Pela primeira vez em minha vida eu estava lá sentado encostado em uma parede qualquer da cidade do Rio de Janeiro, não conseguia para de chorar, na minha cabeça só vinha à imagem do Iago e a principal pergunta que circulava em minha mente era por que ele tinha me traído? Por que eu tive que chegar em seu apartamento mais cedo do que eu tinha avisado que iria? Por que eu tinha a chave? Na tentativa de lhe fazer uma surpresa por chegar mais cedo na casa do meu namorado eu o encontrei semi nu com outro na cama, aquela visão fez meus olhos queimarem assim como minha alma, os dois pararam assustados quando perceberam ali minha presença, petrificado como uma estatua de mármore apenas presenciando de camarote aquela cena repugnante enquanto cada gota de amor dentro de mim era transformado no mais puro, mortal e mais doce veneno que pode existe e que naquele momento eu sentia seu gosto nítido em minha boca, “o ódio”.
Ricardo até então para mim “melhor amigo” do Iago, ficou de pé sem saber o que falar, o garoto estava muito assustado e com medo do que poderia acontecer ali naquele quarto, Iago se levantou da cama e veio falar comigo, nesse exato momento senti minha mão direita queimar do tapa que dei em seu rosto, o garoto olhou para mim com cara de assustado, talvez por não acreditar que aquele garoto doce de 17 anos que era seu namorado já a dois anos tivesse sido capaz de levantar a mão para ele, enquanto fuzilei os dois com meus olhos me virei e os deixei lá sem acreditar ainda no que tinha visto dentro daquele quarto, quando sai os dois começaram a discutir, mas não quis ficar para presenciar tudo o que iria acontecer entre eles. Ouvi ele chamar meu nome em desespero mas não dei atenção e sai correndo do apartamento.
Quando conheci o Iago ele tinha seus 17 anos e eu ainda tinha 15, ele já estava terminando a escola e estava se preparando para o vestibular, depois de aprovado seus pais voltaram para BH e o deixaram aqui para estudar, eu sempre tive total certeza de minha orientação sexual e ele só veio se revelar após entrar para a faculdade, foi nesse período que começamos a ficar e posteriormente a namorar, foi um namoro um pouco difícil de ser aceito pelo meu pai, o mesmo é delegado da policia civil e sempre me protegeu muito de qualquer um que se aproximasse de mim, minha mãe (medica) mora no Recife-PE, sempre passava minhas férias lá com ela e ela também nunca foi contra minha sexualidade só meu pai que é um pouco chateado com isso mas ele faz de tudo para aceitar.
Sai do prédio em que o Iago morava e comecei a correr sem parar, parei algumas quadras depois cansado e desorientado, fiquei ali chorando encostado naquela parede, algumas pessoas passavam e me olhavam, mas não passavam de olhares, perdi a conta do tempo que passei ali olhando para o nada enquanto as lagrimas escorriam pelo meu rosto sem meu controle, a dor no meu peito era tão grande que eu não queria mais nada, não queria mais viver, não queria mais andar, não queria mais falar, só precisava ficar ali na sarjeta olhando o transito de pessoas na calçada só com meus pensamentos.
Percebendo que já estava anoitecendo resolvi me levantar, estava bem perto de Copacabana então resolvi ver o mar, quando me levantei, todo o meu corpo começou a doer, minha bunda estava toda dolorida assim como minhas costas, mas nada doía mais que meu coração que estava destruído assim como minha alma, por que o cara que eu mais amei no mundo, meu primeiro amor fez isso comigo? Eu ainda não conseguia entender, estava torcendo para acordar de repente e perceber que aquilo tudo não passava de um sonho de muito mau gosto da minha cabeça, mas não era, aos poucos caminhando pude ver de longe a praia cada vez mais perto de mim, na areia mesmo me sentei e fiquei ali naquele começo de noite olhando para o mar, senti meu celular vibrar em meu bolso e vi que era meu pai me ligando, estranhando minha demora:
Pai: alô Diego? Que demora é essa em chegar em casa filho?
Eu: PA..pai...
Pai: Diego vc esta chorando!
Eu: pai ve...vem me buscar por favor! (muitas lagrimas começaram a descer)
Pai: DIEGO filho o que aconteceu? Me diz onde vc esta que eu vou te buscar agora! (sua voz estava muito preocupada)
Passei minha localização para o meu pai, depois de cerca de 40 minutos senti alguém sentando ao meu lado na areia, eu estava sentado com os braços envolta dos meus joelhos e meu queixo apoiado nos meus braços enquanto chorava, eu olhei para o meu pai e ele olhou para mim com um olhar neutro, ele me envolveu em seus braços e ali ficou abraçado comigo, nesse momento não aguentei e comecei a chorar desesperado tudo o que consegui dizer foi: “ele...ele...ele me tra.tra.traiu!” e voltei a chorar sem parar.
