Oioi lindos, to de volta... No último conto pedi que vocês decidissem o destino do Rafa, sobre quem ele deveria ficar. A maioria quis que ele ficasse com os dois e alguns preferiram o Ruan. Não se pode agradar a "gregos e baianos" (e a troianos TB não jkkkk) mas tentarei encontrar um modo de fazer todos felizes kkkkkk. Aki vai o CP de hoje, espero que gostem e comentem. Beijooos 😘😘😘❤❤❤😍😍😍✌✌✌.
O cara da casa ao lado.
Passei o dia todo com meu gigante. Não comemos aquele dia. Eu não senti fome e vi que Ruan percebeu que eu não estava feliz com algo. Ficamos deitados praticamente o dia todo. Conversávamos sobre coisas aleatórias como faculdade, filmes ou alguma música, mas ele não tocava no nome de Renato. E nem eu. Lá pelas duas da tarde ele pegou o violão pra me alegrar um pouco. Tocou músicas que eu amo, tipo "Resposta/ Dois Rios e Garota Nacional - Skank" "Por Enquanto - Renato Russo" " Por onde andei/ Luz dos Olhos e Sei - Nando Reis" "Zombie - The Cranberries" e outras, fez gracinha tocando sertanejo de raiz, tipo "Boate azul" "O ipê e o prisioneiro" e "Nuvem de lágrimas" e tocou algumas de uma banda que eu gosto muito chamada Move Over (PS.: Banda de pop Rock nacional que eu SUPER RECOMENDO). De repente ele começou a tocar uma música que tem um valor sentimental muito grande pra mim. Eu não sei o por que mais sou realmente apaixonado por essa música. "It Must Have Been Love- Roxette". Assim que acabou, meus olhos estavam marejados.
- Amo essa música. - Comentei com ele
- Eh a música preferida do Renato... Desde que eramos crianças. - Revelou Ruan. - Amor. - Continuou. - Você sabe que eu o amo muito. Que você eh a pessoa mais importante da minha vida. Eu te amo tanto, mas tanto, que deixaria você livre para ficar com Renato se você quiser. Mas eu não quero ele no nosso meio mais. Liguei pra ele enquanto você saiu pela manhã e conversei sobre isso com ele. Ele me disse que quer conversar com você. Se você quiser me trocar por ele, eu vou entender e te deixarei ir.
Ele chorava. Eu o beijei, sentindo o gosto de suas lágrimas. Eu amava Renato, mas tinha escolhido Ruan pra ser o cara que iria envelhecer ao meu lado. Ele parou o beijo e passou uma mecha de cabelos minha pra trás da orelha. Eu Fechei meus olhos e me lembrei de quando nos conhecemos. Ele me beijou novamente. Calmo... Sereno... Com amor, carinho e afeto. Ele guardou o violão dele e se deitou. Deitei-me em seu peito, acariciando-o. Ele fazia o mesmo nos meus cabelos. Me levantei e fui até a cozinha. Eram por volta das oito da noite. Peguei uma lata de leite condensado e fiz brigadeiro de panela pro meu meninão. Comemos como duas formigas. Ele me beijou novamente. Me levou até a cama entre seus braços e colocou um filme de terror pra gente assistir. Colocou meu filme de terror favorito. "Invocação do mal". Tanto eu quanto ele somos apaixonados por filme de terror. A maioria dos casais vai ao cinema ver filmes românticos. Nós não. Quase sempre vemos terror. O filme acabou e eu fui desligar a TV, uma vez que meu gatão já dormia. Acordei as 5 da manhã no dia seguinte. Fiz o café de Ruan e o chamei. Ele teria consulta naquele dia. Como ele precisaria ficar no hospital por uns dias, eu ficaria na casa de Renato. Nos arrumamos e Ruan foi dirigindo até a cidade deles. As 9 da manhã, Ruan deu entrada no hospital. Próximo ao horário de almoço, vi uma mulher que eu conhecia. Ela chorava, parecia estar desolada. Cheguei perto.
