O babaca. [5]

Um conto erótico de Gabriel
Categoria: Homossexual
Contém 1887 palavras
Data: 22/06/2015 23:25:45
Última revisão: 22/12/2015 02:24:18

O beijo começou calmo, aos poucos fui sentindo que ele estava relaxando. Eu segurava o seu rosto e pescoço com as duas mãos, enquanto minha língua invadia a boca dele e explorava cada lugar que lhe dava prazer. Ele foi se levantando sem que desgrudássemos as bocas. Agora já de pé pude sentir o meu corpo junto ao dele, uma de suas mãos segurava a minha nuca e a outra alternava entre minhas costas e cintura. Um calor gostoso emanava do seu corpo e o meu pau já estava quase estourando na cueca sentindo o dele, igualmente duro, sendo comprimido contra o meu. Nossas bocas se desgrudaram e eu permaneci alguns poucos segundos ainda de olhos fechados, o filho da puta beija bem pra caralho. Quando abri os olhos o encontrei me fitando com um sorriso bobo nos lábios. No intervalo dos amassos a gente ainda conversou um pouco mais, hehehe. Ele me falou que morava sozinho, que a família era do interior do estado e que criava um cachorro, o paçoca.

G: Sério que o teu cachorro se chama paçoca? – Perguntei segurando o riso.

A: É, quê que tem? – Falou sério.

G: Nada, só é meio bobo, sei lá, paçoca! – Dei um riso tímido – Mas porque esse nome?

A: Não sei, me veio à cabeça na hora. Encontrei ele em uma das obras que eu trabalhei, pense num cachorrinho esperto. Ele é meio amarelo com marrom e parece um rato de tão pequeno, acho que por isso que coloquei esse nome nele. – Ele deu um sorriso de orgulho.

Ficamos lá por mais algum tempo. O André continuou lá bebendo as cervejas e dele e eu já tinha parado, tava só na água. Como já expliquei, não curto muito beber e dirigir e até então eu e o André já havíamos combinado que quem estivesse “melhor” voltaria dirigindo, essa foi uma das condições para que eu viesse no carro dele. A essa altura, a banda já havia acabado e o DJ tocava house. O André não é muito de dançar então ficou lá na mesa me vigiando. Quando a pista começou a ferver o André veio e ficou do meu lado parecendo um segurança.

G: Vai ficar aí me encarando mesmo é? Dança também! – Sorri de forma convidativa.

Ele bem que tentou, mas ele parecia uma porta empenada, hahaha, de qualquer forma dei crédito a sua iniciativa. Ficamos lá na pista por mais um tempo, vez ou outra o André ia no bar pegar mais cervejas pra ele ou uma água pra mim. Fui notando que o André foi ficando “alegre demais”. Então resolvi chamar ele pra ir embora.

G: Ei, já tá muito tarde e amanhã eu preciso acordar cedo pra fazer uns trabalhos da faculda...

A: Meu apartamento ou o seu? – Falou torporoso.

G: Quê? – Falei dando uma de desentendido.

A: Brincadeira gatinho, só queria te deixar bravo, você fica uma delícia assim. – Falou sorrindo.

G: Palhaço, dei um soco de leve no ombro dele. – Falei fingindo raiva.

A: Aí, não botava fé em tu não, te achava um frango. – Falou massageando o ombro – Sabia que eu tô doido pra te domar? Quero acabar com essa tua marra toda. – Falou sedutor, mas embargado pela bebida.

G: Tu acha que tem chance contra mim é babaca? – Falei sorrindo e depois o puxei pra um beijo.

G: Ei, mas eu tô falando sério, vamo nessa?

A: Beleza, deixa eu terminar essa cerveja e a gente vai.

G: Tudo bem.

O André terminou a cerveja dele, encontrou outra ficha no bolso, esperei que ele terminasse essa também e então finalmente decidimos ir pra casa. O André já estava bem ruim mesmo e na real, achei meio papelão ele ficar embriagado na primeira vez que a gente sai, mas ninguém é perfeito né? Enfim, agora sem fichas e sem bebidas seguimos pra o estacionamento.

G: André, me dá a chave que eu levo o carro pra você – Falei tranquilo.

A: Que isso, tô bom, deixa que eu dirijo. - Falou embargado.

