a atitude é indutiva(4)

Um conto erótico de skosak
Categoria: Homossexual
Contém 1294 palavras
Data: 31/03/2015 18:52:20

Durante a festa ele disfarçava bem. Só que dava pra perceber que ele não conseguia ficar sem me tocar. Ele ficava me soqueando do nada, ele achava que eu não estava percebendo isso.

Me espantei dos meus pais não estranharem de eu e ele agirmos como se fossemos amigos de longa data. Resumindo, meus pais adoraram meu novo amigo. Boa pinta, charmoso, “vai ensinar nosso filho a pegar umas gatas” (devem ter pensado) , tolinhos.

Eu e minha mãe servimos a janta, que foi aprovada por todos. Marquinhos comeu que nem um condenado. Depois da janta mais música, e dá-lhe Boate Azul.

O ambiente onde acontecia a festa era a edicula de festas da casa dos meus pais. Tinha um enorme quadro do Leão de Judá, um símbolo do cristianismo. De repente um bêbado foi levantar e derrubou um tanto de cerveja no quadro, minha mãe ficou puta. Então eles meio se viram obrigados a terminar a festa e além disso já era tarde e amanhã seria sábado, dia de serviço para alguns.

Eu sou um desses. Como não teria aula eu teria de trabalhar meio turno no outro dia, na bicicletaria dos meus pais. Os convidados foram todos pra fora.

Eu sai de madrugada andar como Marquinhos só pra conversar pela rua. Nossa cidade é bom calma.

--- Quando você aprendeu a tocar gaita? - eu perguntei.

--- Quando eu tinha uns 12 anos, meu avo quem me ensinou. Íamos no sitio dele tocar. Mas e você hein, foi você quem fez aquela comida? Tava muito boa.

--- Nossa, obrigado, eu percebi – rindo.

Depois ele falou meio que depressa:

--- Você cozinha bem, mas e o cuzinho?- disse ele com a cara de sacana.

--- Nessa você se superou, hein?

--- É pra vê ou é pra cumê? - ele perguntou.

--- Áh... é pra foder mesmo. *Risos* Mas isso quem sabe outro dia -eu ri.

--- Mas a minha barraca tá armada!

--- Quebra os pau dela então.

Nós nos cumprimentamos estendendo o punho. Ele de repente saiu gritando feito um louco:

---TCHAU VIADINHO!

Eu entendi o que ele queria fazer e ri muito disso e falei:

---SAI BOIOLÃO!!

daí ele disse:

--- DORME CUM MACHO NÃO!

Eu disse:

--- VOCÊ TEM A GAITA, PEGA GOSTOSO NO CABO DO MEU VIOLÃO!

Umas pessoas chegaram a acender as luzes das casas para ver qual o motivo da gritaria.

Parecíamos crianças gritando e irritando os outros de madrugada. O mais irônico é que estávamos falando verdades. Eu fui pra casa e dormi feito uma pedra.

Amanheceu com o tempo aberto. Eu fui fazer café para os meus pais, que levantaram querendo saber tudo do meu novo “amigo”. Eu tive que contar. Dizem que omitir a verdade não é mentir. Então eu não menti.

Apesar do meu pai e minha mãe terem carros eu gosto de andar de a pé para o serviço, que é perto da minha casa. Além disso, só trabalho aos sábados, não custa nada aproveitar ao máximo essa “experiência”. Passei por um mercado, onde em cima sempre havia uma senhora que lavava a imensa sacada onde moravam os donos do mercado. Ela me cumprimentou. Eu levantei a mão.

Chegando no serviço já tinha cliente esperando na porta, eu fui abrir. Meus pais chegaram quase no mesmo instante que eu. Bem, atendemos os clientes. Meu pai foi buscar itens para mecânica no fornecedor e minha mãe foi fazer cobrança de contas.

Lá pelas 9:00 eu ouvi alguém entrando, quando vi, era Marquinhos, ele estava com uma camiseta regata preta e um shorts jeans, sem boné.

Quando ele me viu fingiu desviar a cabeça.

Daí eu cheguei, cheio de graça e disse:

--- Bom dia senhor!! O que está procurando?

--- Bom dia. Eu não sei se você tem aí.

--- Pode falar que eu estou a disposição de verificar isso.

--- Eu queria um rolamento para o nosso amor.

