O ser humano, como um ser errante tem a mania de julgar. Só a pessoa que passou pelo o que passou, conhece suas motivações e ninguém ta na pele da mesma pra saber. E sem saber, todo julgamento é precipitado. Por mais que se conheça alguns fatos, ainda sim não se conhece o todo e portanto, qualquer julgamento é no mínimo equivocado.
Na verdade, estas pessoas que apontam o dedo, são na maioria rasas e pouco elevadas de espirito. É tão mais fácil ver de fora, tirar suas próprias conclusões do que se dispor a ouvir, a compreender e a ser tolerante. Às vezes as pessoas nos dão essa chance de aproximação, mas há aqueles que são demasiadamente inflexíveis para perceber isso e ao invés de ouvir a pessoa, preferem dar ouvidos a opiniões alheias e aos seus próprios julgamentos.
Pessoas erram. Ninguém é impassível de erro, e por conta disto é bom que não nos tornemos maus juízes daqueles que erram conosco.
Na verdade, não é bom que juguemos nem condenemos ninguém por suas falhas. Pode parecer absurda esta idéia e eu sei que isto é realmente difícil de se fazer, por que muitas vezes estas pessoas nos machucam pra valer. Porém, se hoje vitimares alguém com incompreensão, como poderás quererdes compreensão amanhã? Você também erra...
Neste mundo, somos todos aprendizes, e quando alguém pisa fora da linha, não nos cabe discriminá-lo ou puní-lo, mas pegá-lo pelo braço e dizer "vem por aqui." Sozinhos, não chegaremos a lugar nenhum.
E a verdadeira capacidade de perdoar, consiste em perdoar aquilo que parece imperdoável... Você é capaz disso. Todos somos. Basta esvaziarmos nossos corações de rancor e deixar que o próximo tenha o tempo dele, que muitas vezes não é nosso. É triste quando a pessoa é tão limitada que só consegue acreditar no que vê e não no que sente. Mas acho que desde que o mundo é mundo as coisas são assim. Como Jesus disse a Tomé: “Porque me viste, creste? Bem-aventurados os que não viram e creram”. Afinal, meus caros leitores, há muitas razões para duvidar, mas só uma pra crer.
Vida que segue...
Cheguei em casa e fui tomar um banho. Me sentia chateado, frustrado e tudo que eu queria era ficar sozinho. Porém sabia que o sono não viria tão cedo, então deitei na rede que ficava na sacada e fiquei olhando para a noite. Depois de algum tempo, ouvi um barulho na porta e então vi o Kadu entrar. Ele foi até a geladeira, pegou um copo de agua e quando voltou a sala quase o deixou cair, tamanho o susto que levou comigo.
- Caralho, Biel! Que susto, mano. O que você ta fazendo ai no escuro?
Ele perguntou assustado. Sorri diante do susto dele e respondi:
- To de boa aqui, ué. Rs
- Você não tinha saído? Chegou tão cedo...
- É... Pois é. Achei melhor vir pra casa.
Ele me olhou com aquela cara: “Te conheço..” e perguntou:
- O que aconteceu? Você quer conversar sobre isso?
- Ah, eu tava lá, mas...
Eu estava começando a falar, mas fui interrompido com o barulho da campainha.
- Ué, você está esperando alguém?
O Kadu perguntou olhando para porta.
- Não...
Respondi, sem entender nada.
Ele foi até a porta e a abriu, deixando o Allan entrar. Olhei espantando, pois não esperava por ele àquela hora e portanto sentei na rede, com uma perna para cada lado. Ele me olhou e então perguntou:
- Oi Biel, será que a gente pode conversar?
O Kadu então entendeu o recado.
- Vou deixar vocês a sós. Vou estar no meu quarto.
Ele disse e se retirou.
Continuei onde estava e o vi se aproximar devagar, com cautela. Ele passou a sua perna por cima da rede e sentou-se como eu estava, de frente pra mim, com as pernas por cima das minhas. Olhou nos meus olhos e por fim começou a falar:
- Biel... eu queria me explicar sobre o que aconteceu hoje.
- Tudo bem.. Pode falar.
- Eu sei que eu não devia ter ido lá sem te avisar... Ou melhor, não devia ter ido lá te vigiar. Devia ter confiado em você, mas tenta somente se colocar um pouquinho no meu lugar. Eu sou inseguro, poxa. Eu nunca me relacionei com ninguém... eu to aprendendo.