G: André, me dá logo a chave e deixa de graça, você não tá em condições de dirigir. – Falei já quase perdendo a paciência.

A: Já falei que tô bom. – Falou destravando o alarme e indo em direção à porta do motorista.

G: A gente não tinha combinado de que quem tivesse melhor voltava dirigindo? Então, me dá logo a chave, porque eu não vou voltar com você assim. – Falei ainda tentando manter a calma.

A: Deixa de marra Gabriel, entra logo vai! – Ele já tinha entrado e sentado no banco do motorista, nesse momento ele abriu a porta por dentro pra que eu entrasse.

G: Porra André! – Falei perdendo a paciência – Deixa de ser idiota desce dessa merda desse carro, ou então eu não vou voltar com você!

A: Gabriel, deixa de coisa, vamo logo, entr... – Falava meio trôpego.

Uma raiva imensa foi me invadindo, sério mesmo, se o André estivesse fora do carro e na minha frente eu tinha desfigurado a cara dele de tanto murro. Me virei e fui em direção aos táxi. Escutei ao fundo ele me chamando, mas preferi não dar atenção pra não arrancar uns três dentes dele. Por sorte, e também por já frequentar aquele bar, eu fui direto pra os táxi que aceitam cartão de crédito (isso porque minha carteira estava praticamente vazia devido a quantidade de fichas, nada baratas, que comprei) e fui pra casa. Como já disse, não é querendo dar uma de Imaculada, mas é que um parente meu teve sérias complicações, ficando até em coma, devido a um acidente por dirigir embriagado e tudo mais, enfim, eu não ia me arriscar de voltar com o André dirigindo naquelas condições. Voltei o caminho todo maldizendo a hora que resolvi dar uma chance pra aquele filho da puta. Onde eu estava com a cabeça? Quer dizer, sei muito bem onde minha cabeça estava, tava era pulsando e quase estourando a cueca de tanto tesão. Porra, se orienta Gabriel, deixa de pensar merda, aquele idiota que não me apareça nunca mais, sorte a minha de não ter passado o número do meu celular pra ele. Cara, fui muito puto pra casa.

Desci do táxi e entrei fumaçando no prédio. Dentro do elevador me veio à cabeça se o André teria chegado bem em casa, mas tratei logo de esquecer o assunto, agora só queria dormir e esquecer tudo isso. Abri a porta do meu apartamento e, como de costume, já fui tirando a roupa na sala mesmo. Me joguei na cama e, nesse momento, me arrependi de não ter bebido um pouco mais, isso teria me ajudado a induzir o sono. Liguei o ar condicionado e fiquei me remexendo embaixo das cobertas procurando inutilmente uma posição mais confortável.

De olhos fechados e ainda em um estágio mais leve do sono eu ouvi algum som um pouco distante. Abri os olhos e tentei ouvir com mais atenção, tô ficando louco ou isso é minha campainha? Me sentei ainda um pouco sonolento e esfreguei os olhos com mãos.

Ding, dong. – Tun, tun, tun. – Ding, dong.

É, definitivamente, tinha alguém batendo na porta. Estranhei já que o interfone não estava tocando. Me levantei e fui me arrastando até a porta. Eu não tinha chegado a dormir, fazia menos de 30 minutos que eu havia chegado, só estava cansado mesmo. Não é possível que seja algum vizinho uma hora dessas. Ascendi a luz da sala e abri a porta devagar pra identificar quem era e pra proteger minha semi-nudez. Pra minha surpresa o André estava parado na frente da minha porta, ele iria disparar mais uma sessão de murros contra a porta, quando viu que eu abri deu um curto passo pra trás e fitou o chão, provavelmente buscando alguma desculpa esfarrapada.

G: Puta que pariu, eu não acredito que é você que tá me acordando. – Falei irritado – Aliás, como você entrou aqui ein?

A: Ga-gabriel eu, é, que... – Gaguejava e falava meio embolado.

G: Cara, vai embora, vai pra tua casa! Vou interfonar pro porteiro vir tirar você daqui, aliás foi esse filho da puta que deixou você subir né? – Esbravejei.

Tentei bater a porta na cara dele, mas ele impediu que a fechasse com uma das mãos.

A: Porra, me escuta! – Falou aumentando o tom da voz.

G: Caralho, fala baixo! – Falei entre dentes.

