ROMEU E JULIUS - Traidor - 01x09

Um conto erótico de Escritor Sincero
Categoria: Homossexual
Contém 2920 palavras
Data: 16/02/2015 18:03:57
Última revisão: 12/05/2025 15:09:11

O silêncio foi cortado por um assobio agudo, seguido de um estalo seco. A flecha passou tão perto do rosto de Julius que ele sentiu o deslocamento de ar cortar sua bochecha. Um segundo depois, o impacto atingiu Morfeu em cheio no ombro. O monstro, que acabara de se materializar diante dos jovens, não vacilou. Seus olhos negros e profundos brilharam com ódio.

Morfeu era uma criatura grotesca, uma fusão macabra entre homem e coelho — com o corpo coberto por pelos esbranquiçados e olhos que pareciam pedras de obsidiana. Ele deu um salto ágil, inumano, e puxou a flecha com um estalo seco, como se arrancasse uma farpa incômoda.

— Qual é o plano?! — Romeu perguntou, com os dedos firmes no cabo da espada, o peito arfando.

— O melhor de todos! O improviso! — respondeu Julius, arremessando sua xícara de porcelana na direção do monstro.

Morfeu rosnou e avançou como um raio. Com um único golpe, agarrou Julius e o lançou contra a parede de madeira, que estalou com o impacto. Poeira caiu do teto. A casa antiga tremia como se fosse desmoronar a qualquer segundo.

A batalha se desenrolava em meio ao caos. Romeu e Julius tentavam cercar Morfeu, suas investidas rápidas e descoordenadas. Mitty, por sua vez, se mantinha mais atrás, as mãos trêmulas segurando o arco. Ele disparava flechas com precisão, tentando imobilizar a criatura.

Mas algo escuro sussurrava dentro da mente do príncipe. Uma voz familiar e venenosa. Os olhos de Mitty perderam o foco. Um sorriso enviesado apareceu em seu rosto quando viu Julius ser chutado contra uma pilha de escombros e Romeu cair após um golpe no abdômen.

— Mitty! — gritou Romeu, com a voz entrecortada. — Ajuda!

O chamado rompeu o feitiço. Mitty piscou, confuso, e então viu: Romeu, suspenso no ar, sendo sufocado pelas patas musculosas do monstro. O príncipe puxou a corda do arco, mas Morfeu, prevendo o ataque, disparou em corrida com Romeu em mãos.

Romeu lutava para respirar, seus punhos golpeavam inutilmente o braço do inimigo. Seus olhos marejavam. As forças se esvaiam. Julius, sangrando no canto da sala, se levantou cambaleando. Os móveis destruídos dificultavam os movimentos do monstro. Ele tropeçou. Era a brecha.

Com um grito de pura fúria, Julius se lançou adiante e arrancou o colar do pescoço de Morfeu.

— Nãããããoooooo! — urrou a criatura, se desfazendo em uma nuvem espessa de fumaça verde que se espalhou pelo cômodo, enchendo os pulmões dos jovens com um cheiro acre e podre.

Romeu caiu com força no chão, tossindo convulsivamente. O ar parecia não entrar, os pulmões queimavam. Julius correu até ele e o ajudou a se erguer. Com dificuldade, Romeu ficou de pé e limpou a fuligem do rosto. Julius ergueu o colar, sorrindo como um guerreiro que venceu por pouco.

— Maricas. — murmurou Mitty.

Foi baixo, quase imperceptível, mas Julius ouviu.

— Qual o teu problema? — ele se virou, os olhos faiscando, empurrando o príncipe com força. — Qual é o teu maldito problema?

— Julius. — Romeu interveio, afastando o companheiro. — Não vale a pena. Precisamos acordar os outros.

A casa parecia um campo de batalha. As tábuas rangiam com cada passo, e o cheiro de madeira queimada, trazido pelos restos do pesadelo, ainda pairava no ar. Julius entrou no quarto de Bartolomeu. O irmão jazia imóvel, com o rosto contorcido pelo medo. Julius se ajoelhou e colocou o colar na testa do garoto. Em segundos, estava dentro do sonho.

