Atheno: Você tem razão. O Dani tem 17 e Homero 29... pedofilia. Ou talvez não! Kkk. Obrigado pelo voto e o comentário!
B Vic Victorini: Pois é! Ninguém escapa de algumas turbulências! Obrigado por sempre acompanhar o conto!
cintiacenteno: Nem sempre é fácil enfrentar o mundo, né? Mas veremos, no desenrolar, o que Homero fará! Beijos, querida! Obrigado pelos comentários e pelo apoio.
neneu: Obrigado! Kk.
Ninha M: Fico agradecido por achar. Obrigado!
ale.blm: Ahaha! Obrigado por viciar no meu conto! É ótimo saber disso!
Edu19>Edu15: Fofo é você, Dudu! Beijos!
M/A: Obrigado!
Teusinho: Você acha perfeito? Nossa! Muito obrigado! É ótimo saber que você gosta! Obrigado!
Alê8: Obrigado, por tudo! Que bom que você gosta! Fico feliz de saber!
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Depois de tomados banhos, eu e o Dani sentamos na sala e assistimos televisão.
Por minutos ninguém disse nada. Um silêncio confortável e calmo se estendeu sobre nós.
Eu deitei minha cabeça no colo dele e recebi um cafuné que fez meu olhos revirarem-se.
Ele acariciava minha cabeça, com os olhos grudados no filme que passava. Uma distopia. Não me impressionava porque era comum adaptarem pra cinema livros que abordavam distopias.
O carinho que o Dani me fazia estava me empurrando para mais longe da consciência. Já estava dormindo quando meu celular anunciou uma chamada, me dando um susto. O barulho irritante era alto.
O Dani cessou seu carinho e sorriu. Eu me levantei, depositei um leve beijo nos seus lábios e fui buscar o celular.
Quando vi que era Fernando ligando minha pulsação acelerou. Ou ele teria péssimas notícias pra me dar ou boas notícias sobre o caso da manchete em que eu aparecia beijando o Dani. Aguiar jamais ligava pra meios termos.
Direcionei ao Dani um fraco sorriso e apontei pro escritório, deixando entre linhas que era uma ligação sobre o trabalho. Ele acentiu e voltou a olhar o filme, completamente alheio ao que se passava no exterior. Ótimo!
Corri pro escritório, fechei a porta e atendi rapidamente.
-Alguma novidade? -fui seco, direto ao ponto.
-Sim. -Fernando me informou. -Está tudo resolvido.
Sentei na minha cadeira, com a testa franzida.
-Como assim "tudo resolvido"? E a dor de cabeça? E o suborno pra abafar o caso? -eu achava impossível ser "tudo resolvido" resolvido com tanta facilidade.
-Era um site meio falso, com poucos acessos. -ele começou a contar, com uma satisfação de quem resolveu um problema incômodo. -Viviam espalhando rumores falsos sobre várias pessoas. Eu apenas ameacei colocar a polícia atrás deles e eles removeram a manchete.
Fez uma pausa.
-Acho que por isso nenhuma revista, jornal ou o que quer que seja quis a matéria, porque poderíamos processá-los por expor demais a sua vida pessoal. -ele riu. -Pois é! Nem eu tô acreditando que foi tão fácil. Parece mentira.
Senti meu corpo ficando quilos mais leve ao ouvir tudo aquilo. Inspirei profundamente, fechando os olhos com o alívio que se alastrou pelo meu corpo.
-Então está tudo resolvido? -questionei por precaução.
-Sim! -ele afirmou, feliz. -Tudo resolvido. Nenhum acionista ou qualquer cliente sabem... -ele riu baixinho. -...o que é justo, já que não é da conta deles!
Eu ri, também.
-Você poderia me fazer um favor?
-Até dois. -ele respondeu, enquanto eu ouvia ele teclar no computador.
-Não é exatamente seu serviço, mas não posso esperar. Vou cortar as verbas que...
-Você disponibiliza pra sua família? -ele arriscou.
-Isso! -afirmei, surpreso. -Como sabe?
