O ar estava gelado, a noite era fria, o céu estrelado, um delicioso jazz tocava na rua abaixo, eu estava quase bêbado e tinha um homem lindo ao meu lado, e que acabara de abrir a porta de vidro da sacada pra mim.
Eu estava ferrado.
Ele andou à minha frente, em direção a um dos sofás azul marinho que decoravam o local. Ao lado do sofá, em uma pequena mesa redonda, havia um balde com gelo até a borda e algumas cervejas. Algumas garrafas vazias ao lado, vários copos. Um pequeno grupo de pessoas se sentava em um outro sofá do lado oposto, mas enquanto entrávamos elas se levantaram para voltar à festa, animados. Estávamos sozinhos.
Aproveitei o momento em que ele estava de costas pra mim para observar o que o vento fazia em seu cabelo longo e cacheado. Era como uma dança, os fios enormes e escuros girando e torcendo de forma delicada, seguindo o ritmo do vento, emoldurando seu rosto, acariciando de leve a pele bronzeada. A ponta de suas orelhas era quase perceptível embaixo de um emaranhado de madeixas que parecia pecaminoso de tão perfeito, e quando ele se virou pra mim, jogou sua mão direita da testa até o final da nuca, de forma rápida e quase instintiva; seu cabelo acompanhou seus longos dedos obedientemente, penteando-se para trás e depois caindo novamente em seu rosto. Eu queria que fosse a minha mão fazendo aquilo.
Eu me abracei rapidamente, tentando me proteger das agulhadas gélidas do vento noturno. Quando eu me aproximei do sofá, ele me ofereceu uma cerveja, enquanto pegava outra para si, e me esperou sentar para então fazer o mesmo. Ele me olhava intensamente, eu o olhava com curiosidade, e o silêncio estava sentado ali conosco no sofá, entre nós. Mas não era desconfortável. Era calmo,e bom.
- Eu conheço essa música. É muito boa.
- É mesmo? perguntou ele. Que música é?
- Você nunca assistiu Capitão América 2? Eu ri, imaginando o que ele iria pensar de um homem de 28 anos que era mais fanboy da Marvel que muitos garotos nerds por aí.
- Você está louco? Claro que já! É o melhor filme que a Marvel fez até agora.
- Então. Essa música está na lista do Steve. Trouble Man, Marvin Gaye.
This I know baby, this I know child, cantou Marvin lá debaixo. Eu acompanhei as palavras com meus lábios.
- Concordo com você, é muito boa, mas não existe nada melhor do que a trilha sonora de Guardiões da Galáxia - ele sorriu enquanto tomava um gole da cerveja.
- Eu sei! Você precisava me ver no cinema, eu tive orgasmos ouvindo todas aquelas músicas durante o filme, eu falei, tom um pouco mais alto, empolgado com aquela conversa. Ei, não é todo dia que eu conheço pessoas que gostam das mesmas coisas que eu no meu ramo.
- Eu bem que queria ver - ele disse, rápido e um pouco mais baixo, como se não quisesse que eu ouvisse.
Yeah, let me sweat through you baby.
Eu quase engasguei com a cerveja. Respirei fundo e tomei outro gole, sem tirar os olhos dele, mas também sem saber o que falar. Esse jogo de "eu falo algo ingenuamente e você transforma em um flerte" tinha que acabar logo. Eu estava ferrado.
- Bom, não vá dizer pra todo mundo na firma sobre minha obsessão com a Marvel, ok? - eu finalmente consegui dizer, com a voz fraca. Mais um gole.
- Ok, mas só se você me mostrar o estoque secreto de revistas que você tem no seu escritório - ele estava com um sorriso maníaco no rosto, como se ele fosse um caçador e eu uma raposa prestes a cair na armadilha. Eu estava ferrado.
- Eu não tenho! eu disse, já ruborizando. Ele levantou as sobrancelhas, sorriso ainda no rosto, como que me desafiando.
- É sério, não tenho! Ele ainda me olhava.
- Ok, talvez eu possa te mostrar a minha edição de ouro dos Vingadores. Primeira edição publicada no Bra...
- Eu sabia! - ele bateu as mãos e deu uma gargalhada. Ele era adorável demais para existir. Eu não conseguia controlar a afeição no meu sorriso.
