Seja Meu, ROMEU...

Um conto erótico de Swift <3
Categoria: Homossexual
Contém 2651 palavras
Data: 18/02/2015 16:10:40

Lembrava-me muito bem, como se fosse ontem, o dia em que Pedro e Bruno me adotaram.

Eu tinha 4 anos quando eles surgiram naquela sala daquele orfanato para me conhecerem. Era a primeira vez que um casal queria me conhecer. Eu estava sentado em um grande banco de madeira, era tão grande que meus pés ficavam suspensos no ar.

Eu esfregava meus olhos azuis. Eu estava com muito sono. Fui acordado cedo por causa da visita. Meus cabelos loiros balançavam com o vento. Era primavera. O uniforme do orfanato era muito fino, eu estava com frio. naquela época, minha pele era muito branca, me chamavam de Leitinho. Eu gostava. Na verdade nem meu nome eu sabia. Estava naquele orfanato desde que nasci.

A diretora, um mulher muito bonita e jovem se aproximou de mim.

- As pessoas que querem te adotar chegaram. - disse. Ela pegou minha mão. Seguimos até o pátio do orfanato.

Como era muito cedo, não tinha quase ninguém. Dois homens estavam virados de costa. Um mais forte que o outro. Um loiro e o outro moreno. O moreno era mais baixinho e magrinho, o loiro era forte e estava agarrado a cintura do moreno. Eles se viraram e me viram. O moreno sorriu. O loiro tinha um olhar sério. O moreno foi se aproximando de mim. O vento bagunçava meus cabelos.

- Esse é o garoto mais novo do orfanato. - disse a diretora.

- E qual o nome dele? - perguntou o moreno.

- Ele não tem nome. Chamamos ele de Leitinho, por causa da pele. - falou a diretora. O moreno riu pra mim.

- Ele parece um anjinho. - falou o moreno. - Olhe Bruno, ele não é lindo. Parece com você. Tem a cor dos seus olhos. Ele é perfeito.

- Você se apega demais as pessoas Pedro. - falou o Bruno. Ele se aproximou de nós. Ele tinha um ar de superioridade. Segurou nos ombros de Pedro. - Ele é muito grande pra ficarmos com ele. Você não quer um bebê?

- Mas ele só tem quatro anos. - falou a diretora. - Pode muito bem ser educado.

Eu olhava pro Bruno com medo, ele parecia muito importante. Ele olhava pra mim por cima. Me agarrei a saia da diretora.

- Se não quiserem, eu o levo de volta pro quarto. Ele acordou muito cedo e é apenas um criança, não olhe pra ele desse jeito Sr. Bruno. - falou a diretora.

- Desculpa se viemos cedo. Eu estava tão ansioso. - falou o Pedro. Ele virou-se para Bruno. - Precisamos conversar. Eu quero ficar com ele. Ele é perfeito.

- Você sempre consegue tudo né? - falou Bruno. - Que dia podemos vir resolver a papelada?

- Se puderem ir na minha sala agora. - falou a diretora.

- Pode ir com ela. - falou Pedro. Ele se abaixou até a minha altura. Passou as mãos nos meus cabelos. - Eu vou ficar um pouco com ele.

- Não se apegue tanto. - falou Bruno. - Lembra da última vez?

- Mas eu sinto que ele será nosso Bruno. - falou Pedro.

Bruno seguiu a diretora. Pedro ficava me encarando. Ele parecia encantado. pegou minha mão e seguimos até a porta do orfanato. Tinham muitos vendedores de lanche ali na frente. Eu sempre olhava pelas grades dos portões. As pessoas paravam e comiam ali. Um vez eu estava na grade e um vendedor olhou pra mim. Ele fez um sanduíche e me entregou. Eu gostava dele. Sempre chamava-o de tio. Ele sempre me dava um sanduíche.

- Você tá com fome? - perguntou Pedro. Afirmei timidamente que sim. Ele riu.

Ele me pegou no colo e me levou até uma barraquinha de lanche. Comprou um refrigerante e dois salgados. Fomos pra uma praça que tinha perto do orfanato. Eu nunca tinha saído de lá. Eu olhava as crianças brincando. Pedro me sentou em um banco e dava o lanche em minha boca. Ele sempre ria pra mim. Eu comecei a gostar dele. Retribuía aos seus sorriso e ele apertava meu rosto.

- Como alguém teve coragem de abandonar. - falou. Ele se perguntava o tempo todo.

