um jeito carinhoso.

- Obrigado, eu só tive momentos bons com você, você só me trouxe coisas boas, não sei onde mais eu encontraria isso. Eu não quero te perder. – nesse momento eu comecei a chorar.

- Eu também não quero te perder, meu amor. Mas também não quero te prender, você é livre pra fazer o que quiser. – ele me dá um beijo na testa, e repousa minha cabeça sobre seu peito.

Ficamos assim durante alguns minutos, e então saímos da casa e caminhamos pela praça.

- Alguém da sua família já sabe, sobre você, ou nós, além do seu primo? – pergunto, tentando quebrar o silêncio.

- O meu irmão, e a minha irmã sabem de mim, e de você também.

- E quando vai apresentar eles pra mim? – pego em sua mão, estávamos saindo da praça e entrando em uma rua deserta.

- Hoje, se você quiser. – ele sorri. Eu estava precisando daquele sorriso. Concordo com a cabeça.

- Como contou pra eles? – perguntei, estava curioso em saber.

- Eu brincava com o meu irmão quando a gente era menor. – ele fala isso envergonhado – Depois que a gente cresceu, eu disse pra ele que eu gostava, e a gente curtiu por mais um tempo, depois ele começou a namorar.

- Uma guria?

- É. Mas ele diz que também fica com meninos.

- E a sua irmã?

- Ela nos viu, quando já estávamos grande. A gente tentou se explicar, mas não convencemos. Quando eu te conheci, que eu comecei a me apaixonar por você eu falei pra ela.

- E o que ela disse?

- Que queria te conhecer. – ele sorri – Vamos?

- Vamos. – concordo, ele me levaria até sua casa essa noite.

Eu estava completamente nervoso, tremia dos pés a cabeça ao pisar no chão da casa de Samuel. Ele estava no meu lado, de mãos dadas comigo. Estava com um sorriso envergonhado no rosto e eu também. Não sabia como reagiria ao ser apresentado aos irmãos dele, fora que não sabia como ele me apresentaria. Fiquei sentado no sofá da sala, até que Samuel fosse chama-los. A casa era grande, de dois andares, e os cômodos enormes. A sala dava duas da minha, e cozinha? Nossa, era imensa. Os móveis completamente organizados, e brilhando. Sentia um aroma perfumado na sala, e creio que havia o mesmo nos outros cômodos. Ouvi os passos vindos do corredor, Samuel aparece de cabeça baixa, com as mãos coçando os olhos. Ele olha para mim e faz sinal para que levantasse. Caminho até ele e paro do seu lado, sua irmã e seu irmão aparecem, com um sorriso estampado no rosto.

- Esse é o meu cunhado? – pergunta o irmão, me abraçando. Seu abraço foi apertado, ele era forte e senti seus músculos.

- O-oi. – disse, sem ar. Realmente ele tinha me apertado forte, e aí me soltou.

- Sou o Anderson. – continuava com o sorriso, agora ainda mais largos. Seu sorriso era lindo. Era alto, um pouco mais que eu, e o corpo definido.

- Sou a Beth. – ela se aproxima de mim e me abraça, soltando-me segundos depois com um beijo no rosto.

- Am, prazer. Eu sou o Thomaz. – digo, sem graça e morrendo de vergonha.

- Sim, o Samuca fala muito de você, diz que é o melhor namorado que ele podia ter. – após Anderson falar isso, meu rosto começou a arder e fiquei muito vermelho, minha timidez nunca me deixará.

- Samuca? – perguntei, desviando meus olhos ao Samuel, que estava do meu lado com os braços cruzados. Ele riu de canto e baixou a cabeça.

- Você é muito bonito, - Beth fala isso me olhando séria – e fofo também. – ela se aproxima de mim e aperta a minha bochecha. Eu apenas sorrio.

- Vocês deviam casar. – Anderson cutuca Samuel.

- É só ele aceitar. – Samuel olha para mim, e os três sorriram. Estava ficando cada vez mais envergonhado. Ele se aproxima de mim e me abraça.

- Que fofos. – diz Beth, ela chama Anderson e eles nos deixam ali na sala.

O abraço do Samuel era o melhor de todos os abraços. Eu me sentia confortável e protegido nos seus braços, não era um abraço apertando e nem solto, era o abraço perfeito. Nossos corpos estavam encostados um no outro, e o seu coração parecia bater junto com o meu, o ritmo sintonizado do som produzido por ambos, formava um só, uma batida forte e calma. O único som que podíamos ouvir era esse, o dos nossos batimentos. Ambos com os olhos fechados, deitamo-nos no sofá grande e dormimos ali mesmo, abraçados.

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Oi, oi, oi! Como vão vocês? Gostaram? Tô juntando as peças pra formar o quebra-cabeça dessa história, eu tento não me esquecer de nada. Percebi que nos últimos capítulos, principalmente esse, as luzes foram voltadas para Thomaz e Samuel, inclusive ao quase sexo dos dois. A história dos dois é muito importante pra mim. A conversa entre William e Thomaz, enfim, faz parte. Criei uma paixão por aquele jardim, mesmo sendo local das conversas mais dolorosas, talvez esse mesmo tenha sido o motivo. Chamar o Samuel de William? Ai-que-furo. Obrigado aos comentários, eles são essenciais pra mim e pro conto, e agradeço aos votos também. Segunda-feira eu estou aqui de novo, beijo!

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Comentários

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Nossa gente eu esquentei de vergonha na parte q ele chamou o Samuel de William mkkk

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