Olá pessoal, tudo bem com vocês?
Hoje posto o meu primeiro conto aqui no site, espero que gostem! Preciso de feedback pra aprimorar os textos.
Bom, pra começar meu nome é Pedro, tenho 21 anos e moro em São Paulo.
Vou contar pra vocês como foi a descoberta do meu interesse por homens.
Eu devia ter mais ou menos uns 13 anos, época de nervos à flor da pele e muita testosterona correndo pelo corpo, assim como em qualquer cara adolescente nessa idade.
Na escola, sempre fui daqueles caras que sentavam na frente, pra estudar e prestar atenção na aula, mas com o tempo isso foi mudando. Porém nunca gostei de não fazer nada na aula, achava um desperdício ter que acordar cedo e ir pra escola e ficar lá "com a cara pra cima".
Bem, nesse tempo eu tinha vários amigos, que vinham à minha casa para jogarmos Super Mario (gosto até hoje). E dentre esses amigos, tinha o mais chegado, o parceiro pra todas as horas. Carlos é o seu nome. Ele era um pouco alto pra idade, mas era bem magrelo, seus olhos azuis cintilavam mesmo á distância, e o cabelo todo bagunçado era sua marca.
Carlos me proporcionou muitas risadas e sempre que a gente se encontrava, passávamos a maior parte do tempo dizendo bobagens. Até aí, nunca havia parado pra pensar nele com outros olhos, com tesão, com paixão.
Até que em um dia qualquer de setembro, ele me chamou pra ir ver uma exposição no Museu da Língua Portuguesa em SP, eu confesso que nunca fui muito chegado nessas ondas culturais, mas graças a ele comecei a me interessar e hoje eu adoro.
Pra quem nunca fui nesse Museu, ele é basicamente quase todo escuro e tem vários vídeos passando nos corredores, sobre a origem das palavras e tudo mais.
Eu fiquei fascinado com a tecnologia do lugar, e poxa, português sempre foi minha matéria preferida.
O Carlos me chamou pra sentar em frente a esses vídeos que passam por lá, não tinha muita gente por ser uma tarde de quinta-feira. Sentamos, ele olhou pra mim e sorriu. Eu perguntei:
- Por que você tá rindo, brother?
Ele disse:
- Olha só as palavras que tão passando na tela. - E continuou sorrindo.
Eu olhei e vi que estava escrito PAIXÃO e TESÃO e várias pessoas comentando sobre a origem dessas palavras.
Eu falei:
- Nossa, que foda! Eu nem imaginava que esse lugar fosse tão legal. Tu sabe que eu me amarro em português. rs
Ele disse:
- Sei sim.
Quando ele disse isso, abaixou a cabeça por uns segundos e disse a coisa que eu JAMAIS teria imaginado.
- Sabe o que é engraçado? - ele foi chegando mais perto - É que essas duas palavras dizem o que sinto por você!
Imaginem a minha reação na hora! Fiquei louco e levantei.
Ele me puxou de volta pro banco, e sem que eu tivesse tempo de falar nada, me beijou.
Eu fiquei sem reação, porque eu nunca tinha pensando na gente daquele jeito. Ao mesmo tempo que eu queria empurrá-lo, o inconsciente me fazia querer mais daquilo.
Assim que ele parou de me beijar, começou a se desculpar. Disse que tava confuso, tava pensando nisso faz tempo e não tinha coragem pra falar, mas antes dele levantar e ir embora, puxei-o de volta e fiz o mesmo que ele fez comigo. Dessa vez, até o encostei na parede e beijei de um jeito tão intenso do que qualquer garota que eu tinha ficado na época.
E foi a partir daí que eu descobri: PORRA, eu gosto de homem!
Galera, foi mal! Acho que me estendi um pouco, mas prometo a continuação haha
Me digam o que acharam, podem me contatar pelo e-mail pedro2015contos@gmail.com
Respondo todo mundo.
Adorei escrever esse conto. Aguardo comentários :D
