Conforme caminhavam para a quadra as amigas admiravam a paisagem. Ao longe via-se as piscinas azuis cercadas por grades verdes onde os estudantes já se divertiam aproveitando a manhã ensolarada.
Seguiam pisando na grama e observando as folhas secas e frutas que caíram por ali. Abaixo das árvores estavam espalhadas mesinhas de concreto, onde grupinhos conversavam e tocavam violão. Também eram visíveis casais de patos brancos a beirando tranquilamente a descida do morro que dava para o córrego coberto por vegetação.
- Eles estão ali – Lizi cutucou a colega quando subiam a estradinha de pedras.
- OMG, o que estou fazendo aqui? – Tatiane deu de ombros para voltar, estava bastante nervosa.
- Amiga, não faz isso – Lizi a puxa pelo braço – Não há motivos para nervosismo. É só uma conversa, entende? Oi, tudo bem, meu nome é Tatiane, Foi legal te conhecer, Adeus.
“Só uma conversa?!”. Até parece. Para uma “louquinha” igual a Lizi tudo deveria ser mais fácil. Bastava levar a vida como uma grande piada, como se nada fosse sério realmente. Não queria assumir, mas no fundo, Tatiane tinha uma “invejinha branca” da amiga.
Enquanto tentava acalmá-la, Lizi percebe que o garoto descia sozinho em direção às duas. Os dois amigos que o acompanhavam ficaram sentados na calçada que circundava a quadra.
- Oi. – O garoto era baixinho e usava um piercing no nariz. O sorriso era de um moleque sapeca.
- Olá. – Lizi respondeu procurando deixar a amiga em evidência.
- Vocês são as gurias da noite do mascote né? – O garoto ajeita o boné.
- Você estava lá? – Percebendo que Tatiane havia simplesmente “travado” Lizi entra no assunto.
- E quem não estava?!! – Os dois começam a sorrir e Tatiane inquieta olha para trás esperando por Derick.
- Caraca, quando você saiu daquela caixa foi muito hilário – O garoto tenta puxar conversa.
- Eu não vi nada hilário. Quase morri de vergonha – Tatiane vira-se e responde grosseiramente.
Lizi arregala os olhos. “Pra que tanta violência?” ela pensa e discretamente dá um beliscão nos costas da amiga.
- Eu quis dizer que foi muito legal – ele sorri sem graça - Você é a nova estrela da escola sabia? – tenta dialogar mais uma vez.
- “Sério?!” – Tatiane dá de ombros. Coloca a mão sobre os olhos e disfarça procurar o amigo ao longe.
Lizi observa a situação e resolve intervir,
- Me chamo Lizi e ela é a Tatiane – A garota abre um sorrisinho simpático de “foi mal”.
- Michael – ele se apresenta - E meus amigos são o Patrick e o Lionel. – Ele aponta para os garotos que retornam um aceno.
Tatiane não agia como uma “bruaca” propositalmente, quando percebia, já havia sido ríspida. A timidez dificultava as coisas. Ela respira fundo, tenta encontrar equilíbrio interior e agir com naturalidade.
- Você também cursa o primeiro ano? – caminha para debaixo de uma árvore e escora-se.
- Sim, mas sou de outra sala – Michael e Lizi a acompanham.
- Qual sala? – Ela repara o belo rosto do garoto.
- Aquela perto da escada. Turma “B”. – Ele responde e sedutoramente põe-se de frente a garota apoiando uma das mãos no caule da árvore.
Lizi percebe que algo começaria a rolar. Discretamente tira o celular do bolso, afasta-se, coloca os fones no ouvido e observa o caminho por onde Derick chegaria.
Aparentemente imprensada, Tatiane abaixa a cabeça e fica olhando para sua melissa cor rosa próxima ao tênis Nike de Michael. O coração palpitava e seu joelho já se flexionava preparando-se para correr ou para uma joelhada se preciso fosse.
- Sabia que eu curto garotas que usam óculos? Ficam simpáticas – Michael fala com voz sedutora.
