Um amor de infância - capitulo 32

Um conto erótico de LuisMagalhães
Categoria: Homossexual
Contém 1489 palavras
Data: 22/06/2015 23:54:21
Última revisão: 22/06/2015 23:57:36

Voltei gente!

Para a alegria de vocês venho trazer mais uma temporada. E para a tristeza, acho que essa será a última... Mas estou pensando em fazê-la longa, para finalizar com chave de ouro. Mas se essa não for a última, vão vir mais temporadas depois, então não se preocupem cedo de mais.

Estou super feliz porque tive 21 comentários no Último Capítulo da Segunda Temporada. Obrigado por tudo, foi o melhor indice de visualizações.

Agora o Trigésimo Segundo Capítulo da Terceira Temporada de Um Amor de Infância.

... a chuva desabou do céu e as gotas feriam a pele de tão forte que vinham. Os anjos lamentavam a tragédia que é a morte.

Alguém tinha morrido.

Adam tinha morrido...

(Uma boa música para ouvirem em quanto leem esse capítulo é “I'll Be Home – Meghan Traidor ”).

Um clarão.

O céu estava tingido de um cinza escuro muito forte e os raios acendiam e apagavam como lâmpadas defeituosas na paisagem. A chuva era forte e litros de água eram arrastados pela rua em uma correnteza fraca de destroços e lama. Tudo isso passava pelos pneus e pés das pessoas e desabavam pela borda da pista onde estava o carro de Tomás e onde o de Caíque tinha acabado de passar e caído no abismo. A lama escorregava pelas paredes do precipício e chegavam até o riacho no fundo do canyon, colorindo a água com um laranja meio marrom.

Alicia estava ajoelhada na beirada da pista. Seus ombros caídos para a frente e sua cabeça pesada em direção as pernas. Estava chorando, mas não dava de ver por que o cabelo encharcado cobria-lhe as faces. Suas roupas estavam coladas na costa e mostravam todo o detalhe do corpo. Tomás estava de pé, a alguns metros dela, observando o local onde o carro afundara. Nenhum sinal de vida. Sua roupa estava colada ao corpo definido, expondo os músculos. As mechas do cabelo loiro/moreno caiam sobre a testa e chegavam à altura de meio-olho. Sua pupila estava morta, seu olho vermelho, as lagrimas eram invisíveis em meio a tanta água que descia de seu cabelo. Mas chorava. Chorava a improbabilidade de vida de seu melhor amigo, Adam.

O transito antes parado, voltara a entrar em movimento e as pessoas nem ligavam mais. Apenas algumas ainda estavam acompanhando de longe. Pouco antes do fim do precipício estava a porta do carro do lado do carona, que foi arrancada por um galho seco. Se tinha alguma chance de Adam estar vivo, aquele galho tinha tirado as possibilidades. Ele deveria ter sido perfurado na batida, pensou Tomás. Ele caminhou até Alicia, ajoelhada e ajudou-a a se levantar. Suas pernas tremiam tanto quanto varetas verdes.

- Temos que ir Ali... – ele tentou avisa-la.

- Adam... – ela disse calma e suavemente.

- Ele se foi...

- Adam...

- Alicia não faça isso com você mesm....

- ADAM! – ela o interrompeu. Levantou os olhos até os de Tomás e olhou-o bem.

- Apenas vamos... – insistiu ele.

Os olhos de Alicia tremiam turvos de lagrimas e ela deixou que ele a envolvesse com os braços e a levasse até o carro. Tomás abriu a porta do carro e ajeitou Alicia no banco do carona. Fechou a porta, deu meia volta e olhou mais uma vez para o riacho, na direção em que Adam caíra. Fechou os olhos tenramente em sinal de piedade. O queixo voltou a tremer fortemente e ele virou o rosto, indo em direção ao carro. Entrou e fechou a porta. Ele estava com as mãos no volante, mas não deu partida. Seus olhos estavam direcionados para frente, mas não olhavam nada. Alicia estava do mesmo modo, olhando pro nada a frente sem dizer nada.

- Adam... – Alicia retomou o assunto.

Os olhos de Tomás se fecharam e, mais uma vez o queixo tremeu. Um sinal de “não faça isso, não com você, não com nós...”. Alicia percebeu os pensamentos de Tom e resolveu parar.

- Ele se foi não é? O Adam? – ela perguntou, mais era mais uma afirmação do que uma dúvida.

A cabeça de Tomás assentiu e lágrimas desceram pelo seu rosto, lágrimas visíveis agora. Suas mãos apertaram o volante e ele pressionou os lábios em tom de erro por parte dele. Depois de algum tempo, ele ligou o carro e deu partida. Entrou na via e voltou para casa, nem sequer parou na casa de Chris, só foi pra casa, a casa de Adam. Parou o carro na frente da casa de Ali. E a situação de silencio desconfortável tomou conta do carro mais uma vez. A chuva tinha diminuído de intensidade e agora só o que restava era um sereno forte. Ele saiu do carro e deu a volta para encontrar com Alicia ainda dentro do carro. Abriu a porta e tirou-a do carro. Seguiram juntos até a porta da frente. Mas ela se abriu sozinha. Do lado de dentro estava Vitor esperando que ela chegasse.

- O que aconteceu? – perguntou ele ao ver a situação de intensa tristeza.

