No dia seguinte, acordei pensando o que ia fazer de minha vida. Primeiro, eu era terrivelmente apaixonado pelo meu amigo hétero e que minha família e nem a dele aceitariam isso. Segundo, um estranho aparece em minha vida de uma hora para outra e consegue de alguma maneira balançar meu coração embrutecido e amargurado por tantas intempéries. Terceiro, pensara eu que tais conclusões fossem fáceis, mas elas não são.
Marcelo era um bom homem, bem humorado, assumido e de bem com a vida e, principalmente, com uma família que o apoia, mas seu ciúme desvairado por uma situação besta me fez refletir sobre suas ações em um namoro futuro.
Marc com sua rápida manifestação no jantar com a turma do Senai me fez relembrar os bons momentos que tivemos, é claro que foram apenas de amizade, mas bem que se dependesse de mim, estes seriam de amor, paixão e luxúria.
Depois do almoço, liguei para Marcelo e pedi que me encontrasse no Shopping, assim que ele saísse do quartel dos Bombeiros. Nesse encontro, disse a Marcelo que pensara sobre nossa viagem e nas conversas rápidas que tive com sua mãe, falei que ele era uma boa pessoa, mas que seu ciúme bobo me fez pensar duas vezes, antes de pensar namorar ou ter algo sério com ele. Ainda completei que nunca tive nada com ninguém e confiei nele para tirar minha virgindade e que deixarei o tempo correr para ver o que daria. Disse a ele, para aceitar, momentaneamente isso e depois o tempo iria resolver. Ele disse um OK seco e pegou na minha mão. Depois dessa conversa, nós fomos ao Leme tomar umas cervejas e levar a vida “mais” tranquilamente.
Fui direto para a Universidade assistir minhas aulas de Europa Contemporânea e refletir sobre o fim dos Impérios europeus (essa é uma das minhas funções de historiador).
Liguei para Marcelo não ir me buscar, pois minha mãe disse que ia me buscar para jantarmos em Copa. Fiquei desconfiado desse jantar com mamãe, mas nada perguntei e em menos de 2 minutos de espera, aparece minha mãe de vestido longo azul e muito bem apresentada. Eu estranhei tal situação e cerimônia, mas nada disse. Chegando ao restaurante, um homem cumprimenta mamãe e nos chama para sentar com ele. Quando sentamo-nos à mesa reservada por eles, um garoto me olhava muito e já tinha visto ele pela manhã na UFRJ. Minha mãe pediu um vinho e bem eu não tinha degustado, ela me lança uma bomba. Meu filho esse é meu namorado José Ricardo e se filho Luan. Sorvi lentamente o vinho e disse não tenho nada a dizer ....