Gente, um milhão de desculpas pelo ano que passou sem eu ter postado a continuação dos meus contos. Motivo? Eu esqueci a merda da senha daqui do site... Aí eu pedi pra mandarem uma nova pro meu email... Só que eu não tinha mais acesso àquele email! (Eu adoro o Hotmail. Recomendo bastante, caso queira perder sua senha, se você não entrar no email por uns dias) Fiquei puto, e não sabia como postar mais, então, me deram a ideia de fazer outra conta e continuar postando dela... De verdade, gente.. Eu adoro escrever pra vocês, e ver vocês gostando da história. Então, vamos lá.
(Caso seja novo neste conto, você pode ler as outras partes, neste perfil aqui: http://bit.ly/1K1cTQk)
"No dia seguinte, meu celular recebeu uma mensagem. Eu tinha pedido um pacote de notícias por SMS há um tempo já. A primeira notícia: Faculdades estaduais entrarão de greve na próxima semana.
E quando eu termino de falar isso, quem me abre a porta e olha pra mim e pro Gabriel deitados e abraçados na cama?!"
Meu pai abriu a porta de uma só vez, cobrindo os olhos.
- Vocês estão fazendo coisa errada? - Ele perguntou, balançando o braço como se fosse um cego sem seu bastão.
- Não. - Disse Gabriel, se afastando de mim cautelosamente.
- Ai, pai, que susto! Achei que fosse o Victor!
- Exatamente. Ele acabou de me ligar, e tá com a namorada dele num bar no centro. Ele já vai vir pra casa. Parece que a faculdade dele tava em greve desde semana passada, se não me engano.
Eu coloquei a cabeça entre os joelhos e fiquei ali. Aquela vagabunda ia dormir aqui... Aff!
Deixa eu explicar. Aquela "vagabunda" chamada Jéssica era uma pessoa odiável. Ela vivia me batendo quando eu era pequeno, e eu não podia fazer nada. Quando meu irmão foi pra faculdade, nunca mais vimos traços de Jéssica, graças aos deuses. Ela não gosta de mim, e eu não gosto dela. Mas esse não era o motivo pra eu estar preocupado.
- Tá, então, o que a gente faz? Não vou deixar o Gabriel voltar pra casa nessa claridade.
- Ele vai ser seu amigo que veio dormir uns dias aqui. - Resolveu meu pai. - Gabriel dorme no colchão no chão da sala, e você dorme no sofá.
Fiquei encabulado. Pensei que ia passar um fim de semana perfeito com meu namorado... Mas sempre tem um "porém". Até que já tava ficando acostumado com isso.
- Não se preocupe, amor... Vou embora assim que amanhecer. - Ele sussurrou, passando a mão no meu cabelo.
- Não... Não faz isso não, por favor.
Ele olhou pra cima e começou a suspirar, coisa que ele fazia sempre que tinha que tomar uma decisão, ou ficava pensativo.
- A gente decide isso amanhã.
Eu sorri e me levantei do sofá pra deitar juntinho dele.
- Não, Dani! Seu irmão pode entrar a qualquer momento!
- Nossa, Gabriel. Desde quando você tá certinho? Dá pra escutar a rua daqui de dentro, que saco! - Sussurrei, com raiva, deitando de novo no sofá.
- Desculpa, bebêEle levantou e deitou atrás de mim, ficando de conchinha, enquanto beijava minha cabeça.
- Cê me desculpa?
- ... Eu te odeio.
- Eu te amo, também, seu chato.
Eu virei minha cabeça e dei um beijo nele.
- Se isso é ódio, imagina se você me amasse, então?
- Haha, bobo.
- A gente vai ficar assim só até seu irmão chegar, viu? Ou um de nós cair no sono.
- Viu.
Ficamos assim por uns vinte minutos, até eu escutar o portão da garagem abrindo. Eu acordei Gabriel e falei pra ele deitar no colchão dele. Ele me deu um beijo e deitou no chão, enquanto eu fingia que dormia. A porta da cozinha abriu, e eu escutei uns risos. Não eram do Victor. Não eram da Roberta. Eram de uma outra menina.
Escutei os dois subindo as escadas e entrando no meu quarto. Ouvi um leve diálogo abafado pelas paredes do quarto, e depois silêncio. Comecei a fazer carinho nos pés do Gabriel pra pegar no sono, e dormi de uma vez.
Acordei com um gosto de menta na boca. Não! Gabriel, por favor, não esteja me beijando! Abri os olhos e vi o Victor e uma menina do meu tamanho de cabelo pintado de vermelho rindo da minha cara. Gabriel acordou e, desnorteado, olhou pra minha cara, pra acordar rindo de uma vez.