A: Me deixa entrar então pra gente conversar numa boa?! – Falou sussurrando de uma forma tão engraçada que se eu não tivesse puto teria sorrido.

G: André, por fa...

A: Por favor Gabriel, eu juro, que não te encho mais. – Falou baixinho.

Imaginando que ele ainda pudesse estar bêbado e que havia chances dele fazer alguma balburdia ali no corredor, resolvi que mandaria ele se fuder dentro do meu apartamento. Então abri mais um pouco a porta e deixei que ele passasse. Apesar de estar de cueca, não me importei com a situação, nunca tive problemas de ficar de cueca na frente de ninguém antes, não ia ser agora que tava saindo com homem também que eu ia virar uma donzela cheia de pudores né?

Ele adentrou o apartamento e se sentou exatamente no mesmo lugar que havia sentado antes, próximo a pilha de roupas no sofá. Ele baixou a cabeça, passou as duas mãos no rosto e me fitou.

G: Tá sentado porque, ô babaca? – Falei sério. – Fala de pé mesmo porque você não vai demorar aqui não.

A: Gabriel, me desculpa! – Não sei como, mas eu não lembro dele ter empancado ou gaguejado nesse momento. – Eu sei que estraguei tudo hoje, acho que acabei bebendo demais.

Ele as vezes fazia uma breve pausa esperando que eu falasse alguma coisa, mas me mantive calado apenas ouvindo e o observado.

A: Mas eu estava nervoso, quer dizer, você me deixa nervoso, então...

G: Ah, tu enche a cara e a culpa é minha?

A: Não foi isso que eu quis dizer, é que você me deixa nervoso, ai eu bebi pra ver se conseguia relaxar, só que eu acho acabei bebendo um pouco demais.

G: Ok, grande merda, mas você fudeu tudo tentando que entrasse no carro com você bêbado. Custava ter me dado a chave? Achava o quê? Que eu ia roubar a porra do teu carro? A ideia foi sua de eu ir contigo! – Quase não conseguia respirar disparando tudo em cima dele.

A: É que não deixo ninguém dirigir meu carr...

G: Soca ele no cu. – Esbravejei.

Ele se levantou e agora estava de frente pra mim.

A: Caralho! Me escuta, você nem me deixa terminar de falar! – Ele falou aumentando o tom da voz.

G: Primeiro, fala baixo que eu não tenho medo de grito teu não. Outra coisa, tu não se tocou que eu não quero ouvir você falar nada? Me deixa em paz, me deixa dormir, é pedir muito? – Falei sério.

A: Ah, tá certo, tu me quer de boca fechada do jeito que eu estava há alguma horas atrás? – Ele falou me fitando nos olhos – Então tu me quer calado te beijando, não é?

Fui pego de surpresa com o que ele falou, então apenas o fitava tentado falar algo contra o seu argumento. Não vão imaginar que ele milagrosamente melhorou da manguaça porque ele ainda estava meio trêbado.

A: É ou não o que você quer? – Falou se aproximando.

[Continua]

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Comentários

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Pessoal, não tenho nem cara de vir aqui pedir desculpas, minha vida virou de pernas pro ar e ficou impossível de continuar o conto. A boa notícia é que continuo vivo, rs. Esse acontecimento recente pode até virar conto, hehehe. A má notícia é que...é não tem não (:

Só eu e minha cara de pau pedindo perdão. No mais, logo eu posto. Só não posto agora porque quero terminar logo de escrever e postar em série como fiz com o conto anterior, daí vcs não esperam tanto. Abraço a todos! Fica feio eu perdir desculpa de novo? haha.

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Ai, por favor posta logo o próximo, não aguento mais..

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Gente, não sei de onde vocês tiraram que esse idiota é fofo...tô até pensando em reescrever, hahaha. Brincadeira, ele é meio bobão, meio atrapalhado, é talvez seja meio fofo. hehehe.

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[M/A; prireis822; Ru/Ruanito]: Brigadão pessoal! (:

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Valeu galera!

[Irish]: Uai, ele só tentou consertar a burrada que fez, sério ele ficou triloco, rs.

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Insistente ele hein. Continue que ta otimo!

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Bem, mas com vc tem que ser persistente mesmo. Ele é fofo.Não demora tá.

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