Menino do Rio - Capítulo 7

Um conto erótico de Samuel
Categoria: Homossexual
Contém 1223 palavras
Data: 14/01/2015 23:17:33
Assuntos: Gay, Homossexual

“Mude, mas mude devagar. A direção é mais importante que a velocidade” – Edson Marques

Depois dessa rápida conversa Gean me chamou para ir embora. Dei um abraço no Raul. A gente não podia se beijar ali, seu pai estava perto, os pais de Gean estava vendo e o próprio Gean estava do lado

- Foi muito bom esse fds! – Ele falou no meu ouvido.

- Que muitos desses se repitam! – Respondi. Depois eu peguei minhas coisas e entrei no Ônix do Gean.

Saímos em silêncio. Gean colocou uma musica calma para tocar no carro. Ele estava desconfortável com alguma coisa, isso era bem claro. Resolvi não perguntar. Ele só quebrou gelo na metade da viagem de volta.

- Esse final de semana foi muito melhor do que eu esperava... – Dei uma risadinha lembrando das minhas duas fodas com Raul.

- Eu que o diga! – Ele deu uma risada e olhou para mim.

- Vocês se dão bem. Você e o Raul! – Olhei para ele, curioso.

- Obrigado! – Depois disso fomos só conversando besteiras até chegar na porta da minha casa. Ele desabafou um pouco e tudo mais. Em nenhum momento ele citou o Gabriel em nada. Quando nós paramos, ele me olhou e disse:

- Samuel, por favor, não conta nada para o Gabriel? – Ele disse sério.

- Gean, se você quiser, eu posso te ajudar. Eu conheço o Gabriel, ele não te odeia. Na verdade, ele não te entende. Olha, vamos aos poucos. Livre-se de toda a falsidade a sua volta. Pode ser? – Ele me olhou meio indeciso.

- Eu... não sei... Eu amo ele, amo muito mesmo! Mas... Eu... tenho medo! – Eu sorri e falei:

- É normal ter medo. Eu tenho muito medo também. Mas, corra atrás de sua felicidade! Essa é a dica que eu te dou, como seu novo amigo – Ele me olhou com os olhos alegres.

- Você realmente me ajuda? O que eu tenho que fazer? – Ele me perguntou curioso. Pensei alguns instantes.

- Vou elaborar um plano. Preciso de tempo. Hoje a noite eu vou sair com eles. Vou contar que foi uma merda o sitio e bla bla. Você precisa contar a mesma coisa. O elemento surpresa está a nosso favor. Eu vou te dando informações ao longo do tempo. Pode ser?

- Claro. Nem sei como te agradecer Samuel! – Ele me abraçou.

- Eu consigo pensar um jeito. Me chama mais para o seu sítio quando Raul for lá! – Ele deu uma risada e falou:

- Tudo bem! Estamos acertados?

- Sim! – Apertamos nossas mãos e fui embora.

Entrei em casa pensando nos ocorridos do final de semana. Encontrei meus pais sentados no sofá. Cumprimentei eles, contei como que foi a viagem. Não falei do Raul, contei como se tivesse sido o pior final de semana da história.

No meu quarto liguei para Gabriel e Matheus. Marcamos de sair naquela noite, ir num barzinho pra gente conversar. Eles concordaram. Depois disso eu dormi bastante.

Acordei com algumas mensagens do Raul falando putaria. Bati uma por conta disso. Tomei um banho, vesti uma roupa e liguei para o Matheus:

- Ow, preciso falar com você, sem o Gabriel. Urgente, me encontra lá no subway. Ok?

- O que aconteceu? – Ele me perguntou assustado.

- Gean aconteceu!

- Gean quer matar o Gabriel? – Matheus perguntou, rindo.

- Não. Mas ele ama o Gabriel! Preciso falar pessoalmente tudo. Longa história!

- Oloco! Como assim? Você precisa me contar isso! Passo ai na sua casa agora. Eu to de carro!

- Inté.

- Inté.

Deu 5 minutos ele passou na minha casa. Saímos. Ainda no carro contei tudo o que aconteceu, inclusive Raul. Expliquei toda a situação do Gean e tals. Depois que eu terminei de contar, ele me olhou e disse:

- Samuel, você conhece o Gabriel. Ele não gosta dessas coisas de esconder e pá...