- Ah é – Tatiane escapa do garoto saindo pela lateral oposta à que ele apoiara-se na árvore – Está um pouco sujo – Tira o óculos e começa a limpá-lo lançando um olhar de socorro para a amiga.
- Michael. Você sabe quem canta esta música? – Lizi se aproxima com os fones de ouvido em mãos. Ele os coloca e começa a sussurra o refrão da música: Tempos difíceis... Tempos difíceis...
- Maneiro. Você curte Racionais Mc´s? – pergunta revelando o nome do cantor.
- São os Racionais? – Ela sorri observando a amiga agradecer-lhe com um olhar.
- Você é amiga da Regininha não é? Eu vi as duas outro dia.
Regininha era a nova colega “vida loca” que Lizi fizera no semestre passado, foi ela quem passou a música que a garota estava ouvindo no café da manhã.
- Tem alguém que não conheça a Regininha? – Sorrindo, Lizi pega os fones e observa o garoto aproximar-se de Tatiane.
- Eu não sei o que vocês vêem nessas músicas de maloqueiro – Tatiane torna a escapar, deixando aparente que não iria rolar nada.
O clima fica constrangedor. Um tanto ridículo.
- O Derick mandou uma mensagem – Lizi aproxima-se mexendo no celular.
- Ah é, e o que ele quer? – Tati olha para a tela, mas não havia nada. Então entende que a amiga inventará a desculpa para darem o fora.
- Bom Michael, foi legal conhecer você, mas agora precisamos ir – Tatiane despede-se do rapaz.
- Ok então. Nos vemos por ai – Ele cumprimenta as garotas com um beijinho na bochecha e Lizi arregala os olhos ficando vermelhinha.
***
- Por favor, não fale nada – Tatiane pede para que a colega não toque no assunto. Queria fingir que aquela manhã não tinha acontecido.
As duas seguem de volta para o local do refeitório, no caminho avistam Derick subindo irritado.
- Qual o problema – Lizi pergunta.
- Ian é o problema – Ele responde e os três seguem para a sombra.
- Como assim? – Tatiane quer que ele explique melhor.
- Vocês acreditam que ele estava prestando atenção na nossa conversa? – Os três sentam-se em uma mesinha abaixo das árvores.
- E o que ele ouviu exatamente?
- Pelo visto tudo o que conversamos.
- E como você soube? – Lizi perguntou.
- Ele veio com ironia ainda agora.
- E ai? – Tatiane estava ficando mais irritada.
- E ai que o deixei falando sozinho e sai para procurá-las. Vi que estavam com o carinha e resolvi voltar. Aliás, como foi?
- Não foi – Lizi responde e olha pra Tatiane que ignora. Já tinha se acostumado com a língua frouxa da amiga.
- Mas ele tentou alguma coisa? – Derick queria saber detalhes.
- Ah. Vamos esquecer essa história. Basta saber que foi super constrangedor.
- “Eu odeio os garotos” – Derick levanta-se e ajeita o short.
- “Somos dois” – Tatiane responde e espera Lizi completar, mas a resposta não vem. Eles a encaram.
- Que foi? – Lizi coloca as mãos na cintura – Eu não tenho nada contra. Aliás, o Derick é um garoto esqueceram?
Todos se entreolham por alguns segundos,
- Qual é? – Derick dá um passo para trás – Tá na cara que eu sou um coelho – ele imita o bichinho e sai correndo.
- Coelho é?!! – as amigas falam, levantam-se e juntas saem correndo atrás do amigo. O melhor era aproveitar o dia e esquecer-se de tantos complexos.
“Garoto estranho”. O sol sumia no horizonte e Derick apoiado no batente da janela observava um grupo que jogava “três cortes” um pouco distante dali. Entre eles Ian, aquele garoto intrometido de cabelos encaracolados.
Ian estava usando um short com estampa havaiana, camiseta branca e tênis. Quando tentavam acertá-lo com a bola o garoto fazia todo um teatro de curvas chegando as vezes a jogar-se na grama como um idiota.
“Tomara que acertem bem na cara dele”. As luzes dos postes haviam sido ligadas, o começo da escuridão já se fazia notar. O quarto onde Derick estava também já ficara escuro. “1, 2, 3... corta”, um garoto moreno bateu com força na bola colorida lançando-a em direção ao rapaz. Ela foi girando, girando e paff...