Os poucos minutos que passamos ali pareciam horas. Ele brincava comigo e corríamos a praça toda. Ele já estava cansado e se jogou no chão, eu me joguei por cima dele. Rimos alto.

- Você quer seu meu filho? - perguntou Pedro.

- Quero. - falei. Ele me olhou. Vi seus olhos marejarem.

- PEDRO. - Bruno gritou e eu me assustei. Sai de cima de Pedro. Ele me pegou no colo. Bruno se aproximava. A diretora me olhava aliviada.

- Você não pode sair com ele assim sem dizer nada. - falou a diretora. Ela me pegou do colo de Pedro.

- Prece um adolescente rebelde. - falou Bruno. - Ele ainda não é nosso. Não crie muitas expectativas.

- Você as vezes é tão chato Bruno. - falou Pedro irritado. - Nem parece aquele cara romântico por quem eu me apaixonei.

Eu olhava aquilo tudo e não entendia quase nada. Pedro voltou a me pegar no colo. Bruno olhava sério pra mim.

- Meu pai vai adorar você. - falou Pedro.

- Temos que ir agora Pedro. - falou Bruno. Ele olhou pro relógio impaciente. - Não temos o dia todo.

Pedro beijou minha testa e me entregou pra diretora do orfanato. voltamos para o orfanato. Eles entraram em um carro grande e foram embora.

5 meses depois, eu estava sentado em um banco do orfanato. A diretora, Cláudia. Tinha me entregado uns papeis e dois lápis. Era uma sexta-feira. Tinha muitas crianças brincando no pátio. Eu rabiscava uma coisa qualquer no papel. Vi sombras atrás de mim. Olhei pra trás e Pedro estava lá com Bruno. Eu me levantei e o abracei. Bruno continuava sério como sempre.

- Viemos te levar. - falou Pedro. Ele chorava. Enxuguei suas lágrimas. - Você vai ser nosso filho. Meu filho.

As pequenas coisas que eu tinha, brinquedos e roupas, deixei tudo no orfanato. Quando eu fui embora, todos me abraçaram. As tias da cantina. O guardinha . Meus pucos amigos. A que mais chorou foi a diretora.

Entrei no enorme carro deles e fomos em direção a minha nova casa. Eles tinham um motorista. Pedro me abraçava toda hora. Bruno era mais frio comigo. O carro entrou em uma grande casa. Da janela do carro eu vi as duas grandes piscinas que tinham naquela casa. O gramado verde, com muitas flores.

Descemos do carro e Pedro segurou minha mão. Olhei pra cima e Bruno olhava pra mim. Peguei em sua mão. Ri pra ele. Ele continuava sério.

Fomos entrando na casa. Ouvia-se um barulho de pessoas conversando. Bruno abriu a porta e tinha muitas pessoas na sala. Eles olharam pra mim. Uma mulher veio até nós.

- Ele é tão lindo. - falou ela. - Parece um anjo. Filho, você não falou que ele era tão lindo. Perece até com você.

Então aquela era a mãe de Bruno. Muitas outras pessoas se apresentaram pra mim. Os pais de Pedro me pediram pra chama-los de vovô e vovó, com os pais de Bruno não foi diferente. Mau tinha chegado e já tinha ganhado tios e tias, primos que me chamaram pra brincar.

Foi naquele dia que surgiu meu pavor por água. Estávamos brincando, eu e muitas outras crianças. a bola tinha parado perto da piscina. Me pediram pra ir buscar e eu corri e fui. Ela tinha caído na piscina. Me deitei no chão e tentei alcançar com o braço. A bola se afastava e eu tentava alcança-la. Escorreguei e acabei caindo na piscina. Era muito funda. Estava gelada. Eu me debatia na água, estava apavorado. Bolhas se formaram dentro da piscina. Alguém tinha pulado. Bruno.

Ele me agarrou e me puxou pra cima. Eu estava com muito frio. Pedro se aproximou correndo com uma toalha. Bruno se levantou do chão e me levou pra dentro de casa. Vi Pedro através dos braços de Bruno. Ele chorava. Bruno me apertava, tentava me aquecer.

Entramos dentro da casa ele subiu as escadas. Chegamos em um corredor, tinham muitas portas. Entramos em um quarto e ele abriu outra porta, ligou o chuveiro. Senti a água morna bater em minhas costas. Eu ainda estava de roupas. Bruno me colocou no chão e começou a me despir. Tirou toda a minha roupa, passou o sabonete por todo o meu corpo, minha cabeça.

