KEles me olharam muito envergonhados. Eles se beijaram ali na cozinha pensando que nós não iriamos ver.
- EU NÃO ACREDITO! – Eu gritei de novo.
- AIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII QUE BABADOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO!!!! – A Jujuba também gritou.
- Será que vocês podem parar de gritar? – Perguntou o Dudu.
- Mas vocês não perderam tempo, né? – Eu falei sorrindo, estava feliz pelos meus amigos.
- Perder tempo pra quê?
- Isso tudo por causa do beijo de ontem?
- Também! Mas ela já estava afim de mim antes do beijo.
- Convencido nunca, né? – A Loh disse olhando pra ele de cara feia.
- Ai, só eu que fico encalhada! Que destino, meu Deus!
- Calma, Ju! A gente vai dar um jeito nisso!
- Tu estás me falando isso desde o ano passado e até agora nada! Nenhum bofe pra mim! Tô no 0 x 0!
- 0 x 0 mesmo?
- É! – Ela estava envergonhada.
- Meu Deus! Então a coisa é séria mesmo! Isso é caso de vida ou morte, agora!
- Sério, Jujuba? 0 x 0?
- Ai, gente, para! E aí, vocês tão o que? Se pegando, ficando, namorando?
- Se pegando! – Disse a Loh.
- Ficando! – Disse o Dudu.
- Heim? – Eu perguntei.
- Se pegando! – Disse o Dudu.
- Ficando! – Disse a Loh.
- Ai, caralho! Vocês vão se comer! Pronto!!! – Disse a Jujuba.
- Jujuba!!! – Eu a repreendi.
- Ah, eles ficam nesse troca-troca aí...
- O que nós vamos fazer agora a tarde? – Perguntou o Dudu fugindo do assunto.
- Não sei! – Eu disse.
- E se a gente fosse lá pra casa tomar banho de piscina e fazer um churrasquinho?
- Já topei!
- Mas tu és muito fácil, viu Jujuba?
- Dudu, seu cachorro, para de me chamar de fácil!
- Eu também topo! – Eu disse.
- E tu Loh? – Dudu perguntou para a sua nova peguete.
- Não sei, tenho que ir em casa antes.
- A gente passa na tua casa antes de irmos lá pra casa, né pessoal?
- Isso mesmo! Tu vens e não se fala mais nisso, Loh! – Eu bati o martelo.
- Vamos, então? A gente ainda tem que comprar carne pra fazer o churrasco.
Nós fomos para a casa do Dudu e passamos o dia lá, brincamos muito na piscina, comemos muita carne e bebemos bastante também, mas ninguém ficou porre, não. No finalzinho da tarde, quando o Bruno conseguiu sair do hospital, ele passou lá com a gente, mas não demorou muito. Nós fomos para casa e resolvemos conversar sobre o nosso casamento.
- Amor, eu falei com o advogado hoje. – Ele disse depois que já tínhamos tomado banho e já estávamos na cama sob as cobertas.
- E aí?
- Amanhã a gente tem uma consulta com ele.
- Que horas?
- Às 10h.
- Tu não vais trabalhar?
- Quando eu sair de lá eu vou para o hospital. Eu já avisei a Sabrina.
- Atah! Mas ele adiantou alguma coisa sobre o assunto?
- Não, eu não falei com o advogado, eu falei só com a secretária dele.
- Ah!
- Mas amor, nós temos que estar prontos para receber uma resposta negativa, eu não sei se isso é possível. – Ele disse ficando tristinho.
- Amor, não vai ser um pedaço de papel que vai me fazer ficar mais feliz, o importante é que nós vamos estar casados, todo mundo vai saber que estaremos casados.
- Eu sei, mas eu queria estar casado como todo casal. Queria ter todos os direitos que os outros.
- Ei, olha pra mim! – Eu ergui a cabeça dele pelo queixo – Nós temos algo que muitos por aí passam anos procurando: AMOR. O que adianta ser casado no papel e não se ter amor?
Ele ficou em silêncio.
- Ei, não quero te ver tristinho! Bola pra cima! Se não pudermos nos casar no papel, a gente vai dar uma big festa.
- É!
- Ei, cadê aquele Bruno que estava pulando de felicidade?
- Ah, ele está aqui, mas um pouquinho triste, agora.