- Ester!? - Disse.
- Oi, Rafael, como você está? Veio por causa do meu filho? - perguntou.
- Não senhora. - Respondi. - Vim com meu namorado. Mas, o que o Gustavo tem?
- Ele não te disse, filho? - Perguntou ela.
- Não, ele não me disse nada. - Respondi.
- Ele está com leucemia, Rafael. E nenhum de nós eh doador compatível.
Ela me disse isso e caiu no choro outra vez. Ajudei-a a sentar-se e fui buscar um copo d'água pra ela. No caminho, dei de cara com Renato.
- Onde você estava? Te procurei feito um louco nesse hospital. - Disse ele, sorrindo.
- Rê, - Disse a ele. - O Gu, meu ex...
- Veio te incomodar de novo? - Disse ele, me interrompendo.
- Não. - Respondi. - Ele está com leucemia. E ninguém eh doador compatível.
- Coitado. Não desejaria isso nem pra ele. - Disse ele.
Ele foi comigo até dona Ester, levando a água dela. Quando chegamos, o medico dizia a ela:
- Se seu filho não receber o transplante, ele pode vir a óbito, dona Ester. Precisamos urgente de doador.
- Eu sou voluntário. - Disse ao médico. Renato me olhou como se não tivesse entendido. Dava pra ler em seus olhos "Depois de tudo que ele te fez você ainda vai tentar salvar a vida dele?". Então Renato disse:
- Eu também, doutor.
- Ambos são maiores de 18 anos? - Perguntou o médico.
- Sim senhor. - Respondeu Renato.
- Venham comigo. - Disse o médico. Fomos com ele até uma sala, onde ele nos fez uma bateria de perguntas e retirou um pouco de medula para a análise. Me assustei muito com a agulha e doeu um pouco o processo. Depois de uns 15 minutos ele chega até nós e disse:
- Temos uma ótima notícia. O senhor Rafael Oliveira eh doador compatível. O senhor aceitará doar medula e salvar uma vida? - Disse o médico.
- Claro. - Respondi.
- E outra noticia boa, - Continuou o médico. - Senhor Renato Vianna, o senhor eh doador compatível com a pequena Sarah. Uma garotinha de apenas 12 a ninhos que também necessita do transplante. O senhor aceita doar e salvar a vida da menina?
- Claro que aceito, doutor.
Fomos até o local onde tirariam nossa medula. Ocorreu tudo certo. Gustavo e a menininha pra quem Renato doou passavam bem. Renato me levou pra casa dele para descansarmos. A noite, enquanto ele preparava o jantar, começou a chover. E eu fui pra chuva me molhar. Renato foi junto. Ficamos como duas crianças brincando na chuva, nos molhando, até que resolvemos brincar de pique-pega. Corremos um atrás do outro, até que ele me pegou e eu escorreguei, indo ao chão e o puxando junto. Ele caiu por baixo e eu por cima. Ficamos nos olhando por um tempo, com a respiração pesada e olhos de desejo. Estávamos muito próximos. Os lábios dele quase tocavam os meus. Fechei meus olhos e ele os dele. Minha boca já estava praticamente encostada na dele, quando me dei por mim
- To com frio.- disse, despertando-lhe do transe
Ele me olhou por um tempo e se levantou. Pegou uma toalha e me entregou. Me deixou tomar banho no seu quarto e ele tomou no outro banheiro. Jantamos e nos deitamos para dormir. Acordei deitado em seu peito, ouvindo seu coração bater. Sentia um carinho tão grande por ele. Mas teria que deixá-lo por Ruan. Uma lágrima caiu do meu olho. Olhei pra ele, adormecido, lindo, me protegendo. Como ele era especial. Amava-o. Tinha certeza disso.
Liiiindooooos, esse foi o CP de hj... Espero que tenham gostado... Beijoooos, e não deixem de comentar... Amo vcs ❤❤❤❤😘😘😘😘😘😘✌✌✌✌✌😍😍😍😍😍😍👏👏👏👏👏👏