Abri os olhos lentamente e a luminosidade que entrava no quarto me incomodava um pouco, estava meio confuso, acordei pensando: ‘quem sou eu? Que lugar é esse? Que horas são?’. Virei-me lentamente e vi aquele homem lindo dormindo feito um anjo e todas minhas perguntas anteriores desapareceram. Eu sou Luan! Estou no quarto de Patrick, na cama dele para falar a verdade. E as horas... Hãn... Ah quem se importa com as horas né? Estava admirando aquela perfeição dormindo e dava leve sorrisos enquanto fazia isso, seu rosto lindo, sua boca perfeita, seu peito estava desnudo e via aquele corpo invejável que ele tinha, o lençol fino apertava suas pernas e notava nitidamente aquele pedaço de carne duro -por estar de manhã- entre suas pernas que me fazia gemer loucamente de prazer quando estava dentro de mim; tudo nele era tão lindo, me deitei silenciosamente ao seu lado de novo sorrindo e me sentindo completo. Comecei a pensar em como seria nosso dia hoje, era mais um sábado e passar o fim de semana com ele era perfeito, fazíamos nossa comida e passávamos a maior parte do dia no quarto e assistíamos filmes e mais filmes. Era tão bom! Der repente me levantei afoito e com olhos meio esbugalhados, como se tivesse tomado um susto. Gente, hoje não era mais um sábado, hoje era O SABADO, eu iria casar. Comecei a rir enquanto minhas mãos estavam em minha cabeça me fazendo pensar o quanto eu era idiota, uma alegria agitou o meu corpo, uma ansiedade tomou conta do meu coração e eu tratei logo de ver as horas.
- Puta merda. Disse espantado. O relógio marcava 10h e eu estava atrasadíssimo, peguei o celular no criado mudo e tinha 50 ligações não atendidas. -Ai meu Deus! Disse nervoso vendo quem tinha me ligado. Enquanto via as ligações vi que Patrick ainda estava dormindo, balancei a cabeça negativamente rindo e o cutuquei.
- Amooooor, acorda! Ele nem se moviaAcoooordaaa amooooorr. Seu corpo se curvou para o outro lado e ele dizia algumas palavras que eu mal entendia. Fiquei puto e gritei.
- PATRICK ACOOORDA AGOOORAA. Seu susto foi nítido, ele deu um pulo na cama e fez uma cara de raiva que me deu medo por alguns segundos.
- Você ta louco amor? O quê foi que aconteceu? Seu rosto era de sono e raiva ao mesmo tempo, ria baixinho de como ele era fofo irritadinho. -Tá rindo do quê palhaço? Ele coçava seus olhos enquanto dizia.
- De você, de mim, de nós. E de como dormimos tanto que estamos atrasados para o nosso casamento. Ele assim como eu há alguns minutos atrás congelou seus movimentos olhou para mim deu um sorriso tenso e disse: -Eita porra amor, minha mãe vai me matar!
- A minha também! Começamos a rir e ali realmente não tinha como não perceber, eu e ele éramos feitos um para o outro. Ele se aproximou e me deu um beijo apaixonado como sempre fazia, seu braço em minha cintura me apertava ao seu corpo quente e me prendia ali como se eu fosse só dele e de mais ninguém e eu adorava ser dele e de mais ninguém.
-Bom dia meu futuro noivo. Seu sorriso me derretia e eu me encantava em como me esquecia do tempo quando estava tão perto dele, quando o beijava, quando o sentia em mim. Seu poder de me controlar era fatal.
- Bom dia meu futuro noivo que se não adiantar não será meu marido! Disse rindo.
- Ah não tem empecilho que me faça eu não casar hoje contigo.
- Tá querendo casar mesmo heim Patrick. Disse convencido, ele por sua vez me olhou tímido e sorriu.
- Quando a gente acha a pessoa certa que faz o seu mundo virar de cabeça para baixo e descobrimos que esse sempre foi o melhor lado; a gente não pode nos dar ao luxo de deixar essa pessoa escapar. Essa pessoa é você Lu. Amo-te.
Sempre fui chorão, manteiga derretida, sentimentalista e tudo mais; e ao ouvir aquilo de uma forma tão doce e tão sincera, tão apaixonada e tão verdadeira me fez lacrimejar os olhos e algumas lágrimas caiam pelo meu rosto molhando minha face que estava em um sorriso aberto de felicidade e amor. Eu amava aquele homem e ele me amava também.
- Eu te amo Patrick Poppe e você é o homem da minha vida. Algumas lágrimas ainda caiam, eu estava tão sentimentalista agora, eu me sentia a pessoa mais realizada desse mundo. Estávamos abraçados, mas o meu celular tocou atrapalhando aquele clima. Vi no visor do celular que era à Ana.
- Alô. Disse atendendo.
