-> (Coldplay - Viva La Vida. https://youtu.be/dvgZkm1xWPE)
Aquela música estava entrando na minha mente, cada palavra daquela letra confrontava tudo aquilo que sempre acreditei, que sempre pensei que fosse a verdade. Eu então parei de olhar para o livro que lia, peguei meu MP3 Player e li atentamente o nome da música, "Viva La Vida". Gostava bastante do Coldplay, mas por alguns minutos parecia que eles estavam cantando especialmente para mim. Repousei minha cabeça no encosto da cadeira, fechei os olhos e comecei a respirar fundo. Era exatamente assim que me sentia até ontem a noite, eu dominava o mundo e parecia que tudo acontecia de acordo com minhas ordens. Parece bastante prepotência minha, mas não é exatamente isso que quis dizer, o que falei é que tudo parecia estar de acordo na minha vida, não exatamente de acordo, mas tudo estava em ordem. Tinha saído da minha cidade em direção ao Rio para fazer faculdade, estudava Jornalismo, que era o curso que sempre sonhei, estava conseguindo ótimas notas e ganhando a atenção dos professores, conseguia também a atenção de várias gatinhas e praticamente nunca voltava sozinho pra casa, se é que vocês me entendem. Tudo estava perfeito, mais do que perfeito para um jovem de 20 anos, morando pela primeira vez sozinho, longe dos pais, mas como falava a música: "...Um minuto eu detinha a chave, depois as paredes se fechavam em mim e percebi que meu castelo estava erguido sobre pilares de sal e pilares de areia...".
Meu mundo havia desabado, eu tentava estudar, mas na verdade não conseguia ler uma palavra. Coloquei o fone no ouvido para ver se me ajudava a concentrar, mas prestava mais atenção nas letras, procurando uma resposta, uma resposta sobre o que tinha acontecido.
Na noite anterior, um amigo meu da faculdade, chamado Davi, me chamou para ir em uma festa de um amigo dele. Esse amigo dele era meio metido a culto, e gostava de ficar tentando falar difícil e sobre coisas que não dominava nem minimamente, mas adorava ir nas festas dele, porque a casa dele era simplesmente linda e seus amigos eram legais. Ele morava numa casinha linda no bairro de Santa Teresa, cercada pela natureza e com uma vista maravilhosa da cidade do Rio. Seus amigos eram todos alternativos e eu adorava os papos sobre cinema, política, música, sabe, esse papinho super pseudo-culto. As conversas estavam divertidíssimas, regadas a vinho, cerveja, whisky, cigarros e claro, muita maconha. Eu nunca tinha usado nada desse tipo, sempre ficava na bebida e no cigarro, mas não sei o que aconteceu comigo ontem, eu estava curioso, estava afim de provar, queria saber se a onda que sempre falam da verdinha era verdadeira.
Peguei então o baseado da mão do meu amigo e dei uma primeira puxada. Aquela fumaça foi entrando e de repente começou a queimar minha garganta, comecei a tossir e Davi não parava de rir de mim, aliás, não só ele como todos que estavam perto. Comecei a rir também, meus olhos lacrimejaram mas não desisti, me recompus e tratei de puxar novamente, dessa vez fiz com calma, sem precipitação. Em pouco tempo fui soltando a fumaça e meu corpo foi se soltando junto. Comecei a me sentir mais relaxado, meu corpo foi ficando mais leve, minha mente um pouco mais em paz, me sentia um pouco dentro de uma bolha. Olhei para Davi e ele me olhava com um ar de curiosidade.
- Davi: E aí Guto, curtiu?
- Guto: Ainda não sei... não to sentindo nada muito louco, só um relaxamento... uma coisa difícil de explicar...
- D: Hehehehe... vêm, vamos pegar mais umas cervejas.
E assim foi minha primeira vez com a maconha, já havia quebrado um paradigma na minha vida, sempre tinha dito que nunca iria usar nada "proibido", mas usei, e isso me levou a quebra do meu segundo paradigma.
