"- Lembra da nossa conversa sobre a investigação dos hackers, quando você disse que tinham certeza de haver um chefe por trás de tudo? Você tinha razão. Esse chefe sou eu e eu preciso da sua ajuda". Assim terminou o último conto, com Jéssica e eu na cama após a melhor trepada que já tivemos. Fui atingido como um raio por essa declaração dela. Dei um pulo da cama e disse que repetisse porque eu não tinha ouvido direito.
- Calma, amor, você ouviu direito sim, eu sou a chefe do grupo de hackers que vem desviando o dinheiro de algumas contas.
- Desviando? Você quer dizer roubando. Meu Deus, eu não acredito. Você vem me enganando esse tempo todo? E aquelas ameaças que você sofreu? Você dizia que estava apavorada, que podia morrer a qualquer momento. E foi você nossa principal testemunha. Você traiu seus comparsas?
- Eu não traí ninguém, eles é que quiseram me trair, mas não tiveram competência pra isso. O problema é que o banco onde eu trabalho mudou a gerência, saiu o antigo que eu comia e me dava acesso às principais contas e entrou um novato que cortou esse acesso. Eu comecei a ser pressionada pelos outros e aí tive de inventar uma desculpa para desviar a atenção e ganhar tempo para recuperar meu acesso. De quebra, me livrei daqueles incompetentes. O problema agora é que meu dinheiro está na Suíça e preciso da sua ajuda para resgatá-lo.
- Minha ajuda? Você acha que eu vou ajudar uma ladra a recuperar o dinheiro que roubou?
- Você vai ajudar a mulher que você ama, a mãe da sua filhinha e depois podemos ir todos pra Europa, viver felizes, como reis, como uma família. Você só precisa garantir que não haja ninguém vigiando o tal programa que vocês criaram enquanto eu transfiro o dinheiro pra outra conta. Ninguém vai descobrir que foi você.
- Jéssica, eu vou é prender você e te trancafiar pro resto da vida -. Jéssica se levantou, calmamente e parou na minha frente. Pegou seu celular e me mostrou um vídeo de nós dois, fumando maconha e eu dando a bunda.
- Se você me entregar, esse vídeo e outros mais de nós dois vivendo juntos como um casal e fazendo várias loucuras vai direto pro seu chefe na Polícia Federal. Além disso, depois que você se mudou lá pra casa, eu montei minha base de operações aqui no seu apartamento, com todo o equipamento que usei e vários documentos. Uma batida aqui e você está ferrado. Vai ser preso como cúmplice e, na cadeia, quando a notícia de que o tira preso gosta de dar a bundinha se espalhar, vai virar a menininha do pedaço. Quanto tempo você acha que sobrevive? Finalmente, querido, não se esqueça de que a Lara está agora em poder da Paulinha. Se ela não tiver notícias minhas nas próprias horas, ela vai levar sua filha pra passear e você não a verá tão cedo. Não quero fazer mal a ela, gosto dela e gosto de você, mas gosto muito mais do meu dinheiro, que tive tanto trabalho pra conseguir. Você pode chamar de roubo, mas eu chamo de distribuição de renda, por que eles podem ter tanto e eu, nada? Também quero minha parte e consegui. Agora, vou embora e você vai ficar aqui esta noite, pensando. Não quero ver você lá em casa até ter uma resposta positiva. E não duvide que eu tenha pessoas da minha confiança vigiando você aqui. Não faça besteira, querido, não quero estragar os momentos lindos que vivemos -. Jéssica se vestiu e foi embora. Fiquei sentado na cama, desesperado e caí no choro. O que eu devia fazer? Elas estavam com minha filha e o tom sério dela não me deixou dúvidas de que ela a machucaria se eu não concordasse. Mas, não poderia cometer um crime. Ter sido enganado esse tempo, ter sido feito de palhaço e a Paula era cúmplice dela.
Passei a noite em claro. Na manhã seguinte, percebi que não tinha outra solução a não ser ajudá-la. Iria acabar com minha carreira, provavelmente seria preso, mas não poderia arriscar a vida da Lara. Fui até a casa dela e encontrei as duas brincando com Larinha. Quando tentei me aproximar dela, Paula sacou uma arma e me mandou ficar afastado. Jéssica pediu calma a ela, disse que aquilo não era necessário e perguntou o que eu havia decidido. Falei que faria o que ela queria, mas queria minha filha, todos os vídeos que ela tinha e que tirasse seus equipamentos do meu apartamento. Ela concordou, mas somente depois de eu fazer minha parte. Resolvi ir na sede da PF naquele dia mesmo, pois haveria menos gente. Daria um jeito de esvaziar a sala e a avisaria. Tive de simular uma ameaça de incêndio no prédio, fazendo todos saírem. Liguei pra ela no meu apartamento e disse que fosse rápida, pois não ficariam longe muito tempo. De fato, logo voltaram, telefonei pra ela outra vez e ela me confirmou que tinha dado certo. Fui pra casa dela, peguei minha filha e fui embora. Não podia voltar pro meu apartamento, então fui pra casa de Alice. Ela estranhou minha chegada e ainda mais com Lara. Perguntei se podia passar a noite lá, que lhe explicaria tudo no dia seguinte. Ela concordou e me acomodou no quarto de hóspedes, ficando com Lara no seu. Na manhã seguinte, expliquei tudo a ela, que ficou revoltada e exigiu de mim prendê-la. Disse que não podia, que seria acusado de cúmplice. Eu estava péssimo e comecei a chorar outra vez. Alice me abraçou e tentou me consolar, dizendo que não era minha culpa ter me apaixonado por uma vigarista.