- Arrume as roupas pra ele. - falou Bruno pra Pedro. Ele estava na porta do banheiro.

Bruno passava o sabonete em minha barriga e fazia cossegas. Eu ria. Ele me olhou sério. Eu abaixei a cabeça.

- Você é o meu herói. - falei. Assistia muitos desenhos no orfanato.

Olhei pra ele. Ele estava todo molhado. Depois que terminou de me banhar me pegou no colo. Pedro estava nos esperando com uma toalha na porta do banheiro.

- Arruma ele. Vou tomar um banho. - falou e me entregou para Pedro.

- Tchau papai. - falei. Bruno parou na porta, de costas. Saiu sem dizer nada.

Pedro deu um suspiro. Me colocou em pé na cama. O quarto era todo pintado de verde. Um verde bem claro. Tinha um enorme guarda roupas, uma caixa cheia de brinquedos.

Pedro pegou uma roupa e começou a me vestir. Um short e uma fina blusa de algodão. Pegou dois pares de sapatos, me pediu pra escolher um. Escolhi o que tinha cor azul. Ele foi até uma estante que tinha no quarto, cheia de perfumes e cremes. Pegou um pente e veio até mim. Penteou meu cabelo e me passou perfume.

- Você agora tá bem gatão filho. - falou. Eu senti muita vontade de abraçar ele. Pulei em seus braços.

- Posso te chamar de papai. - falei.

- Claro que pode. - falou. Ele me apertou ainda mais.

- Parece que o outro papai não gosta de mim. - falei. Ele me olhou.

- Ele só precisa se adaptar a essa nova rotina agora. - falou Pedro. - Agora temos que ir. Já vão servir o almoço.

Pedro me desceu da cama e peguei em sua mão.

Descemos as escadas. Fomos até a cozinha. Todos estavam sentados em uma enorme mesa. Me sentei ao lado de Pedro. Todos perguntaram como eu estava. Pedro respondia por mim. Tinha um lugar vazio ao meu lado. Bruno chegou e ocupou o lugar. Ele olhou pra mim.

E agora estava eu sentado na mesma mesa com meus pais do lado. A familia toda reunida. Era a comemoração do meu aniversário. 16 anos. Olhei pro meu pai Bruno. Ele olhou pra mim e riu. Não foi fácil conseguir quebrar aquela armadura dele. Todos ficaram muitos admirados. Eu fui o único, em anos a quebrar aquele semblante sério dele, e que em compensação, se tornou o pai mais ciumento que eu já vi na face da terra.

- Pai, eu queria te pedir uma favor. - falei. Pai Bruno estava mais velho do que a doze anos atrás. - Deixa eu ir pra praia com o primo Fábio?

- Claro que não. - falou. Estávamos no jantar do meu aniversário, só pra família. A festa, eu já tinha feito na noite passada. Eu até acordei de porre. Meu pai quase me matou, o Bruno. O Pedro era mais liberal. - Lembra daquele dia na piscina? Você quase morreu.

- Todos os meus amigos da escola vão. - falei. Íamos comemorar o ultimo dia de férias. - É só um dia pai.

- Se você prometer não inventar de entrar no mar só, eu prometo pensar. - falou. - E aquele menino vai?

Engoli em seco.

- O Romeu? - ele sabia o nome do menino que eu gostava. Todos sabiam. Será que tava tão na cara assim? - Ele é nosso colega de turma pai. Claro que ele vai.

- Vou mandar o Fábio ficar de olho. - falou. Eu falei que ele era ciumento.

Mal ele sabia que o Fábio tentava a todo custo me fazer ficar com o Fábio de novo.

Minha historia com o Romeu era super complicada. Ele era o menino mais popular do colégio. Tão clichê. Eu também era popular. Meu melhor amigo era meu primo Fábio. Ele era o filho da irmã do meu pai Bruno. Diferente do que é contado, Romeu, era super gentil, inteligente e educado. A primeira vez que ficamos, foi na hora da aula de educação física.

Eu estava sentado, mexendo no celular. Fábio chegou com Marina.

- O Romeu tá te esperando lá atrás da quadra. - falou Marina. Eu quase tive um troço.

- Como assim me esperando? Ele tem namorada. - falei. Ele namorava a Karen. Ela não gostava de mim. Era recíproco. - Vocês devem tá curtindo com minha cara.

- Claro que não idiota. Ele tá lá sim. - falou Marina. - Tem quinze anos e é tão bobo. Isso que dá ser mimado demais.

