No dia seguinte já estavamos indo para o AP entramos, havia um quarto...
Olli: Eu fico no sofá.
Fui para o quarto, coloquei minha mala e fui tomar um banho, saí, fui a cozinha, ela estava toda equipada, a geladeira e os armários cheios, meu pai havia mesmo pensado em tudo!
Peguei um pacote de biscoitos de chocolate e um refri, fui para o sofá... Estava assistindo The Vampire Diaries, série que amo, quando de repente ele me sai nú, apenas de toalha, eu não conseguia nem piscar, fortão e todo grandão daquele jeito quase me mata do coração...
Fiquei olhando, bração, pernão, costas e peitoral largo, OMG! Estava torcendo para a toalha cair também...
A bolsa dele estava do lado do sofá, ele tirou uma roupa e foi direto para o quarto, aquele dia não iria para a faculdade, era um dia de sábado...
Passei o resto do dia assistindo, ele veio assistir também, expliquei um pouco da série para ele...
Quando chegou a noite...
Eu: Se arruma, vamos sair, combinei de sair com os meus amigos!
Ele: Você não se aquieta mesmo hein? Todo dia tem que sair?
Eu: Agora vou ter que ficar preso aqui também? Por favor né? Já basta ter você no meu pé!
Nos arrumamos e fomos...
No caminho...
Ele: Olha só me diz logo se vai fugir novamente porque se for não vou nem me da o trabalho de te acompanhar, te deixo aqui mesmo e vou embora!
Eu: Me abandonaria mesmo estando em perigo?
Ele: Hora, você não quer proteção, não sou eu que vou te proteger a força!
Eu: Não vou fugir tá? Relaxa, dessa vez falo sério!
Fomos, chegando na boate dei de cara com Ana...
Fui abraça-la, ele foi direto para o bar, pediu uma garrafa de água, e pronto, ficava lá parado olhando para gente...
Nossa, seu olhar era sombrio, frio, não sei explicar, mas tinha um certo efeito sobre mim.
Ana: Olha, ele vai ficar alí a noite toda assistindo a gente?
Eu: O que eu posso fazer? Não posso fazer nada! E o Ro?
Ana: Não veio hoje, também não disse o porque, depois falamos com ele.
Ficamos dançando e bebendo como loucos, até esqueci por um momento dele...
Ana: Tem alguém te olhando!
Eu: Eu sei Ana mas já disse que não posso fazer nada sobre isso...
Ana: Não, não estou falando dele, olha...
Olhei para onde ela disse e vi um cara alto, não muito forte, loiro, olhos mel, não era tão bonito quanto ele, mas dava pro gasto!
O cara se aproximou de mim... - Oi?
Eu: Oi.
Ana: Gente, vou pegar uma bebida para mim.
Saiu...
Cara: Seu nome é Victor, não é?
Eu: Como você sabe?
Cara: Estudo na mesma faculdade que você, sou calouro, comecei a pouco tempo, meu nome é Felipe, pode me chamar de Lipe.
Enquanto falava com ele a única coisa que vinha na minha cabeça era se meu guarda-costas sabia da minha sexualidade... Será que o meu pai disse?
Mas eu não entendia porque pensava nele quando tinha um cara até que boa pinta dando encima de mim...
Lipe: Vi você chegando aquele dia na viatura, depois não consegui te tirar da minha cabeça.
Eu: Nem me lembre desse dia! - Estava ficando meio frustrado comigo mesmo, então resolvi cortar o papo!
Eu: Vamos dançar?
Lipe: Claro!
Dancei com ele, ele se esfregava em mim, era bem safadinho e já estava me deixando louco, pois enquanto ele fazia eu olhava para Olli, o que me deixava mais frustrado era que ele me olhava, nem piscava, não esboçava uma minima reação, nem de nojo, mais ficava ainda mais com raiva de mim mesmo por o fato de me importar com aquilo, nunca me importei com a opinião de ninguém com relação a mim, nem do meu pai, afinal a sexualidade é minha, mas a dele estava me importando, gostaria de saber o que ele acha...
Enquanto estava perdido em meus pensamentos Lipe me pegou pela cintura e me beijou, o beijo foi repentino e até gostoso, mas me deixou ainda mais confuso...
Lipe: Que tal irmos para um lugar mais calmo?
Eu: Não posso, tá vendo aquele cara alí? Não posso sair da cola dele, desculpe!
Lipe: Vocês são...
Eu: Não, ele é um amigo do meu pai, é, eu tenho que ir ok? Depois nos falamos.
Lipe: Sim, nos vemos na faculdade.
Eu: Ok.