- Ok, falando a verdade agora, na primeira vez que eu visitei o escritório, eu entrei em sua sala sem querer, procurando por meu tio. Eu vi a revista embaixo de alguns papéis. Não resisti e dei uma olhada.
Eu dei um soquinho em seu ombro, revoltado.
- Aquela revista é meu talismã. Me dá sorte com os clientes. Você tem sorte de eu não ter percebido nada.
- Engraçado não é? Como as coisas acontecem. Anos atrás isso aconteceu e hoje eu estou aqui, conversando com você sobre isso.
- Eu acredito que não existem coincidências no mundo. Tudo acontece por uma razão. Seja pro bem ou pro mal.
Eu levantei do sofá, minha cerveja quase terminando. Dei um último gole, e andei na direção da sacada, com a cidade aos meus pés e a música do jazz, da rua até ali em cima, ainda me envolvendo. As luzes dos prédios brilhavam forte, e olhando pra baixo, vi que a música vinha de um bar não muito longe do hotel. Uma banda se preparava para subir em um palco entre a rua e o estabelecimento e as pessoas lá embaixo foram na direção da pista de dança, ansiosas. Garçons vagueavam de um lado a outro, distribuindo bebidas.
Coloquei as mãos no bolso e tirei um maço de Marlboro Lights que se escondia lá dentro, junto com um isqueiro preto. Peguei um cigarro e coloquei nos lábios, e me virei para a direita com mais um em minha mão e ofereci à ele. Meu braço encostou-se no seu tronco, e ao sentir o calor que emanava dele pude perceber o quão perto ele estava de mim; eu nem havia visto ele se levantar. Fiquei repentinamente zonzo e deixei o isqueiro cair, não antes de ele aceitar o cigarro e pegá-lo da minha mão.
Ele se abaixou, pegou o isqueiro, e levantou o braço na minha direção. Tive o vislumbre de algo escuro cobrindo sua pele alva, ao olhar por sua camisa branca, mas minha atenção mudou de foco quando eu vi a chama do isqueiro à frente do meu rosto. A banda lá embaixo começou a tocar uma versão fiel de Higher Ground, de Stevie Wonder, e eu tive que agradecer aos deuses pela sorte que eu estava tendo essa hoje. Me inclinei, e quando sua mão tremeu com o frio da noite, segurei-a firme para acender o cigarro. Sua pele parecia pulsar em direção a minha, como se o toque não fosse suficiente e ele quisesse mais contato.
Traguei o cigarro e segurei a fumaça nos meus pulmões. Quando eu soltei sua mão, o movimento balançou o seu pulso e o isqueiro caiu da sacada, para a escuridão abaixo. Soltei a fumaça lentamente pelo nariz.
- Ooops - eu ri, um pouco provocante. Coloquei o cigarro na boca novamente para mais uma tragada.
Lovers keep on lovin'.
- Não seja por isso - ele disse, e mais rápido do que eu pudesse perceber, seu rosto estava a centímetros do meu, e - Deus, ele estava acendendo o cigarro no meu, olhando fundo nos meus olhos, segurando o momento e minha atenção com uma força e uma atração invisíveis. Meu corpo paralisou e eu não conseguia fazer nada além de passar os olhos freneticamente por todo o seu rosto, notando seus cílios enormes, seus lábios rosados estimulando o cigarro em suas mãos, e pela primeira vez eu percebi que ele tinha covinhas nas bochechas. Como se eu não estivesse ferrado o suficiente.
- Você sabia que a cor da cabeça do pênis de um homem é a mesma que a cor de seus lábios? É ciência. - eu empurrei as palavras sem nem mesmo pensar no que estava falando.
Nem parecia um cara que vivia da lábia e argumentação para se sustentar.
Ele gargalhou tão alto que eu jurei que as pessoas lá dentro ouviram.
- Quer dizer que além de advogado brilhante, você também sabe biologia? - o sorriso dele era esperançoso.
- Só as partes interessantes - meu sorriso ia até as orelhas. O Coringa nunca me perguntaria "Why so serious?".
Ele se apoiou na sacada e olhou a movimentação do bar lá embaixo. As pessoas dançavam tão animadamente quanto nos bailes dos anos 50, quando o costume era jogar lança perfume no salão para deixar todos mais "empolgados".
- Ei, essa música eu conheço! Vamos lá pra baixo, vamos dançar! E ele já estava segurando meu braço e me puxando para dentro do hotel, jogando o resto do cigarro para cima.
