Expectativa é frustração. Já dizia a frase feita por algum sábio que provavelmente quebrou a cara. A verdade é que esperamos muito das pessoas. A gente faz, mete a cara, vai à luta e quando a reciproca não é verdadeira, nos frustramos. Não devemos fazer esperando algo em troca, mas o amor é uma via de mão dupla, na qual é impossível só dar e não receber. Quantos sonhos são enterrados por meros desencantos, pelo desgaste de embates desnecessários ou simplesmente por ausência de fé. Sim, é preciso ter fé. Então, meus caros leitores, vos deixo com uma frase de reflexão: “Não julgue que as estrelas estão mortas, só porque o céu está nublado”.
Estava dormindo, mas não sonhava. Não era um sono de cansaço ou repousante, era somente uma fuga que eu mesmo busquei. Dormindo eu não pensava tanto a respeito do que aconteceu e nos poucos sonhos que eu tinha, o via sorrindo para mim com aqueles imensos olhos azuis.
Senti uma mão acariciar meus cabelos. Instintivamente sorri. Tantas vezes reclamei por ele entrar no meu quarto de forma sorrateira, enquanto eu dormia, mas dessa vez eu queria mesmo abrir os olhos e me deparar com os seus a me fitar. Então lentamente o fiz e quando focalizei a imagem da pessoa a minha frente, a realidade se abateu sobre mim.
- Você tá bem?
A Leticia perguntou, sentada na beirada da cama, ainda afagando meus cabelos.
- Hum. Sei lá. Como me achou aqui?
Eu perguntei sonolento, coçando os olhos.
- Meu bem, você não ta numa espécie de bat caverna. É só a casa da sua mãe e a gente se conhece há tantos anos, achou que eu não saberia?
- Inocente eu, né?
Eu disse, tentando forçar um sorriso.
- Bom, o Kadu já me pôs a par de tudo e eu simplesmente não entendi. Por que você teve aquela reação?
- Lê, foi horrível. O garoto prensou ele contra o muro e passou a mão no corpo dele, quase o beijando. Eu enlouqueci. Já não era a primeira vez que eu vi eles dois juntos...
- Eu sei meu bem, mas pra isso existe a conversa. Por que não puxou ele num canto e falou numa boa?
- Seria perfeito, né? Mas eu não sou perfeito, Lê. Na hora que eu vi aquela cena, eu fiquei cego. E eu não sabia que ele já tinha tido algo com aquele moleque.... Você sabe como eu sou. Perdi a cabeça e me magoei com tudo aquilo. Ele é tão meu, eu não suporto que ninguém o toque.
Eu disse, abaixando a cabeça.
- Eu te entendo, somos bem parecidos nesse ponto. Mas meu bem, ele te ama. O jeito que ele te olha, como se você fosse a coisa mais preciosa do mundo chega a me causar ciúmes, mas é tão fofo. Ele deve ta sofrendo muito agora, assim como você.
- Ele vê esse garoto todo os dias. Eu mesmo já os vi de um lado pro outro, sempre juntos. Sabe se lá quantas vezes ele já não prensou o Allan contra um muro, sei lá o que já não rolou. Não sei se sou capaz de ignorar isso e levar tudo numa boa.
- Meu amor, você tem que confiar nele. Ele já mostrou que sabe se defender e você não vai poder estar com ele o tempo todo. E olha pra você, é um cara que sempre tem alguém em cima, cercando. Ele também tem que lidar com isso. Confiança é tudo, meu bem. Agora, por favor, conversem e se entendam. Não quero te ver assim, mocado dentro de casa.
- Se entender? Eu nem sei como fazer isso...
Eu disse, esfregando o rosto com as mãos.
- Mas eu sei. Me dá seu celular.
Ela pediu.
- Pra que?
- Me dá logo.
Ela disse, pegando o aparelho que estava na mesinha de cabeceira.
Mexeu durante algum tempo, localizando um número na agenda do telefone e apertou o botão. Depois de alguns segundos, ela falou:
- Alô, Guto? Oi, é a Lê, tudo bem? Tudo. Olha, você sabe me dizer quando o Allan vai estar sozinho em casa? Hum, entendi. Você pode me ajudar com isso?
Ela falava com naturalidade, enquanto eu a encarava com os olhos arregalados.
- Então, fechou. Hoje à tarde. Obrigada, Querido.
Ela disse e então desligou.
- O que foi isso, Leticia?
- Isso foi eu salvando você pela milésima vez. Vamos, vai tomar um banho. E apara essa barba ou vai parecer o Bin Laden.
- Mas, você não pode...
- Ah, eu posso. E depois você me agradece. Agora, já pro chuveiro, grandão.