Pai: tudo bem Diego, quando vc estiver pronto para falar eu estou aqui meu filho para te escutar ta bom?
Só consegui balançar minha cabeça positivamente, tudo o que eu precisava naquele momento era meu pai, era sentir o seu calor me envolver em um abraço carinhoso assim como ele sempre fazia quando eu era criança e tinha medo do escuro, tudo o que eu precisava era dele e ter aquele abraço podendo ouvir as ondas do mar me causou uma sensação de bem estar enorme, aos poucos consegui me acalmar, então ele me levantou e me guiou para o carro e seguimos pra casa, no caminho eu fui calado, olhando o mundo passar pela janela enquanto cruzávamos as ruas da cidade, luzes e mais luzes passavam pelo meu rosto e cada luz que passava pelos meus olhos trazia consigo a imagem de seu rosto, o rosto do Iago.
Logo já estávamos chegando em casa, logo corri para o meu quarto e corri para o banheiro para poder tomar um banho, deixei o chuveiro na água fria, me arrepiei todo quando a água tocou minha pele enquanto eu comecei a chorar embaixo do chuveiro, estava ali parado sentindo a água fria envolver todo o meu corpo, logo percebo meu pai entrando no banheiro sentou na privada e ficou me olhando com um olhar sério (eu nunca tive vergonha de ficar pelado na frente do meu pai, isso sempre foi normal para mim).
P: então? Quer me falar o que o Iago fez com vc?
Eu: Ele me traiu pai (eu já estava tremendo, desliguei o chuveiro e peguei minha toalha), entrei em seu apartamento e o peguei na cama com seu melhor amigo. Por que ele fez isso comigo?
P: porque ele não te merece filho, vc é um garoto incrível e ele não soube te valorizar.
Meu pai chegou mais perto de mim e me deu um abraço e um beijo na cabeça, ele me deixou sozinho para eu poder trocar de roupa em paz, alguns minutos depois ele voltou e anunciou que tinha pedido uma pizza para nos, eu estava deitado em minha cama com meus pensamentos, em instante senti ele se sentando ao meu lado na cama:
P: filho vamos comer, eu pedi a pizza que vc gosta.
Eu: pai eu não estou com fome não, nada me desce pela garganta!
P: aaaaa mas vc vai comer sim!
Dito isso ele foi me puxando até a mesa e já foi logo colocando uma fatia em meu prato, confesso que até me deu vontade de comer na hora, mesmo assim nada me descia pela garganta, eu estava com aqueles dois entalados dentro de mim, minha raiva estava me consumindo por dentro, aos pouco e também obrigado eu fui comendo muito lentamente:
Eu: pai?
P: oi filho?
Eu: eu estava pensando la no meu quarto e eu quero ir morar com a mamãe!
(vou descrever as características do meu pai, a partir dai vcs vão saber como eu sou, pois somos muito parecidos, parece ate que eu sou um clone dele: se chama Paulo, olhos castanhos nem claros e nem escuros, cabelos negros um pouco liso, magro, com muitos músculos: não tenho músculos como ele, muito branco: parece ate uma vela com pernas e para minha total sorte, nunca sofri com espinhas, tenho a pele perfeita rsrsrsrsrsrsr)
P: (vi sua fisionomia ficar seria) e por que isso agora? (ele cruzou os braços)
Eu: pai, eu não quero ficar aqui no RJ, aquele safado esta na minha cabeça, pra todo o canto que eu olho eu penso nele, acho que não vou conseguir ficar aqui não pai, e com certeza ele vai vir aqui me procurar e eu nunca mais quero olhar para a cara dele (lagrimas já desciam).
P: é isso mesmo o que vc quer meu filho?
Eu: é isso mesmo, eu vou ficar com o coração apertado em deixar vc sozinho aqui, mas eu não vou conseguir ficar morando aqui mais não, eu quero ir morar com a mamãe.
P: esta bem filho, vc me deixa pensar sobre isso e amanha a gente conversa melhor esta bem?
Eu: esta bem pai, eu vou para o meu quarto então ate manha!
Me levantei dei um beijo na bochecha dele e fui para o meu quarto, deitado na minha cama apenas de cueca mais uma vez comecei a pensar naquele que a poucas horas destruiu meu coração, chorei, chorei muito ate o sono me pegar, logo já tinha apagado.
Acordei no outro dia com ele me chamando, já era quase meio dia, ele nunca me deixava dormir até tão tarde mas acho que ele resolveu me dar esse desconto pelo o que aconteceu comigo dia anterior, ele sentou-se ao meu lado e carinhosamente me chamou:
Eu: bom dia pai! (coçando os olhos)
P: boa tarde! (sorrindo)
Eu: oi? Como assim tarde?
P: já passa de meio dia.