Eu estava ferradoÉramos selvagens, éramos animais, éramos estrelas, queimando, em combustão, atravessando os espaços ao nosso redor com movimentos cortantes, com ritmo, com intenção, suor descendo pelos nossos braços e satisfação transbordando em nossos cérebros. O cigarro parecia ter ligado algum botão que o álcool havia preparado em meu corpo, porque eu estava vivo, e sabe aquele cansaço todo que eu estava sentido? Tchau.
Ele estava ao meu lado, gritando junto com a música, e a multidão ao nosso redor dançava tão eletricamente quanto nós. A banda de jazz que se apresentava parecia ter recebido a visita do espírito de ninguém menos que James Brown, e o soul do local era palpável, quase podia sentir o seu cheiro. O saxofonista deu um passo à frente, rendendo-se às vibrações do além, e se dedicou a um solo rasgante e vivificante que se apoderou de todos. Os seus dedos percorriam o instrumento como se fosse o corpo de uma mulher, pressionando em todos os locais certos, e em troca o sax gemia e liberava os sons mais deliciosos.
Eu jogava minha cabeça para frente e para trás, entregue, balançando as mãos perto da cintura, meu terno esquecido em uma das cadeiras. Tinha enrolado as mangas da camisa, e meu corpo estava quente e completamente acordado. Percebi que ele estava agora virado de frente para mim, me olhando, ainda dançando, e eu dançava com ele. Ele não tirava os olhos de mim, eu não tirava os olhos dele, embora a visão de sua camisa molhada mostrando os músculos tonificados fosse tentadora. Ele começou a andar lentamente em minha direção, seguindo o ritmo e ainda dançando, e eu acompanhava a dança, porém me afastava para trás conforme ele se aproximava. Não sei como não esbarrei em ninguém atrás de mim, parecia que o universo estava a meu favor naquele momento. Ele continuava vindo até mim, como se não fosse parar nunca, e eu sempre dando mais um passo para trás, sem desviar o olhar.
Até que minhas costas atingiram a parede dura atrás de mim, ainda molhada pela chuva que havia caído de tarde. E antes que pudesse fazer qualquer outra coisa, ele agarrou meu rosto com suas duas mãos enormes e me beijou.
Eu não estava surpreso, eu queria aquilo, eu ansiava por aquilo. Sua língua abriu os meus lábios à força e lutou para dominar a minha, movimentando-se por toda a extensão da minha boca e se enrolando ao redor do meu lábio inferior, depois entrando novamente, e imperiosamente forçando a minha a fazer a sua vontade; eu lutei pela dominância por alguns segundos até ele encostar seu corpo inteiro no meu, seu tronco duro e molhado me pressionando e suas pernas encaixando-se nas minhas. O calor de seu corpo me envolveu e eu me sentia cada vez mais atraído à ele, aquilo não era suficiente, eu queria me fundir a ele e me tornar um só com o seu ser. Suas pernas começaram a se esfregar nas minhas e meu corpo foi levantado um pouco do chão, enquanto ele me prendia entre a parede e o seu desejo.
Eu o senti, duro e pulsante, na minha perna esquerda.
- Vamos sair daqui - eu consegui dizer, arfando, um fio de saliva separando nossas bocas enquanto ele descia novamente seu rosto, dessa vez para atacar o meu pescoço.
- Meu apartamento fica a cinco quadras daqui - ele sussurrou.
Foi minha vez de pegá-lo pelo braço e arrastá-lo para fora daliEle me jogou contra a porta assim que entramos no apartamento, deixando as chaves caírem no chão, sem se importar em trancá-la, e atacando mais uma vez o meu pescoço. Eu não conseguia fazer nada além de deixá-lo me ter do jeito que ele queria.
- Eu quis fazer isso a noite toda - ele intercalava as palavras com beijos que subiam do meu pescoço até o meu queixo. Sua pouca e rala barba friccionava-se contra a pele em meu rosto, e cada toque era como se fagulhas se acendessem em todo o meu corpo.
- Só isso? eu perguntei. O que eu estava pensando?
Ele me puxou com tudo na direção de seu quarto, sem tirar sua boca de mim. Ele conseguiu tirar minha camisa no caminho, e quando chegamos na beira da cama ele levantou o meu torso e abocanhou um mamilo, sugando-o com tanta força que tive a sensação súbita de que iria desmaiar.
