Cap.11(FINAL)
Ele parou e ficou com a mão na maçaneta.
- Eu fui um idiota... Eu não vi o que estava no meu nariz. Eu não confiei em você. Eu... Eu reconheço os meus erros, mas... Por favor... Fica comigo... Eu te amo Murata ! - senti quando ele soltou minha mão e saiu. Pronto, estava consumado. Eu havia perdido Murata por causa de uma besteira. Minha vontade era de matar aquele homem, e amaldiçoar o maldito momento em que eles dois se conheceram. Eu sabia que dificilmente sentiria algo igual por outra pessoa, e isso era o que mais doía. As lágrimas apenas escorreram. Eu não estava acreditando que ele iria para o outro lado do mundo.
NARRADO POR MURATA
Sai daquela sala com o coração doendo. Aquele momento, havia mexido com os meus sentimentos. Eu sabia que ainda o amava demais. Mas não sabia se devia o perdoar. Dentro do elevador, diversas cenas nossas juntos vieram a minha cabeça.
" - Aqui está, Dai-Chan !- falei, trazendo uma macarronada com bastante molho para a mesa - venha comer - até aquele momento, a chuva não havia nos deixado em momento algum.
- Arigato Gozaimasu, Murata-Chan !- sorri, ao ouvir ele me chamar assim. Logo começamos a comer
- O quê achou ?
- Está ótimo, você cozinha bem ! "
" - Mate(Espere) Senpai ! - quando vi, eu e ele tínhamos tropeçado um no outro. Diversos papéis foram ao chão, assim como nós dois.
- Oh meu deus ! Summimasen Dai-Senpai, eu, eu não vi você passar, eu...
- Não se preocupe, Murata-San - falou ele, pegando no meu braço- foi um acidente !
- H-hai ! "
"- E então, Murata-San. Me fale mais de você. A gente trabalha juntos a alguns meses e eu mal sei seu nome !- sorri.
- Meu nome completo é Murata Yeda ! Bem, eu moro em Shinjuku, durmo tarde e... Sou solteiro - ele sorriu
- Do que você gosta ? Tipo, cinema, teatro, enfim.
- Ah, eu gosto de tudo um pouco. Não sou muito festeiro, sou meio reservado. Acho que por isso esse jeito tão tímido ! "
" - Pronto, acredito que dê pra você ficar aqui !- falei, ajeitando o sofá dele, que também era cama - perdoe a falta de conforto, mas como não tenho quarto de hospedes - o jeito era ele passar a noite ali, pois a chuva não havia passado.
- Não se preocupe com isso, Murata-San. Arigato ! - vi ele deitar. Fiquei alguns segundos o observando. Ele era muito bonito, não consegui evitar. Aquele olhar, aquele corpo... Ainda não tinha visto gente assim. E foi uma surpresa maior ainda, quando ele deu um forte puxão em mim, me assustando. Mas quando vi a posicao em que estavamos, me enteeguei. Nos beijamos. Foi meu primeiro beijo com ele, e foi intenso. Ele beijava bem. Não era só aparência, ele parecia ser incrivel em todos os gêneros.
- Vem !- falei, o puxando até a minha cama- eu não trago homens aqui, se sinta abençoado !- a noite seria longa e maravilhosa !"
"- Vem caaa -falou, me puxando - Murata-Chan, aceita ser meu namorado ?- pegou nas minhas duas mãos, e olhou no fundo dos meus olhos
- Meu tolinho, você ainda pergunta ?- sorri, o beijando em seguida.
- Quando foi que eu me apaixonei por você ?
- Quando me descobriu por completo ! "
Até ali nossa relação era perfeita. Eu gostava tanto, ainda gosto. Estava sentindo tanto a falta dele, queria ter novamente aquele cheiro na minha cama, e ouvir aquela voz bem pertinho do meu ouvido. Eu o amava, sabia disso. Será se eu devia aceitar as desculpas dele ? Sera se voltar pra ele e esquecer aquilo era o melhor a se fazer para nós dois ?
NARRADO POR DAISUKE
Voltei para casa arrasado. Estava devaneado. Dentro do metro, na rua. Eu parecia não estar ligando para nada. Minha mente e meu coração estavam lá com ele. E eu estava rezando para ele devolver antes de viajar. Porque depois vai ser tarde demais. Quando a porta do elevador fechou, eu me desmanchei em lágrimas de uma vez.
- Murata, porquê isso aconteceu ? Nunca vou amar ninguém igual a você - falei a mim mesmo dentro daquele elevador. Quando a port abriu, e eu Ergui o olhar a surpresa. Não era uma surpresa boa. Depois de quase 8 anos, aquela mulher resolveu reaparecer - ma-mamae ?- meu coração disparou feito bateria de escola de samba. Eu não sabia se gritava, se me mexia, se chamava a segurança... Não sabia o que fazer. Só não acreditava que ela estava ali.
- Oi, Dai-Chan !
- Não me chame assim - falei, sentindo o ódio subir. Aquela mulher, que infelizmente era minha mãe, era culpada por tudo o de ruim que havia acontecido comigo. - o que você quer comigo ? Diga logo que o meu dia já esta péssimo, e eu não quero mais extresse pra mim.
- Filho... Eu... Desculpa... Eu...
- E então ? Veio aqui para gaguejar ou posso entrar no meu apartamento ?
