Vamos continuar
O beijo estava muito bom não posso negar, mas ainda estava muito chateado, não perdoaria a traição dele, ele me traiu tudo que aconteceu foi consequência dos atos dele.
Parei o beijo.
- Nunca mais faça isso Vinícius. - Disse eu saindo do quarto, juro que me machucou mais do que a ele.
Desci e comecei a enrolar docinhos, e é obvio que comi um monte, ele desceu se despediu e foi pra casa dele triste, fiquei ajudando minha mãe até tarde, fomos dormir cansados, eu estava acabado, mas ao chegar ao meu quarto uma miniatura de gente estava deitada na minha cama, meu irmão lá.
- Vou dormir com você, posso?- Disse ele. - Tava com saudades.
-Pode, claro que sim. - Deitei e apaguei.
Acordei no outro dia com meu irmão e uma porrada de primos fazendo bagunça.
- TEM GENTE DORMINDO CAMBADA. - Gritei, eles se assustaram e diminuíram o barulho.
- Desculpa Enzo. - Disse o Arthur.
Já que tinha sido acordado decidi levantar, tomei meu banho, vesti uma bermuda e camiseta e desci para tomar café, na cozinha estavam minha mãe, tias, e minha avó que veio me da um abraço.
- Saudades de você. - Disse ela.
-Também vó. - Disse me sentando para tomar café.
Estava bom conversar com minha família o barulho do meu irmão bagunçando, senti saudades de tudo.
- Pronto Marina, aqui esta tudo que me pediu para comprar. - Disse o Vinícius entrando. Apesar do nosso termino, minha mãe gostava muito dele e ele também, e outra o Arthur é apaixonado com ele. - Ei Enzo.
- Bom dia Vinícius. - Respondi e voltei a conversar com minha avó.
Durante todo o dia fiquei ajudando minha mãe, em casa e no salão que ela contratou pra fazer a festa, quase tudo organizado, falei pra ela ir se arrumar, eu terminei o resto, e fui pra casa me arrumar também.
Cheguei em casa e tinha um príncipe na sala, meu irmão tava vestido de príncipe, corri pro banheiro tomei meu banho, e me arrumei, pra ir para a festa, ele iria de carro comigo por isso ficou em casa bagunçando, minha mãe padrasto e o restante da família foram, ficamos só nos dois, ele subiu.
- Enzo posso conversar com você?- Perguntou entrando.
- Claro. - Disse pra ele.
- Porque você não volta com o Vinícius? - Perguntou me deixando pensativo, “como ele me faz essa pergunta?”
- Você e muito novo, mas ele fez uma coisa errada comigo.
- Ele te traiu, mas perdoa ele. - Disse ele me olhando sério. - Mamãe disse que temos que perdoar quem nos faz mal, perdoa ele e volta com ele.
- E mais complicado pra nos adultos, Arthur. - Abracei ele. - Mas vou pensar, Agora vamos se não vamos nos atrasar.
Fiquei em choque com inocência, mas inteligência dele, entrei no carro com ele e fomos para o salão.
Chegamos, eu desci com ele, entramos e estava cheio de amigos da família, parentes.
- Enzo, o menino que beijou o Vinícius ta aqui. - Disse ele apontando para um canto.
Estavam o Vinícius e o Diego juntos rindo muito. Levei o príncipe ao trono dele para tirar as fotos e fui até a minha mãe.
- Quem é o menino com o Vinícius? - Disse eu bufando de raiva e ciúmes.
- Um amigo dele, ele pediu pra vim e eu deixei. - Disse ela. - Por quê?
- Ele e o cara que beijou o Vinícius, e o Arthur viu, lembra? - Eu estava mega irado.
- Desculpa filho. - Disse ela vendo o erro. - Eu não sabia.
- Aqui vou ficar perto do Arthur antes que eu estrague a festa dele. - Disse e sai dali.
Fiquei perto do Arthur o tempo todo, pra ele não sair correndo e estragar a roupa,contei um monte de piadinhas pra ele, estava divertido esta ali com ele.
Chegou a hora do parabéns, e minha mãe pediu para que eu ficasse junto do Arthur, batemos o parabéns e começou a sessão de fotos com os convidados e os presentes, fui o primeiro a dar o meu e tirar minha foto.
- Eu quero uma foto sua e do Vinícius comigo. - Ele pediu.
- Melhor não. - Disse para ele.
Ele chamou o Vinícius e eu tive que ficar, reparei na cara que o Diego fez ao nos ver juntos na foto. Como já tinha batido parabéns e já tinha tirado a foto com meu irmão.
- Mãe, vou para casa, não tenho mais estomago para ficar aqui. - Disse para ela.
- Antes cumprimenta todos os convidados e da uma desculpa porque vai embora. - Disse ela pra mim.
- Ta mãe. - Respondi.
Passei de mesa em mesa cumprimentando até que cheguei a mesa dos dois.
- Aqui vou ir embora, foi bom que você veio à festa, e trouxe seu "amigo". - Disse ao Vinícius.
- Obri... - Dizia o Vinícius quando foi interrompido.
- Obrigado, mas ele não e meu amigo, e sim meu namorado. - Disse ele querendo me deixar mal.
- Ata, eu percebi ontem na hora que ele me beijou, mas sejam felizes, com licença. - Disse saindo dali.
Fui ate o carro, e soquei o volante de raiva, como ele pode já estar com outro, isso só provava que ele me traiu mesmo e fui para casa.
Tomei um banho e me deitei de cueca, meu telefone tocou igual louco, mas não atendi a nenhuma eu acabei dormindo, minha mãe e até o Vinícius, ele ligou umas 7 vezes, acordei no outro dia com minha mãe batendo na porta do meu quarto.
- Porque você não atendeu ontem? - Perguntou brava comigo assim que abri a porta.
- Estava dormindo. - