Na manhã seguinte, acordei antes de Raquel. Na verdade, dormi bem pouco depois da transa da noite anterior, e especialmente, do comportamento dela. Raquel sempre me surpreendeu pelas ousadias que apresentava na cama, mas nunca fora tão longe a ponto de sugerir outra mulher em nossa cama e apresentar sinais tão claros de ciúmes. E minha bunda estava doendo. Me levantei e fui ao banheiro. Raquel acordou e veio até mim, com carinha de sono, me abraçando por trás e repousando sua cabeça no meu ombro. Como uma menininha, sentou-se na pia e ficou balançando as perninhas, pedindo para fazer minha barba, algo que já se tornara hábito. Antes, porém, perguntei o porquê do seu comportamento no dia anterior. - Por que você ficou falando da Juliana o tempo todo, perguntando se eu queria que ela estivesse no nosso quarto, se eu queria transar com ela? - Raquel me beijou e disse: - meu sinhozinho num gostou da brincadeira? Vi como o sinhozinho olhava para ela no riacho e como ficou duro quando falei no nome dela - disse. - Você ficou com ciúmes? - perguntei. - Um pouquinho. O sinhozinho nunca tinha ficado tão duro com outra mulher, só com eu - falou. - Pelo que eu me lembro, eu fiquei duro por causa de uma certa negrinha peladinha que estava em cima de mim na cama - ela abriu um sorriso lindo, me abraçou, me beijou e transamos ali mesmo no banheiro.
Apesar do ciúme, Raquel adorava Juliana e as duas passaram o dia juntas, brincando com Alexandre e passeando pela fazenda. - Eu fiz uma burrada gigante ontem quando fui pra senzala com o Bernardo. Devia ter me deitado com ele em outro lugar, mais discreto. Vários negros nos viram e saíram rindo. Tô morrendo de vergonha, Raquel - disse Juliana. - Deixa de besteira, menina. Os negros tavam rindo, mas era de inveja. Nunca se deitaram com uma branquinha linda como você. Mas, me diz: foi bom ou não foi? - Juliana deu um sorriso tímido e envergonhado e, cobrindo o rosto, respondeu: - foi ótimo. Não sei porquê, mas o clima ali na senzala, aquele cheiro, a esteira, o calor, o abafado me deram um tesão que só faltou me enlouquecer. Fiquei imaginando as negrinhas se deitando ali, na frente de todo mundo. Não tem nem divisória nem nada, nem um lençol - disse ela. - Tem não. Os negros num têm esse luxo não. Ali, nós transa tudo misturado. Mas, tem uma casinha fora da senzala que o Bernardo leva as negrinha para emprenhar. Ele é o reprodutor da fazenda e já deu vários negrinho pro meu sinhozinho. Você tome cuidado ou pega menino dele - aconselhou. Juliana quis conhecer a tal casinha e Raquel a levou até lá. Era uma cabana simples, que tinha apenas uma cama com um colchão velho e empoeirado e uma pia no canto. Entraram e Juliana aspirou o ar de mofo e sexo que estava contido lá dentro. Imediatamente, sua bocetinha começou a ter espasmos e ela se deitou na cama, imaginando sendo possuída por Bernardo ali.
Raquel percebeu e se deitou por cima da amiga, ficando com os rostos bem próximos. - Tá pensando em dar pro Bernardo aqui, né safadinha? Se deitar com ele e sentir a coisa preta enorme dentro de você - Juliana fechou os olhos e gemeu ao sentir Raquel passar a língua pelo seu pescocinho. - O que você está fazendo? - gemeu baixinho a menina. - Como você é gostosa. Num é a toa que o Bernardo adora foder você e meu sinhozinho fica de cacete duro sempre que chega perto. Se eu tivesse um, também ficaria - as meninas se olharam e o tesão foi forte demais, começaram a se beijar com vigor e paixão. Raquel comandava tudo e apertava o corpo de Juliana como queria, seus seios, suas coxas e sua bundinha, enquanto chupava sua língua com uma gula incomum. Juliana nunca tinha se deitado com uma mulher, mas estava entregue aos carinhos da negra, seu corpo vibrava de tesão e sua boceta se melava cada vez mais. Raquel tirou seu vestido e se encantou com o corpinho branco nu de Juliana, parecia uma bonequinha. Apertou seus seios rosados e os colocou na boca, um por um, mamando bem gostoso como Alexandre fazia nos seus. Passava a língua, mordia e sugava, arrancando gemidos fortes e intensos em Juliana. Após mamar bastante, desceu beijando a barriga e apalpando-a inteira, sentindo suas carnes macias e cheirosas. Chegou à boceta e o aroma era delicioso. Passou a língua e começou a chupar, bebendo todo o melzinho que saía dali. Juliana começou a se contorcer na cama, sacudindo a cabeça de um lado para o outro e gemendo cada vez mais alto. Raquel chupava os lábios vaginais da menina, enfiava a língua e sugava com força, grudando sua boca na xaninha. Juliana começou a gozar intensamente, era aquilo que ela queria e gostava, gozar gostoso. Elas ficaram brincando na casinha por uma hora e Juliana teve vários orgasmos, mas Raquel não a deixou tocá-la. Voltaram para a casa grande para o almoço e Juliana ainda estava tonta de prazer. Foi tomar um banho, trocou de roupa e fomos para a mesa.