Eu pensei, lá vem outra cantada, e entrei na onda:

--- Pra que isso, senhor? Posso saber?

--- Por que tem que deixar rolar!

Como é bom começar o dia com um sorriso, eu acho que naquele momento eu não imaginava minha vida sem ele. Eu respirava felicidade. Estava dependendo da felicidade pra viver.

--- Você tem infinitas cantadas no seu repertório, né?

--- Ah, cê sabe né lindinho, eu invento na hora – disse ele.

Então a conversa foi interrompida pelo meu pai que chegou de caminhonete, carregando bicicletas. Eu e o Marquinhos fomos ajuda-lo a descarregar. Ele era bem forte. Também, né “rato de academia”. Meu pai conversou um pouco com a gente a respeito das vendas e Marquinhos falou:

---Seu Antônio, que que o senhor acha de liberar seu filho hoje de manhã pra eu e ele sairmos fazer umas trilhas de bike?

Eu fiquei super empolgado.

--- Num sei, garoto, num tá cheio de serviço aqui não Lucas?

--- Não tá não pai, desde que você chegou só vieram 3 clientes – eu disse.

Ele deu aquela tradicional olhada para as bancadas, procurando um motivo pra não me deixar ir. Mas não achou nada, já tava tudo limpo. Então ele disse:

--- Mas com que bicicleta o garoto vai, Lucas?

--- Pai, ele não pode ir com a sua?

Ele relutou um pouco mas concordou.

Eu fui lá buscar as bikes, ele ficou lá esperando. Eu apareci com as duas. A bicicleta do meu pai era uma Caloi antiga mas bem conservadona, mas eu acho que ele ficou babando é na minha hehe.

---Meu deus, velho, que bike “filé”!

E ela realmente era, toda preta, moderna, quadro Shimano e inteira com freios a disco Shimano.

Nela estava escrito em inglês living fighting, viva lutando. Toda cheia de acessórios, eu percebi que ele gostou muito mesmo. Então eu falei:

---Pode usar se quiser!

--- Posso mesmo?

--- Pode mesmo – eu disse, rindo. Mas antes vamos até a oficina calibrar os pneus e fazer um check up, porque ninguém quer ficar na estrada, né?

Então nós fomos na oficina, ele foi calibrar os pneus e eu fui apertar os bancos. Ele tentou apertar o banco dele só que não levava muito jeito com a chave daí eu falei:

--- Dá aqui pra mim que eu te ensino.

--- Você tá achando que eu não consigo?

--- Achar eu acho que sim, mas tá demorando bastante.

Então ele apertou muito forte e acabou espanando o parafuso. Ele me olhou com uma cara de culpado. Parecia cachorro quando apanha. Então eu disse:

---Não liga não. Somos donos da oficina, um parafuso não é nada!

Na verdade a minha bicicleta era de colecionador, e o parafuso original não tinha, então eu peguei um genérico.

Eu peguei o parafuso e falei:

---Não é essa boca da chave que você usa, é a outra. A outra é inteira redonda e não espana o parafuso. Entendeu?

Ele fez que sim. Então saímos no asfalto. De longe ouvi os gritos da minha mãe falando pra levarmos celular. Eu tirei o celular do bolso e mostrei, de longe.

Eu e ele demos de apostar corrida. Eu ganhei, pela prática. Então ele falou:

--- Onde vamos, amor?

--- Não sei, que tal irmos no sítio abandonado da minha família?

---”Simbora” lá então!

Ele não sabia que a distância entre o sítio e a cidade era de 40 km, então paramos várias vezes.

Uma hora ele chegou a se deitar no chão, mas logo depois levantou. E ele ainda estava com a melhor bicicleta, a outra esta toda enferrujada.

---Quem que é a florzinha agora? - disse eu, tirando sarro.

--- Tu sabe que é você, né Luquinas, todo delicadinho. Quero ver você ganhar em qualquer outro esporte de mim.

--- É que bicicleta é pros fracos, né??

Chegamos no sítio e estava realmente tudo abandonado. O mato tomou conta. A casa estava cheia de sujeira e …CONTINUA_________________________________________

Fico feliz que vocês estejam gostando. acho que hoje mesmo sai outro, então fiquem de olho. Beijos parças!!!

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Comentários

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Tô amando o seu conto, muito cativante e apaixonante. Espero que eles consigam passar por cima de todos os obstáculos! Não demore a postar ok? Beijooooooos!

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