- Aaaahn - eu gemia de olhos fechados, a cabeça jogada para trás, enquanto ele me descia devagar em direção a cama. Quando eu finalmente deitei, ele levantou-se de cima de mim e começou a se despir, começando pela camisa. Quando os primeiros botões se abriram, eu pude ver seu largo peito nu e o início de sua barriga trincada. O seu corpo era inteiramente tonificado e firme, e eu pensei que poderia me cortar tocando-o se eu não fosse cuidadoso.
Quando ele retirou totalmente a camisa e depois o relógio, eu gemi alto.
A mancha escura que eu pensei ter visto em seu braço - era uma tatuagem. Uma árvore, negra em sua pele branca, delgada, elegante. Sobre seus galhos, estrelas, e no meio delas, uma coroa - a árvore de Gondor. Meu sexo, que já estava a meio mastro, endureceu rapidamente e ansiava por - por alguma coisa, qualquer coisa.
- Fã da Marvel, e também do Senhor dos Anéis? Me come. - eu arfei, olhos brilhando. Ele respirou fundo, os músculos de seu abdômen acompanhando o movimento de seus pulmões, e ele pareceu flexionar os braços instintivamente, querendo me impressionar.
Aquela não era a sua única tatuagem. Espalhados por seu corpo haviam vários outros escritos, todos adoráveis para mim, atraentes, como um livro esperando que eu o abrisse. Eu queria mapear todas aquelas tatuagens com a minha língua, gravar a ferro em minha mente cada desenho, cada traço. Mas nenhuma tatuagem era tão sensacional quanto o falcão.
Começando na linha onde o peito encontrava o seu abdômen, no centro de sua barriga, abrindo suas asas pelo contorno de cada lado do seu peitoral, estava um grande, detalhado, vivo e brilhante falcão egípcio. A cabeça da ave se aninhava no centro, entre seus dois gloriosos mamilos, feroz e ardilosa, e suas garras pareciam agarrar os gomos de sua barriga. Os detalhes das asas, espalmadas embaixo de cada um de seus seios, eram tão lindos e as cores tão perfeitas que eu não resisti. Levantei o meu corpo da cama, e enrosquei uma mão por suas costas, puxando-o até mim. Colei minha testa na sua barriga e puxei o ar com toda a força, sentindo o seu cheiro. Finalmente toquei acima do seu umbigo, timidamente, com a minha língua. Eu subi, aos poucos perdendo a hesitação e tomei o máximo daquele falcão em minha boca quanto era possível. Lambi cada extremidade de suas asas, parando uma vez em cada mamilo, e sugando-o com ainda mais força do que ele havia feito comigo momentos antes.
Sua mão veio até os meus cabelos, me segurando com força; ele gemia e arfava. Um pouco de pressão em minha cabeça me indicou o que ele queria. E foda-se se eu não faria qualquer coisa por ele naquele momento.
Minhas mãos foram certeiras em sua calça, sentindo-o através do tecido e brigando com o zíper. Meus dedos tatearam o cinto, e finalmente ele se livrou da vestimenta, erguendo-se como um titã diante de mim em toda a sua glória, somente com a sua cueca branca, estufada até o máximo pelo seu membro enorme e duro. Minha boca salivou de desejo à visão daquela lança que parecia prestes a furar o tecido da cueca.
- Me chupa - ele disse, quase implorou, com uma voz tão fraca pelo tesão que ele parecia uma criança indefesa. Eu puxei a cueca para baixo e enfiei meu rosto entre suas pernas. Chupa meu pau, ele disse de novo.
Eu não o obedeci. Seu pau duro recostava-se em meu rosto, quente e pulsante, as veias bem delineadas formando um delicioso relevo no qual eu friccionava minhas bochechas. Segurei-o pelos testículos e comecei a lamber a sua virilha. Ele tinha pouquíssimos pelos em todo o corpo, quase que totalmente liso, e ao redor de seu membro os pelos eram pequeninos e finos. Internamente, estava agradecido.
Minha língua circundou toda a região de sua virilha, sentindo o seu gosto de homem, o seu cheiro, saboreando sua parte mais íntima e secreta, e eu comecei a lamber seus testículos. Passa a língua por cada uma de suas bolas, não lentamente, mas com voracidade; eu estava esfomeado. Colocava uma inteira na boca, e então a outra, até que ele não aguentou mais e enfiou a cabeça de seu sexo entre meus lábios.