- Alô? Como assim alô? CADE VOCÊ VIADO? SUA MÃE ESTÁ TE LIGANDO, EU ESTAVA TE LIGANDO, A VELHA POPPE TAMBÉM ESTAVA TE LIGANDO E VOCÊ NÃO ATENDIA PORRA? CADE VOCÊ? Só vou aceitar desculpas se você disser que estava transando com o Patrick, por que se for isso eu até entendo. Eu estava rindo daquilo tudo, Ana sendo Ana, Patrick ao meu lado também estava rindo ele ouviu os gritos da Ana e olha que a ligação nem estava no viva voz.
- Calma amiga, bom a gente acabou dormindo demais, foi isso.
- Ah que maravilha, acabou dormindo demais no dia do casamento. Quando tu chegar aqui eu farei questão de lhe apresentar um aplicativo do seu celular chamado ‘despertador’. Agora levanta a bunda da cama toma um banho e vem para a casa da Velha Poppe. AGORA! VOCÊ ESTÁ ME ENTENDENDO?
- Já estou indo miga, se acalma.
- Se acalma o caralho, tu se atrasa e eu que tenho que opinar na decoração, nos preparativos, por que eu sou a miga do noivo e eu que sei o jeito como ele gosta das coisas, mas adivinha não to ganhando por isso não queridinho, só estou te ajudando por que tu sabe que te amo.
- Own amiga eu sei que tu me ama. Obrigado pela força que está me dando viu! Já já chegamos ai.
- Tá vem logo. Tchau.
- Tchau deliciosa. A ligação encerrou e eu olhei para Patrick e caímos na gargalhada, estávamos tão felizes que riamos do próprio vento.
- Vamos amor, se não Ana vai nos matar. Seguimos para o banho e claro que Patrick tentou me agarrar, mas não, não podíamos, estávamos mega atrasados. O casamento seria em si as 18h, mas tinha muita coisa para organizar, só quem já casou sabe como é tenso organizar as coisas, acompanhar todos os detalhes para que saia tudo perfeito como idealizamos e no dia do próprio casamento parece que tudo fica pior. Pegamos nossos ternos que estavam devidamente lavados e engomados e colocamos na parte trás do carro, entramos e Patrick deu a partida em seu carro, o sol estava lindo aquele dia, confesso que odeio o sol soteropolitano eu amo o frio, mas aquele dia até o solzão estava lindo; coloquei meus óculos escuros e seguimos viagem para a mansão Poppe, seria lá no jardim onde fui pedido em casamento que seria a cerimônia, o lugar era lindo e bem grande, a parte dos meus convidados foi indiscutivelmente menor que a parte dos convidados por Patrick, eles tinham muitos conhecidos e deviam ser convidados mesmo não sendo familiares ou não participando do âmbito familiar Poppe.
Chegamos rápido a casa da matriarca e fomos recebidos por nossas mães e por Ana que estava feliz e nervosa ao mesmo tempo.
- Demoraram garotos. Disse minha mãe vindo me abraçar e depois abraçar Patrick.
- Aim mãe desculpa, acordamos atrasados. Disse fazendo uma cara simpática.
- Esses meninos não sei não viu! Se fosse no meu tempo não seria assim. Disse a matriarca Poppe se aproximando do seu filho e o abraçando.
- Ah mãe ainda bem que o seu tempo já passou né! Rimos do que Patrick tinha dito e depois de cumprimentar a mãe dele Ana, minha mãe e a mãe de Patrick nos puxaram literalmente para o jardim onde seria a cerimônia. Quando cheguei ao centro do jardim eu fiquei estático, meu sorriso ia de orelha a orelha, ainda não estava tudo arrumado, mas já estava tão lindo. As cadeiras brancas para os convidados já estavam postas, mais de 300 cadeiras, dando um tom lindo com a grama verde que tinha o jardim, um altar foi montado ao centro do jardim com panos branquíssimos que serviam de cobertura para estrutura indo até o chão dando um charme único a aquela estrutura montada, rosas brancas chegavam para decorar, o corredor estava sendo criado com o famoso tapete vermelho, a iluminação estava sendo posta, a decoração ainda estava incompleta mais já estava mostrando o quanto ficaria linda. Não tinha palavras para descrever o quanto meu coração estava acelerado naquele momento, olhei de relance para Patrick e ele estava surpreso também vendo tamanha beleza.
- Nossa, está ficando muito lindo. Disse emocionado.
- Está mesmo meu filho. Minha mãe se aproximou de mim me abraçando com algumas lagrimas nos olhos, puxei todo sentimentalismo que tenho dela.
- Vamos para o salão de festas agora, as coisas aqui já estão quase prontas e lá ainda falta algumas duvidas que só você pode tirar Lu. Disse Ana se aproximando de mim.
- Vamos miga. Ana me puxou e logo atrás veio minha mãe, Patrick e a mãe dele. Me virei para trás e perguntei: -E meu pai mãe, onde ele está?
- Está em casa filho, mas já já ele deve estar aqui. -Ok! Disse rápido.