A festinha continuava rolando, e eu continuava bebendo e fumando maconha a noite inteira. Conversava com todos, falávamos sobre tudo, ríamos, chorávamos, gritávamos, corríamos, sentíamos tudo que era pra sentir. De repente, todos eram meus melhores amigos, amantes...
Eu olhava para o teto do quarto e o pensamento da noite anterior me consumiu mais uma vez, aquela combinação de álcool e maconha abriu portais do meu ser que eram desconhecidos para mim. Desejos internos que nunca tinham sido explorados, na verdade, eu nem sabia que existia. Eu não lembrava direito como começou, não lembro nem direito quem era, mas lembro que eu beijava aquele menino. O problema não é eu tê-lo beijado, mas foi ter gostado. Eu beijei um homem pela primeira vez, e eu gostei. "O quê isso significa?" eu pensava.
- Guto: É lógico que você sabe o que isso significa Augusto... significa que você é gay... (falei alto para mim mesmo)
-> UM AMOR IMPROVÁVEL (Tegan and Sara - Closer. https://youtu.be/w7MNGPmrlW0)
Eu continuava pensando no que tinha acontecido no dia anterior. Relembrava em flashes o rosto daquele menino. Não conseguia lembrar seu nome, mas conseguia lembrar do gosto do beijo dele. Não acreditava em como estava sensorial, conseguia lembrar da textura da pele dele, da sensação da barba dele arranhando meu rosto. "Caramba! Será que foi maconha que fumei mesmo?" pensava nisso quando de repente meu celular tocou e acordei do meu devaneio.
Na tela do meu celular estava escrito o nome da minha irmã Adriana. Fiquei pensando por alguns instantes no motivo dela ligar para mim. Adriana era 11 anos mais velha do que eu, tinha 31 anos enquanto eu tinha 20 anos. Essa diferença de idade atrapalhou bastante a nossa relação, não é que eu não gostasse de minha irmã, ao contrário, a amava, mas nós não tínhamos intimidade, não crescemos brincando juntos, gerações completamente diferentes, enquanto eu estava começando na escola, ela já estava procurando o primeiro emprego. Estranhei um pouco aquela ligação, mas claro que atendi.
[- Guto: Alô...]
[- Adriana: Oi Augusto, tudo bom?]
[- G: Tudo sim Drica e com você?]
[- A: Estou bem, obrigada por perguntar. Estou ligando para perguntar algo para você.]
[- G: Claro, o quê foi?]
[- A: Tenho uma formatura para ir no próximo final de semana aí no Rio. Iria ficar na casa de uma amiga minha, mas infelizmente o pai dela ficou doente e não quero incomodá-la. Estava falando com mamãe sobre isso e ela insistiu para que fôssemos para o seu apartamento. Disse que não queria incomodar e que iríamos ficar em um hotel mesmo, mas ela insistiu, então estou ligando para perguntar se podemos ficar aí no próximo final de semana. Podemos?]
[- G: Mas claro que podem Drica! Esse apartamento não é meu, é nosso! Só me falar que horas vocês chegam para caso eu não esteja em casa, deixo a chave com o porteiro.]
[- A: Você sabe que eu não gosto de me intrometer na vida dos outros Augusto, não quero ficar atrapalhando o seu espaço, não gosto de incomodar...]
[- G: Para com isso, você sabe que não é incômodo nenhum.]
[- A: Está bem então, chegamos no Rio no sábado a tarde e provavelmente vamos embora no domingo a tarde mesmo. Vamos eu, Sérgio e Vinicius.]
[- G: O Vini vêm?!]
[- A: Algum problema ele ir?]
[- G: Problema?! Problema nenhum!! Estou morrendo de saudades do meu sobrinho! Faz o quê, uns 4 meses que não o vejo?]
[- A: Acredito que seja isso mesmo, faz 4 meses que você não vem aqui em Muriaé...]
[- G: Nossa, é verdade, já faz 4 meses...]
[- A: Mas é isso. Combinado então?]
[- G: Combinado.]