Ela disse, não me deixando muita escolha.
Eu sabia que ela iria me perturbar até o fim dos tempos e eu estava cansado demais para lutar. Talvez ela tivesse razão e essa conversa não pudesse ser adiada. Tomei um banho e ao voltar pro quarto, a encontrei deitada na cama, entretida com o meu celular.
- O que você tá vendo tanto ai?
- As fotos. Nossa, o Allan é lindo. Tão fotogênico. E as mensagens que ele te manda? Meu Deus, tão apaixonado. E vi umas fotinhas indiscretas também, hihihi.
- Leticia, pelo amor de Deus, larga meu celular. Que coisa!
Eu disse bravo, enquanto procurava uma roupa. Coloquei uma qualquer, visto que na casa da minha mãe não tinha tantas opções. Passei um perfume e ajeitei o cabelo com os dedos, na frente do espelho.
- Você ta um gato.
Ela disse, sorrindo.
- Lê, quando eu tava lá na casa do Allan, aconteceu uma coisa estranha.
- O que?
- Eu tava dormindo de manhã e quando acordei, o Guto tava no quarto me olhando e eu estava... nu.
- Ele te viu nu?!
- Não. Não totalmente. O lençol cobria o principal, mas foi muito estranho. Eu fiquei sem reação na hora.
- E o Allan, como reagiu quando soube?
- Aí que está, eu não contei a ele. Eu não quis que eles dois brigassem e o Guto pediu pra eu não contar, mas eu fiquei muito desconfortável.
- Biel, você devia ter contato. Você achou ruim do Allan não ter te falado do envolvimento dele com o amigo, mas você também não contou isso. E provavelmente ele fez isso pelo mesmo motivo, não quis briga. Você é um cara bonito, seu corpo chama atenção, eu acho natural ele ter olhado, mas você não pode esconder isso do seu namorado.
- É, você tem razão. Eu vou contar a ele e espero que ele não brigue com o Guto. Ele é um cara muito legal e não acho que ele tenha feito por mal.
- Faz isso. Vai dar tudo certo. Agora, vamos.
Fomos no meu carro e eu insisti em deixa-la em casa antes de ir, mas ela quis me acompanhar até lá, alegando depois pegar um ônibus para outro lugar. Chegamos lá, eu toquei a campainha e quem atendeu a porta foi o Guto.
- Oi. Olha como eu falei, não tem ninguém em casa. Ele ta no quarto e não sai de lá desde do ocorrido. Não disse que você viria. Os pais dele vão chegar tarde da noite e eu vou sair pra dar uma volta, para que vocês possam conversar.
- Valeu, Guto.
Eu disse, deixando os dois no portão e entrando na casa. Parei em frente a porta do quarto dele e então bati, mas não obtive resposta. Sendo assim, entrei. Encontrei-o deitado com os olhos fechados, com fones de ouvido. Sentei na beirada da cama e então ele abriu os olhos, me encarando.
- Biel?
- Oi.
- To sonhando?
- Não. Eu vim pra gente conversar.
- Eu tentei ir atrás de você, mas o Kadu não quis me falar onde você tava. Me perdoa? Eu devia ter te falado sobre o Murilo e eu te juro que não rolou mais nada, desde que você apareceu. Eu só tenho olhos pra você, eu te amo tanto...
- Eu te devo desculpas também, Allan. Eu explodi, eu errei. Perdi a cabeça ao ver ele te tocando daquele jeito.
Eu disse, olhando pra ele.
- Eu sei. Ele tava bêbado. A gente ficou algumas vezes, mas não rolou nada demais. Foram beijos, amassos. Na época, era mais um passatempo. Ele nem ligava muito, porque tava preocupado em bancar o garanhão com as meninas do colégio. Depois que eu não quis mais, ele ficou no meu pé para continuarmos, mas não rolou mais nada. Gosto dele como amigo.
- Porque você não me contou naquele dia do festival?
- Ah amor, pra que? Pra você ficar louco e ver onde não tinha? Eu sei que você ia ficar grilado por a gente estudar na mesma sala e sermos amigos. Eu te peço desculpas, eu devia ter falado.
- Eu também não fui completamente honesto com você. Aquele dia que você saiu pra comprar o café da manhã e eu fiquei dormindo, acordei com o Guto no quarto me olhando.
- Como é que é?
Ele perguntou assustado, sentando-se na cama.
- É... Ele foi pegar uma roupa e acho que se distraiu... ficou curioso.
- Ele viu seu pau?!
- Não. Era a única coisa que estava coberta. Allan, não briga com ele. Eu não te contei porque não queria isso, ele ta morando na sua casa e vocês se dão tão bem.