Ele falava e eu continuava em silêncio. Somente olhava aqueles imensos olhos azuis, enquanto ouvia suas explicações.
- Você sabe que eu sempre quis algo com você e agora que eu tenho.... eu tenho muito medo de perder. Eu morro de ciúmes, eu não suporto que outra pessoa te toque, nem pra cumprimentar. Então eu cheguei lá e vi você atracado com aquela vagabunda e a minha vontade foi de fazer um barraco, mas eu me controlei...Só que sei que eu errei... Me perdoa?
Eu olhei pra ele e soltei o ar, que até aquele momento estava segurando em meus pulmões. Era incrível a habilidade dele de me quebrar as pernas. Se eu sai de lá querendo falar poucas e boas por ele ter se comportado daquela maneira, roubado bebida alheia e tudo mais, nesse momento eu só queria toma-lo nos braços e apertá-lo com força. Porém me segurei e falei calmamente:
- Allan, você tem controlar esse seu gênio impulsivo... Se eu disse que estou com você, é porque é você que eu quero. Não quero ser vigiado, nem ficar com medo de alguém se aproximar de mim e você acertar uma bolada ou dar na cara da pessoa. Você acha mesmo que se fosse pra eu te trocar por alguém, seria isso que você faz que impediria?
- Não... Mas eu não consigo ver o meu homem nos braços de outra. Então por favor, evita dançar com essas vagabundas pelo menos. É demais pra mim.... Mas por favor, me perdoa, eu vou tentar me controlar, eu juro.
Ele falou, quase implorando e a expressão dele me fez abrir um sorriso espontâneo. A verdade, meus caros leitores, é que foi fofo demais Rs. Puxei-o com força, fazendo ele sentar no meu colo. Olhei nos seus olhos e passei a mão pelo seu rosto com ternura, então puxei seu queixo e o beijei, encostando meus lábios levemente nos seus.
Sua boca se abriu devagar, para que eu pudesse sugar seus lábios e depois engolir sua extensão devagar, enfiando a minha língua lentamente para enroscar-se com a sua. Durante um tempo ficamos assim, nos beijando sem pressa, como se nada mais existisse. Então o beijo foi se intensificando, assim como as caricias foram se tornando mais ardentes, até que a primeiras peças de roupa começaram a ser tiradas.
Então levantei, o segurando, fazendo com que suas pernas se entrelaçassem na minha cintura e o levei pro quarto. Não ia fazer amor com ele na rede, em uma sacada vazada e com o Kadu podendo aparecer a qualquer momento.
No quarto, deitei-o na cama e terminei de tirar sua roupa, entre beijos, mordidas e pequenos chupões. Eu beijei seu corpo inteiro, sem pressa, sentindo a textura da sua pele nos meus lábios, o arrepio que as minhas caricias despertavam nele. Não havia a urgência das outras vezes, nem aquela coisa louca que nos acometia. Cada gesto tinha muito carinho empregado e quando me encaixei entre suas pernas, olhei bem nos seus olhos e assim permaneci por um tempo, em silêncio.
- Eu te amo...
Eu falei, com meus lábios muito próximos ao dele.
Ele fechou os olhos e sorriu, então eu o beijei ao mesmo tempo que forçava meu quadril pra frente, penetrando-o devagar. Ele envolveu minha cintura com as pernas, trazendo-me ainda mais para dentro dele. Eu movimentava o corpo, sentindo meu membro entrar e sair, enquanto ele mordia meu ombro e gemia abafado.
Eu sentia suas unhas arranhando minhas costas, nossos corpos se chocando, o suor escorrendo pela nossa pele. Eu aumentava o ritmo e quando sentia seus gemidos se intensificarem, diminuía o mesmo, rodando somente o quadril com o pau todo enterrado dentro dele. Às vezes, tirava quase tudo, para somente fazer um vai e vem com a cabeça, fazendo ele quase gritar de tesão. Assim, ficamos nos amando por um tempo que eu não sei dizer exatamente qual foi.
Foram minutos a fio, mais de hora se bobear, até que nossos corpos atingissem seus limites. Seus lábios já estavam inchados de tanto que ele os mordia e eu não estava mais conseguindo segurar o gozo. Segurei então suas mãos e aumentei o ritmo, fazendo a minha barriga esfregar seu pau, que estava muito duro, babando em abundância. Seus dedos apertavam os meus com força, enquanto meu quadril ondulava-se sobre o seu mais intensamente.
