Os dias se passaram desde que passamos a morar definitivamente juntos.
Houve uma linda festa de Reveillon lá na Bilóca.
Não tivemos mais notícia nem boa nem ruim por parte da minha família.
Nossa rotina não mudou tanto. Apenas ganhamos mais tempo de qualidade juntos.
Janeiro já estava no fim. Em poucas semanas viria o carnaval e logo após o reinício das aulas.
Leonardo me surpreendia por ser um dos caras mais inteligentes que eu conhecia. Além de não precisar estudar muito para tirar muito boas notas ele encontrava com certa facilidade soluções práticas para problemas operacionais do CPEER.
Ele ja estava caindo nas graças de todos os professores e eu confesso que não pude evitar um pouquiho de inveja. Mas eu o amava acima de tudo e nada diminuiria o meu orgulho pelo sucesso dele.
O primeiro semestre voou. Eu e Leonardo fazíamos aniversário na mesma semana. Vinte e um e dezenove anos. Eu na vespera e ele um dia depois do feriado de Corpus Christi daquele ano.
Resolvemos fazer uma festa juntos na beira da piscina da Bilóca. Combinamos que a festa seria nosso presente. E assim foi.
A festa foi um sucesso! Vieram todos os nossos amigos. ao todo uns quinze. Bom eu disse amigos não conhecidos, afinal estavamos economizando aquele ano, pois não sabiamos até quando eu ia poder continuar contando com a ajuda do meu pai.
Durante a festa Alice trouxe o seu novo namorado, mas depois dele beber uns goles começou a dar em cima de Leonardo.
Eu fiz uma cena de ciúme e Alice zangada com ele deu um pé na bunda do patife no meio da festa mesmo. Alice acabou tomando um porre e depois tivemos que arrumar um canto para ela dormir. Bilóca também estava com um novo paquera. Um professor da faculdade de artes.
Bruno e Daniel estavam super animados. Daniel havia ganho um prêmio internacional de designer e ambos iriam na primeira semana de agosto para a premiação em Milão. Eles assim como eu e Leo estavam ostentando suas aliança e se casariam logo que voltassem da viajem.
Bilóca ofereceu os jardins da casa para a cerimônia, o que foi prontamente aceito.
Logo o final da festa transformou-se em um comitê de organização do casamento dos dois.
Todos estávamos empolgados. Era evidente, pela forma como eles se olhavam, o quanto nossos melhores amigos estavam apaixonados. Eu e Leonardo, como padrinhos, nos encarregamos da despedida de solteiro. Leonardo queria fazer a festa deles inesquecível.
No final da festa eu e Leonardo fizemos amor sob o luar do terraço.
As férias do meio de ano começou.
E eu não esqueci do dia do aniversário da nossa primeira transa. Resolvi fazer uma surpresa.
Levei Leonardo até a cobertura do CPEER onde eu havia deixado algumas velas já acesas e um delicioso jantar esperando.
Leonardo, apesar de constrangido por haver esquecido da data, ficou super feliz por eu ter lembrado.
Seus olhos se encheram de lágrimas quando eu o surpreendi com uma réplica do cordão com pingente que ele me deu. Tive que encomendar sob medida para que ficasse exatamente igual.
-Eu te amo Leonardo! Você é tudo o que me importa nessa vida!
-Eu também te amo Tomás! Você também é tudo pra mim.
Eu beijei a boca de Leonardo enquanto despia sua roupa.
Após me ajudar a tirar a própria roupa Leonardo ajudou a me despir. Completamente nús, deitamos no tapete e nos acariciávamos com uma sede de sentir cada canto do corpo do outro.
Eu beijava seu pescoço , aspirava o perfume natural de sua pele enquanto acariciava seus mamilos com a ponta dos meus dedos. Leonardo também me beijava o rosto, o pescoço e com a ponta dos dedos acariciava a parte da frente dos meus quadris. O que me arrepiava dos pés a cabeça.
Eu passava a minha lingua por todo o seu peito, sugando provando e provocando gemidos.
Leonardo dava início a uma carícia agradável envolvendo sua mão e nossos pênis. Eu gemia de prazer. Então Leonardo beijava meus quadris e esfregava a cara no meu pênis inspirando fundo e aspirando o odor do meu sexo. Me abria as pernas e fazia a mesma coisa no meu anel, que se contraia de prazer a cada toque dele. Ele lambia o meu buraquinho, me fodendo com a língua até que eu pedi mais.
Ele me penetrou e me surpreendeu com um movimento ágil, onde me puxou para que eu sentasse em seu colo. Depois de nos reajustarmos, eu comecei a cavalgar aquele homem a quem eu tanto amava com o entusiasmo de um menino com seu brinquedo favorito. Transamos para celebrar um ano de sexo de primeira linha e com muito amor.
Definitivamente eu era um cara feliz. Nossa vida estava perfeita. O que poderia dar errado? Nada, não é mesmo?