“Coitadinho!!” Em um reflexo Derick espanta-se e seu coração palpita forte, a bola acertara Ian. “Como assim???” – O garoto estranha a própria reação – “Coitadinho coisa nenhuma. Bem feito pra ele” – Completa a frase tentando ignorar a sensação de importar-se. A bola acertou Ian entre o peitoral e a barriga, mas o garoto conseguiu segurá-la e o adversário teve que entrar para o meio da roda. Derick abre um sorrisinho abobalhado e torna a recostar-se sobre o batente.
Lá embaixo Ian faz uma dancinha ridícula zombando da cara do garoto moreno e Derick no escuro observa em câmera lenta aquele sorriso gostoso e sapeca que parecia mais uma propaganda da Colgate. De repente a porta é aberta e a luz do dormitório acessa. Derick vira-se de supetão um tanto zonzo, fazia algum tempo que estava no escuro.
- Ah. É você que está ai – Kaio entra, fecha a porta e já vai tirando a camiseta e jogando sobre o beliche.
“Annn?!!” – O coração de Derick quase sai pela boca. Kaio estava simplesmente tirando toda a roupa ali mesmo, sem cerimônias.
Com o peitoral malhado amostra, Kaio escora-se na parede, curva-se e puxa o tênis jogando-o juntamente com a meia encardida em um canto. Tudo acontecia muito rápido, Derick não sabia como reagir apenas observava atônito.
Kaio ficou de costas, desabotoou o short tactel e o puxou juntamente com a sunga azul. Derick não conseguiu conter a ereção e seus olhos não saiam da marca de sunga que o garoto tinha no bumbum e em parte das coxas.
Seu estômago deu um nó. Ele ficou tonto e então sentou-se na cama fingindo procurar algo na mochila. Kaio agia naturalmente, para ele Derick era hétero. Nem imaginava que o amigo poderia ser gay.
Kaio aproximou-se da borda do beliche esticando os braços para pegar uma toalha dentro de sua mochila na parte superior. “OMG, Derick não estava preparado para isto”.
Aquele perfeito corpo nu ficara bem próximo, na cabeceira inferior. O brinquedinho avantajado, “diga-se de passagem” e cheio de pentelhos dourados, balançava causando uma crise de tremeliques no garoto que não sabia o que fazer com os olhos.
Kaio enrolou-se na toalha cinza e seguiu para o banheiro. Em seguida ouve-se o barulho do chuveiro e a porta do quarto batendo. Derick saiu correndo.
***
- Onde você estava?
- Eu, eu... – Lizi gaguejou – fui procurar o Derick – Completou a frase e sentou-se na mesa de toras de madeira envernizada.
- Achou ele? – Tatiane perguntou observando a fila para o jantar sendo formada.
- Não. – Lizi estava estranha – Vamos entrar na fila. – Ela parecia nervosa.
O barulho de conversas e gargalhadas, misturavam-se à cena de bocas mastigando e talheres revirando os pratos com a refeição. O cheiro estava ótimo. Arroz, feijão e frango cozido com verduras. Sobre as mesas, vários copinhos descartáveis com refrigerante e ao lado a sobremesa, doce de banana.
- Encontrei vocês – Derick senta-se. Ele estava bastante atrasado e com os cabelos úmidos. Um pouco de água escorria pelo pescoço. Acabara de tomar banho.
- Onde você se enfiou? Combinamos de jantar juntos. – Tatiane fala enquanto morde um pedaço da sobremesa. Já haviam terminado a refeição há um bom tempo.
- Me enrolei um pouco e acabei tomando banho agora – Ele retira o plástico que envolvia os talheres e começa a comer.
Na realidade o garoto deixou para tomar banho na hora da janta de propósito, assim, os companheiros estariam bem longe do quarto. Não queria correr o risco de se deparar com mais um pelado. A visão que tivera de Kaio já era o bastante para deixá-lo desconcertado por um dia.
- O que vamos fazer depois da janta? – Tatiane perguntou.
