- Oi, Estelinha, tudo bom? - perguntou Ana Paula, ao entrar no consultório, dando um forte e carinhoso abraço na sua terapeuta e exalando alegria por todos os poros.
- Olá, parece que alguém viu um passarinho verde... o que aconteceu?
- Nem verde nem muito menos passarinho. Vi uma borboletinha linda e vermelhinha. E, nossa senhora, como vi - respondeu Ana, se jogando no divã de forma tão solta que nem percebeu que suas pernas ficaram bem abertas e sua calcinha aparecendo. Estela engoliu seco e fixou os olhos naquela pecinha de roupa roxa de renda. Ajeitou os óculos e se sentou em sua cadeira, tentando disfarçar os olhares.
- Então me conte que borboletinha vermelha foi essa que agora fiquei curiosa.
- Resolvi aceitar sua sugestão de trazer uma história picante nessa semana. Estela, impressionante como a vida ganha cores e cheiros maravilhosos quando nós estamos nos braços certos. Há anos, eu não sentia tanto prazer na minha vida, não ouvia tantos sinos badalarem ao mesmo tempo... que maravilha sentir uma língua molhada e experiente brincando na vagina da gente, dentro da nossa boca, sentir os toques delicados de uns dedinhos finos e ágeis passeando pelo nosso corpo, sentir o perfume suave de flores num corpinho macio e gostoso. Fazia tempo que não dormia tão bem, tão relaxada, tão profundamente... - Ana Paula dizia essas palavras de olhos fechados, lembrando cada momento que vivera e transmitindo toda a emoção que sentira em sua voz, fazendo Estela se transportar para suas lembranças, fazendo-a viver esses momentos com ela.
- Menina, me conta mais, quero detalhes - respondeu a terapeuta, claramente envolvida na narração e ansiosa para saber tudo.
- Depois que saí do eu consultório semana passada, não consegui parar de pensar na sua sugestão de me entregar para Michele. Meu corpo ardia de tesão e, quando cheguei à clínica e a vi, a abracei forte e com tanto carinho que ela estranhou, mas respondeu ao abraçou e foi delicioso. Nos dois seguintes, estivemos mais juntas que nunca, trocando carinhos e afagos o tempo inteiro, andando de mãos dadas e nos abraçando por qualquer coisa. Nas caronas pra casa, sempre que podíamos, procurávamos a mão da outra para fazer carinhos e para dar beijinhos nos dedos. O abraço de despedida ficou mais apertado e mais demorado também, com toques delicados no rosto, nos ombros e nas costas. O tesão que ambas sentiam era evidente. As palavras doces se sucediam, os olhares, os gestos... então, na quinta-feira, quando chegamos ao meu prédio, eu perguntei se ela queria sair comigo no dia seguinte, após o expediente, ir a um barzinho, tomar uma bebida, ouvir uma boa música e ela disse que adoraria. Acertamos os detalhes e ela ficou de escolher o lugar. Eu só precisaria inventar uma desculpa para meu marido, pois ele não viajaria e eu não quis esperar. Deixei minha filha com minha mãe e ele pode ficar no escritório, trabalhando até a hora que quisesse. Assim, eu teria a noite toda pra mim e minha enfermeira. Na sexta, saí mais cedo da clínica, pois queria ir ao cabeleireiro, fazer as unhas, um penteado bem bonito, tomar um longo banho e me arrumar com calma e capricho. Comprei uma lingerie nova, coloquei um vestido verde escuro decotado e no meio das coxas, eu estava com a cabeça cheia de pensamentos impuros, Estela, doida para aprontar muito aquela noite. Combinamos de nos encontrar na clínica e sairmos de lá. Cheguei por volta das 20 horas no estacionamento e a encontrei encostada no carro, de banho tomado, cheirosa e linda. Nos abraçamos e entramos no carro. (A partir daqui, o diálogo passa a ser entre Ana Paula e Michele).
- Então, decidiu para onde nós vamos?
- Você falou que queria tomar uma bebida e ouvir uma boa música, além de conversar e nos conhecer melhor, então eu pensei em irmos ao meu apartamento. O que você acha? - o coração de Ana disparou. Era exatamente o que ela planejara, só não esperava que fosse tão cedo, mas aceitou. Seu corpo já começava a dar sinais de um tesão absurdo que sentia há semanas e, agora, estava há poucos minutos de colocar em prática suas fantasias. Não sabia como seria, mas tinha certeza que adoraria a experiência. Chegaram no prédio onde Michele morava, parou o carro no estacionamento e subiram pelo elevador. O clima entre elas era tenso e um pouco nervoso. Evitavam se tocar e se olhavam de rabo de olho, logo desviando o olhar. Chegaram no andar e entraram em um apartamento pequeno, porém bem arrumado e aconchegante. Havia um sofá de três lugares em frente a uma lareira e uma televisão, com a cozinha à esquerda e uma varanda com uma mesa à direita. Em frente, um corredor e algumas portas. Michele disse que Ana ficasse à vontade e entrou em uma dessas portas. Logo voltou e viu Ana na varanda, encostada na grade, olhando a paisagem. Serviu tuas taças de vinho, pôs uma música romântica para tocar e foi à varanda, passando seu braço direito por baixo dos braços da outra, como lhe abraçando, e lhe entregou a taça.