Ele me puxou e me deu mais um beijo. Depois saiu...
Ana apareceu. - E então?
Eu: Legal.
Ana: Nossa que desanimação!
Eu: Desculpa Aninha mas eu tenho que ir.
Ana: É, para mim a noite também já deu o que tinha de dar, nos falamos depois?
Eu: Claro!
Fui em direção ao bar...
Eu: Você não é humano não né?
Ele: Porque?
Eu: Fica aí me olhando o tempo todo, que saco!
Ele: Esse é o meu trabalho.
Eu: Mas podia fazer outras coisas como: Mexer no cel, etc. Mas só fica ai paradão me olhando!
Ele riu...
Eu: Aleluia!
Ele: O que?
Eu: Você riu. É a primeira vez que vejo você rir.
Entramos no carro...
Eu: Você já sabia?
Ele: O que?
Eu: Que sou gay. Meu pai te disse?
Ele: Não.
Fiquei esperando ele falar mais alguma coisa mas definitivamente ele não era de falar muito!
Eu: E então? O que você acha?
Ele: Não tenho que achar nada, sua vida pessoal não vem ao caso, só estou aqui a trabalho.
Eu: Au, também não precisa falar assim!
Chegamos em casa, assim que entramos na sala ele já foi tirando a roupa e ficando só de cueca boxer branca... Nossa o cara era tão gostoso que a cueca ficava coladinha no corpo...
Ele se jogou no sofá... - Estou morto!
Eu fui direto ao quarto...
Agora eu poderia estar nos braços do Lipe, sou louco e normalmente não deixaria uma presa me escapar por o que alguém acha ou deixa de achar... Normalmente estaria transando aqui com ele e Olli que se dane...
Mas porque eu me preocupava?
Dormi pensando em como eu agi...
No dia seguinte acordei, escovei meus dentes e saí...
Ele estava no sofá, uma perna trepada no encosto das costas a outra estirada, um braço encima da barriga e o outro para fora...
Ele era muito grandão para o sofá...
Passei alguns segundos olhando-o e fui para a cozinha...
De repente ele acorda, se estica todo, era impossivel não olhar...
O resto do dia fiquei me policiando, eu estava agindo diferente, não podia ser o que eu estava pensando que era...
No dia seguinte fui a faculdade, ele me acompanhou, ficou no pátio...
Precisava falar com Ana a sós.
Eu: Ana, vamos na biblioteca comigo?
Ana: Claro!
Fomos, lá ele não podia me ver...
Fomos nas últimas prateleiras...
Eu: Preciso me abrir com alguém, ou vou explodir.
Ana: O que foi?
Eu: Não sei, ontem não quis ficar com o Lipe, isso nunca me aconteceu, você tem noção? Eu não querer ficar com alguém...
Ana: Mas porque? O que está acontecendo?
Eu: Não sei, eu, eu apenas, não conseguia pensar em alguma coisa a não ser nele me olhando!
Ana: No Olliver?
Eu: É. Entende? Ele ficava me assistindo, me olhando com aquele olhar frio...
Ana: E desde quando você se importa com o que os outros pensam? Se te olham, ou te julgam?
Eu: Eu sei! É exatamente isso que não sei explicar entende? Estou me importando agora, mas com o que ele pensa, só ele!
Ana: Para mim isso tem outro nome.
Eu: O que?
Ana: Amor.
Eu: Tá me zuando?
Ana: Claro que não. Você já amou alguém?
Eu: Eu não! Até hoje só curti, andei por aí, com um e com outro...
Ana: Tá explicado Vic, é a primeira vez que você está amando!
Eu: Não estou amando ele... Pelo amor de Deus, ele é hetero, groço, parrudão, um verdadeiro brutamontes...
Ana: E você acha que a gente escolhe por quem se apaixona? Por favor Victor, me poupe, olha, presta atenção ok? Presta atenção em como você se sente quando ele está por perto.
Eu: Ok!
A gente saiu, eu ia falar com ele mas o Lipe me aparece me interrompendo, que droga!
Lipe: Oi?
Me beijou...
Eu: Olá!
Ana: Oi.
Ficamos conversando um monte de bobagens e ele me assistindo de longe, enquanto Lipe falava eu também não parava de olha-lo...
Aquele jeitão dele, o rosto com a expressão durona, os braços cruzados...
Ana saiu e logo depois voltou...
Ana: Vic a presença do Olli está causando, as meninas estão loucas querendo saber quem é!
De repente passa um monte de vacas falando dele...
Aquele jeito do Olli, durão deixava qualquer um louco mesmo... A quem estou querendo enganar, até mesmo eu.
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Beijokas.