O verão de 2005 estava sendo deprimente para mim. Eu estava longe da minha família, amigos e de todo meu cotidiano normal, ali, a única coisa que me era familiar era o Gustavo, meu marido. Foi por causa dele que me enfiei naquela cidade enfadonha, cuja única coisa que parecia ter era uma academia e uma fábrica de algodão, da qual ele era diretor. Eu jurei para mim que se dentro de alguns meses eu não desse um fora dali, não me chamava Fernanda.
A minha relação com o Gustavo era normal, alias normal até demais para uma garota que na época tinha 20 anos. Ele não gostava de sair, nós tínhamos poucas opções de entretenimento na cidade e nenhum amigo para nos fazer companhia. Obviamente, todos esses fatores contribuíram para nossa relação cair no marasmo. Eu não suportava mais olhar para cara dele naquela casa, e dava graças a Deus quando ele finalmente saia para trabalhar, assim eu ficava com a casa toda pra mim e gozar de certa liberdade. Foi em um desses dias que fazendo uma limpeza no nosso PC que encontrei um monte de fotos de mulheres nuas, não cabia em mim de tanto ódio! Eu queria matá-lo, mas mantive a calma e fiquei na minha. Eu não entendia o motivo daquelas coisas, ele tinha uma esposa linda, com um corpo legal e tal..., pra quê ficar deleitando outras mulheres, ainda que virtualmente.
Muito indignada com tudo aquilo, comecei a analisar as fotos. Notei que todas aquelas garotas tinham um corpão sarado, o meu exato oposto. Eu era magra e frágil, parecia mais uma adolescente de 16 anos que uma mulher de 20, embora a diferença de idade não fosse grande, é claro. Eu precisava fazer alguma coisa, e fiz. Matriculei-me na academia que ficava a dois quarteirões da nossa casa e decidi que ia ser uma mulher mais atraente pro meu marido.
Na academia, fiquei sob orientação da personal trainer Paula. Era uma morena, cujo corpo bastante viril, me lembrava e muito as mulheres nas fotos que encontrei no PC lá de casa; aparentava ter uns trinta e poucos anos; era bastante feminina, apensar de ser mais corpulenta e alta do que eu.
Graças às minhas idas diárias à academia, Paula e eu nos tornamos muito amigas. Desenvolvemos uma enorme afinidade e graças a isso conversávamos sobre diversos assuntos, especialmente sobre mim e meu marido. Estranhamente, Paula nunca falava dela, a única coisa que eu sabia sobre ela, é que era solteira e morava sozinha em um bairro mais afastado, mas na maioria das vezes era eu a tagarela de nós duas. Ela era tão educada e sensível, parecia me compreender sem eu precisar expressar nenhuma palavra, era uma pessoa telepática e sabia usar muito bem isso para me agradar. Pensava muitas vezes que se pudesse desejar um homem ideal, seria ela com um pinto.
O meu casamento definitivamente não ia bem, e o estopim foi uma noite muito embaraçosa que meu marido e eu tivemos. Após passar o dia todo malhando e levando uma vida regrada, passei a ter uma enorme disposição física e sexual. Foi em uma dessas noites, em que em uma de minhas tentativas desesperadas por sexo, vi meu marido broxar vergonhosamente. Obviamente me senti péssima, pois no primeiro momento achei que a culpa fosse minha, mas depois minha cabeça paranóica me levou a acreditar que ele estava saindo com outra mulher e por isso me repudiou daquela forma.
Eu precisava desabafar, dei um perdido no meu marido e marquei com a Paula de nos encontrarmos para conversar. Tentamos ir a um bar, mas a falta de opções descentes naquele município asqueroso nos levou até a casa dela, que apesar de não ser muito sofisticada era bastante aconchegante. Embora nossa afinidade fosse grande, eu estava bastante constrangida pra falar sobre o que acontecera, percebendo isso ela me ofereceu uma bebida e foi a partir daí que fui me soltando. Não sei se foi a bebida, mas comecei a ver uma postura um tanto lasciva emanando dela: o incenso de canela que ela acendeu; o som ambiente tocando “Easy, de Lionel Richie”; a fragrância suave de seu perfume, enfim, todas essas coisa eram um verdadeiro lenitivo para a minha alma. Lá pelas tantas, eu já um tanto zonza, pedi pra me deitar um pouco para poder me recompor, Paula me ofereceu seu quarto, que no primeiro momento recusei, mas não resisti a uma segunda oferta.
No quarto da Paula, notei que o cheiro dela estava em cada centímetro quadrado daquele lugar, especialmente em sua cama macia. Mistura àqueles lençóis era como se eu estivesse em seus próprios braços, e enquanto ela se prestava a ajeitar o travesseiro sob minha cabeça, seu rosto ficou tão próximo ao meu que pude sentir com intensidade sua respiração quente incendiar toda a minha alma. Não podia resistir mais, levantei meu rosto de encontro ao dela e beijei sua boca, demoradamente.
Paula não se mostrava surpresa e correspondeu ao meu beijo com uma língua molhada dentro da minha boca, o gosto do pecado deixando por ela fez minha vagina contrair e umedecer instantaneamente. Paula segurava minha nuca com a mão direita e com a mão esquerda soltava seu longo cabelo preto. Ela cessou nosso beijo por uns instantes ao inclinar sua cabeça para trás com o intuito de desembaraçar suas madeixas, eram compridas e tocavam-lhe a cintura. Vendo aquela cena, me veio sobre a cabeça a imagem de uma égua puro sangue com sua crina reluzente ao vento. O desejo ardia ainda mais intensamente em mim.
Paula não perdeu tempo desabotoando minha blusa, em um único gesto horizontal, ela a abriu e os botões caíram no chão enquanto o desejo subia ao teto. Atirei-me em seu corpo e entrelacei minhas pernas sobre sua cintura; as pontas duras dos meus seios roçavam nos seus; ela foi beijando meu pescoço e um arrepio corria pela minha espinha até os quadris, fazendo meu ânus contrair; sua boca foi descendo até meus seios, ela os chupava como se quisesse tirar leite e interrompia com a ponto de sua língua. Parou por uns instantes quando eu gritei:
- Você tá me deixando louca! Aah!
Ela olhava para mim e sorria com o cinismo de um demônio. Enquanto ela tirava suas roupas, aproveitei para tirar a única peça que eu ainda vestia, minha calcinha úmida. Com espantosa altivez, ela olhou-me nos olhos e disparou:
- Você quer ser fodida quer?! Vou te dar o que seu marido não consegue, vem minha cachorra, vem!
Me conduzindo como se fosse minha dona, Paula me colocou na posição meia nove. Chupei sua vagina, os seus pelinhos arranhavam meu rosto e deixavam-me ainda mais excitada; enquanto isso, sua boca quente me sugava e seu polegar massageava meu ânus que contraia de forma involuntária. Minha vagina estava cheia, eu precisava gozar e sentia que isso não ia demorar muito. Mas o que ela iria pensar se eu gozasse na boca dela?!
Percebendo que eu estava prestes a explodir em um orgasmo intenso, Paula me tirou de cima dela, abriu minhas pernas e sentou sobre minha vagina em chamas. Ela cavalgava sobre mim em movimentos rítmicos (tribbing!) que me faziam gemer feito uma cadela no cio. Nós duas suávamos com toda aquela transa louca; inclinando-se sobre meu corpo molhado, ela enxugava o suor do meu rosto com seus cabelos e mordia meus lábios como se estivesse faminta. Eu não podia agüentar mais, segurei o travesseiro e o mordendo, gritei de forma abafada quando gozei, lambuzando nós duas com um líquido viçoso.