Agosto chegou e com ele veio o início das aulas e a parte mais fria do inverno.
Era uma noite de sábado. Eu e Leo levamos Bruno e Daniel até o aeroporto , para tomarem o vôo rumo a Milão. Eles estavam mais que empolgados com a prévia que teriam da lua de mel. Os preparativos para o casamento estavam a todo o vapor. E a despedida de solteiro já estava toda encaminhada.
Leonardo estava muito orgulhoso por ter conseguido preparar tudo. Só não estava mais feliz por que haviam aparecido algumas pequenas feridas pela sua pele, em todo o corpo.
Na vespera de Levarmos Bruno e Daniel ao aeroporto, eu havia ido com ele ao médico este diagnosticou um início de catapora.
O Dr. disse que por haver recebido vacina, ele provavelmente teria uma manifestação bem leve da doenças. Disse também que Leo tivera pouca sorte, já que era muito incomum vir a ter catapora somente na idade adulta. Bruno não parava de brincar com Leonardo, dizendo que eu era um pedófilo por estar namorando um menino com catapora.
Por segurança o Dr. pediu um teste rápdo para HIV também, mas sem maiores preocupações, por haver dado resultado negativo.
Nós nos despedimos de Bruno e Daniel na sala de embarque com selinhos, recomendações de cuidado e um forte abraço coletivo.
Na volta passamos em um restaurante e comemos sushi.
Voltamos para casa e dormimos de conchinha.
No meio manhã seguinte fomos acordados por uma ligação telefônica feita por uma senhora que falava com sotaque italiano. Coloquei no viva voz para que Leonardo também pudesse ouvir. Os pombinhos deveriam estar cumprindo a promessa de nos ligar para dizer que estava tudo bem.
-Alô! - dizia a voz. - Aqui é a Signora Lorentini assistenti sociale do Ospedale da Milano.
-Ela disse hospital? -Leonardo falou franzindo a sobrancelha terminando de despertar com um olhar arregalado de medo do que aquela informação podia significar.
A senhora continuou.
-Io sono qui, Esto aqui con un paciente chamado. Daniel Pizzoni. Voi conoscete lui? Sao parenti di ele?
-Sim, sim! Aqui é da casa dele. O que aconteceu?
Falei pausadamente.
A voz do outro lado prosseguia em uma mistura de português com italiano.
- Ele sofereu un acidente de carro. você é da famíglia?
-Não, mas nós moramos na mesma casa. ...E Bruno que estava com ele. como ele está? Eles estão bem? Eles dois estão vivos? - Perguntei ansioso.
-Calma signore! Eu preciso contacto da famiglia. Favor chama alguém da famiglia.
Leonardo nervoso com a indiferença da mulher ao nosso sofrimento gritou no telefone.
-Escuta aqui filha da puta, será que dá pra parar com seu pomposismo obstrucionista e dizer se nossos amigos estão vivos?
A resposta foi um solene tu tu tu tuuuuu de linha que caiu, ou, mais possivelmente a vaca desligou na nossa cara.
Ficamos olhando para o aparelho mudo em estado de choque. Na esperança que ele tocasse de novo. Tentamos o telefone celular de Bruno.
Só dava a menssagem de telefone fora de área.
Tentamos então o de Daniel e alguém atendeu, mas a pessoa só falafa em Italiano.
-Precisamos de alguém que fale italiano. -Eu disse.
Leonardo lembrou que dona Bilóca nos havia contado que quando moça, morou por um tempo na Itália.
Vestimos a primeira roupa que encontramos e fomos correndo descalços e com o telefone na mão, até a casa no fundo do jardim, onde Bilóca vivia.
Ela estava mexendo em um jarro de planta sobre uma mesinha e se assustou quando chegamos correndo de forma estabanada. Explicamos a ela o que aconteceu. E ala também preocupada, imediatamente se ofereceu para fazer a ligação.
Discamos o número do telefone de Daniel novamente. Pusemos no viva voz e dona Bilóca começou a interagir em italiano com a pessoa do outro lado da linha. Ela falava uma frase e aguardava em silêncio enquanto a pessoa do outro lado respondia.
Entendiamos apenas algumas palavras ditas pelo homem.
Bilóca traduzia o que o tal Dr., como soubemos depois, dizia.
-Eles sofreram um acidente de carro na estrada que leva do aeroporto de Malpensa ao centro de Milão.
-Daniel está no hospital sedado mas só teve escoriações leves e vai ficar bem.
Ficamos mais aliviados mais ainda ansiosos por informações sobre Bruno. Por que até agora ninguém havia dito nada sobre ele?
Bilóca voltou a falar com a pessoa do outro lado do telefone.
Aguardávamos ansiosos até que ouvimos a voz masculina dizer uma frase que falada em italiano, era muito parecida com português.
-"Mi dispiace! Il Signore, Bruno Costa è morto."
******************
Tenso, né?
Obrigado por acompanharem lendo, votando e comentando.
Amanhã tem mais.
Bjs!