À tarde, deixei Lara com Alice e voltei na casa de Jéssica para pegar nossas coisas. Ela e Paula estavam de malas prontas e, ao me ver, Paula tentou sacar a arma outra vez, mas fui mais rápido e saquei a minha. - Se tocar nessa arma, morre aqui mesmo - disse a ela. Mandei que saísse e me tranquei com Jéssica no quarto ainda de arma em punho. - Vim buscar minhas coisas e da minha filha, além dos vídeos que você gravou de nós dois. Depois, quero que você suma daqui, se esconda em algum buraco fétido porque eu vou caçar você. Não só me enganou esse tempo todo, me fez me apaixonar por você e me obrigou a cometer um crime, mas ameaçou a vida da minha filha e isso eu não vou te perdoar nunca. Some desse país, Jéssica, junto com a tua vadia lá de fora e reza pra nós não nos vermos mais -. - Nós vamos embora sim, mas só vou te dar os vídeos quando eu tiver em segurança. E não entendo porque tanta raiva, você mesmo disse que nunca foi tão feliz antes de mim, que nunca gozou tanto antes de ser enrabado por mim. Por mais que você diga que me odeia, nós dois sabemos que isso não é verdade e você sempre vai lembrar de mim quando seu cu piscar de saudade da minha rola. Você devia me agradecer -. Dei um soco no rosto dela com toda a minha força que a jogou no chão com grande violência. Jéssica foi embora junto com Paula e eu voltei para a casa de Alice. Ela me convidou a ficar lá por uns dias até resolver o que faria da minha vida.
No dia seguinte, recebi uma encomenda do correio, eram os vídeos. Queimei-os todos na mesma hora. Liguei pro trabalho e pedi uns dias de licença, alegando problemas de saúde e fiquei com Alice. Apesar de tudo, ela não me rejeitou e me encheu de carinho o tempo todo. Na terceira noite em sua casa, colocou Lara pra dormir e foi pra sala comigo. Abrimos uma garrafa de vinho e conversamos muito. Acabamos nos beijando, ela me levou pra sua cama e transamos. Foi estranho, mas gostoso. Alice acabou sendo fundamental nesse processo, estando ao meu lado o tempo todo. Dois anos se passaram, Alice e eu nos casamos e ela está grávida do nosso primeiro filho ou segundo, já que Larinha se tornou nossa filha. Minha vida voltou ao normal, parcialmente. Pedi demissão da Polícia Federal, iniciei uma terapia que já dura dois anos e, finalmente, decidi esquecer minha caça à Jéssica e Paula. Foram dois anos de tentativas frustradas e muita angústia. Alice me convenceu a deixar isso pra trás e seguir em frente. Trabalho como advogado agora e voltei a dormir bem à noite, sem pesadelos. Uma quinta-feira à noite, liguei pra Alice, avisando que ficaria no escritório até mais tarde. Desliguei e ouvi atrás de mim:
- Você vem aqui toda semana há mais de um mês e a desculpa é sempre a mesma pra tua mulherzinha. Ela vai acabar desconfiando - disse Bianca, uma boneca negra linda, antes de me botar de quatro na sua cama velha e empoeirada e enfiar seus 22cm de rola grossa e preta no meu rabo, que jamais havia parado de piscar.
P.S. É isso aí, pessoal, chega ao fim essa série. Como vocês puderam notar, deixei uma portinha aberta, um cliffhanger, que seria minha relação com essa outra boneca, Bianca, e meu casamento com Alice. Caso haja interesse de vocês, posso desenvolver um pouco mais essa história. Se não, sem problema. Agradeço imensamente a todos os comentários elogiosos que foram feitos aqui, foi realmente muito legal ler tantas palavras de incentivo. Agradeço de coração e isso me leva a pensar em novas histórias para vocês. Abraço a todos e um feliz 2015, com muito sexo, muito orgasmo e muita imaginação.