O mundo era vermelho. Fumaça e labaredas se erguiam por todos os lados. Julius tossiu ao pisar no chão quente. Viu Bartolomeu rastejando, o rosto coberto de fuligem, os olhos arregalados de terror.

— Bartolomeu! — Julius correu até ele e se ajoelhou. — Isso não é real, irmão. Isso é um sonho.

— Estou morrendo... a casa está em chamas! — gemeu Bartolomeu, tossindo com força.

— Olha pra mim. — Julius tocou o fogo. Nada. Nem dor, nem calor. — Viu? Isso não é real. É uma armadilha de Cen. Você precisa acordar. Você consegue.

Bartolomeu fechou os olhos, apertando os punhos.

— É um sonho... esse fogo não existe... esse fogo não existe...

Aos poucos, o mundo ao redor começou a desvanecer. A fumaça sumia. O calor desaparecia. Julius abriu os olhos e estava de volta ao quarto, com Bartolomeu em seus braços.

Não havia tempo a perder. Eles correram até o quarto de Catherine. Mas, dessa vez, o colar brilhou nas mãos de Mitty. Relutante, Julius o encarou por um momento, antes de assentir em silêncio.

Mitty respirou fundo e tocou a testa da jovem. Foi como cair dentro de uma tempestade elétrica. O céu do pesadelo era negro, e bolas de energia voavam por todos os lados. Catherine corria, gritando.

— Mitty?! É você?! — ela o reconheceu e se atirou em seus braços. — O homem-lagarto quer me matar!

Mitty a abraçou com força, sentindo o desespero no corpo dela.

— Catherine, isso é uma ilusão. É Cen. Ele está tentando nos dominar através dos sonhos. Mas eu estou aqui. — segurou o rosto dela com as duas mãos. — Você vai acordar. Eu prometo.

Ela soluçava, o rosto escondido em seu peito.

— Estou com medo, Mitty. Quero ir pra casa...

— Eu vou te levar pra casa. Agora feche os olhos... e acorde.

Quando Catherine despertou, os olhos ainda estavam marejados, mas havia um brilho de alívio. Ela se atirou nos braços dos irmãos, murmurando agradecimentos a Mitty.

O colar brilhou de novo. Dessa vez, apontava para Bartolomeu.

Com um suspiro resignado, ele se adiantou.

— Acho que agora é minha vez de invadir o pesadelo de alguém.

Um estalo. Um lampejo. Um arrepio cortando a espinha.

Bartolomeu piscou e, ao abrir os olhos, encontrou-se no centro do que parecia um pesadelo vivo: o quarto estava infestado por aranhas. Pequenas, enormes, peludas, venenosas – cada canto parecia se mover, cada sombra, pulsar. Subiu na cama com o coração em disparada, os olhos buscando uma rota de fuga. As mandíbulas de uma tarântula reluziam sob a tênue luz azulada que preenchia o cômodo. O pavor queria vencê-lo, mas então ele lembrou: tudo aquilo era magia.

— Bartolomeu! Graças a Deus. A casa está infestada de aranhas. Para onde vocês foram? Não consegui alcançar a porta... — Clarissa pairava no ar, os cabelos flutuando como se mergulhada em água. Seu rosto revelava pânico, os olhos marejados.

Ele desceu da cama com cautela, os pés tocando o chão coberto de aracnídeos. Uma delas subiu pela sua perna, mas Bartolomeu não recuou. Pegou o animal com firmeza e, assim que sua pele tocou a da criatura, ela se desfez como poeira de sonhos.

— Clarissa... — falou com a voz calma, estendendo a mão em direção a ela. — Tudo isso é uma ilusão. Essas aranhas não existem. Vamos. Os outros estão nos esperando.

A noite passou arrastada, cheia de sombras e sussurros. Quando o sol finalmente rasgou o horizonte atrás das colinas do Reino de Framon, o alívio foi quase palpável. Os seis jovens, esgotados, contemplaram o dourado amanhecer com olhos cansados e corações ainda pesados.

No vilarejo próximo, encontraram os moradores enclausurados dentro de uma casa, todos em transe, vítimas dos próprios pesadelos. Era como se a noite não tivesse terminado para eles.