[- A: Obrigada, tchau.]
Adriana encerrou a ligação sem nem esperar eu dizer tchau. Essa formalidade dela comigo me irritava, mas dessa vez nem liguei, iria ver meu sobrinho, adorava aquele garoto e estava morrendo de saudades. Minha irmã começou a trabalhar muito cedo, meus pais sempre foram bem rígidos com ela, nunca entendi porque, mas isso até que fez bem pra ela, muito jovem e já estava com a vida encaminhada, ela só não esperava ficar gravida do namorado aos 19.
Vinicius nasceu e minha irmã estava com 20 anos, no meio da faculdade, minha mãe então a ajudou, e eu claro, também. Troquei muita fralda daquele menino, brinquei muito com ele, dei muito esporro também. Eu era super paternal com ele e o adorava. Não via a hora desse final de semana chegar e encontrar meu sobrinho, com certeza estar com ele me faria esquecer por um momento o que estava acontecendo comigo. Vini tinha que fazer isso acontecer, porque eu não aguentava mais pensar nisso.
-> (Mumford & Sons - Believe. https://youtu.be/dW6SkvErFEE)
Aquele sábado demorou uma eternidade para chegar, minha cabeça continuava rodando com os acontecimentos daquela festa, toda vez que eu me olhava no espelho eu ainda não me reconhecia, nada pra mim era a mesma coisa. Davi parecia não saber o que tinha acontecido na festa, em nenhum um momento comentou nada comigo, muito menos fez qualquer piadinha. Precisava urgentemente ocupar minha mente com alguma coisa e meu sobrinho vindo para o Rio era tudo o que eu precisava.
Minha irmã chegou no sábado por volta das 13h, quando o porteiro me interfonou desci na velocidade de uma bala. Nem acreditei quando os vi, minha irmã estava linda como sempre, e séria como de costume, meu cunhado Sérgio esboçava um sorriso mas sempre olhava para ela de canto de olho como se esperasse uma aprovação de que podia fazer o que pretendia fazer, meu sobrinho já era diferente, veio correndo na minha direção e deu um pulo em mim me abraçando, o garoto tava cada vez maior e tinha crescido bastante desde nosso último encontro.
Vini sempre foi um menino muito bonito, herdou bastante os traços de seu pai, puxou pouco nossa família. Nós somos brancos, mas nada se compara a pele cor de leite do meu sobrinho, além de ter olhos idênticos aos do pai, aquele azul acinzentado, enquanto minha família têm olhos castanhos. Ajudei minha irmã com as malas, mostrei a ela o quarto onde eles iríam dormir e fui pedir um almoço para nós. Meu apartamento têm 2 quartos, quando vim estudar no Rio meus pais já foram pensando que iriam me visitar as vezes, então encontraram um apartamento com bom preço em Botafogo e rapidamente alugaram. Acabou que meus pais pouco conseguiram vir ao Rio me visitar, por causa do trabalho mesmo, esse quarto acabou virando um quarto para amigos bêbados.
Terminamos de almoçar e já fui logo falando com minha irmã que iria dar uma volta com meu sobrinho, ela só me falou que ele tinha que estar em casa até as 18h para poder se arrumar para a formatura. Saímos, entramos em um táxi e fomos até a praia de Ipanema, meu sobrinho admirava tudo pelas janelas do táxi, era a primeira vez dele no Rio e ele se encantava com tudo. Vini estava com 11 anos e era super curioso com tudo, então não me parava de perguntar sobre tudo o que via, me contava tudo que passava na cabeça, era elétrico, ou seja, ele fez exatamente o que eu precisava, me fez esquecer sobre tudo o que estava acontecendo comigo, minha mente só funcionava na frequência dele.