- Você gostaria que o Kadu me visse pelado? Não, né? Assim como eu não admito esse tipo de coisa.
- Eu sei, mas eu tenho certeza que ele não fez por mal. Chega de brigas, né? Eu to aqui agora porque ele ajudou. Eu sei que vocês dois já tiveram algo e dormem nesse quarto, mas eu preciso confiar em você e você em mim.
- Se não fosse você, eu acho que ainda rolaria algo entre o Guto e eu. Só que desde que a gente se reencontrou e que você finalmente olhou pra mim, não tem lugar pra mais ninguém. Eu sou loucamente apaixonado por você.
- E eu por você.
Eu disse, me aproximando mais dele.
Segurei a sua nunca e o beijei. Minha boca engoliu a dele devagar e as nossas línguas se enroscaram famintas. Ele foi tirando a minha roupa lentamente, beijando meu corpo, sugando a minha pele a medida que as peças eram retiradas. Minhas mãos percorriam suas costas, apertando-o, sentindo-o. Ele foi descendo pelo meu peito, abocanhando meu mamilo com fome, sugando-o e mordendo a pontinha para puxar entre os dentes. Eu gemi rouco, jogando minha cabeça pra trás e então ele continuou a descer, passando os dentes pela minha barriga.
Ele olhou pra mim e mordeu os lábios, então passou o rosto pelo meu pau, fechando os olhos ao aspirar o cheiro. Passou a boca semi aberta por toda a extensão do meu membro, até chegar a cabeça, na qual ele circulou com a língua quase me enlouquecendo de tesão. Agarrei nos seus cabelos e o fiz engolir minha rola devagar, sentindo entrar cada centímetro na sua boca. Ele chupou guloso, mexendo com a mão no meu saco, fazendo eu gemer de forma gutural.
Ele tirou a boca e apertou a base do meu pau, para ver sair pela cabeça o liquido transparente de pré gozo. Olhou pra mim de forma safada e passou a língua no buraquinho que minava e depois passou nos lábios. Eu o puxei e beijei sua boca, faminto, sentindo meu gosto nela. Apertei-o contra mim e inverti a posição, deitando-me por cima dele, me encaixando entre as suas pernas. Ele as abriu bem, como um convite e meu membro encontrou a entrada do seu cuzinho, que já piscava. Eu olhei bem nos seus olhos e alisei o seu rosto, fazendo-o sorrir. Eu esfreguei meu nariz no dele e disse:
- Eu te amo.
- Vem amor, entra dentro de mim.
Ele disse, entrelaçando as pernas na minha cintura e puxando, fazendo com que eu o penetrasse devagar.
Eu senti seu corpo se contrair a medida que meu membro deslizava para dentro dele. Ele mordeu meu ombro, gemendo dolorido, enquanto eu afagava seus cabelos e cobria seu rosto de beijos. Quando senti que estava todo enterrado nele, ele rebolou lentamente procurando se acostumar e fazendo meu corpo se arrepiar.
Aos poucos nossos corpos começaram a dançar juntos, num ritmo que começou lento, mas que foi acelerando conforme o prazer ia aumentando. Ele arranhava as minhas costas e gemia cada vez mais alto, à medida que meu quadril se chocava contra o dele. Eu sai de dentro dele e o virei de lado, encaixando novamente meu corpo ao dele, mordendo sua nuca e metendo fundo. Ele cravou as unhas na minha coxa e arrebitou mais a bunda, fazendo eu intensificar os movimentos até sentir seu corpo começar a tremer.
Eu segurei a sua mão, entrelaçando meus dedos aos dele e juntos chegamos ao ápice, entre gemidos e espasmos. Meu corpo ainda estava tremulo, quando ele virou ficando de joelhos em cima de mim. Apoiou as mãos no meu peito e disse:
- Ainda te quero.
E então foi descendo lentamente, fazendo com que meu pau entrasse completamente dentro dele. Começou a cavalgar lentamente, fazendo movimentos de vai e vem, me olhando nos olhos para depois jogar a cabeça para trás e gemer gostosamente. Eu cravei as unhas na sua bunda e o fiz rebolar mais forte e então acelerar o ritmo. Eu segurei sua pica e a punhetei, enquanto ele quicava em cima de mim, alucinado de tesão.
Nossos corpos suavam e se esfregavam, em movimentos cadenciados que nos levavam a loucura. Por minutos a fio, fizemos amor de uma forma intensa. Senti seu cu mastigar a minha rola e então o fiz cavalgar com tudo, fazendo-o explodir num gozo forte que atingiu com tudo meu peito. Eu gozei em seguida, inundando-o novamente.