Era pasta de dente.
- Muito maduro você. - Eu falei, limpando minha boca.
- Ah, vai falar que não tava com saudades de mim? - Disse Victor.
- Nossa, morrendo.
- Cadê o Chico?
- ... Ele... Tá lá na frente do pé de manga.
Victor saiu pro quintal, junto com a menina e desapareceu da sala. Meu pai saiu da cozinha e sentou no sofá pra assistir TV.
- Pai. Eu ainda tô aqui.
- Eu sei. E vai continuar.
- Não, pai... Você é pesado...
- Vou colocar o colchão lá em cima. - Disse Gabriel.
- Eu fiz café. Tá na garrafa na cozinha, Gabriel.
Gabriel entrou no meu quarto com meu colchão e Victor entrou pela porta da cozinha.
- Dani, quem é aquele menino?
- URF! - Foi um barulho que soltei quando meu pai decidiu, aparentemente, dobrar seu peso sobre mim. - Meu amigo Gabriel. Ele dormiu aqui, porque a gente tava fazendo trabalho.
- Ah, tá.
- E quem é aquela menina?
- Minha namorada, Roberta.
- E a Jéssica? - Eu e meu pai perguntamos juntos.
- Graças a Deus ela não existe mais. Quer dizer, ela tá viva, mas ela não existe mais pra mim.
Meu pai se levantou e me deixou sentar direito no sofá. Gabriel desceu as escadas e eu olhei pra ele com os olhos arregalados.
- Cê guardou o pendrive do trabalho na sua mochila? - Perguntei.
- Guardei. - Ele respondeu, imediatamente. Se tinha uma coisa que eu gostava no Gabriel, fora tudo, era sua habilidade pra entender minhas mentiras imediatamente, e ir de acordo com elas. - Agora é só apresentar segunda. Oi.
- E aí. Victor.
- Gabriel.
- E Roberta! - Gritou a menina da porta da cozinha.
Ficou parecendo aquela cena do Shrek 2, que a família da Fiona começa a chamar um ao outro na mesa, e no final o Burro fala: Burro! Eu admito que ri um pouco.
- Que cena linda, todo mundo se apresentando aqui, enquanto eu ainda de pijama. Ei, Roberta. - Falei.
- Ei! - Ela era animada, diferentemente da Jéssica, que só ficava de cara fechada. - Nossa, Victor, ele é a tua cara!
- Vai te catar, menina. - Ele disse, abraçando ela. - Aqui, Dani. A Roberta tava querendo sair hoje, e ela chamou a irmã dela. Vamos?
- Pra eu fazer companhia pra irmã dela?
- É.
Gabriel sentou-se no sofá com uma caneca de café na mão e olhou pra mim com os olhos, que diziam: "E agora, o que a gente faz? :(". Fiquei com tanta dó, mas não podia dar bandeira.
- Tá. - Respondi.
Gabriel deu um biziu ali na caneca dele, enquanto ele bebia, e começou a tossir.
- Tá tudo bem aí, Gabriel? - Perguntou meu pai.
- Tá sim, seu Almeida. *Cof* Só meio partido esse café. - Eu entendi a metáfora, e me bateu um sentimento de culpa por ter aceitado.
- "Partido"? - Perguntou meu irmão.
- É só uma gíria de onde eu venho.
- Tomara que não seja do sul. - Disse Victor. Imaginei que fosse porque ele vivia falando que no sul só tinha viado.
- Sou de Minas mesmo.
- Ah, bom, porque senão eu ia te bater tanto...
Eu olhei pra cara do Victor e levantei do sofá.
- E por que você ia bater nele, hein? Por que no sul só tem viado? E qual que é o problema?!
- Eu não gosto de viado, só isso. - Ele deu de ombros.
- Ah, é?!
Eu levantei o Gabriel do sofá e dei um beijo nele na frente do Victor. Foi um beijo romântico, sem culpa. Ele começou a me fazer carinho na cabeça... Tá, parei. Não foi isso que aconteceu. Vamos voltar um pouquinho:
- Tomara que não seja do sul. - Disse Victor. Imaginei que fosse porque ele vivia falando que no sul só tinha viado.
- Sou de Minas mesmo.
- Ah, bom, porque senão eu ia te bater tanto...
- Ah, vai te ferrar, tchê! - Gritou a Roberta numa velocidade incrível, enquanto batia no ombro dele, rindo.
Foi nessa hora que meu coração desacelerou, e percebi que a namorada do meu irmão era do sul. Nós rimos um pouco até que meu pai nos chamou para a mesa da cozinha. Sem Roberta, e sem Gabriel. Eles ficaram sentados no sofá, assistindo TV e conversando. Eu era admirado pela habilidade nata do Gabriel de ter assunto com qualquer pessoa, de qualquer idade.