Chegamos na praia e acabei encontrando amigos meu, meu sobrinho jogou bola, correu na areia, brincou comigo, se divertiu com meus amigos, aproveitou toda a tarde, quando vi já eram 17:30. Rapidamente entrei dentro de um táxi e fui orando para que a mãe dele não ficasse brava. Chegamos em casa e ela estava no banho, nem percebeu que estávamos atrasados, meu cunhado ria da situação e preparava um lanche para Vinicius. Sentamos na mesa e fizemos um belo lanche. Minha irmã saiu do banho e já foi mandando Vini para o banho, aí a confusão começou. Criança sempre enrola pra tomar banho e Vinicius enrolou até sua mãe explodir de raiva. Gritos e berros para todos os lados, até que perguntei para Adriana o que ela achava de deixar o Vini comigo. Sérgio e ela iriam tranquilos para a formatura, sem o garoto eles iriam curtir muito mais a festa. Meu cunhado ficou com o olhar mais esperançoso do mundo, era perceptível que ele queria uma festinha, sem precisar ficar tomando conta do filho. Minha irmã pensou, olhou para mim, olhou para o olhar sapeca de seu filho e por fim olhou para seu marido, que só faltava implorar.
- Adriana: ... está bem, mas nada de dormir tarde hein...
Literalmente, gritos foram dados naquele momento, mas acho que nenhum grito foi maior que o do meu cunhado. Falei então para o Vini ir tomar um banho que iríamos para o shopping passar o tempo.
-> (Switchfoot - The Original. https://youtu.be/AiZiqKUp-_k)
Chegamos em casa eram umas 22h, minha irmã tinha me enviado um SMS agradecendo por ficar com o Vini, ela falou que eles estavam mesmo precisando de uma diversão, portanto não se preocupariam com o horário para voltar. Respondi instantaneamente que era pra eles curtirem despreocupados que estava tudo bem.
Estávamos exaustos, afinal, fizemos várias coisas o dia inteiro. Falei para meu sobrinho ir colocar uma roupa para dormir que iria arrumar o colchão para ele. Peguei o colchão inflável que tinha, e comecei a encher ao lado da cama onde os pais dele iriam dormir. Coloquei o lençol, arrumei um travesseiro, mais uma colcha para ele se cobrir e fui para a sala esperar ele. Vini saiu do quarto e veio enrolado em uma toalha na minha direção.
- Vini: Tio, eu não sei onde estão as minhas roupas...
- Guto: Ué, você não trouxe uma bolsa sua?
- V: Não. Minha mãe que pegou minhas coisas, não sei onde estão...
- G: Deve estar na bolsa dela então, vêm vamos lá pegar.
Entramos no quarto e fui abrindo a mala da minha irmã, realmente não achei nenhuma roupa do Vini por ali, conhecendo minha irmã, sei que ela não gostaria que mexessem nas coisas dela. Ele então perguntou que roupa usaria para dormir, eu prontamente respondi para ele ficar de cueca mesmo. O menino corou na hora, eu então falei pra ele que não havia problemas, eu era seu tio e não havia porque ter vergonha de mim, disse ainda que já troquei tanta fralda cagada dele, que nada ali era novidade pra mim, já estava cansado de ver. Meu sobrinho riu e deu uma relaxada, deixou a toalha cair e entregou pra mim. Fomos para a sala e ficamos vendo televisão durante um tempo.
Vini adormeceu no sofá, logo o peguei no colo e o levei até a cama, fui então eu tomar um banho e me preparar para dormir. Entrei no meu quarto e fechei a porta, tirei minha roupa e fui em direção ao banheiro do meu quarto, estava terminando o banho quando escutei que estavam batendo na porta do quarto.
- Guto: Quem é?
- Vini: Sou eu tio...
- G: É claro que é você, quem mais seria... (Resmunguei pra mim mesmo) Já vou abrir, só um minuto...