Eu olhei fundo nos seus olhos e comecei a estocar mais forte, sentindo seu corpo tremer abaixo do meu. Ele abriu a boca e eu pude perceber que o ápice se aproximava, mesmo sem que ele se tocasse. Apertei as mãos dele com mais força e bombei o mais fundo que pude, sentindo meu pau pulsar lá dentro. Ele soltou um gemido mais alto e seu cu apertou meu membro com força, extraindo de mim o leite que lhe inundou as entranhas. Senti um jato quente atingir minha barriga e continuei os movimentos até que os espasmos cessassem.
Eu desabei exausto em cima dele, com a testa molhada de suor colada a dele, a respiração ofegante e o corpo tremulo. Com as mãos entrelaçadas as suas ainda, abri meus olhos e o encarei. Ele abriu os seus lentamente e me olhou.
- Quer namorar comigo?
Eu perguntei, sem desgrudar meus olhos dos dele.
- É sério?
Ele perguntou, com a respiração ofegante.
- É... Aceita?
Eu perguntei mais uma vez, tentando recuperar o folego.
Ele sorriu, exibindo aquele sorriso lindo que eu já conhecia. Seus olhos se encheram de lágrimas rapidamente e então ele me beijou. Essa era a resposta que eu precisava. Nos abraçamos e ficamos assim, enquanto nossos corpos relaxavam e então adormecemos.
No dia seguinte acordei cedo e fui dar uma corridinha. Antes de ir, olhei-o dormindo e sorri. Tirei uma mecha de cabelo castanho da sua testa e a beijei, acariciando de leve seu rosto. Cobri seu corpo nu com o lençol, olhei para ele mais uma vez e sai. Fui até o parque e lá me exercitei por mais de uma hora.
Voltei suado, mas me sentindo revigorado. Cheguei no apartamento, logo tirei a blusa ensopada e fui fazer um suco bem gelado pra refrescar. Estava batendo as frutas no liquidificador, quando o Kadu apareceu na cozinha.
- Opa, bom dia! Quer um copo?
Eu ofereci.
- Poe ai. E ai? Se resolveram? Pelo bom humor, vejo que sim.
Ele perguntou, sentando-se no balcão da cozinha.
- Uhum.
Eu respondi sorrindo.
- Que bom.
Ele respondeu.
Coloquei um copo de suco para mim e outro pra ele, e ainda sobrou bastante na jarra.
- Ele já foi?
O Kadu perguntou, entre uma golada e outra.
- Não. Ta dormindo.
Respondi, tomando um gole da bebida gelada.
- Biel, não é por nada, não...mas a gente tinha combinado não trazer pessoa aqui. Já é a segunda vez... eu fico sem graça, ontem sem querer eu ouvi vocês transando e ...
Ele falou, me fazendo cuspir o suco que estava na minha boca.
- Meu Deus...
Eu falei, passando a mão pela boca e tirando o excesso da bebida. Peguei um pano e comecei a limpar o chão, evitando olha-lo nos olhos de tanta vergonha que estava sentindo. Por fim, resolvi falar:
- Olha Kadu, desculpa... Você está certo. Eu não vou fazer mais, é que... no momento..
- Tudo bem, cara. Rs
Ele disse sorrindo, tomando mais um gole de suco.
- Nossa, o que é isso no seu pescoço?
Ele perguntou assustado.
Eu já sabia do que se tratava e sabia que deveriam ter outras marcas também.
- É... É isso mesmo que você ta pensando.
- Porra, mas ele tem que te marcar assim? Você sempre abominou esse tipo de coisa...
Ele falou com uma irritação crescente. Então respondi de maneira calma, sem entender a reação dele.
- Aconteceu, mano. Na hora a gente não mede a intensidade...
- Não, Biel! Isso é coisa de puta! Puta marca o macho dessa maneira!
- Que isso, Kadu?!
- É isso mesmo e você sabe que é verdade. Esse menino é só um garoto e olha só o que ele já ta aprontando. Você quase se meteu numa roubada por causa do faniquito de ciúmes dele, depois ele foi causar no aniversário da Leona ontem, porque a Leticia já me contou e agora você ta aí todo marcado que nem um boi!
- Para com isso, Kadu! Você ta louco?!
- Louco ta você de se envolver com um fedelho! Você já é um homem, não precisa bancar a babá. Só porque ele te dá um chá de cú, você ta viciando e...