- Gostou da vista? Ela é linda, não é? E sob a luz da lua, então, fica ainda mais maravilhosa - disse baixinho em seu ouvido, mantendo o braço em sua barriga - quer dançar? - perguntou, começando a dançar bem lentamente ainda por trás dela. Ana Paula se virou, ficando de frente, e abraçou seu pescoço, deitando sua cabeça no ombro de Michele. As duas continuaram dançando, quase sem sair do lugar, e Michele a abraçava cada vez mais forte, beijava seu pescoço e afagava seus cabelos. Sentindo o corpo quente de Ana e seus gemidinhos baixinhos, Michele ergueu o queixo de Ana Paula e se aproximou para beijá-la, mas a médica recuou a cabeça, evitando o beijo.
- O que foi? Pensei que você também quisesse.
- Eu quero, mas nunca fiz isso antes e estou um pouco nervosa.
- Relaxa e confia em mim. Nós vamos bem devagar e só até onde você quiser, prometo -. As duas se olharam por alguns segundos e os rostos foram se aproximando até seus lábios se tocarem. Foi apenas um selinho bem rápido. Os rostos se afastaram, Michele abriu os olhos e esperou a reação de Ana Paula. A médica sorriu e puxou sua cabeça de volta, reiniciando o beijo, agora de verdade, com ambas saboreando seus lábios, chupando suas línguas e se apertando. Michele passeava suas mãos pelo corpo da parceira, acariciando seus seios bem de leve, descendo para as coxas e erguendo seu vestido bem devagar. Não havendo resistência, colocou sua mão por baixo do vestido e encostou na calcinha ensopada. Ana Paula gemeu e suspirou forte, desfazendo o beijo. Michele afastou o elástico da calcinha e inseriu dois dedos em sua bocetinha muito quente e melada. Ana enterrou seu rosto no pescoço de Michele, gemendo alto e forte, empurrando sua pélvis de encontro aos dedos. A enfermeira passou a penetrá-la em movimentos variados, ora rápido e profundo ora mais lento e assim Ana Paula chegou a seu primeiro orgasmo da noite, se agarrando no corpo da outra para não cair. Michele retirou os dedos melecados e os levou à boca, dizendo o quanto ela era deliciosa. Voltaram a se beijar e Ana sussurrou: - me leva pra cama.
As duas foram ao quarto e Michele tirou a roupa da amante bem lentamente, descobrindo seu corpo gostoso aos poucos. Em seguida, a deitou carinhosamente na cama, já totalmente nua, e se deitou por cima, voltando a beijá-la. Pediu que Ana Paula confiasse nela e relaxasse. Beijou seu pescoço, seus ombros e desceu para os seios, encontrando os biquinhos duros de tesão. Segurou um deles, passou a língua, beijou e colocou na boca, sugando devagar, fazendo Ana lembrar de quando amamentava sua filha. Repetiu a ação no outro seio enquanto Ana acariciava seus cabelos e gemia baixinho, se esfregando no lençol da cama. Michele passou a beijar sua barriga, passando a língua e dando mordidinhas na pele quente e arrepiada. Beijou as coxas, lambeu e mordeu, sentindo o cheiro gostoso que exalava da vagina da médica. Ajudou Ana Paula a abrir bem as pernas e beijou sua boceta, fazendo-a se contorcer de prazer. O mel que escorria lá embaixo era abundante e delicioso. Michele lambeu, de baixo pra cima, arrancando mais gemidos. Começou a chupá-la, colocando a língua toda lá dentro, grudando a boca e fazendo movimentos de sucção. Ana Paula voltou a gozar, desta vez de maneira descontrolada. Ela gritava e se sacudia inteira na cama. Foi demais pra ela e, quase sem voz, pediu que Michele parasse. A enfermeira não parou de imediato, mas foi diminuindo o ritmo e levando a médica a mais espasmos. Quando parou de vez, subiu no corpo dela e se beijaram. Ana estava destruída, mas a noite ainda não havia acabado. O que acabou foi esse capítulo, já bem grande. No próximo, a continuação.