Com mãos trêmulas e olhos cheios de determinação, Catherine abriu o livro encantado. Palavras antigas flutuaram no ar, rodopiando como folhas ao vento. Uma a uma, ela adentrou as mentes presas dos aldeões, puxando-os de volta à realidade. O esforço foi exaustivo, mas, ao final, estavam todos despertos – salvos.

Em retribuição, os moradores ofereceram um banquete sob as parreiras floridas do pátio central. A comida era simples, mas o sabor da gratidão tornava tudo mais vivo.

— Pessoal, mais uma vez quero agradecer ao serviço de vocês. — disse Gerfo, homem de rosto vincado e olhos bondosos, entregando uma sacola com provisões a Bartolomeu.

— Não se preocupe. Estão a salvo agora. — respondeu o jovem, aceitando o presente com um sorriso sincero.

— Fiquem tranquilos. Conjurei um feitiço para proteger vocês. — completou Catherine, agora mais confiante, com o brilho mágico ainda dançando em suas mãos.

— Vocês não querem ficar mais uma noite? — sugeriu Gerfo, esperançoso.

— Não! — responderam todos, em uníssono e desespero.

— A gente ainda tem muito chão. — justificou Julius, coçando a nuca, ruborizado e sorrindo sem graça.

De volta à estrada, entre passos e memórias, a conversa girou em torno de pesadelos. Os reais. Catherine confessou que o pior deles era falhar. Não alcançar o que sempre sonhou. Clarissa, com voz embargada, revelou temer perder sua irmã gêmea, como se esse medo a visitasse mais do que devia. Bartolomeu, tentando aliviar o clima, contou que seu maior pesadelo era acordar pelado no meio de uma missa. O grupo riu alto, e o som ecoou pelas colinas.

Quando chegou a vez de Julius, o riso cessou. Ele murmurou, olhos fixos no chão:

— Meu maior pesadelo já aconteceu... Meu pai virou as costas pra mim.

O silêncio que se seguiu foi pesado. Bartolomeu, com sensibilidade, desviou o assunto, elogiando o trabalho em equipe que culminou na derrota da criatura de Cen. Romeu e Julius trocaram um olhar discreto, aliviados com a mudança de tom.

Durante uma pausa à beira da trilha, Julius e Romeu relataram seus receios a Bartolomeu. Algo em Mitty os incomodava. Atitudes estranhas, um olhar perdido demais.

— Ele pode ser um peso para nós. Vamos deixá-lo na próxima cidade ou vila. — sugeriu Julius, firme.

— Precisamos das habilidades dele. — ponderou Bartolomeu. — Vamos ficar de olhos abertos.

A paisagem mudou. A mata fechada cedeu espaço à areia dourada. O som dos galhos deu lugar ao vai e vem do mar. As praias de Framon eram lindas, mas o calor era impiedoso. Os jovens caminhavam ofegantes, ofuscados pelo sol.

— Esse sol que não está ajudando. Acho que precisamos de outras roupas. — comentou Catherine, secando a testa.

— Você poderia fazer pra gente, né?! — pediu Julius, tropeçando na areia quente.

— Verdade. Quero um sapato que não fique tão apertado. Estou com bolhas nos pés. — disse Clarissa, flutuando um pouco acima do solo, aliviando as dores.

Mitty estava atrás do grupo, pingando de suor, a respiração pesada. Seus olhos estavam escuros, o semblante fechado.

— Vou tentar criar roupas para nós. Vamos para aquela parte... Ei, você está bem? — Catherine o tocou de leve no ombro.

— Estou. Concentre-se na sua magia. — respondeu seco, afastando-se com irritação.

Julius não deixou passar.

— Ei. A gente tá no mesmo barco, ok? Não precisa falar com ela desse jeito. Estou falando com...

Mitty o empurrou com força, e Julius voou como uma folha ao vento, chocando-se contra um coqueiro. Um grito escapou de Romeu, que correu até o agressor e o socou no rosto com fúria.

— Maldito! Nunca mais encoste no Julius! — e o golpeou mais duas vezes, até Catherine intervir.