- Cala a boca agora! Você passou dos limites! Não fala assim! Ele é o meu namorado, eu exijo respeito!
- Ele é o que?? Não acredito que você ta namorando aquele pirralho! Que isso, Biel? Você sempre foi tão cauteloso com relacionamento. O que ta acontecendo?!
- Eu to apaixonado por ele! E o que você tem a ver com isso? O que deu em você?!
Eu gritei, fazendo ele parar de falar na hora.
Olhei para o lado e então vi o Allan parado, com os olhos arregalados olhando para nós dois. Ele então abaixou a cabeça e voltou para o quarto.
- Que merda, Kadu! Olha o que você fez!
- Po, Biel... Foi mal, eu não sabia que ele tava ouvindo....
- Como se você estivesse fazendo questão de falar baixo. Não se mete na minha vida e a nossa convivência vai continuar boa como sempre foi. Eu não sei o que te deu, mas se você quer continuar a ser meu amigo, trate de me respeitar.
Eu disse, enchendo um copo de suco e levando para o quarto.
Entrei no cômodo e o encontrei sentado na cama de cabeça baixa. Coloquei o suco na mesinha de cabeceira e sentei ao seu lado.
-Allan, não fica assim. Ele não falou por mal.
- Ele me chamou de puta...
Ele falou tristemente.
- Você não é uma puta. Eu sei disso e você também sabe. Eu não sei o que deu nele...
- Ciúmes, Biel. Ele ta com ciúmes. Ainda rola alguma coisa entre vocês?
Ele perguntou olhando pra mim.
- Claro que não. Ele se preocupa comigo porque é meu amigo. Olha, esquece isso. Vamos evitar ficar juntos aqui quando ele estiver e não vamos mais transar no apê porque a casa é dele também e a gente já tinha feito um acordo de não fazer isso aqui. Eu vou respeitar.
- E onde gente vai fazer? Eu moro com meus pais...
- A gente dá um jeito, mas é constrangedor pra ele e eu entendo.
Eu respondi, sorrindo para conforta-lo. Ele me olhou meio triste e me abraçou.
- Não vou deixar que nada acabe com a minha felicidade. Você é meu namorado, meu e eu sou o cara mais realizado do mundo!
Ele disse todo feliz.
- Isso, namorado. Quero ver você sorrindo, meu amor.
Nos beijamos e logo ele estava mais animadinho. Chamei-o pra dar uma volta e ele topou. Saímos do quarto e o Kadu estava esperando na sala.
- Allan, eu queria pedir desculpas pelo o que eu falei... eu tô envergonhado. Por favor, me desculpa.
Ele pediu visivelmente constrangido.
Eu olhei pro Allan e então ele falou:
- Tudo bem, Kadu. Vamos esquecer isso.
Ele sorriu pra mim e me abraçou. Olhei pro Kadu um pouco bravo ainda e saímos.
Assim começou nosso namoro, a nossa Historia. Uma longa história...
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Fala galera,
Quero pedir desculpas pela demora em postar. Infelizmente aconteceram algumas coisas chatas, problemas de saúde na família também, mas foram tantos os pedidos para que eu voltasse, que eu me obriguei a escrever novamente. Quero agradecer o imenso carinho de vocês, tanto por aqui, quanto por email. É algo maravilhoso e agradeço de coração a cada um de vocês. biel.sabatini@yahoo.com.br
Geral defendendo o Allan, mas gente não me esfreguei não..só tava dançando. Kkkk
_Dark_: Quanta violência rsrsrs. #medodevc . Mas fica de boa, no final ficou td bem. Valeu pelos comentários!
Ale.blm: hahaha Vou aceitar. Não chegou seu email, não. Manda de novo?
B Vic Victorini: Vermelho em 3, 2, 1... hahahaha
LiLoBH: Totalmente indiscreto eu né? Mas td por culpa de vcs que querem saber td nos mínimos detalhes hahaha. Valeu!
FASPAN: Voltei queridão ;)
Um beijo carinhoso pra cada um de vocês:
(_Dark_, Rafa_gyn, @Kaahh_sz, Diego/, Crystal*.*, Mah Valério, itinhobt93, kelly72, ze carlos, enailil, Irish, Vinii Colombinii, babado Novo, ale.blm, B Vic Victorini, gatinho02, Noni, FASPAN, LiLoBH, Kevina)