Acordei e a Rapha não tava mais na cama, coloquei a camisola que ela tinha me emprestado na noite anterior e fui procurar ela. Fui em todos os lugares da casa e não achava ela, o meu desespero batia forte e centenas de perguntas sobre a noite anterior me rondavam. Quando eu tava prestes a chorar entrei no escritório e a Rapha tava em frente ao notebook trabalhando, me olhou com os olhos cheios de lágrimas e veio ate a mim.
Rapha: Bebê? Bem?
Comecei a soluçar alto, a agonia que eu sentia a anos estava finalmente saindo da minha boca, chegava a tremer, a Rapha me olhava desesperada e apelava pra eu parar.
Rapha: Por favor, para, sua asma. Olha o bebê, vai deixar ele nervoso.
Ai que eu chorava mais, vocês não tem noção do quanto eu fiquei sensível na minha gestação. Rapha me abraçava forte e fazia carinho na minha barriga conforme eu ia me acalmando.
Rapha: Pronto, eu to aqui..
Eu: Não ta arrependida? De hoje mais cedo..
Rapha: Claro que não Letícia
Eu: Porque ontem você tinha a Beatriz e hoje mais cedo eu fui pra cama com você.. To me sentindo uma puta, eu não faço sexo por fazer. Desculpas Raphaela, eu não sou assim.. Eu.. Eu preciso ir
Rapha: Chega. (Disse entre dentes)
Eu: Desculpas.. (Disse sussurrando)
Rapha: Achas mesmo que eu não sei quem tu és? Letícia, eu fiquei anos sofrendo por ti, anos, e tu acha que agora que eu tenho você do meu lado vou deixar tu ir? Porra Letícia, eu te quero do meu lado, sem Beatriz, sem ninguém, só eu, você, e esse anjinho. Eu e a Beatriz não tivemos nada mais que desejo carnal, da minha parte ao menos. Fica comigo ..
Beijei a Rapha da maneira mais doce possível, ela era minha e eu não ia deixar ela escapar mais uma vez. Acabamos por fazer amor no escritório, em cima da mesa, nos amamos sem medo. Na noite domingo combinamos de nos se encontrar o pessoal pra ir ao boliche, detalhe: eles sabiam do envolvimento meu e da Rapha anos atrás. Me arrumei digna do meu humor e confortável. Rapha tava muito linda, ô mulher.
Rapha: Pronta pequena?
Eu: Sim amor
Não queríamos apressar as coisas, estávamos nos curtindo.
Rapha: Vestido curto (fez cara de emburrada)
Falei rindo: A carinha não muda desde o colegial.. Como eu senti falta
Rapha: Tivemos que nos separar, mas hoje estamos aqui.. Juntas, e esperando um bebê
Rapha falar da gente, eu, do meu bebê e dela em conjunto me batia insegurança. Insegurança dela ir embora. Fomos ao boliche, nos divertimos muito e depois fomos jantar. Nossos amigos percebiam a a proximidade minha e da Raphaela, mas não falavam nada. Passou dois meses e eu e a Rapha ainda estávamos juntas, mas me incomodava o fato de não saber bem o que tínhamos. Eu estava atolada de serviço, estava estressada, acho que era os hormônios da gravidez. Rapha passava todos os dias no meu setor pra me dar um beijo de bom dia, e esse dia não foi diferente.
Rapha: Bom dia amor, hoje tem consulta, passo pra te pegar pra nos irmos juntas.
Eu: Não, eu quero ir sozinha.
Rapha me olhou assustada e perguntou: Porque disso?
Eu: Oras, o filho é meu não é?
Dava pra ver a magoa no rosto da Rapha, nem eu sabia o porque estava fazendo isso, otaria? Sim, eu? claro.
Rapha: Seu? Ok, tudo bem. Se é só seu você faz o que entender.
Rapha saiu magoada e eu fiquei de coração partido, como eu fui idiota, céus. O que se passava comigo? Não era a gravidez, era ignorância natural.Hora da ultrassom e eu não achava a Raphaela em lugar algum, até na hora que fui ao banheiro e vi ela retocando a maquiagem de rosto vermelho.
Letícia: Achei você
Rapha Bom, mas agora preciso ir trabalhar
Letícia: Rah... Olha pra mim, eu to insegura, não quero que me bebê nasça e depois de todo amor seu pra ele, você vá embora
Rapha: Tens que aprender a confiar mais em mim, poxa
Letícia: Eu prometo, agora vamos saber o sexo desse bebê
Rapha: Aposto menina
Letícia: Acho que é menino, olha meus pés, parecem um pão
Rapha: Tens que largar os saltos
Letícia: Eu vou largar assim que eles começarem a me incomodar, por enquanto, vou abusar
Rapha me deu um beijo, trocamos uma carícias, depois fomos bater o ponto e seguimos ao médico. Rapha acertou na mosca: menina. Ligamos pra empresa pra avisar que não voltariamos mais esse dia e seguimos rumo ao shopping, comprar roupinhas.
Rapha: Amor, eu quero participar da vida dessa princesinha, quero ser a segunda mae pra ela, quero que você permita isso..
Eu: Claro que eu permito, desculpas as palavras de mais cedo, eu fui uma tola..
Rapha: Você sabe que foi.. Mas passou, esquece
Eu: Então mamãe, e agora? Já compramos de tudo, e essa princesinha aqui está com fome
Rapha: A princesinha ou a mãe dela? Gulosa
Eu: Eu? Gulosa? Que afronta
Disse entrando na brincadeira, estávamos em uma área mais deserta. Rapha circulava minha cintura. É, eu tava feliz.
Boa noite pessoas 😍
Desculpe, esta meio curto, estou morta de pressa