-Conheço você, Lopes! Aturo a sua cara emburrada faz quatro anos, lembra? -nós rimos. -E, não se preocupe. Achei que você iria querer fazer exatamente isso e já cuidei de tudo. Cortei as verbas diretamente no banco faz... -imaginei ele olhando o relógio de pulso. -... quinze minutos.
Não controlei o sorriso. Ele era meu fiel escudeiro! Meu melhor amigo! Arrisava dizer que, depois de mim, ele era o advogado mais importante da companhia.
Fernando, se quisesse tirar tudo de mim, ele podia. Tinha todas as minhas senhas. Do banco, do cartão, as cópias das chaves da minha casa, do meu carro, das minhas empresas e de tudo mais. Cofiava nele a minha vida.
-Já falei o quanto você é foda, Aguiar?!
Pude até ver ele jogando pra trás o cabelo em uma arrogância fingida.
-Já sim! Aliás, você poderia me dar um aumento! Cansei de salvar sua pele, Lopes!
-Considere feito. -afinal, ele merecia.
-Você é o cara! -ele exclamou, surpreso.
Eu apenas sorri e fiquei em um pouco em silêncio, considerando se deveria ou não verbalizar meus pensamentos.
-Quero te apresentar meu namorado, Fernando. -disse, devagar.
-Ficaria ofendido se não o fizesse. -ele fez uma pausa. -Então o negócio com esse guri é realmente sério?
-Sim, é!
-Admito que fiquei surpreso com aquela foto. Você jamais de expôs daquele jeito. E, sendo sincero? Homero, achei que você jamais fosse se interessar por compromissos como esse. Namorar? -ele riu. -Nem em sonhos!
Eu ri, baixinho.
-Pra você ver como são as coisas!
Limpei a garganta, ainda sem jeito de como abordar o assunto que eu queria.
-Mas eu queria te fazer uma proposta.
-Proposta? De que tipo?
-É... bem. Daniel e eu estamos realmente juntos faz poucas horas, mas eu tenho uma fantasia que jamais achei possível ser realizada.
-Homero, aonde você quer chegar? -Aguiar estava claramente interessado na conversa.
-Eu fantasio vê-lo transar com outro homem enquanto eu assisto. -revelei, num tom cauteloso.
Fernando ficou alguns intantes em silêncio. Ele até parou de teclar no computador para dar a devida atenção ao que eu dizia.
-Você sabe que sou ativo, assim como você. -sua voz veio um pouco rouca. -Ele deve ser passivo ou versátil.
-Passivo.
-É uma fantasia e tanto. -ele riu, nervoso.
-Pois é! É pervertido, fora do padrão e muito doido. -falei. -Mas eu sei que o Dani é o homem que quero passar o resto da minha vida e assistir ele transando com outro homem, porque eu autorizei, me excita demais! E, que homem melhor do que você, meu melhor amigo?
Ele riu.
-Sabe que pode contar sempre comigo! Mas e ele?
-O que tem o Dani? -questionei.
-Concorda com sua fantasia?
-Não sei. Vou conversar com ele. Se ele estiver desconfortável sobre o assunto, mesmo que um pouco, não irei insistir nisso! Só quero fazê-lo feliz.
-Sabia que é uma graça ver você caidinho por alguém? -ele debochou.
-Se fode, Aguiar! E vá trabalhar! Aliás, se quiser, tire o dia de folga.
-Você é o cara, Lopes! Cara de bunda!
E desligou.
Eu sorri, lembrando da nossa época de faculdade em que ele me chamava assim.
Então comecei a traçar planos para abordar o Dani sobre minha fantasia.
Mas, quando levantei os olhos para a porta vi o Dani escorado no batente da porta, olhando-me profundamente.
Sua face me dizia que ele havia ouvido muito mais do que eu gostaria que ele tivesse ouvido naquele momento.
-Dani... -ri, nervoso. -A quanto tempo está aí?
-Tempo o suficiente. -ele aproximou-se perigosamente devagar e sentou-se na cadeira à frente da minha mesa. -Então quer dizer que você quer me emprestar pra outro homem, Homero?