Eu o recebi com vontade, abrindo minha boca ao máximo para acomodar o seu tamanho impressionante. Tudo nele era perfeito, desenhado e planejado. A divina proporção estava escondida em cada centímetro de seu pau, e eu o chupava com força, segurando-o pela base e sorvendo o líquido pré-gozo que ele me oferecia. Well well, se a sua glande não era tão linda e rosada como seus lábios... Eu me perdia nos contornos da cabeça do seu pau, ora colocando-a inteira na minha boca, ora beijando-a pelos lados enquanto esfregava toda a extensão do seu membro pelo meu rosto.
Não sei quanto tempo fiquei naquele torpor, até que ele começou a foder a minha boca, e eu segurei firmemente em suas coxas tonificadas para poder recebê-lo com toda a sua fúria e todo o seu tesão. Ele enfiava o seu pau dentro de mim e eu o sentia penetrando cada vez mais profundamente nas entranhas da minha garganta, e aquilo para mim era o paraíso. Ele começou a respirar pesadamente e a falar diversas obscenidades, que só faziam minha pele esquentar mais e mais. "Você fica tão bonito com sua boca no meu pau", "Você nasceu pra me chupar" e "Você é tão gostoso" foram somente algumas das frases ditas por ele em seu frenesi.
Ele finalmente gozou, despejando o seu néctar dentro de mim durante vários minutos. Cada jato era como um banho de vida e eu engolia tudo sem hesitar, saboreando-o e sentindo que, agora, ele fazia parte de mim.
Depois de seu orgasmo, ele me jogou mais uma vez na cama, e atacou todo o meu corpo com seus lábios sangrentos. Ele me conheceu por vários minutos, tirando toda a minha roupa, até descer em direção ao meu pau, chupando primeiro a cabeça por um momento, até que, me tomando de surpresa, ele afundou sua cabeça até sua boca alcançar a minha virilha, engolfando-me por completo. Eu gritei e gemi, e minhas duas mãos estavam em seus cabelos. Como era bom finalmente tocar os seus cachos, enquanto sua boca subia e descia em mim, vibrando sua língua em meu sexo e me trazendo um prazer que nunca havia sentido antes.
Ele agarrou minhas coxas e me virou na cama com força, me deixando de quatro. Senti suas mãos enormes cobrirem cada lado das minhas nádegas, apertando-as com força e massageando meus músculos. Ele manteve uma das mãos em uma das nádegas enquanto a outra subia e descia por minha coxa.
"Você é tão perfeito. Suas coxas são maravilhosas. E sua bundinha... eu queria colocar minha boca em você desde a hora em que te vi, sentado sozinho naquele bar."
E então ele fez exatamente isso.
Eu senti sua língua quente e molhada tocando o círculo do meu anel delicadamente, como se sondando o território inexplorado. Ele beijou minha pele, e trouxe sua língua novamente, dessa vez direto no centro do meu cu, e meu corpo estremeceu com os espasmos. Perdi a força e meus braços caíram na cama, mas ele manteve minhas pernas e minha bunda no ar, enquanto ele se banqueteava no meu cuzinho. Ele subia e descia, desde a extremidade dos meus testículos até o final da minha espinha, deixando uma trilha de saliva que ele voltava a cobrir novamente com os movimentos habilidosos de sua língua.
Eu me remexia na cama, sem conseguir controlar os movimentos do meu corpo, enquanto ele molhava e massageava minha parte mais íntima com sua boca e seus lábios. "Você é uma delícia", eu o ouvi dizer, mas ele já estava me atacando novamente, e sua língua parecia atingir profundidades em mim que eu julgava inexistentes. Seus braços fortes me seguravam, impedindo-me de sair de seu prazeroso julgo. Eu estava amando o que ele estava fazendo comigo. Queria fazer isso pra sempre.
Ele estava literalmente me comendo com sua língua, moldando o seu rosto e a sua boca ao meu anel apertado, o rosa agora avermelhado graças ao movimento contínuo que ele fazia em meu cuzinho, e eu já estava molhado e lubrificado para o que viria a seguir. Ele começou a me penetrar com um dedo enquanto ainda me lambia, depois seguido por outro, e eu já estava quase desmaiando de prazer enquanto ele me desbravava com três dedos e sua enorme língua, e nada parecia suficiente para ele. Achava que eu sofreria daquele prazer a noite inteira.
