Sei que tem gente querendo me crucificar por causa da demora, mas... Eu precisei desse tempo longe daqui. Tive que estudar muito e além disso, ontem quando eu iria postar, a NET acabou. Tanto que só consegui postar um conto. Mas agora sim, vamos lá.
Cap.10
NARRADO POR JÚNIOR
DIAS DEPOIS
- Pronto, chegamos- falou Carlos, me ajudando a entrar na casa aonde eles diziam ser a minha.
- Que casinha bacana- falei, entrando. Aquele dia eu estava um pouco tonto.
- Pois é- andamos mais um pouco e chegamos no quarto- este é o nosso quarto.
- Nosso ?
- É, você dorme comigo...- o encarei com uma cara diferente.
- Dormimos juntos ?
- É...- ele sorriu- senti falta de você aqui.
- É ?
- Sim. Já tava tão acostumado a dormir com alguém que quando fiquei sozinho, estranhei.
- Eu imagino como seja- olhei ao redor daquele lugar, como estava arrumado. Passei as mãos pelos moveis, tentando lembrar de alguma coisa.
- Senti falta de você, Júnior !- ainda estava estranhando toda aquela casa, eu não me lembrava de nada.
- Me desculpa, Carlos... Eu sei que você é uma boa pessoa, mas eu não lembro nada de vocês...
- Eu já disse que a sua memória vai voltar- vi ele se levantar- foi tão esquisito ter que ir pra faculdade sozinho, ou dormir sozinho, não te ver mais por aqui. Sem perceber, percebi que você é importante pra mim...- aquele papo estava esquisito.
- Carlos, posso te fazer uma pergunta ?
- Claro
- Você é gay ?- ele ficou calado.
- Não... Digo isso apenas, porquê percebi que nos tornamos bons amigos sem nem perceber- de repente tive um flash de lembranças. Me lembrei de certa vez, em que eu e Carlos estávamos cantando no karaoke. E outro momento em que ele me ajudou a fazer bolo. Senti dor...
- Aaaaa- quando vi, já estava no chão.
- Junior ??? O que houve ??
- Eu... Me lembrei de algumas coisas - minha cabeça doia- tô com dor !
- Senta aqui- ele me puxou e me levou até a cama- isso é normal. Eu vou trazer um remédio pra você.
- Vai logo- minha cabeça tinia. Será se ele era tão importante assim ?
NARRADO POR CARLOS
Rapidamente voltei com o remédio e vi ele deitado.
- Toma isso- ele pegou o remédio e bebeu a água.
- O que é isso ?
- Analgésico. Acho que vai te dar sono.
- Tudo bem- dito e feito. Em poucos minutos, ele tinha pegado no sono. Aquela altura, eu ainda me sentia extremamente culpado por tudo o que havia acontecido. Se ele estava assim, era por minha culpa. Puxei o lençol e ajeitei. Eu estava me sentindo estranho. Estranho até demais.
TEMPO DEPOIS
- Essa é a sua sala Júnior- deixei Carlos bem na porta da sala dele, e os seus amigos de turma já o esperavam.
- Achei que havia saído do curso, Júnior- ele fez uma careta.
- Ele não lembra de vocês, gente- logo eles se tocaram da mancada.
NARRADO POR JÚNIOR
- Ah é. Eu sou Carla.
- Eu sou Ismael- na minha mente, algumas cenas de uma festa passaram. Carlos e Juliano estavam lá. Queria me lembrar de tudo logo.
- Ótimo. Gente, ajudem ele um pouco, ele não lembra de muita coisa, pode ter dificuldade com as matérias por uns dias.
- Tudo bem Carlos.
- Tchau, amigo. Até o final da aula
- Até- ver Carlos se distanciando era de alguma forma desesperador. Eu havia ficado muito dependente dele e sabia disso.
TEMPO DEPOIS
A aula havia sido realmente desesperadora. Todo mundo me tratava como conhecido, mas eu não me lembrava de ninguém. E eu também não lembrava das matérias, mas elas estavam todas no meu caderno.
- Como isso é esquisito, meu Deus- sai da sala e Carlos me esperava.
- Oi
- Oi
- Como foi a aula ?- ele saiu andando, eu o segui.
- Extremamente esquisita. Eh terrível ver que as pessoas te conhecem, e você não lembrar nem o nome delas. Fora que eu enchi os professores de perguntas... Não Sei assunto nenhum..
- Eu sei que é desesperador, mas você logo vai se lembrar
Durante o caminho pra casa, percebi que nos últimos tempos ele apenas se dedicava a mim. Parecia não ter mais nada pra fazer.
- Você é sempre desocupado assim ?- ele sorriu.
- Porquê ?
- Tipo... Você está sempre perto de mim, me ajudando. Não me leve a mal, mas parece que estou sendo um peso pra você.
- Eu gosto muito de você.
- Não parece só isso...- ele ficou vermelho.
- Me sinto culpado... Por você ter sido atropelado no meu lugar. Foi terrível ver aquela cena acontecer...- não sei o que deu em mim, mas deixei me solto e minha cabeça recostou em seu ombro. Ele não reagiu. Pelo contrário, colocou a dele sobre a minha.
- Carlos...
- O que ?
- Você é hetero mesmo ?
Continua
Gostaram ??? Novamente desculpa pela demora. Comentem ai meu povo, amo ler seus comentários e ver as notas. Gente, eu gostaria de dizer que escrevo pelo celular, e escrever mais que isso é impossível. Por isso não esperem nada maior que isso. Novamente, eu não sou o Caio e suas inabaláveis vontades de escrever 60 páginas. Beijos