À tarde, enquanto Raquel dava ordens na cozinha, Juliana veio até meu escritório. - Olá, Juliana, entre. O dia tá tão corrido hoje que mal nos vimos - disse. - É verdade, mas tudo bem, senhor Barão. Eu estava passeando pela fazenda com Raquel - respondeu a garota, olhando minha estante de livros. Havia muitas obras, de autores brasileiros e estrangeiros. Juliana disse que adorava ler e o avô, por ser jornalista, tinha muitos títulos em casa. Me levantei e fui até ela. A garota passava os olhos pela estante, vendo autores como Casimiro de Abreu, Álvares de Azevedo, Gonçalves Dias, Castro Alves, José de Alencar, Machado de Assis (meu favorito, com vários títulos), dentre outros, e autores estrangeiros, como Shakespeare, Molière, Locke e Goethe. - Uau, você tem uma biblioteca bem eclética, até autores abolicionistas - falou, rindo. - Podemos ter ideias diferentes, mas não posso deixar de admitir que são muito bons - respondi. Juliana continuou sua vistoria e parou em frente à última estante, a reservada a livros eróticos. Tentei impedi-la de vê-los, mas ela pediu que deixasse. Ali, havia Jardim Perfumado, manual erótico árabe escrito no século XV, Decameron, do italiano Giovanni Boccaccio, Fanny Hill, escrito em 1748, por John Cleeland, e clássicos do Marquês de Sade, como A Filosofia na Alcova, no original francês, Contos Libertinos e Justine, livro de sadomasoquismo. Juliana olhava todos atentamente e perguntou se já os tinha lido. - Já li sim, sempre gostei desse tipo de literatura. Pena que a Teresa nunca gostou - respondi. - Sempre tive curiosidade, mas vovô me mata se me pegar com um desses - falou. Podia perceber pelos seus olhinhos que ela queria muito ler um dos livros. Meu lado perverso falou mais alto e perguntei: - se você prometer que ele jamais vai saber, eu te empresto qualquer um deles -. Os olhos dela brilharam de felicidade, me abraçou e me deu um beijo no rosto. Pediu uma sugestão e lhe dei Fanny Hill, a história de uma jovem que se torna uma cortesã super requisitada, considerado o primeiro romance erótico moderno. Juliana recebeu o livro e saiu correndo do meu escritório.
No restante do dia, víamos a garota devorando as mais de 250 páginas, sempre pelos cantos da casa e sempre bastante atenta e concentrada. De tempos em tempos, franzia seus olhinhos e dava pra imaginar que era alguma passagem mais sensual. Seu corpinho tremia e houve passagens que ela leu mais de uma vez, fechando os olhos e se colocando no lugar da protagonista. Jantamos e, ao contrário dos outros dias, ela se recolheu mais cedo, alegando dor de cabeça. Na verdade, ela foi ler o livro na cama e se masturbou de forma louca e selvagem com as aventuras sexuais da cortesã. Em meu quarto, Raquel comentou sobre a leitura intensa da amiga e perguntou que livro era. Lhe contei do que ele falava e Raquel deu uma sonora gargalhada. - Como meu sinhozinho é safado. A menina deve tá destruindo a coisinha dela, vai acordar toda lambuzada. Aposto que o sinhozinho ia gostar de lamber. Ela é bem docinha - disse a negrinha. Achei estranho o comentário e ela me falou da transa das duas. Meu pau endureceu e pulei em cima dela, beijando seu corpo todo. Passava a língua, mordia e chupava cada pedacinho das suas carnes, fazendo Raquel gemer feito maluca de tesão. Abocanhei sua boceta e enfiei a língua, sugando-a com força e bebendo todo seu líquido. Raquel começou a gozar intensamente e, no meio dos seus orgasmos, a penetrei fundo. Ela deu um berro de prazer e me agarrou com seus braços e pernas, arranhando minhas costas e mordendo meus ombros. Nossa transa era selvagem, violenta e muito prazerosa. Gozei dentro dela, enchendo-a com meu esperma. Caímos esbaforidos na cama e nos abraçamos para nos acalmar. Após longos minutos de silêncio, ela sussurrou no meu ouvido: - o sinhozinho podia se casar com a Juliana. Assim, nós se deitava com ela e o sinhozinho podia ser o tal de deputado.