Ele desabou em cima de mim, exausto. Coloquei ele deitado no meu peito e afaguei seus cabelos molhados de suor, enquanto nossas respirações aos poucos voltavam ao normal. Ficamos assim durante um tempo, nos acariciando e nos curtindo, depois fomos tomar um banho. Me segurei ao máximo para que não transássemos de novo, pois sabia que poderia machuca-lo. Só que é impossível não ficar excitado de sentir seu corpo no meu sob a agua quente que caia do chuveiro. Ele, percebendo isso, não se fez de rogado e logo se ajoelhou, engolindo meu pau gulosamente.
Ele me chupou de forma ávida, enquanto eu apoiei a mão no azulejo, só parando quando enchi a sua boca com leite quente. Nos secamos e nos vestimos, indo para a sala para que eu pudesse me despedir e partir. Já estava ficando tarde e não queria que os pais dele me pegassem ali. Quando já estava me encaminhando a porta, a mesma se abriu e o Guto entrou. Ele nos olhou e sorriu, vendo que tínhamos feito as pazes. Antes que ele pudesse dizer qualquer coisa, o Allan disparou:
- Então quer dizer que você ficou vendo meu namorado dormir pelado? Que merda foi essa?
O Guto arregalou os olhos e olhou para mim, e eu imediatamente olhei para o Allan.
- Allan!
Eu o repreendi, mas não adiantou.
- Hein? Gostou do que viu, ne? Mas ele é meu! Eu confio em você, mas vou te deixar bem claro que não quero que você cobice meu homem. Você pode ter quem você quiser, mas ele não. Espero ter sido claro.
O Guto abaixou a cabeça e saiu pela porta da frente, visivelmente constrangido.
- Allan, você ficou maluco?!
- Maluco por que? Ele ficou te olhando enquanto você dormia nu. Eu só coloquei os pingos nos iis.
- Eu não te contei pra você fazer isso. Devia ter conversado com ele, não ter agido dessa forma agressiva. A gente acabou de falar sobre isso lá no quarto. Esfria a cabeça e pensa no que você fez. Eu vou falar com ele.
Eu disse, saindo em seguida.
Olhei para os dois lados da rua, tentando localiza-lo e fui para o caminho que eu achei mais obvio. Chegando à esquina, o avistei e corri ao seu encontro.
- Guto? Espera, vamos conversar.
- Não, Biel. Eu quero ficar sozinho.
- Por favor?
Eu pedi, fazendo-o parar.
- Olha, eu te peço desculpas, mas eu tinha que contar a ele. Eu não podia exigir sinceridade, se eu não estava sendo totalmente sincero com ele. Só que eu deixei claro que você só devia estar curioso. Não fez por mal, sem intenção.
Eu disse. Ele abaixou a cabeça e me olhou novamente.
- Não foi bem assim, Biel. Não foi tão ingênuo da minha parte. Eu fiz porque quis e o Allan ta certo, eu gostei do que vi.
- É.. mas...é.. isso é natural, Guto.
- Não, não é. Não é certo. Eu me senti atraído. Eu me sinto atraído.
- Oi?
....Continua.
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Hey,
Não quis deixar vocês tanto tempo sem, já que com o feriado ficou tudo meio doido. Então, postei hoje. Surpresa! Não curto ser previsível, as vezes vou fazer isso. Eu já sabia que vocês iam ficar meio chateados com o capitulo e infelizmente a gente não age corretamente quando ta com raiva. Somos humanos e eu to longe de ser perfeito. Eu concordo com muitos aqui, mas vivendo e aprendendo, né?
Quero agradecer de coração pelos comentários e pelos e-mails. Agradecer as pessoas com quem eu conversei e dizer que essa interação com vocês é muito legal. Não quero ser o tipo de autor intocável, não. Quem quiser trocar uma ideia, manda aí: biel.sabatini@yahoo.com.br
Sg: Não tinha mesmo visto seu e-mails, mas foi bem legal que deu certo e a gente pode conversar. Valeu boy.
Puzzle: A gente nunca quer dar bandeira qto aos nossos sentimentos né? Quer fazer uma linha mais “não to nem aí”, mas nem sempre tem como. Valeu por comentar. É importante pra mim.
Jamesblack: Po cara, bom em tudo que faz? Aí vc me deixa vermelho, ahahaha. Obrigado de coração pelo carinho.
A todos vocês e só por vocês: (@kaahh_sz, FASPAN, Pe_Henrique, gatinho02, Dark, MourgauseDs, LiLoBH, Irish, enailil, Kevina, CintiaCenteno, Amygah22, Guga05, Neguinha_evangélica*, Pepê_, Sg, Noni, Babado Novo, jamesblack, Puzzle, Crystal*.*, L.Paz. GuiCorrea, Léo Schnneider)