Eu levantei minha cabeça, e ele estava lá, sentado em cima do muro.
-Faz muito tempo que você esta ai?
-O suficiente -Ele suspirou.
Já se faziam 4 meses que nós não conversávamos, antes disso eu prometi a ele que nunca ficaria triste por bobagens, ele me disse que ninguém merecia minha tristeza.
-Porque você está assim? -Ele sondou.
-Por que eu sou um idiota!
-Isso não é verdade é você sabe, anda, me diz o que ouve!
-Bom é que...
-Andre o que você esta fazendo em cima do muro, menino quer morrer, desse já! -Fui salvo pela mãe dele.
-Você não me escapa Wemerson!
Depois dessa eu fui dormir, estava cansado de tudo, confesso que passou-se uma semana, eu não ia pra escola, não saia pra comprar nada, não ligava para nada. Eu fingia ir pra escola e ia pra casa da Sara dormir, dormia até umas 11h junto com ela, depois ela ia pra escola a tarde e eu ia pra minha casa, quando não sentia sono eu tomava remédio pra senti-lo.
Tudo o que eu queria na quele momento era esquecer dos meu problemas, todos eram nesse quesito ao invés de resolver nos escondemos, o que vai agravando cada vez mais, minha mãe notou que algo estava errado no sábado, eu sempre ia ao cinema, na quele sábado eu dormi o dia inteiro, ela deu por falta dos remédios, ela quase pira, gritando comigo, perguntado qual a necessidade de tudo aquilo.
No domingo eu faltei a todos os eventos da igreja, sempre que alguém vinha me visitar eu pedia pra mandar ir embora.
Sim eu estava agindo como um completo idiota, madei o Andre ir embora diversas vezes, eu realmente não estava me importando, até que um dia.
Um barulho chamou minha atenção, ele pareceu vir da sacada do meu quarto, quase me agarrei no teto quando Andre entrou no quarto.
-Ta louco, que ser preso?
-Ha é, quem vai me prender você?
-Não seria nada dificil, invasão domiciliar já ouviu falar?
-Engraçadinho!
-O que você quer? Desenbucha logo!
-O que eu quero?
-Ue claro neah!
Ele pulou na cama em cima de mim, e me beijou, beijando igual mocinha desesperada, como uma criança que acabará de encontrar brinquedo novo, a língua dele me invadia como se procurasse novos sabores, eu esqueci de tudo e me entreguei de verdade, passei minhas pernas em sua cintura e o puxei ainda mais pra baixo, seu corpo estava tão colado no meu, o calor mais intenso, estavamos como duas chamas acessas ambas transmitindo calor. Quando o beijo terminou eu estava me sentindo até mais leve mentalmente, estava traquilo sentindo paz, estava deitado no peito da pessoa que realmente me fazia feliz, eu não podia negar.
-Você me faz tão bem!
Se ele soubesse o quanto eu estava com vontade de dizer a mesma coisa.
-Isso é tão errado!
-Amor não pensa assim!
-Amor?
-Desculpa!
-Tá tudo bem!
-Mesmo?
-Sim!
-Posso te chamar de meu?
-Não!
Ele fez uma carinha tão linda.
-Tá, pode vai -Me corrigi
-Meu garotinho!
-Andre?
-Pode falar!
-Dorme comigo hoje?
Ele me abraçou, aquela era a forma que ele tinha de dizer sim pra mim, eu estava bem depois de tanto tempo, não acreditando que eu estava sentindo paz, no meu coração, na minha alma.
A Bíblia diz que contra o Amor não existe lei, eu estava realmente amando o Andre, não era desejo, também não era apenas vontade de conhecer e pronto, não ligavamos pra sexo na época, gostávamos de carinho, afagos, palavras doces, isso pra nós era vida!
Viver com carinho, viver intensamente!
Dormi toda a noite sem interrupções, como um bebê, eu nem acreditava, tinha passado uma noite perfeita, mais perfeito ainda foi acordar ao lado do meu branquelo.
Ele já estava abordado.
-O que você está fazendo -Bocejei.
-Só te olhando!
-Porque não me acordou?
-Tava tão bonitinho, fiqui com dó!
-Tirava foto moss!
-Eu fiz isso!
-Engaçadinho.
-Vamos tomar café -Completei!
-Não posso, eu tenho que ir pra casa!
-Vai depois!
-Deixa pra outro dia!
-Ta bom então neh!
-Olha toma banho e toma café comigo lá em casa então?
-Quero não!
-Não to pedindo!
-E quem disse que você manda?
-Vai e pronto!
Ele foi pela sacada subiu no muro e desceu as escadas. Eu tomei banho vesti uma bermuda branca curtinha apertada, e uma camiseta folgada!
Não levei nem 10 minutos pra isso, quando cheguei em sua casa, a mãe dele mandou eu entrar e ir até o quarto dele.
Assim eu fiz, ele estava de costa apenas de toalha.
-Bom dia
Ele nem me respondeu me agarrou logo, me beijando e mordendo meu labio inferior, eu me agarrei nele, o pênis dele estava feito rocha, e eu já estava no céu, minha camisa foi rasgada de tanto ele puxar, a toalha dele estava no chão, minha camisa tinha sido dilacerada eu estava apenas de bermuda em cima dele, a porta foi aberta bruscamente...