Gente, muito obrigado por estarem acompanhando meu relato. Isso tudo está sendo muito bom! Muito obrigado a todos mesmo! Quem só lê e não comenta eu agradeço de coração, mas eu também peço que votem e comentem, eu realmente quero saber a opinião de vocês. Sejam semvergonhas, comentem! Vocês não têm vergonha em momentos muito mais vergonhosos que eu sei, seus safadhénhos! Kkkkk Aos que comentam sempre, deixo aqui meu muiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiito obrigado, estou amando conversar com vocês.
Bom, como eu não comentei nada na última postagem, aqui vai:
M/A, pois é, cara, todo mundo estava acreditando que era a Loh. :) Abraço!
mille***, eeeeh vêm algumas coisinhas desagradáveis por ai, infelizmente, como disse o Talys, a vida não é feita só de flores, não é mesmo? Ah, depois quero saber se as pernas tão ficando gostosas mesmo. Kkkk Beijuuuu 😘
MikePedroB, não vou responder essa pergunta. Kkkkk Cara, lê esse capítulo que tu vais entender. Beijoo
ale.blm, vamos ver, quando eu contar para ele eu faço essa proposta, eu já vinha pensando nisso mesmo, até eu queria saber algumas coisithas dele. Kkkkkk Pois é, até hoje ele é assim, quando eu fico doente ele vira meu enfermeiro particular. Kkk Beijos.
Talys, obrigadão, cara! Abraço.
Geomateus, obrigadoooooo! Abração! 😉
Boa leitura, gente! 😊😊😊😊
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Nós ainda ficamos conversando por um bom tempo. A Jujuba só foi embora lá pelas 18h. Eu tentei fazer o jantar, mas o Thi não deixou de jeito e maneira. Eu queria retribuir um pouquinho de todo o amor que ele estava demonstrando ter por mim. Infelizmente, não consegui fazer nada.
Enquanto ele fazia a comida, nós estávamos conversando sobre como a Jujuba estava levando tudo numa boa. Ele disse que a Loh já sabia, afinal de contas ela escutou toda a discussão deles no carro enquanto me traziam para o hospital. Eu senti um frio na barriga assim que ele me disse, mas ele me disse que ela também já desconfiava. Até por que o pateta comprou o cordão com ajuda dela, vê se pode? É muito pedir para todos descobrirem!
Ele terminou de cozinhar, eu nem via o que ele estava fazendo. Só fui descobrir que ele fez uma sopa (eca!) quando nós nos sentamos para comer. Quando eu estava comendo, eu comecei a sentir um enjoo muito forte (e não era pela sopa, por incrível que pareça ela estava muito boa!), eu fui obrigado a sair correndo para o banheiro para poder vomitar.
Ele veio correndo atrás de mim todo preocupado. Ficou passando as mãos na minha costa enquanto eu vomitava. Quando eu terminei de vomitar, eu lavei a boca e o Thi saiu me puxando.
-- Vamos, nós vamos voltar àquele hospital agora!
- Não, precisa amor! Só foi um enjoo, e mais, os exames não estão prontos ainda, temos que esperar até a semana que vem.
- Mas isso não é normal!
- Calma, eu só fiquei enjoado, talvez seja pelo fato de ter ficado todos aqueles dias só no soro e quando eu acordei só comi aquela comida ruim do hospital.
- Não sei, não! Eu não quero te ver em uma cama de hospital tão cedo.
- Nem eu quero voltar! Mas não foi nada demais.
- Tudo bem! Ainda queres comer?
- Não! Eu quero me deitar um pouco. Vou tomar um banho e cair na cama.
- Toma lá teu banho, que depois eu vou refazer teu curativo.
- Unrum.
Eu tomei um banho rápido, eu estava muito cansado, estava com uma dor no corpo horrível. Eu só queria minha cama, nada mais! Quando eu saí do banheiro eu esperei um pouquinho e logo o meu enfermeiro chegou com todo o material necessário para fazer o curativo.