- Sei lá. Podíamos ficar sentados na beira da piscina observando o céu – Derick coloca um pedaço de frango na boca e Lizi futrica o celular. Ela o fazia com cautela para que os amigos não percebessem o que tanto conversava no WhatsApp.
Derick comia pensativo: “tenho que dar um jeito de escapar daquele quarto”, e Tatiane terminava seu doce observando uma caixa encapada com papel laminado vermelho sobre uma mesa.
Na frente da caixa estava colada uma pomba recortada em cartolina branca e escrito correio elegante em letras pretas. A caixa fora posta ali agora a pouco.
Derick termina seu jantar e leva o copo de refrigerante à boca observando alguns professores que contavam histórias da época da faculdade e divertiam-se em uma mesa próxima.
- Eu preciso falar com uma amiga e depois encontro vocês na piscina, pode ser? – Lizi levanta-se e guarda o celular no bolso.
- Sem problemas my friend – Derick e Tatiane despedem-se e a garota sai apressadinha.
- E então. Me conta tudo sobre o carinha. Como é o nome dele mesmo? Michael? – Derick abre a embalagem do doce e inicia o assunto.
- Quer mesmo falar sobre isso? – Tatiane recolhe os copos descartáveis e joga em uma lixeira próxima a mesa.
- Claro que sim. Afinal, sou seu psicólogo – ambos começam a sorrir.
- Bom “senhor psicólogo”, o que posso dizer – ela pensa por uns segundos - Ele não faz o meu tipo – diz.
- Nossa, que descrição tosca – Derick apoia-se na mesa – Me conte como ele é, nem deu para reparar mais cedo.
- Ah, Tipo. Ele é da minha altura....
- Ou seja, uma formiga – Derick interrompe com a piadinha sem graça e Tatiane fica olhando para a cara dele, “não teve graça”.
- “Continuando” – Ela limpa a garganta – Ele é branquinho, tem um piercing no nariz e pelo visto gosta de Rap.
- Rap? Ai credo. Realmente amiga, ele não faz seu tipo – Os dois levantam-se e de braços enlaçados seguem para a piscina.
***
“Seus olhos são como duas bolas de futebol...”
– Droga. O garoto amassa o pedacinho de papel e coloca junto a vários outros em um canto do colchão.
“Seu olhar me lembra um jogo de futebol... pois... pois...”
- Que porra – Ele rabisca a frase e começa tudo novamente.
Kaio já estava a algum tempo trancado no quarto tentando escrever a primeira cartinha que faria na vida. O problema é que o garoto não era escritor e muito menos poeta, ele entendia de futebol, videogame, mas quanto a frases, era um terror.
- De quem foi essa ideia GAY, de escrever essa carta GAY? – Ele coça o braço exposto pela camiseta sem mangas, pega a caneta e volta a escrever.
Eu gosto dos seus olhos por que... porque eu gosto, “fim.” Ele perde a paciência.
- Perfeito. Acho que está ótimo – Kaio abre um sorriso e logo em seguida fecha a cara – Burro, burro, burro... – ele bate a cabeça no colchão – Isso que dá não prestar atenção na porcaria das aulas de literatura.
A porta do quarto é aberta e Ian entra.
- Ei cara, o que está fazendo? Que bagunça – o garoto guarda algo na mochila e aproxima-se do monte de papéis no beliche de Kaio.
- Essa “merda” é a tentativa frustrada de conquistar uma mina – Kaio pula da cama, pega o monte de papel e joga no lixo do banheiro.
- E qual é o problema?
- O problema é que isso de cartinha é muito gay, e eu não sei escrever droga nenhuma – Kaio já estava estressado.
- Ah. Eu não sou o rei das “gayzisses”, mas posso tentar ajudar – Ian deita-se na parte superior do beliche ao lado.
- O que você escreveria? – Kaio pega outro papel e tira a camiseta. A noite estava muito abafada.
- Ah. Tenta uma poesia batida. Tipo aquelas coisas frescas que as garota gostam de receber no facebook no dia dos namorados.
- O que, por exemplo? – Kaio pergunta e Ian deitado de barriga para cima fica imaginando o que poderiam escrever.