Ele finalmente me soltou, mas foi rápido. Ele já estava com a camisinha na mão, e seu rosto parecia enlouquecido enquanto ele a colocava. Ele tocou-me levemente com a cabeça de seu pau, esperando.
Seu rosto veio até meus ombros e ele beijou-me, por todo o meu pescoço, até virar o meu rosto e me desarmar com um beijo frenético e demorado.
Até que ele parou, e me olhou, procurando confirmação.
- Me fode.
Ele foi devagar. Ele foi cuidadoso. Ele foi o melhor dos amantes, paciente e carinhoso, o que denotava o tamanho de seu desejo por mim, pois para ele, meu prazer era tão importante quanto o dele. Talvez até mais. E eu fiz o primeiro momento daquela dança, que era não fazer movimento nenhum - estávamos em sincronia completa.
Ele esperou que eu me ajustasse ao seu tamanho, enquanto beijava meu pescoço e minhas costas. Minha mão direita procurou o seu corpo, para tocá-lo enquanto ele me penetrava, e quando eu senti que estava pronto, eu me movimentei para trás de encontro ao seu pau, até que senti minha bunda tocando a sua base, a sua virilha, e olhei para ele com uma expressão safada de prazer indescritível que ele retribuiu.
- Você é tão quente, tão apertado.
- Me come, Lucas. Me fode até eu não aguentar mais.
Ouvir o seu nome foi o suficiente pra ele. Ativou algo em seu âmago que o transformou em um verdadeiro macho alfa, enquanto eu recebia todo aquele monumento de carne dentro de mim e sentia o prazer de ser massageado em meu interior por tal instrumento. Ele atingiu seu ritmo, rápido, forte, e eu acompanhava o seus movimentos, trazendo mais de mim para dentro dele. Ele agarrou os meus quadris e suas bolas começaram a bater com força em minha bunda, tal era a velocidade de suas estocadas.
- Te foder, é? Ele socava, cada vez mais rápido. Sua mão movia-se do meu quadril para meu ombro. Ele me deu um tapa.
- Isso! Lucas, por favor. Isso, não para, me come, me come, me come, me come... Eu estava em êxtase.
Ele me fodeu nessa posição por um bom tempo, até que ele me virou abruptamente na cama e trouxe minhas pernas até os seus ombros. Ele me penetrou de uma vez só, o seu pau enorme mais uma vez alcançando o meu botão de prazer no fundo do meu canal, e ele atingia-o com precisão com cada estocada. Ele grunhia e me beijava enquanto estuprava a minha próstata com tanto empenho que eu delirava em baixo dele.
Coloquei minha mão em seu peito, sentindo o seu suor, sua firmeza, enquanto o olhava nos olhos.
- Me prega nessa cama! - gritei.
Ele enlouqueceu.
Ele começou a me comer tão rápido e com tanta força que eu não consegui manter meus olhos abertos. Tudo diante de mim estava ficando branco e eu sentia um formigamento começar a correr da ponta dos meus dedos até meu último fio de cabelo.
- Eu vou gozar! Eu vou gozar! Eu vou gozar!
Ele agarrou meu membro, e me punhetou com força enquanto estocava dentro de mim. Eu o puxei até mim e nos beijamos mais uma vez, enquanto eu gozava profusamente em minha barriga, em sua barriga, em meu peito, em seu peito, na cama, nos lençóis, por todo o lugar.
Eu senti o seu gozo, senti-o enchendo a camisinha dentro de mim e eu puxei todo o seu corpo para nos entrelaçarmos durante nosso auge. O êxtase tomou conta de nossos corpos, mais doce do que qualquer droga, mais eficaz que qualquer uísque que eu tivesse ingerido naquela noite.
Ele levantou o rosto e me olhou, com aquele sorriso lindo e perfeito, covinhas à mostra, seus cabelos longos e molhados empapados em seu rosto. Ele me deu alguns beijos, nas bochechas, no queixo, no nariz e na boca, até virar de lado e me puxar contra o seu peito. Eu fui, contentemente, e apoiei meu rosto contra o magnífico falcão. Fechei os olhos e deixei a apatia da escuridão me levar; pensei ter ouvido um acorde do jazz que tocava na rua cinco quadras antes.
Eu me ferrei bem.