— Chega!!! — bradou, erguendo os dois no ar com sua magia. — Estamos cansados. Podemos divergir, mas não com violência. Somos uma equipe!

Mitty, ferido no orgulho e no rosto, afastou-se. Isolou-se. Deitou-se na areia, de costas para o grupo, e deixou que a brisa salgada o embale. Enquanto os demais se reuniam em círculo, discutindo baixinho, Bartolomeu deixou claro:

— Ele está instável. Precisamos estar atentos. Não podemos correr riscos com acessos de raiva. Não agora.

Ao longe, Mitty ressonava leve. Mas seu sono era um fingimento. Uma voz falava com ele — familiar, íntima, persuasiva.

— Eles estão tramando contra você. Vai ficar parado? Seria mais fácil se ficasse do lado de Cen. Framon seria apenas seu.

Não havia mais susto. Aquela voz era sua companheira. E, aos poucos, começava a fazer sentido. Talvez lutar contra ela fosse mais difícil do que se entregar.

A noite caiu como um véu silencioso sobre o acampamento improvisado na beira da praia. O som do mar sussurrava promessas incertas enquanto as ondas quebravam ritmadamente na areia úmida. Os jovens, deitados ou sentados ao redor da fogueira, trocavam olhares tensos — o medo de dormir os rondava, como uma sombra persistente que recusava se dissipar.

Catherine demorou-se um pouco mais do lado de fora, concentrada. Seus olhos brilhavam com a luz da magia conforme desenhava símbolos sutis no ar. Uma aura protetora envolveu as tendas com um leve cintilar azulado, como se uma bolha invisível tivesse sido criada ao redor do grupo. Ela também usou parte de sua energia para transformar as roupas do grupo — substituindo as armaduras pesadas por vestes leves, feitas de um tecido encantado que parecia absorver e repelir o calor conforme necessário.

— Agora, pelo menos, não vamos derreter com o calor do dia. — murmurou ela, sorrindo de canto.

Mas o tempo, traiçoeiro, virou na madrugada. O vento do norte soprou com força, cortando o calor mágico como uma lâmina fria. Nem mesmo a fogueira resistiu à brisa gélida que invadiu o acampamento. Catherine, ao sentir o frio penetrar o feitiço, se levantou cambaleando de sono e reforçou as barreiras das barracas. Um leve calor começou a emanar de dentro das tendas, acolhedor, reconfortante.

Juntos em volta da fogueira, eles se aqueciam não apenas com o calor das chamas, mas com a força dos próprios sonhos. As conversas que nasceram naquele círculo improvisado não falavam de monstros ou do cruel Cen — falavam do que viria depois.

— Vai dar tudo certo! — disse Clarissa, os olhos brilhando com a imagem da irmã e dos pais em seus braços. Seu sorriso era frágil, mas sincero.

— As estrelas estão tão bonitas hoje. — comentou Julius, deitado na areia, o rosto voltado para o céu noturno, pontilhado de estrelas.

Por alguns minutos preciosos, esqueceram-se de tudo. O medo, a dor, os perigos — tudo evaporou sob a beleza do firmamento. Bartolomeu, olhos fechados, rezava em silêncio, acreditando que o céu estrelado era sinal de que Deus os observava. Romeu, deitado ao lado de Julius, sentia o universo pulsar em cada estrela. Clarissa, com os olhos fixos no infinito, desejou poder voar. Catherine, sentada com as pernas cruzadas, sentia a energia da natureza pulsar em sintonia com a sua magia. E o Príncipe de Framon, retraído até então, sorriu — um gesto pequeno, mas carregado de esperança. Pela primeira vez em muito tempo, a luz venceu a escuridão em seus corações.

O sol ainda não havia subido por completo quando Clarissa sentiu algo tocando seu rosto. Com o susto, seus olhos se abriram, revelando a praia dourada diante dela. Um pássaro marinho, curioso, havia pousado ao seu lado.

— AAAAHHHHHHH!!! Xô! Xô! — gritou, agitando os braços. A areia ao seu redor flutuou por um instante, como se tivesse vida própria.

— O quê?! — Catherine despertou sobressaltada, os cabelos emaranhados como um ninho de coruja.