- Matheus, meu amigo. Se fosse para arranjar um namorado gostoso igual o Gean, você poderia esconder qualquer coisa de mim. Eu sei que ele não gosta, mas eu senti desespero no Gean. Se a gente falar com o Gabriel, ele não vai querer. Você conhece o amigo que tem. A mudança tem que vir do Gean, mas a gente pode dar um empurrão, concorda?

- É verdade.

Chegamos no subway e elaboramos um plano. Fizemos uma lista do que Gabriel gosta, coisas que Gean deveria fazer e tudo mais. Mandei mensagem para o Gean para ele me encontrar no outro dia, a tarde, na sorveteria na rua da minha casa. Ele concordou. Depois disso, eu e Matheus fomos para o barzinho e encontramos Gabriel.

Nesse barzinho conversamos muito, ele nos contou como foi a viagem, mas o tema da noite foi realmente o sítio do Gean. Inventei que tinha sido horrível, ele foi um babaca, seus pais são chatos e tudo mais. Mentira claro, exceto pela mãe dele, que é um nojo.

Foi ficando tarde e eu fui para casa, afinal, tinha aula no outro dia.

No outro dia, comecei a reparar nas atitudes do Gean. Era claro que ele estava querendo mudar, mas ele estava mudando devagar. Ele estava dando um gelo nas patricinhas e nos amigos falsos dele.

No meio da aula, ele me mandou um whats “Estou fazendo certo?” eu dei uma risada e respondi “Sim. Gabriel reparou nisso também”. A resposta dele foi uma carinha feliz. Ou melhor umas mil carinhas felizes.

A semana passou e na sexta feira Gean era quase outra pessoa. Ele tinha dado um gelo nos “amigos” dele. No fim de semana ele viajou com seus pais. Ele até me chamou para ir junto, mas eu não fui.

Nesse final de semana, Matheus e Gabriel fizeram seus trabalhos com suas duplas e eu fiquei em casa sozinho quase todo o final de semana. Nesses tempos que eu ficava sozinho eu estudava para os vestibulares.

Agora um segredo: eu falava que queria ser médico, por causa do meu pai. Na verdade, eu queria ser engenheiro eletricista. Esse era meu sonho, adorava coisas de elétrica e tals.

No domingo a noite, Gean me ligou para conversar. Ele queria saber em que pé andava a situação com Gabriel. Eu disse que ele tinha percebido uma mudança e que ele aprovava isso. Gean me falou que ainda essa semana ele pretendia chamar nós três para sair e fazer um “pedido de desculpas formal”. Achei legal a ideia.

No outro dia, Gean estava mais feliz. Era o dia da entrega do trabalh. Durante a semana nos moldamos nosso trabalho para parecer que tinha sido uma merda e tals. Tudo uma fachada para enganar Gabriel.

No fim da aula, quando eu, Matheus e Gabriel estávamos indo embora, Gean nos parou. Eu e Matheus já esperávamos, mas Gabriel ficou surpreso.

- Ei, vocês três. Eu posso, ãnh.. conversar com vocês? – Gabriel estava curioso, mas foi Matheus quem falou.

- O que você quer? – Ele nos olhou com aqueles olhos verdes marcantes.

- A gente pode se encontrar hoje a tarde? No Açai Club? Eu dou carona, se vocês quiserem! – Gabriel olhou para mim desconfiado.

- Tudo bem. Podemos antes saber o assunto? – Ele deu um sorrisinho falou, encarando o Gabriel:

- Andei repensando alguns conceitos e percebi que muito deles estão errado. Queria uma chance para resolver isso. Então, até mais tarde. Pode ser?

- Ok! – Concordamos os três. Depois disso, Gean foi embora no seu carrão.

- Ele ta diferente. Como se tivesse acontecido alguma coisa. O que será? – Gabriel perguntou.

- Boa pergunta. Descobriremos hoje! – Eu respondi, já sabendo a resposta.

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Comentários

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Não sei, pode até mudar o meu desejo, mas gente, eu quero um capítulo o Gean narrando, eu necessito disso.

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Ei eu sou de Varginha tbem gostaria de te conhecer

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Legal essa cumplicidade! Viva a amizade!

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Cara, adorei o seu conto!!! Outra coisa,vc diz q quer ser engenheiro neh?? Cara, eu sou eletrotécnico, esse é meu último ano, tmb vou tentar eng. elétrica, se quiser algumas dicas, agt pode conversar! ^^

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PERFEITO. amando seu conto mas preferia vc com Gean. A o capítulo 24 já está pronto, da uma lida lá. Obg CONTINUA rsrs

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O que o amor não faz.nada faz.

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