- Senta de costas pra mim, amor! – Ordenou ele sentando na cama e pedindo para eu ajeitar a cadeira como ele tinha me pedido.
Ele primeiro limpou o ferimento e depois fez o curativo, foi até bem rapidinho para quem não tinha prática.
- Chéri (querido), eu vou tomar um banho e já volto, d’accord? – Falou dando um beijo no meu pescoço.
- Oui! (sim!)
Ele entrou no banheiro e eu resolvi me deitar. Ele ficou um bom tempo tomando banho, acho que ele estava precisando relaxar um pouco. Assim que ele saiu, ele só vestiu uma cueca, ligou o som e deitou ao meu lado. Nós estávamos ouvindo as músicas bem baixinho, eram várias músicas de vários cantores de MPB.
Eu coloquei minha cabeça no peito dele, nós não falávamos nada, só ouvíamos a música e a respiração um do outro.
- Eu tenho muito medo de te perder! – Ele falou começando a chorar.
Ele sempre foi muito emotivo, mas nesse período ele estava muito mais.
- Tu não vais me perder. Não tem motivos para que isso ocorra.
- Não sei, eu estou com um pressentimento negativo. Não sei explicar! – Ele já estava chorando muito.
- Amor, não precisa chorar. Isso é só por que tu me viste dormir lá no hospital. Não precisa ficar preocupado assim. Eu estou aqui, e vou permanecer aqui. Nada nem ninguém vai me fazer sair de perto de ti.
Eu falei isso com toda a certeza que eu tinha, no entanto a gente nunca sabe o que o futuro guarda para nós, e o meu futuro não guardava muitas coisas boas.
- Me promete uma coisa? – Eu perguntei a ele.
- Sim!
- Me promete que se um dia, não estou falando que isso vai acontecer agora, mas que se um dia nós nos separarmos tu vais tentar viver tua vida da melhor maneira possível? – Nem eu entendia o motivo dessa pergunta, mas ela saiu. Talvez pelo fato de eu estar impressionado com o desespero dele, pela forma como eu o encontrei lá no hospital eu tenha feito essa pergunta.
- Eu me recuso a prometer algo assim!
- Thiago, nada nem ninguém é eterno. Eu estou muito preocupado contigo, se ficaste assim só por que eu passei três dias no hospital, imagina se acontecer algo mais grave. Eu me preocupo com o teu bem estar.
- Três dias D-E-S-A-C-O-R-D-A-D-O! Isso preocuparia qualquer pessoa! E eu não vou prometer nada!
Nós voltamos a ficar em silêncio por um bom tempo.
- Tu estás com chateado comigo? – Ele me perguntou
- Claro que não, bobo! Por que ficaria chateado contigo?
- Não sei, mas tu ficaste em silêncio de repente.
- Eu... eu só estava pensando.
- Pensando em quê?
- Na vida, em nós, em o que vamos fazer quando todos descobrirem que nós estamos juntos. Eu tenho medo da reação dos nossos pais, para eles nós somos irmãos. Sei lá, tu ficas com esses medos bobos ai e isso acaba me afetando também.
- Desculpa! Não era minha intenção!
- Eu sei que não era.
- Eu não me preocupo com isso!
- Como não, Thiago?
- Amor, se eles não gostarem, não aceitarem nós vamos continuar juntos. Não importa o que aconteça, entendeu? Eu demorei 19 anos para entender o que eu sentia por ti, não serão alguns preconceituosos que vão me separar de ti.
- O problema é que esses preconceituosos podem ser ou nossas famílias ou nossos amigos.
- Eu sei disso, mas a pessoa com quem eu mais me importo estará do meu lado, do resto o tempo cuida.
- Eu queria sentir toda essa tua certeza.
- Ah, nós temos que conversar sobre uma coisa muito importante.
- Que seria?
- Minha mudança para cá, é claro!