- Pior que não vem nada na cabeça agora – Ian fica observando uma mariposa voar em volta da lâmpada. Seus pensamentos ficam distantes.
- Então saímos da bosta e caímos na merda – Os dois começam a sorrir da comparação tosca e Kaio volta para o beliche. Segue-se um minuto de silêncio, de repente a porta abre e Lucas entra cantando:
“Gatinha assanhada cê tá querendo o quê? Eu quero mexer, eu quero mexer...”
Um olha para a cara do outro e caem na gargalhada.
- Tenta isso ai mané, quem sabe dá certo. Ian continua a gargalhar e Lucas também começa a sorrir sem entender o que há, até que Kaio explica.
- Uma frase romântica? Porra. Sei lá. Serve piada não? – Lucas tira o sapato e a camisa.
- Claro que não manezão. Eu vou escrever uma piada em uma carta de amor? – Kaio volta a ficar pensativo, Lucas entra no banheiro e Ian permanece a observar a mariposa voando ao redor da lâmpada.
"Difícil não lembrar do que nunca se esqueceu
Fácil perceber que seu amor é meu
Difícil não lembrar do que nunca se esqueceu
Fácil perceber que meu amor é seu”
Ian começa a sussurrar o trecho da canção enquanto pensa longe.
- Ei. Isso é Charlie Brown Jr. Boa ideia – Kaio virasse na cama e começa a escrever o trecho da canção. Finalmente encontrará algo para por em andamento a ideia de Derick. Ele fecha a cartinha, guarda na mochila e esticasse na cama de barriga para cima.
Lucas sai do banheiro, desliga a luz e joga-se no beliche. Após alguns instantes abre os olhos observando a cama ao lado vazia.
- Alguém viu o Derick? – Ele pergunta enquanto passa a mão sobre o peitoral desnudo.
- A última vez que o vi estava pegando alguma coisa na mochila. – Kaio responde interrompendo os pensamentos distantes. Ian já cochilava e a janela do quarto dormiria aberta.
***
- Onde você se meteu mulher? – Tatiane entra no quarto e encontra Lizi deitada e coberta com um lençol.
- Desculpa. Eu me senti mal e resolvi deitar – Ela esconde o celular abaixo do travesseiro.
- Ficamos esperando você até agora – Tatiane começa a trocar de roupa preparando-se para dormir – Você perdeu, eu e o Derick conhecemos umas gurias muito engraçadas lá na piscina... – Tatiane continua falando mesmo depois de desligar a luz e deitar-se na parte inferior do beliche. Lizi ficava na superior. – Com quem você tanto conversa nesse WhatsApp? – Ela também liga seu aparelho e começa a futricar o facebook.
- Com uma amiga – Lizi fala com um sorrisinho no rosto sem tirar os olhos da telinha.
As outras companheiras de quarto chegam, elas se trocam, desligam as luzes e todas se cumprimentam com “boa noite”. Era mais de uma hora da madrugada.
ENQUANTO ISSO, EM ALGUM LUGAR NO MEIO DO MATO:
Cri, cri, cri, cri... os grilos cantavam e a paisagem estava fresca por causa das árvores.
Derick caminhou com uma lanterna por entre a vegetação até encontrar o local perto de algumas árvores baixas. Ele estendeu o cobertor sobre a grama, ajeitou o travesseiro e deitou observando a lua crescente. Breve seria lua cheia.
As estrelas brilhavam e a cada ruído estranho o garoto sentava-se e ligava a lanterna.
- Eu sei que andei fazendo várias coisinhas erradas. Mas prometo que serei um garoto casto – Derick passa a luz da lanterna pela mata, desliga, deita-se e continua a oração amedrontada. – Então, por favor, não deixe que apareçam nem cobras e nem sapos por aqui, odeio sapos – Ele estava com um pouco de medo de acampar sozinho, mas, era isso ou ficar naquele quarto abafado com três caras que não saiam de sua cabeçaespero que estejam gostado, e so o começo prometo quer terá mais supresa e ação.
So que eu preciso de comentários, isso vai me inspirar!