- A gente tem que ver uma data, amor...
- Por mim, eu casava amanhã.
- Amanhã não dá, né bobo? Eu estava pensando em ser em novembro. Que tal?
- Tem algum motivo especial?
- Não! Eu só achei que nós teríamos um bom tempo apara organizar tudo até lá.
- E por que a gente não casa em dezembro, no dia 30?
- Agora eu é que pergunto: algum motivo especial?
- Sim, vai ser no final do ano, no final do ano a gente sempre fecha um ciclo e inicia outro, e é isso que a gente vai estar fazendo. A gente vai estar encerrando um ciclo e iniciando um muito mais feliz. A gente vai iniciar a nossa vida, a gente vai selar nosso amor, nossa cumplicidade, nossa amizade, nossa felicidade.
- Que lindo! Então, a gente casa em dezembro.
- E a festa? Onde vai ser?
- Não sei! Eu queria algo bem natural, ao ar livre.
- Eu gosto de ser ao ar livre! Tem um local, que sempre é alugado para eventos, eu acho que poderia ser lá. Ele é aberto e tem bastante plantas.
- A gente tem que ir lá ver. Precisamos contratar alguém pra cuidar da festa.
- Uma produtora de eventos?
- Isso!
- Eu tenho uma ex paciente que é produtora de eventos, a gente pode chama-la.
- O senhor é cheio de contatos, doutor.
- Bobo! São só meus pacientes!
- A gente precisa ver como vai ser a festa, precisamos mandar fazer os convites, precisamos convidar todos os nossos amigos e nossas famílias.
Falei besteira! Burro! Burro! Burro! Burro!
- Desculpa! – Eu disse.
- Tudo bem! A minha família és tu! Se tu estarás lá, pra mim já é suficiente.
Eu sabia que não era bem assim, ele sempre ficava pra baixo quando falava da família.
- Quem tu vais chamar lá do hospital?
- Só algumas pessoas, não tem muita gente, não.
- Eu não entendo como tu não tens muitos amigos aqui, Bruno.
- É que o Jean era muito ciumento, era muito arrogante e afastava todo mundo. A gente, quer dizer, eu vivia sozinho naquela casa.
- Ai, amor!
- Mas hoje tudo é diferente! Hoje eu sou feliz, hoje eu te tenho ao meu lado. Tenho teus amigos, que eu também considero meus amigos.
- E eles te consideram assim também.
- Mas, infelizmente, eu não tenho muita gente pra convidar, não!
- Então nosso casamento vai ser somente a minha família, por que pense em uma família grande...
- E eu quero conhecer todo mundo!
- E tu vais mesmo!
- Tu vais chamar a tua tia?
- Que tia?
- A mãe do Thiago?
- Não sei, amor, se eu convidá-la, ele vai querer vir também. Eu estava conversando com a Jujuba e a gente tá com medo dele saber do casamento e voltar a usar drogas.
- Não pensa assim!
- A gente só fica preocupado!
- Eu sei, amor, eu te entendo. Mas vamos pensar que ele também vai encontrar a felicidade.
- É o que eu quero! Apesar de tudo, ele é e sempre será muito importante pra mim.
- Como assim, Antoine?
Pela primeira vez eu senti um ciúme genuíno nele, não era como as brincadeiras que ele fazia com o Dudu.
- Assim, nós sempre fomos muito amigos, sempre fomos cumplices, e esse sentimento não vai embora, né amor? Pode mudar essa carinha, eu não estou falando que eu ainda amo o Thiago, eu só estou falando que ele é importante pra mim. Eu me preocupo com ele, só isso!
- Não sei, não...
- Para, amor! Tô falando a verdade, eu jamais mentiria sobre isso pra ti!
- Mesmo assim, eu fico meio inseguro quando tu ficas falando dele... Eu te entendo e faço de tudo para não demonstrar ciúmes, mas às vezes é impossível. Eu, de fato, não gosto quando tu estás com ele. Ele fica te olhando com desejo. Não gosto disso!
- Eu olho pra ele assim?
- Não!
- Então, pronto! Não tem por que ficar enciumado! – Eu disse dando um beijo nele.