Meu pai sentou num lado, o Victor no outro, e eu na ponta da mesa. Estranho. Geralmente era meu pai quem sentava lá.
- Victor, precisamos conversar. - Disse meu pai, colocando as mãos cruzadas sobre a mesa.
Fudeu. Ele vai falar do Gabriel.
- Primeiro de tudo, o Chico... Faleceu.
- Ah... - Aquilo deu um impacto estranho no Victor. Ele gostava do Chico, também.
- E... Eu contei pro Daniel sobre... Tudo.
Victor arregalou os olhos e olhou pra mim. Eu sorri, e ele sorriu de volta, com simpatia.
- Então... Tá tudo bem?
- Amanhã, eu quero que vocês conheçam a Juliana, também. Eu marquei um almoço num restaurante lá na Pampulha.
- Ah... Pai... Desculpa... Eu disse pra Roberta que hoje eu ia dormir na casa dela, e almoçar lá...
- Ah, então não se preocupe. Eu levo o amigo do Daniel, e finjo que é você.
- Isso nunca! - Falei, sem pensar.
Meu pai riu e beijou nossas testas.
Fui pra sala e sentei perto do Gabriel.
- Oh, Gabriel. - Chamá-lo assim era estranho, e me dava um aperto no coração. - Amanhã nós vamos almoçar num restaurante com meu pai, tá?
- Ah, ok. A Roberta tava me contando aqui como era a irmã dela, e acho que vocês vão se dar muito bem.
Seu cínico psicopata e malandro. Se eu não fosse seu namorado, eu não sei o que eu faria com você. Ele sabia como fazer a culpa pesar em mim.
- Ah, você acha? Tava me sentindo tão carente esses diaspodem jogar esse jogo, meu amor.
- Mesmo? Achei que estivesse namorando... Oh, que ilusão a minha.
Agora comecei a ficar preocupado. Sabia que Gabriel estava brincando, mas algo fez parecer real, e ele notou minha expressão, parando de zoar imediatamente. Ele me abraçou e começou a esquentar minha cabeça com a mão, tal como dois amigos fazem, me causando dor.
- De quem é aquele carro na garagem? - Perguntou meu pai.
- Da Roberta. Pronta, meu amor?
- Pronta. Tchau, seu Almeida, Daniel e Gabriel! Prazer em conhecê-los!
- Prazer.
- Dani, a gente te busca às 19, ok?
- Tá...
Quando Victor e Roberta saíram, e eu escutei o portão da garagem fechar, eu sentei no colo dele beijei o Gabriel como se não nos víssemos há um ano. Ele parecia assim também, mordendo meu pescoço quando parávamos de nos beijar. Senti algo apontando na minha bunda, tentando achar espaço entre minhas pernas.
- Vamos lá pra cima... - Eu falei, bêbado por causa dos beijos dele.
- Seu pai... Ele vai ouvir...
- Quem disse que vamos transar, seu tarado?
Ele riu, enquanto subimos as escadas. Avisei pro meu pai que dormiríamos mais. Ele deitou na minha cama, e eu tranquei a porta.
- Mas a gente vai dormir depois que você me castigar.
- Nossa, seu safado. Vem cá pra eu te maltratar um pouquinho, vem?
A voz do Victor podia ser ouvida de lá de baixo, dizendo que esqueceu de alguma coisa. Num susto, eu destranquei a porta, enquanto Gabriel ligava o PC, e entrava com a minha senha, abrindo um documento aleatório. Sentei do lado dele.
- Aí as reações do gás carbônico acontecem por causa do... - Ele começou.
- Esqueci minha carteira. Que vacilo. - Dizia Victor, pegando o pequeno objeto de couro. - Falou procêis aí.
Eu tranquei a porta e Gabriel deitou na cama. Deitei do lado dele.
- Isso acabou com o clima, né? - Eu falei.
- Olha.
Ele tirou o pau pra fora da calça e tava latejando. Ele tava mais excitado que antes. Não resisti a uma chupada, e caí de boca.
É, gente... Então é isso. Eu tô de volta, e anotei minha senha num papel dessa vez. Assim, não fico sem postar de novo. Ah, e, de novo, desculpa pela gigante demora. Eu ainda amo todos vocês, não me esqueci. Desculpaaaa!! :'(
E, mais uma coisa... Se eu demorar pra postar (uns 4 dias, mais ou menos), me mandem email aqui: danielmeidacdc@hotmail.com... Esse email encaminha as mensagens pro meu email pessoal, já que perdi o outro, então eu não me esqueço de vocês. :*
Respondo os comentários da parte 20 no próximo conto.