Eu: e pq o senhor não me acordou? (sentando na cama)
P: por que eu resolvi deixar vc dormir mais um pouco hj, como vc se sente meu filho? (bagunçando meu cabelo)
Eu: eu estou me recuperando ainda pai, não sei o que fazer, so quero esquecer que aquele idiota existe. Mas eu não consigo, ele não sai da minha cabeça.
P: eu sei muito bem como é meu filho! Consigo te entender muito bem.
Eu: te amo pai, vc e a mamãe são tudo o eu eu tenho! (dei um abraço nele)
P: falando nisso, eu liguei para sua mãe hj cedo e ela ficou muito feliz em saber que vc quer ir morar com ela no Recife, aproveitei para cancelar sua matricula na escola, já que o mês de janeiro ainda esta na metade a sua mãe já se prontificou em procurar uma boa escola para vc e agora so estamos planejando sua transferência.
Fiquei calado por um momento pensando em como aquilo poderia ser bom para mim, eu realmente precisava dessa mudança e não conseguia mais ficar ali no RJ, tudo me fazia pensar no Iago e que queria aqueles pensamentos bem longe de mim.
Eu: eu so não entendo pq ele ainda não me procurou?
P: pra falar a verdade! Ele te procurou ontem depois que vc foi dormir, eu botei ele para correr. Não quero que ele chegue perto de vc, ele ameaçou ficar gritando la fora ai eu disse que se ele fizesse isso o som do tiro da minha ponto 40 seria maior que o grito dele e ele não iria gritar mais pq estaria morto, ai ele desistiu e foi embora.
Eu: fez muito bem pai, eu não quero mais ver aquele infeliz na minha frente, nunca méis, pensar nele so me faz pensar em tudo o que nos passamos e na dor que estou sentindo agora.
P: por isso mesmo que eu quero ele bem longe, vem vamos almoçar.
Eu: não, eu não quero!
P: eu não estou perguntando se vc quer, eu estou dizendo que vc vai comer e sem birra!
Eu: já que não tenho escolha então vou pelo menos mordiscar alguma coisa.
...
Finalmente era chegado a o dia da minha viagem, estávamos prontos para sair de casa quando de repente o Iago aparece na frente do carro do meu pai e fica la parado nos encarando:
P: sai da frente do meu carro vagabundo!
I: não saio! Não vou deixar o meu Diego sair daqui do RJ!
Eu: seu Diego é o cacete, sai da nossa frente a gora!
I: não saio, Diego... eu te amo, vc é minha vida, eu quero vc pra mim...
P: agora já basta, eu não vou admitir esse escândalo na frente da minha casa não.
Dito isso meu pai logo puxou a arma saiu do carro e deu dois tiros para cima, logo o Iago saiu correndo e se jogou atrás de um carro que estava um pouco distante de nos, meu pai voltou para o carro, deu partida e saiu cantando pneu pela rua:
Eu: pai vc é louco, eu achei que vc ia dar um tiro nele, ate eu me assustei muito, pelo amor de Deus!
P: e ainda fiz pouco, ele teve sorte de eu não estar com minha arma de choque, ai sim eu ia fazer questão de atirar nele!
Eu: realmente é louco, e se chamarem a policia?
P: eu me resolvo relaxe!
Logo eu comecei a rir e sinceramente comecei a rir muito, não pelo o que meu pai tinha feito, mas pelo jeito com que o Iago correu, fiquei com pena do garoto principalmente quando ele deu um pulo para o chão atrás do outro carro, um maratonista perderia para ele, logo já estávamos chegando no aeroporto, meu pai permaneceu comigo todo o tempo, meus amigos não precisaram se fazer presente naquele momento pois eu já havia me despedido deles um dia antes, mas quando eu estava preste a embarcar ouço uma voz atrás, bem la atrás gritando “pare ai mesmo senhor Diegooooo!”
Eu: Marcela!
M: seu branquelo infeliz (ela deu um tapa na minha nuca), ai minha bixa magra (ela me abraçou), o que eu vou fazer sem vc aqui nessa cidade enorme, vc é meu único parceiro de crimes aqui, com quem que eu vou aplicar meus golpes agora!
Eu: (ainda abraçado com ela), ai Marcela eu vou chorar porra, eu tbm te amo, vc é minha melhor amiga, foi bom te ver aqui, nunca se esqueça do nosso lema viu...
M: claro que não, “se é pra se lascar! Que nos lasquemos juntos!”, (chorando), ai minha bixa do mau eu te amo tanto lindo!
Eu: eu te amo mais gata dos infernos! (tbm chorando)
M: inferno sempre, la é mais divertido que o céu! E pode deixar que eu vou acabar com o Iago por vc aqui ta bom meu lindo?
Eu: certo, eu conto com vc, isso não é uma despedida, sempre que der eu venho aqui e vc pode ir me visitar la no Recife.
