Eu: Olli não fui eu...
Ele não me deixou terminar...
Ele: Seu pai acordou!
Eu: O que?
Ele: Eu estava na boate te procurando quando recebi a noticia, ainda nem fui vê-lo, fiquei te esperando aqui, cansei de te procurar lá. Na verdade cansei de tudo Victor.
Eu: Como assim?
Ele suspirou: Primeiro você me tirou o juízo, depois me apaixonei por você que não acreditou em mim e transfornou minha vida em um inferno de novo, quase morreu por isso, depois penso que a gente está junto, muito bem e você some, como todas as outras vezes! Como posso cuidar de alguém assim? Não dá. Seu pai acordou e vou falar com ele, já tenho até quem indicar, ele também é muito bom.
Eu: Você está brincando? Quer mesmo sair? Pois agora eu vou falar. Te ver com a Fernanda me matava, e não podia adivinhar que você sentia algo por mim, você se declara de repente e quer que eu haja como hein? Me fala! Fiquei sim desconfiado! Todas as vezes que fugí foi porque não conseguia te ver com ela!
Ele: E hoje?
Eu: Hoje eu...
O tel dele tocou...
Ele: Sim?
Saiu...
Eu estava nervoso, eram muitas coisas na minha cabeça de uma só vez.
Ele volta...
Ele: Vamos ao hospital, seu pai quer te ver.
Eu: Sim, eu também quero vê-lo.
A gente foi todo o percurso em silêncio no carro.
Chegando lá...
Dei o meu nome e me levaram direto para vê-lo.
Entrei no quarto e o ví de olhos abertos, ai como estava feliz, era tanta felicidade que achava que meu coração iria explodir.
Pai: Victor? Como você está? Me falaram que faz meses que estou assim! Oh meu Deus, não fizeram nada a você, não é? Cadê o Olliver? Quero vê-lo!
Eu o abracei: Ah pai, achei que nunca mais iria te ver falando assim e de olhos abertos.
Pai: Que bobagem, seu pai é forte!
Eu: Hum, sei!
Pai: Chame o Olli para mim.
Eu: Tá.
Eu saí, falei para ele que o meu pai queria vê-lo, ele entrou e passou um tempo falando com ele.
Com alguns dias meu pai recebeu alta, Olli estava distante...
Eu estava no meu quarto, quando de repente ele entra... - Precisamos conversar.
Eu: Até que enfim resolveu falar novamente!
Ele: Victor, vou sair, já está tudo certo, falei com seu pai, já tem o cara que vai me substituir, ele veio vê-lo, está com ele neste momento, o conheço, seu nome é Otávio.
Eu: Como você pode fazer isso comigo Olliver, nem me deu tempo de ser feliz, com ele acordado estava me sentindo bem novamente depois de meses, agora você vem me dizer que vai me abandonar...
Ele: Você sabe muito bem porque estou fazendo isso! Você é teimoso, impulsivo e nem meu amor conseguiu te mudar! Estou cansado de ficar esperando você aparecer pela porta bem, todas as vezes que resolve dar um pití, dá uma de criança!
Saiu sem me deixar falar absolutamente nada!
Sentei na cama, não conseguia falar, brigar, nada.
Andei até a sala, fomos para o AP dele de meu pai, que tinha mais quartos, depois que acordou não queria deixa-lo só. Ví o tal do Otávio falando com meu pai.
Saí pela porta...
Pai: Onde você vai?
Eu: Respirar um ar.
Pai: Espere o Olli.
Não ouvi, só queria morrer logo e pronto, não tenho um minuto de paz, sempre tem alguma coisa na minha vida que me tira o sono.
Andei um pouco no pátio enorme do condomínio, ao lado tinha um parquinho, sentei em um banco e fiquei olhando as outras pessoas conversarem, pareciam tão felizes, com suas vidas normais, me deu inveja.
Chorei bastante, sozinho alí em silêncio.
Quer saber? Não me importo mais, ele me fez mudar, mas com esse novo eu vou ser o demônio, ou Olli volta ou eu morro, um dos dois e estarei satisfeito.
No dia seguinte acordei, fiz minha higiene matinal, desci...
Pai: O Olli já foi, quero te apresentar o Otávio.
Ele era loiro, olhos mel, quase minha altura, um pouquinho só mais alto, e não era tão forte quanto o Olli.
Ouvir que ele já havia ido me deu um nó na garganta, estava arrasado.
Saí dalí sem cumprimentar absolutamente ninguém.
Me tranquei no quarto e chorei.
Naquele dia a noite resolvi sair.
Me arrumei inteiro...
Otávio: Vai sair?
Eu: Vou sim.
Ele me seguiu...
Falei exatamente para onde queria ir, chegando lá encontrei a Ana e o Ro, contei tudo a eles, nós bebemos bastante...
Ana: Nossa, ele foi um FDP com você.
Eu: Isso é culpa de vocês.
Ro: Sinto muito Vic.
Eu: Estou muito bêbado para sentir raiva de alguém.
Ro: Esse é o Vic que conheço!
Fiquei dançando com eles...
Eu: Me levem daqui, quero sumir da vista desse babaca, odeio ele, odeio Olli por ter me deixado, odeio a mim mesmo, e só quero sumir daqui.
Enquanto falava com eles Otávio bebia, mexia no cel, conversava com mulheres que passava, diferente do Olli, ele nem percebia o que eu fazia.
Eles me levaram, não queria nem ver o tal de Otávio. Ele nem perceberia, talvez bem depois, pois nem me vigiava!
Ana: Vamos para minha casa?
Eu: Não, quero andar um pouco.
Ana: Vic é perigoso.
Eu: Não quero saber.
Fomos em um bar bem legal, eu bebi mais ainda, já era madrugada mas não estava nem aí.
Não queria saber de ninguém, nem de mim mesmo e da minha vida, se morresse naquele momento não me importaria.
Saí com Ana e Ro para a rua, o carro estava estacionado, quando ouço um pipoco e sinto uma dor enorme no braço, parecia que estavam arrancando ele fora de mim.
Ana grita: VICTOR!
Ainda deu para ver que o cara entrou dentro de um carro e sumiu.
Um monte de pessoas que estavam passando correram para me ver, o mundo começou a girar e eu caí no chão, não aguentei a dor, era dilacerante.
Caí no chão, ví as pessoas ao meu redor e mais nada.
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Oi gente?
É o seguinte, eu e o Alex resolvemos criar um email para que vocês nos mandem opiniões, elogios, críticas (espero que poucas), nos fale o que mais gosta nas histórias, qual a que mais gostou e qual a que mais se identificou, se marcou de alguma forma sua vida, falar algo das histórias que talvez não falem nos comment's... Enfim, é muito gratificante saber, por isso resolvemos fazer.
Email: lisas2s2@hotmail.com
É isso galera...
Beijinhos.