- Thi, tu não levaste a sério a brincadeira da tia, não né?
- Aquilo com certeza não foi uma brincadeira, ela realmente quer transar com meu pai em todos os cantos daquela casa. – Ele falou rindo.
- Claro que foi brincadeira, tu ainda levas a sério as coisas que a tia fala?
- Não foi brincadeira, enquanto eu estava no hospital contigo ela me ligou. Ah, e se ela te perguntar sobre algo, fala que nós viajamos com nossos amigos para Ferreira, foi isso que eu contei a ela.
- Tudo bem! E o que foi que ela te disse?
- Ela me disse que realmente achava uma ideia bem interessante eu me mudar pra tua casa, já que eu passo mais tempo aqui do que lá.
- Disso ela tem razão!
- Bom, ela também me disse que quer isso para que eu me torne mais independente, quer que eu fique parecido contigo que não depende dos teus pais.
- Mas eu só não dependo por que eles passaram aquela vila para o meu nome, só por isso.
- Sério?
- Sim, eu descobri quando eu liguei para eles para avisar que nós estávamos viajando para o Porto.
- Atah! Pois é, ai ela também falou que quer que eu tenha mais responsabilidades.
- Hum...
- O que foi?
- Amor, tu não achas que as coisas estão indo rápido demais?
- Claro que não! Tu não queres que eu venha pra cá? É isso?
- Não, claro que não! É que sei lá... a gente tá junto há tão pouco tempo, parece que a gente vai casar, pelo menos é essa a sensação que eu tenho.
- Há pouco tempo? – falou ele sério – nós nos conhecemos a vida toda!
- Eu sei! Mas enquanto casal nós não nos conhecemos, tu mesmo falaste que a gente tinha que se conhecer enquanto casal.
- Antoine, se tu não queres que eu venha pra cá é só falar, beleza? – Ele estava nitidamente chateado.
É incrível como qualquer coisinha pode azedar uma conversa que até então estava tranquila.
- Não é isso, é claro que eu quero que tu venhas pra cá, eu só tenho medo da convivência estragar tudo.
- A convivência? NÓS JÁ CONVIVEMOS JUNTOS! EU PASSO MAIS TEMPO AQUI DO QUE LÁ! Será que é difícil de entender isso?
- Desculpa!
Ele levantou, desligou o som e deitou ao meu lado, mas de costas para mim. Eu me aproximei dele e disse:
- Desculpa, amor! Eu não queria te chatear.
- Antoine, eu quero dormir, beleza? Amanhã a gente conversa.
- Tudo bem! – Falei bem triste.
Poxa, eu não queria deixar ele assim, mas eu tinha medo de estragar tudo, assim como ele, eu tinha medo de perdê-lo. Eu querendo retribuir o carinho e acabei estragando tudo.
Eu não consegui dormir a noite toda. Eu ficava pensando e pensando e cheguei à seguinte conclusão: foda-se tudo e todos! Eu iria aceitar o Thi em casa, como ele disse nós já vivíamos praticamente juntos. Deixei meu medo de lado, isso me custou uma noite de sono, mas tudo bem. Quando o despertador do meu celular começou a dar o alerta eu me levantei, o Thithi continuava dormindo. Como eu precisava fazer alguma coisa para pedir desculpas para ele, eu resolvi fazer um baita café da manhã. Fui ao banheiro, escovei os dentes, lavei o rosto e peguei uma bermuda e a vesti.
Eu peguei minha bicicleta e fui à padaria. Como ainda eram 5h45min fui pedalando morrendo de medo, mas no fim deu tudo certo. Comprei várias coisas gostosas e voltei pra casa. Chegando lá eu preparei o café e organizei tudo na mesa. Quando já ia dar 6h30min, eu fui ao quarto acordar o Thi.
- Amor – disse dando um beijinho nele – amor, acorda!
- Hum? – Disse ele sem abrir os olhos.