— Calma! — exclamou Julius, sentando-se de repente. No movimento, empurrou Romeu, que caiu com um gemido.

— Patéticos. — pensou Mitty, já acordado há algum tempo, em silêncio, alimentando a fogueira e preparando um chá quente. Ele era uma ilha de serenidade no caos matinal.

E como toda boa confusão matinal entre amigos, não demorou para que todos começassem a rir. O riso ecoou alto e livre, afastando os últimos vestígios da noite. Decidiram aproveitar aquele dia ensolarado. Brincaram como crianças, correram pela areia, pescaram peixes e deixaram as preocupações para depois.

Mais tarde, Julius buscou um pouco de silêncio. Encontrou uma rocha solitária à beira-mar e se sentou. O som das ondas preenchia sua mente, trazendo paz. Romeu, atento, levou-lhe um copo de café e sentou-se ao seu lado. Nenhum dos dois falou por longos minutos — apenas se permitiram existir.

— E pensar que a nossa vida em Costa Estrela vai ser assim. — disse Romeu, de olhos fechados.

— Vou adorar. — respondeu Julius, encostando a cabeça no ombro do amado.

— A gente pode abrir uma loja de pesca. Que tal? — Romeu sorriu, sentindo-se seguro.

— Olha. Vamos usar como última alternativa. — Julius riu e o beijou com carinho.

Ao entardecer, Catherine voltava de um treinamento com suas esferas de energia quando percebeu um vulto à frente, entre as pedras. Seu coração disparou. Preparou uma esfera mágica nas mãos e se aproximou com cautela.

— Por favor. Não me machuque. Estou aqui para ajudar. — disse uma voz trêmula.

Klaudo, uma criatura de aparência anfíbia, ajoelhou-se com as mãos erguidas. Era evidente que vinha das fileiras de Cen. Catherine, em choque, lançou o feitiço por instinto. Klaudo foi lançado para longe.

— Pessoal!!!

O grupo correu. Surpresos, pararam ao ver a criatura encolhida em um canto.

— Espera. — disse Julius, colocando-se entre Catherine e Klaudo. — Ele me ajudou na última vila. Ele disse como matar o monstro.

Klaudo, assustado, escondeu-se atrás das pernas de Julius.

— Ninguém vai te machucar. Como você se chama?

— Me chamo Klaudo. Era servo de Cen, mas...

Uma flecha cortou o ar. Mitty, com os olhos cheios de raiva, havia disparado.

— Maldito!

Por sorte, Clarissa reagiu a tempo e desviou o projétil. Julius protegeu Klaudo como se fosse uma criança, mesmo quando o monstrinho lhe mostrou a língua.

Mais tarde, uma nova reunião foi convocada. Julius defendeu Klaudo com firmeza, lembrando que aliados improváveis poderiam fazer a diferença. Alguns ainda hesitavam, mas Clarissa, Bartolomeu e Romeu demonstraram apoio.

— Vou preparar uma poção da verdade. — anunciou Catherine, encerrando a discussão.

Sim. Klaudo havia mudado de lado. E seus conhecimentos sobre Cen poderiam salvar vidas.

A jornada continuou. Aos poucos, a areia deu lugar ao gelo. O frio era cortante. A fogueira tornou-se vital. Com ajuda de Klaudo, Catherine criou roupas resistentes ao frio intenso.

Naquela noite, Mitty foi colher lenha. Um machado nos ombros, passos decididos. Mas das sombras surgiu uma névoa esverdeada, rastejando como uma serpente viva. Ela o envolveu.

Mitty caiu de joelhos. Seus olhos, antes azuis, tornaram-se rubros como sangue. Uma voz sussurrou dentro de sua mente.

— Mate-os. Agora. E traga o invertido para o mestre Cen.

A consciência do príncipe se esvaiu com um grito dilacerante.

— Nããããããoooooooooooooooooooooooooooooooo!!!!!!!

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Comentários

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eles tem que descobrir logo que o mity esta sendo enfeitiçado pelo cen e acabar com esse feitiço.amando seu conto seu fofo

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Arrasou gato kk, continua, e se puder da uma olhada np meu conto: Odeio te Amar. bjs lindo

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