É claro que eu esperava por isso, o Bruno é sempre muito compreensivo, mas todo mundo tem um limite, né? Ele sempre fazia de tudo para não demonstrar ciúmes, pois nem eu e nem ele gostamos disso. Nosso ciúme era bem dosado, não era nada fora do normal. Mas ele sempre tinha ciúmes do Thiago, normal né? Eu tinha do Jean, como ele não teria do Thiago?
- Eu sei! Mas mesmo assim eu fico! – Ele fez bico pra mim.
- Lindo!
- Voltando ao nosso casamento, como vai ser a festa? Vai ser temática?
- Isso, isso, isso!!! Esquece aquela sede que a gente ia alugar, e se a gente fizesse na Serra do Navio? O Dudu tem uma casa muito bonita lá!
- Muito longe, amor! As pessoas não vão querer ir!
- Eu queria fazer um luau chique.
- Tem a casa do meu amigo no Porto, já que a gente vai pra lá, a gente poderia ver se dá para fazer a festa lá.
- Isso! Isso! Mas será que ele emprestaria a casa pra gente casar?
- Sim! Ele me emprestou pra passar duas semanas contigo lá, por que não me emprestaria para eu casar?
- Ele sabe?
- É um dos poucos lá do hospital.
- Ah, se é assim, a gente analisa a casa e vemos se podemos fazer a festa lá.
- Mas como assim luau chique?
- É que eu não quero aquele luau vagabundo que as pessoas fazem por aí, quero algo muito bem elaborado.
- Atah!
- Eu estava pensando, se não pudermos casar no papel, como a gente vai fazer a cerimônia? Quem vai oficializar? Padre a gente não vai ter! Juiz de paz também não! O que nos resta?
- Nada! É como se a gente não existisse perante a sociedade.
- Mas a gente tem que dar um jeito nisso! Quem vai oficializar?
- Tu não és espirita?
- Sou!
- E se algum líder lá do centro fizesse a cerimônia?
- Verdade! Amor, tu és um gênio!
- Quem serão os padrinhos?
- E a gente vai ter isso?
- Claro que sim!
- Então, os meu são o Dudu e a Jujuba!
- Os meus... poderiam ser o meu amigo e a esposa dele, os donos da casa lá do Porto.
- Ok! Deixa eu ver... já temos padrinhos, festa temática, vamos lá com o advogado amanhã, o jantar já está chegando, a gente já vai comunicar nossa família...
- A tua família, por que a minha não!
- Amor, quando eu falo a nossa eu estou me referindo à minha família que passou a ser tua desde quando começamos a namorar.
- Ah, assim sim! – Ele sorriu.
- Nós precisamos ver logo a casa, se vamos casar em dezembro, a gente vai ter que correr com a compra da casa. Como a gente vai fazer? Vamos atrás de financiamento?
- Não, sei! Eu tenho um bom dinheiro guardado...
- Eu também!
- Que bom, amor! Então, a gente só precisa juntar tudo, tu tens quanto?
Eu disse o valor e ele se assustou.
-Tudo isso?
- Sim, sou um menino ajuizado! E tu, tens quanto?
Ele me disse o valor e se juntássemos os dois, nós poderíamos comprar uma boa casa.
- Menos um problema! – Eu disse – O universo está conspirando ao nosso favor!
- É que até o universo quer ver a nossa felicidade!
- E ele verá no dia 30 de dezembro!
- Ah, ah, ah, a gente precisa ver uma outra coisa...
- O quê?
- Nossa lua de mel!
- Ih, não tinha nem pensado nisso!
- A gente poderia ir para Paris, assim tu já ficavas no intercâmbio lá.
- Isso por um acaso é uma estratégia para me levar para aquele intercâmbio?
- Também! Mas imagina a gente juntinho em Paris?
- Seria mágico!
- Seria, não! Vai ser! Vamos pra lá?
- Não, sei, não! Tu queres me levar pra esse intercâmbio a qualquer custo, amor. Eu não quero. Pensa bem, a gente vai se casar e se separar logo em seguida? Isso é estranho!
- Eu já não te disse que eu vou dar um jeito?
- Não sei que jeito!
- Surpresa!
- Olha lá, heim!
- Deixa comigo! Tu vais te surpreender com o que eu estou pensando.
- Hum.. hum..
- Podemos ir pra lá, então?