M: claro lindo, eu não vou te deixar naquela cidade sozinho né, sempre que der eu estarei por la!
Eu: ótimo!
P: filho, esta na hora de ir (ele estava triste)
Eu: ta bom pai, (meus olhos se encheram de lagrimas de novo)
Dei um abraço nele, falei para ele investir em uma mulher para ele, já que eu sempre soube que ele nunca assumia um relacionamento por minha causa, não por que eu impedia ele de se relacionar, mas por que a sua ultima noiva a Karla me maltratava quando ele não estava em casa, eu deveria ter uns 10 anos de idade, desconfiado da minha mudança e as vezes das minhas marcar pelo corpo meu pai instalou uma câmera em casa sem ela saber e filmou justamente a hora em que ela me jogou no sofá com força e me agrediu com a cinta, isso por que eu derramei iogurte no tapete, eu sei que ele brigou feio com ela, e eu nunca mais a vi, depois disso ele me arrumou uma babá, uma senhora muito simpática “D. Cilene” (como eu amava aquela mulher), era tão doce e carinhosa, sempre me chamava de “meu menino”, ela morreu de câncer quando eu completei 15 anos, meu pai claro lhe deu toda a assistência possível, já que para nos ela era da família, foram 5 anos não só cuidando de mim mas também do meu pai, foi um momento muito triste para nos dois, principalmente para mim, pois ela foi o mais perto de uma mãe que eu já estive, pela minha pouca idade meu pai não me deixava viajar para o Recife, so quando eu completei meus 14 anos foi que ele me deixou começar a viajar para encontrar minha mãe no Recife, mesmo assim era muito pouco tempo, então D. Cilene era como uma mãe para mim, e foi com esses pensamento que eu embarquei em meu avião, desejando que meu pai encontrasse uma mulher que o fizesse feliz, que o fizesse amar de novo, embora eu estivesse com o coração na mão por olhar para trás e ver eles dois la parados olhando para mim e me dando tchau, pude ler os lábios do meu pai me dizendo “vai com Deus” enquanto a Marcela chorava e de longe me mandou um beijo, quando eu ia me virar la longe eu percebi uma imagem que custou a sair da minha cabeça, o Iago estava encostado em uma coluna assistindo tudo de longe não sei como mas pude perceber uma lagrima descer de sua face, aquele face que um dia eu acertei com um tapa, o primeiro tapa de ódio que eu lhe dei, senti meu coração apertar nesse momento, eram os olhos de mel mais lindos que eu já vi, era o garoto mais lindo do mundo.
Eu: “Adeus Iago”
E me virei, foi tudo o que eu consegui dizer no momento em que eu me virei e entrei no avião, sentei e minhas lagrimas caiam desenfreadamente enquanto o avião começava a se movimentar e logo levantar voo, olhei pela janelinha e do alto pude ver a cidade do RJ la embaixo, meu coração apertou mais ainda, minha casa, meu pai, meu amigos, a louca da Marcela aquela estelionatária que eu amo tanto, estava deixando tudo para trás por causa daquele idiota, aquele cretino desgraçado, estava deixando tudo por causa dele, mas minha grande certeza era que no Recife minha vida poderia ser melhor, não iria me entregar tão facilmente para a tormenta da dor causada pelo Iago, eu ia me levantar, la iria encontrar meu caminho com a minha mãe, so espero eu ela se lembre que é para ir me buscar no aeroporto, ela é muito esquecida, me lembro de uma vez que fiquei quatro horas esperando ela ir me buscar no aeroporto, enquanto ela estava no passeando em Olinda, e por pensar em Olinda, como eu sentia saudade daquela cidade, possui uma das mais belas vistas que eu já vi na minha vida, pelo fato de a cidade ser alta e elevadas ladeiras la encontrei apaixonantes paisagens que até hj me encantam!
Não demorou muito e logo eu já estava pegando no sono e so acordei quando já estávamos em procedimento de pouso e como sempre e esperado, após uma hora e meia de espera, eu já tinha certeza que minha mãe tinha esquecido de mim. Resolvi ligar para ela, so não tinha feito isso antes pq meu celular estava dentro da minha mala perdido em algum lugar, sem pensar duas vezes eu abri a mala e comecei a procurar em meio as roupas, quando finalmente o achei uma senhora gorda passou e ficou olhando para minha mala aberta, não aguentei e com o stress que eu estava então soltei: “curiosidade matou a baleia!” ela olhou para mim extremamente vermelha: “mal educado!” e seguiu seu caminho resmungando, disquei o numero da minha mãe e esperei.
“O NUMERO CHAMADO ENCONTRA-SE DESLIGADO OU FORA DA ÁREA DE CORBETURA”
Que ódio...
não irei abandonar o outro conto, so estou iniciando este, boa leitura!
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