Alicia desabou em choro mais uma vez e se soltou de Tomás indo para os braços de Vitor que acariciou-a. Olhou Tom em busca de alguma explicação, mas esse só abaixou a cabeça e entrou na casa, passando por eles sem dizer nada. Aquela casa tinha o jeito completo de Adam, até parecia que ele estava ali. Subiu as escadas calmamente, passando a mão lentamente sobre o corrimão. Chegou em frente ao quarto de Adam e lembrou-se da única vez que esteve naquele lugar: algumas horas antes dele levar um tiro fatal. Ele sorriu imperceptivelmente.

- Parece que as únicas vezes em que eu estou em seu quarto, são aquelas que antecedem ou precedem sua morte... – falou ele com um Adam imaginário, em tom amargo.

Abriu a porta e deu um passo para dentro. Encheu os pulmões com o ar carregado de “Adams”. Uma lágrima desceu pelo olho esquerdo, mas uma lágrima de alegria por poder sentir a sua presença de novo. Adam era seu melhor amigo, fazia muita falta. Aquele quarto era tão aconchegante que ele sentia como se os olhos de Adam estivessem em todos os cantos espreitando o que acontecia em seu quarto. Aquele olhar de protetor que ele sempre era, um super amigo que sempre estava olhando pelos outros. “O” amigo.

Tomás sentou em sua cama e passou a mão pelo colchão, sentindo o tecido. Alicia apareceu na porta, sozinha. Estava com os braços cruzados e os ombros contraídos, como se estivesse com frio.

- Se você quiser, pode passar o dia aqui, dormir se quiser – ela disse em tom calmo.

- Não sei se deveria passar tanto tempo assim, perto dele...

- Você é quem sabe...

- Só vai dificultar tudo.

- Mas se é isso que você realmente quer, dificultaria se você tentasse fugir...

Tomás pensou um pouco na proposta.

- Vou pra casa agora. Obrigado por tudo.

- Sou eu quem agradeço. Obrigado por me ajudar agora.

- Todos nós precisamos de ajuda nessas horas.

Tomás foi para casa e o dia continuou fechado. A chuva caia com menos intensidade, mas não parara. A cidade inteira parecia morta, sem sentido. O carro parou em frente à casa de Tomás e ele entrou. Aquela mansão parecia assombrada sem Adam lá. Estranha, séria. A alma de Dan trazia alegria aos locais e agora Tomás sabia disso. Sentou-se no sofá e sentiu a ausência de tudo naquele local: do que adianta ser rico e não ter o que se quer, um amigo de verdade, um vivo pelo menos.

(O dia passou e na manhã seguinte).

TERÇA – FEIRA.

Era Terça de manhã e Tomás foi ver como Ali estava. Parou o carro e apertou a campainha. Logo Alicia apareceu na porta, com os olhos escuros: chorara a noite toda. Tomás abriu os braços e entrou na casa, abraçando Ali em um tom fraterno. Eles conversaram um pouco e Alicia fez um café da manhã para eles. O dia estava aberto, o Sol, forte. O celular de Tomás vibrou e ele o tirou do bolso, era uma chamada de Adam.

Adam?

As sobrancelhas de Tomás franziram e a testa enrugou, seus olhos se apertaram em sinal de estranheza. Ele olhou para Alicia que o observava atônita de curiosidade. Ele apenas disse:

- É o Dan... – ele disse incrédulo e ela abriu mais os olhos.

- Não brinca com isso Tom...

Tomás virou a tela do celular para ela ver e estava lá o nome #DAN escrito no visor. O celular vibrava. Tomás atendeu o telefone e pôs no viva-voz.

CONVERSA POR TELEFONE (VIVA-VOZ).

TOMÁS: Alô?

“ADAM”: Quem está falando? (Não era a voz de Adam).

TOMÁS: Tomás Mercer. E quem é que está falando?

“ADAM”: Ótimo era exatamente com você que eu queria falar, eu acho. Estou ligando para dizer que achamos...

As sobrancelhas dos dois (Tomás e Alicia) se arquearam.

TOMÁS: Acharam o que?

“ADAM”: O corpo.

Continua...

Acho que agora acabei com as esperanças de vocês não é mesmo? kkk

AVISO : VOU POSTAR CAPÍTULOS SEMANALMENTE , TODA SEXTA AS 16:00 .

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Comentários

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Slc fih pra que fazer isso semanalmente é muita mancada posta todo dia Slc vai Tomasssssss acho que agora da certo

Ps querido autor acho bom ser o tom na primeira vez do adam ou não vai valer a pena

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Axo que ele nao morreu, mas o riacho carregou seu corpo e ele perdera a memoria, o Bruno o encontrara e o abrigara, o corpo que axaram é do Caique e nesse meio tempo, o Tomas descobrira que o Ama e ficara depressivo

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Creio eu que ele não morreu, acho que ele tem o mesmo que o vandal savage. NÃO FAZ ISSO COM A GENTE, SEMANALMENTE NÃO É LEGAL, o que a gente fez pra vc? só pq amamos o seu conto, não seja ingrato (cara de emburrado)!

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eu acho que ele n morreu e nao faz isso posta diariamente!!!

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Interessante e confuso ao mesmo tempo.

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Se ele tiver morto acabou o gosto do conto.pois pra gente ele é o ponto chave do enredo desse conto.

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