- E o que tem a ver eu ser mimado e bobo? - Marina era meio loucona. A doida da turma.

- Sei lá. Eu só quero que você vai logo. - falou ela. Pegou meu celular, Fábio me puxou e foi me arrastando até atrás da quadra.

Romeu estava lá atrás da quadra. Eu gelei. Meu corpo arrepiou todo. Ele realmente estava lá. Estava de costas. Fábio e Marina correram e me deixaram. Ele se virou e me viu.

- Oi. - falou. Ele veio até mim. - Meus amigos falaram que você tava me esperando aqui. O que foi?

- Me falaram a mesma coisa. - falei. Eu estava morrendo de vergonha. - Eu... É melhor eu ir embora.

- Espera. - falou. Ele era tão bonito. Tinha os olhos verdes. Era forte, os braços definidos e a barriga trincadinha. Eu amava o jeito que ele sorria. Era mais alto que eu. Eu era uma negação em altura. Todos eram mais altos que eu.

Ficamos nos encarando por um tempo. Ele me levou até a grande árvore. Ela ficava atrás da quadra, um pouco afastada. Ficamos conversando um monte. Ele era super engraçado, tinha um papo super interessante. Ele me contou a história do nome dele:

- Minha mãe é uma louca por Shakespeare. Ela leu todos os livros dele. Meu pai estranhou o nome no começo. - falou. - E o seu nome, Ângelo. É tão bonito. Ângelo Camilo.

- Meu pai Bruno que escolheu o Ângelo, e o pai Pedro escolheu o Camilo. - falei.

- Você não se importa que os outros falem dos seus pais? - falei.

- Eu não. Ninguém tem nada haver com minha vida. Meus pais que me sustentam. - falei. - Eu não vejo problema nenhum nisso. Eles se amam, e isso importa. Muitos vão achar que eles foram uma influencia pra minha sexualidade. Eu sou gay e pronto. Eu não vejo problema nisso.

- Corajoso você. - falou. Meu cabelo estava bagunçado por causa do vento. Ele pegou uma mecha e pôs por trás da minha orelha. Passou a mão em meu rosto.

Ele foi chegando mais perto. Meu cabelo atrapalhava tanto. Eu tinha deixado crescer um pouco. Meu pai Bruno que gostava dele grande. Primeiro foi um selinho, depois ele puxou meu lábio. Eu avancei no beijo. Foi um beijo quente, ele mordia meu lábio. Ele agarrava meu cabelo e puxava.

- Você beija muito bem. - falou.

- Foi meu primeiro beijo. - falei.

O sinal tocou e eu me assustei. Quando fui me levantar, tinha um galho preso no meu uniforme. Rasgou a metade dele. Eu me desesperei.

- Droga. Merda. Porra. - falei. Xinguei todos os nomes possíveis. Ele me olhava e ria. - Não é tão engraçado assim Romeu.

Ele tirou o uniforme dele e me entregou.

- Veste, eu tenho outro. - falou. - Eu sempre trago por causa da educação física.

- Você pode ae virar por favor. - falei. Ele ria. Continuou olhando pra mim. - Eu to falando sério.

Ele se virou e eu me vesti. tinha o cheiro dele.

- Pronto. - falei. Ele se virou.

- Vamos.

Fomos saindo de trás da quadra. Não tinha quase ninguém. Fábio e Marina estavam lá com os amigos do Romeu.

Depois daquele dia nós nunca mais ficamos. Ele me cumprimentava todos dias. Eu odiava ve-lo com a vadia da Karen. o uniforme dele ainda tava comigo, depois de um ano.

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Galera, desculpa demorar pra postar. Eu tava muitooooooooo ocupado mesmo. Esse aqui vai ser o novo conto. Se gostarem comentem. Ele não vai ser postado diariamente, talvez uma ou duas vezes por semana. O outro conto, Style, vai terminar no proximo cap. Eu ainda não terminei de escreve-lo, Vou terminar hoje. Bjs e até.

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Comentários

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amei o conto. ansioso pelo próximo cap de "seja meu, Romeu" e "style". espero que o Ângelo não tenha nada com o bruno!

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Amei o conto, mais queria que style continuase, senti muitas saudades suas viu, continua pf e se vc poder da uma olhada no meu conto: Odeio te Amar rs. bjs mindo

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Mt bom e em relaçao a style sinceramente espero q vc n fique cm o gustavo, o protagonista merece mais!

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Ainda bem q ele é apaixonado por Romeu, achei q ele ia ter um rolo com o Bruno .qual altura dele?

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