- Nossa, para estar num prédio como esse você deve estar super bem de vida.
- Para sua surpresa, eu cheguei a diretoria da maior empresa de Tecnologia do mundo - as vezes era legal esfregar meu cargo a algumas pessoas - se você veio olhar minha cara e meu prédio, já olhou. Agora caia fora !
- Seu pai morreu ! - falou, em alto e bom som, fazendo minha mão tremular - faz umas duas semanas. Ele estava dirigindo de Saitama pra cá. Chovia. Ele veio ver sua tia. E perdeu o controle. Eu achei que você merecia saber disso porquê... Apesar de tudo, ele era seu pai ! - mais uma vez as lágrimas teimaram em sair dos meus olhos.
- Porque vocês fizeram isso comigo ein ? Logo eu que nunca fui um filho ruim. Basicamente me esqueceram aqui em Tóquio, passando as piores humilhações nas mãos daquela mulher que é irmã do papai. Eu tenho coração também sabia ? Agora sem namorado, sem pai ! O que mais eu vou perder na minha vida, meu emprego ? - encostei minha cabeça na porta e as lágrimas caiam. Foi quando escutei aquela voz mais uma vez.
- Você pode perder tudo, mais o meu amor você não perde ! - virei o meu rosto lentamente, pois não acreditei quando ouvi aquela voz.
- Quem é ele ? - a mulher conhecida como mãe se pronunciou.
- MURATA !- gritei de alegria, correndo na direção dele. Estava tão feliz que acabei o derrubando no chão. Ele riu.
- Oh meu deus, mais devagar Dai-Chan ! Assim você vai me deixar aleijado antes de podermos aproveitar a noite... - falou, acariciando meu rosto.
- Aproveitar a noite... Eu...
- Eu vou voltar pra você Dai-Chan. E eu tenho certeza que seremos muito, mas muito felizes juntos !
- Sério ? Jura que não vai mais para a América, jura que vai ficar, jura !
- Juro pela minha vida - tasquei-lhe um beijo nele, sem me importar se havia gente por perto.
- Oh meu deus, ao menos uma boa notícia - recostei minha cabeça em seu peito, e ficamos ali deitados no chão por alguns minutos.
- Porquê, aconteceu alguma coisa ? - me levantei e o ajudei a se levantar.
- Meu pai...
- Seu pai... E você tem pai Dai-Chan ?
- Tinha... - a mulher estava atônita, como se não acreditasse no que estava vendo - Murata, esta é minha mãe.
- Oh... Hajimemashite !- falou, se curvando perante ela.
- Eh... Este é Murata, o amor da minha vida - ela olhou pra mim, sem acreditar no que eu havia acabado de dizer. E ele então...
- Kochirakoso (o prazer e meu)
- Ela veio dizer que... Meu pai... Ele morreu Murata.
- Morreu ?
- Hai.
- Bem, eu vim comunicar para saber se você gostaria de visitar o túmulo dele - ela falou, olhando para nós dois.
- Ele vai - falou ele, antes de mim.
- Ei... Murata !
- Você vai Dai-Chan. É o seu pai ! Apesar de tudo, você deve se despedir dele !
DIAS DEPOIS
- É aqui - falei, olhando a entrada do cemitério de Saitama.
- Quer que eu espere aqui... Eu posso...
- Não Murata, não conseguirei fazer isso sozinho. Venha comigo por favor - falei, com o buque na mao.
- Se você insiste... - entramos juntos naquele local. Apesar de eu ter dito que não teria mais contato com minha família, apesar de tudo, ele era meu pai. Ele foi o homem que fez com que eu estivesse hoje aqui. Ele me ensinou alguns valores. E apesar de ter me maltratado, ainda tínhamos um laço de sangue. Caminhamos juntos até a lápide e logo a achei. "Hirose Mita" era o que ali estava escrito. Me ajoelhei, deixei o buque e fiquei durante diversos segundos olhando a lápide.
- Até hoje ainda busco entender o porquê.
- Porquê do que meu lindo ?
- De eles terem me maltratado tanto. E só agora que um morreu lembrarem que eu existo.
- A vida é assim mesmo amor. Vem e vão. Muitos erram. Muitos acertam. Mas no final, dá tudo certo - falou, beijando meu rosto.
- A gente que o diga - falei, olhando para os nossos dedos e vendo uma aliança em cada mão.
- É - me levantei e mais uma vez olhei a lápide
- Descanse em paz papai. Apesar de tudo você foi quem me deu a vida. Obrigado por isso. - sai andando. Logo fui seguido por Murata.
- E agora ? - perguntou ele.
- Agora ? Vamos lá na casa de Shingyouji. Ouvi falar que Keisuke pronunciou as primeiras palavrinhas.
- Sério ? Que fofinho... E ai, quando teremos o nosso ?
- Você quer mesmo ter um ?
- Claro que sim. Com Você eu teria até uma dúzia, sem exageros.
- Uma dúzia. Mas é muito !
- UE, não chega aos pés do tamanho do meu amor por você Lindão !- sorri e o beijei.
- Vamos seguindo. O Homem Poderoso nos aguarda.
FIM
E terminou. Dessa vez para valer. Não vou fazer quarta temporada porquê acredito que a história e o nome já se desgastaram. Vou fazer outra história com temática japonesa, apenas aguardem. Comentem e votem please. Beijos