Olhei para os lados e vi que não tinha toalha no banheiro, nem roupa alguma pra vestir, percebi então que atras da porta tinha um roupão, peguei ele e o vesti. Abri a porta do quarto e perguntei o que tinha acontecido, Vini falou que tinha acordado de repente e não viu ninguém perto dele, então ele ficou com medo. Olhei para ele e não acreditei, um menino de 11 anos com medo de ficar sozinho. Na hora que disse isso meu sobrinho fez a carinha mais triste do mundo, percebi então que tinha deixado ele triste, rapidamente peguei nas mãos dele e o puxei pra dentro do quarto, disse que estava brincando, que era pra ele ficar ali comigo. Liguei a televisão e deitamos na cama, falei que ele podia ficar ali que quando ele dormisse eu o levaria pra lá de novo. Meu sobrinho então deitou sua cabeça no meu peito e ficamos nessa posição vendo TV.
O tempo foi passando e o cansaço foi ganhando, meus olhos começaram a ficar cada vez mais pesados e então foram se fechando. Eu tentava me levantar pra colocar uma roupa e levar meu sobrinho para o quarto dele, mas estava tão confortável aquela posição e eu estava tão cansado. Acabei adormecendo, deitado de roupão na cama com meu sobrinho deitado no meu peito.
Foi quando comecei a sentir uma sensação estranha, aquela sensação que você vai saindo de um túnel escuro. Estava dormindo, mas algo estava acontecendo, começava a sentir uma sensação estranha, uma sensação que ia me despertando aos poucos, eu não conseguia saber ainda o que era, mas não era algo ruim, era até bom, prazeroso pra ser exato. Minha mente foi iluminando e fui começando a ter domínio sobre meu corpo. Comecei a despertar e então fui abrindo os olhos lentamente, já fui olhando para a direção que sentia essa sensação. Olhei para meu peito e percebi que a cabeça do meu sobrinho não estava ali, como em câmera lenta fui movendo o meu olhar para baixo, olhei em direção a minha barriga e vi que ela estava descoberta, meu roupão estava aberto, eu estava desnudo, e em cima do meu pau tinha uma cabeça subindo e descendo.
Descobri então qual era aquela sensação prazerosa, eu estava sendo chupado, por isso estava sentindo algo gostoso, aliás, estava muito bom aquele boquete, era uma boquinha tão quentinha, uma boquinha tão pequena...
Arregalei os olhos e olhei em direção ao meu pau, meu coração quase parou na hora que percebi quem estava me chupando. Olhei novamente e pude ver meu pau completamente duro entrando na boca pequena do meu sobrinho. Empurrei ele e dei um pulo pra fora da cama.
- Guto: MAS O QUE É ISSO??!!!
- Vini: Tio... tio... eu... eu...
- G: Vaza daqui garoto! SOME DA MINHA FRENTE!!
- V: Tio...
- G: SAAAAAIIIII!!!!
Vini deu um pulo da minha cama e saiu correndo do meu quarto, entrou correndo no outro quarto e bateu a porta. Eu estava ofegante, meu coração parecia que ia sair do meu peito. O que foi isso que aconteceu agora, eu não consegui pensar direito, sentei na cama e tentei controlar a respiração, olhei para baixo e vi meu pau mole todo babado, automaticamente minha mente me fez lembrar da imagem de meu sobrinho me chupando, novamente meu coração acelerou. Tentei me controlar e comecei a ficar preocupado com meu sobrinho, o que eu faria agora? Eu não tinha ideia. Me levantei e fui em direção a porta do outro quarto, quando cheguei bem perto pude escutar o choro dele, coloquei a mão na porta do quarto mas não tive coragem nem de bater, nem de abrir. Encostei minha testa na porta, respirei fundo e voltei para o meu quarto, deitei na minha cama e minha mente virou um turbilhão de pensamentos. "O que aconteceu agora? Caramba, o quê eu faço?" era o que eu pensava.
-> (Echosmith - Safest Place. https://youtu.be/wQQdnAUdBAQ)
Acordei meio no susto, já eram 10h da manhã, olhei para todos os lados do meu quarto, ainda vestia o roupão, parecia até que tinha acordado de alguma noitada. Lentamente minha mente veio me trazendo as lembranças do que tinha acontecido, coloquei minha mão na minha testa e senti um pouco de dor. Entrei no banheiro, lavei meu rosto, escovei os dentes, coloquei uma roupa e fui lentamente indo em direção a sala. Passei bem devagar pela porta do quarto ao lado, percebi que ela estava entreaberta, pude perceber que minha e irmã e meu cunhado estavam dormindo, olhei para o colchão e vi que ele estava vazio, respirei fundo e continuei indo para a sala.