- Não sei, amor! Eu já te falei, não quero ficar seis meses longe de ti!
- Eu vou dar um jeito nisso! Vamos, vai? Por favor! Eu ia amar conhecer Paris.
- Tudo bem! Nós vamos, mas não pensa que tu vais me enganar e me deixar lá. Eu venho junto contigo e não se fala mais nisso!
- Tudo bem! Tudo bem!
- As alianças, temos que ver as alianças!
- Ok! Mas isso pode ficar para amanhã? Tô com sono já...
- Pode sim!
- Tu paraste para reparar que a gente só dorme assim?
- Já, sim! Eu já reparei que até quando a gente não dorme abraçadinhos, a gente acorda assim.
- É nossa ligação! A gente se procura na cama! Eu te amo! – Ele disse a última frase bocejando.
- Também te amo!
Nós ficamos quietinhos, o quarto estava bem escurinho e a central de ar estava no mais frio possível, logo adormecemos.
AGRADECIMENTOS
Boa noite! Gente, eu não publiquei ontem, mas a culpa não foi minha. Eu fiquei desde das 19h tentando publicar, mas não consegui, minha internet não permitiu. Está chovendo desde ontem e quando chove a internet se esconde bem escondidinha, portanto, não me culpem.
Doce Menino: MENINO, QUE BOCA SUJA É ESSA? AI, AI, AI! ISSO LÁ É JEITO DE FALAR COMIGO? RUUUUUM!!!! É a coisa mais prática, mas até a praticidade precisa de tempo, né? Montar uma família, é? Kkkkk Eu? Pai da Jujuba? Nem pensar! Kkkk Hoje não posso enrolar, mas nos próximos faço isso! Tô morrendo de cansaço! Beijoooooooooooooo!!!!
Cintiacenteno: Beijooooooooooooooooooooo, minha linda!
Talys: kkkk Olha que vem algumas coisinhas por aí mesmo. Beijo, minha coisinha maldosa! Kkkk
Jeff08: Jeff, até tu tá dando uma de maldoso? Como assim fala essas coisas só para atormentar os que gostam do Bruno? Kkkk E sim, eu sou bom de cama! Kkkkkkkk Modesto, né? Kkkkk Sair correndo pelado na rua, mon Dieu!!!! Kkkk Juro que vou responde esse e-mail amanhã, eu vou entrar no banheiro da escola e responder aos e-mails. Kkkk Beijo, meu lindo!
Ninha M: Ela é uma graça mesmo! Era junho-julho de 2010. Eu falei várias vezes durante os capítulos. 10 DIAS DE FOLGA? COMO ASSIM? EU QUERO TAMBÉÉÉÉÉÉÉM!!!! Preciso de folga da minha senzala também! Bom, mas espero que tu descanses muitoooooooooooooooooo, aproveito muitoooooooooooooooo o nordeste. Beijo, linda!
Rhand: Ai, Rod, que bom que tu voltaste! Estava com saudade! Ele é um fofo mesmo! Olha, pode ter certeza que eu tomarei uma atitude em relação ao Jean, pode esperar. Kkk Adorei a ideia da fita adesiva! Mas eu vou passar logo é cera quente! Kkkkkk Ou fria que dói ainda mais! Pode deixar, eu vou continuar acordando ele com muito carinho. Kkk Beijooooo!!!
Ale.blm: Grupo ótimo, maluco, mas ótimo! Kkk ARRASOU Ale! Kkkk Olha aí Jeff, te defende! Kkkk BeijU!
Irish: Olha, o casamento só vai aparecer no capitulo 81, eu estava fazendo a revisão dele hoje, e acho que ficou bom. Beijo!
Claudio Ap: É, eu sou um pouquinho malvado. Kkkk Adorei o “lavar os dente” kkkkkk. E não é que eram eles mesmo? Kkkk Desculpa não comentar muito bem hoje, mas eu estou quase dormindo... Beijooo!!!
Jamesblack: Existe sim, Jamesblack! Há muitas pessoas boas nesse mundo, a gente só tem que saber procurar. Beijo!
Até amanhã, gente!
PS1: No próximo capítulo vocês verão um outro Antoine, esperem!
PS2: Estrelacadente, eu tenho acompanhado teu movimento nos comentários. Desde já te desejo Boas vindas!