- Acorda, amor! Já está na hora!
Ele se levantou e nem ligou muito pra mim, pelo visto ainda estava chateado. Ele foi para o banheiro.
- Eu estou te esperando lá na cozinha, tá? – Falei colocando a cabeça dentro do banheiro.
- Unrum.
Ele demorou muito, mas quando chegou na cozinha ele já estava arrumado para sair.
- Bonjour! – Falei com um imenso sorriso no rosto.
- Bonjour! – Ele falou sem muito animo.
- Vamos tomar café?
- Unrum
Ele ainda estava me ignorando, eu já estava ficando meio aborrecido com isso. Porra, eu não fiz nada demais, eu só estava com medo por nós dois. E mais, eu me despenquei às 5 da matina pra casa do caralho para fazer um café pra ele e ele não dá a mínima?
Eu me levantei da mesa.
- Não vai tomar café?
-Não, perdi a fome! – Falei no mesmo tom que ele estava utilizando.
Agora quem estava com raiva era eu, e ele sabia como eu ficava quando eu estava assim. Eu tomei banho, me arrumei rápido e sai de casa sem que ele visse. Quando eu cheguei no ponto de ônibus meu celular tocou.
- O que é? – Eu perguntei.
- Onde tu estás?
- Estou indo para a universidade, por que?
- COMO ASSIM TÁ INDO PARA A UNIVERSIDADE? – Falou ele gritando no telefone.
- Simples, eu vim pegar ônibus e já estou indo.
- ANTOINE, NÃO PEGA ESSA ONIBUS. EU JÁ TO PASSANDO AÍ! – Falou desligando.
O pior é que nem vinha ônibus nenhum, então em menos de 2 min ele chega.
- Entra no carro!
- Não!
- Entra na porra desse carro agora! – Ele falava baixo para que as pessoas não ouvissem, mas dava pra ver que ele falava com raiva.
A contra gosto eu entrei.
- Ei, é para ir para a universidade e não pra casa – Eu falei quando eu percebi que ele estava voltando pra casa.
- Não, tu não vais hoje pra lá, tu ainda estás te recuperando.
- Se tu não me levares para a universidade eu saio desse carro agora mesmo.
- Eu duvido! Tu não vais e ponto final!
- Thiago, pode parar com essa frescura, eu estou bem. E EU VOU PARA AQUELE CARALHO! – Falei já explodindo de raiva.
Ele parou o carro e ficou me olhando. Nesse momento eu já sabia que teríamos a nossa primeira briga, mas não me incomodei com essa ideia.
- Desculpa!
Depois que ele falou isso eu explodi, mas explodi bonito!
- DESCULPA O CARALHO! – Eu falava gritando e chorando - PORRA, EM MOMENTO ALGUM EU FALEI QUE NÃO ERA PARA TU NÃO TE MUDARES PRA CÁ, EU SÓ ESTAVA COM MEDO DE DAR ALGUMA COISA ERRADA, NÃO É POR QUE NÓS NOS CONHECEMOS A VIDA TODA QUE NÓS VAMOS NOS DAR BEM MORANDO JUNTOS. E MAIS, EU PASSEI A NOITE INCLARO PENSANDO O QUE FAZER PARA ME DESCULPAR CONTIGO, EU SAÍ ÀS 5H DA MANHÃ SÓ PRA FAZER UMA PORRA DE UM CAFÉ DA MANHÃ PRA TI E TU NÃO DESTE A MINIMA PRA ISSO. EU IA TE FALAR QUE ERA PARA TU TE MUDARES PRA CÁ, MAS NEM OLHAR NA MINHA CARA TU OLHAVAS. ISSO TUDO FOI UMA INFANTILIDADE MUITO GRANDE DA TUA PARTE...
Eu estava sentindo tanta raiva que eu estava até tremendo.
- Desc...
Eu não cheguei a ouvir o que ele tinha para me dizer, apaguei.