Meu sobrinho estava sentado no sofá olhando para a televisão desligada, de repente percebi o quanto aquilo mexeu com ele. "CARAMBA! É óbvio, ele só têm 11 anos, é claro que a cabeça dele deve estar girando" pensei rapidamente. Não sei o quê deu em mim, mas entrei na sala decidido a fingir que nada tinha acontecido. Precisava tratá-lo da forma mais natural possível, não sei se isso seria o certo a se fazer, mas era o que eu conseguiria fazer naquele momento.
- Guto: Bom dia! E aí, dormiu bem? (Vini deu um pulo no sofá e olhou para mim. Ele ficou vermelho na hora e olhou para baixo)
- Vini: Ti-tio... eu...
- G: E aí, já comeu alguma coisa? (O interrompi propositalmente. Vini então olhou na minha direção, mas eu não conseguia olhar para ele)
- V: Eu... não tô com fome... (Vini continuava olhando pra mim, mas eu simplesmente não tinha coragem de olhar para ele)
- G: Ok, se você quiser alguma coisa é só pegar na geladeira, eu vou dar uma corrida, se seus pais acordarem fala que já volto.
Fui abrindo a porta e saindo rapidamente do apartamento. Percebi que ele foi me acompanhando com o olhar. Eu comecei a me sentir mal, eu simplesmente o ignorei, praticamente o abandonei, mas eu não sabia o que dizer pra ele, eu não sabia o que fazer.
Voltei depois de 1h e meia de corrida, minha irmã estava saindo do apartamento, já estavam indo embora, na hora até pensei que Vinicius tivesse contado alguma coisa, mas na verdade minha irmã apenas queria chegar cedo em Muriaé. Dei um beijo nela e um abraço em meu cunhado, sabia que tinha que dar um abraço em meu sobrinho para fazer as coisas parecerem normais, o procurei e vi que ele vinha em minha direção, abri meus braços e quando estávamos próximos ele rapidamente se desviou de mim e continuou andando sem olhar para trás. Virei meu corpo e fiquei observando ele indo embora, senti um nó no estômago muito grande, uma dor no coração que era inexplicável, percebi que o que aconteceu aquela noite não seria apagado com tanta facilidade, percebi que nunca mais meu sobrinho e eu voltaríamos a ser como antes, percebi que eu nunca mais seria o mesmo.
A ideia era que meu sobrinho me ajudasse a esquecer o que tinha acontecido comigo, que ele me fizesse parar de pensar naquele beijo, aconteceu ao contrário, agora eu penso muito, penso até demais, o quê eu faço?
-> (Kodaline - All I Want. https://youtu.be/cqJoVlnmdFQ)
======================================================================================================================
Olá meus queridos amigos!! Sentiram saudades? Eu sei que não, não sou tão importante assim... kkkkkk. Mas é com muita alegria que trago essa nova história pra vocês. Ela será feita no mesmo formato de SEGUNDA DANÇA, como uma série de TV, com músicas e tema de abertura.
Quero tentar surpreender vocês ao máximo nessa história, quero emocionar, fazer vocês rirem, ficarem com raiva, quero que vocês mergulhem no que eu vou contar. Espero muito que vocês gostem, porque já estou apaixonado pelos personagens.
Comentem e comentem, porque vocês sabem que sou LOUCOOOO por saber a opinião de vocês. Aqueles que quiserem ter um contato mais direto comigo é só mandar e-mai para leoleoleopinheiro@outlook.com
BEM VINDOS A NOVA LOUCURA QUE SAI DIRETO DA MINHA CABEÇA!! ESPERO QUE VOCÊS SINTAM ESSE AMOR IMPROVÁVEL!!