O salão de festas estava lindo assim como lá fora, as mesas já estavam montadas e nomeadas com os nomes dos convidados, tudo estava lindo, a decoração em branco e azul estava apesar do motivo ser tosco, estava realmente linda, a empresa que contratamos realmente deixou impecável. (o motivo da decoração azul e branco do nosso casamento é porque Patrick é louco, doido pelo time dele o BAHIA ¬¬’. Nem preciso dizer que odiei esse ser o motivo das escolhas das cores, mas devo confessar estava muito lindo e sofisticado), o vasos e arranjos eram de rosas brancas e algumas orquídeas na mesa onde estava o nosso bolo de casamento com o bonequinho de dois homens no topo.
- Confessa o azul e branco ficou legal não foi? Baêa minha porra!
Sim, esse foi o ridículo do Patrick me tirando da melhor sensação que tinha me fazendo lembrar do time dele.
- Tirando o fato de ser sobre o seu time ridículo que não ganha mais nada hoje em dia, sim, gostei das cores.
- Só irei te perdoar pelo o que tu disseste por que te amo e hoje vou me casar com você. Mas se disser isso de novo vai apanhar. Ele me abraçou rindo descaradamente e deu dois tapinhas na minha bunda.
- Patrick para seu louco, nossas mães estão a meio metro de distancia da gente. Disse rindo de como ele era ousado.
- Ah e daí? Elas devem imaginar que fazemos muita sacanagem.
- Aim seu nojento, não quero que minha mãe imagine nada. Soltei-me dos seus braços e ele continuou rindo. Ana se aproximou trazendo a Sra. Alcântara, uma das melhores profissionais no ramo de casamentos do país.
- Olá meus queridos! Preparados para o grande dia? Seu sorriso era cativante.
- Estamos sim, disse por mim e por Patrick. -E ah, nossa, parabéns está tudo ficando lindo. Sua equipe está realmente de parabéns.
- Muito obrigado, só estou fazendo o meu trabalho.
- Verdade, afinal tá sendo paga para isso né querida.
Sim, essa era a Ana. Fiz uma cara negativa para ela e ela retribuiu um pedido de desculpas, ela era assim, não tinham filtros na boca dizia sem pensar.
- Desculpe Sra. Alcântara, minha amiga é louca.
- Magina, ele não disse nenhuma mentira não é mesmo. Todos rimos e aquela situação tinha sido contornada. -Mas antes da cerimônia queria tirar algumas pequenas duvidas com você Luan e claro com você também Patrick se quiser nos acompanhar. Disse ela.
- Ah não, o Luan resolve essas coisas, eu não sei muito disso não! Ela riu educadamente e fez uma cara do tipo “eu já imaginava”.
- Bom então acho que vocês já podem se despedir, pois agora só se veram na hora da cerimônia. Ela disse educadamente como sempre e eu me aproximei de Patrick e o beijei levemente, mas ele me apertou contra seu corpo e quase devorou minha boca.
- Já chega, ouvi as palmas de Ana. -Chega, deixa esse fogo todo para as núpcias. Dei um leve sorriso.
- Tchau amor. Disse rápido.
- Até mais tarde meu lindo. Disse ele de volta, ele saiu a passos lentos me olhando lindamente e sua mãe o acompanhou assim como a minha, ri disso, imagino que minha mãe vai falar um monte de coisas para ele sobre mim.
Eu atendi a todas a duvidas da Sra. Alcântara para o resto da decoração e depois disso segui para o quarto onde eu ficaria e me arrumaria até a hora certa. Ana me acompanhou e quando chegamos ao quarto vi que meu terno já estava ali e tinha só um cabelereiro que eu pedi, pois meu cabelo estava um pouco grande e precisava de um corte bonito e jovial.
- Boa Tarde Luan. Disse o rapaz que de longe percebi que era gay.
- Boa, qual seu nome?
- Marco. Disse ele contidamente.
- Ok Marco, prazer e mãos a obra. Disse me sentando na cadeira onde ele cortaria meu cabelo.
Dizia a ele como queria o corte do meu cabelo e logo depois já estávamos os três conversando amenidades. Marco parecia ser bem legal. Ja estavamos no fim do corte, riamos falando das comicidades de nossas vidas. Eu estava tão feliz; ouvi a porta abrir e fechar fazendo um lever barulho chamando nossa atenção.
- Ola vagabundo. Não me virei para ver quem era no momento mas vi a pessoa pelo espelho a minha frente.
Continua...
Boa tarde meus amores, eu sei que demorei MUITOOOOOOO PRA POSTAR. Me desculpem mesmo mas vida de Estudante é babado gente. Muito corre corre e compromissos. Mas está ai a primeira parte do final de Paixão. Amor e Obsessão. Dividirei em duas partes, postarei a próxima e ultima amanhã sem falta. Peço a compreensão de todos viw! Espero que gostem e que nessa reta final vocês comentem e votem babys. Comentários são tão legais de ler para o autor, saber como vocês se posicionam em relação à história. Por isso votem e comentem ok!
Beijos do Little Boy.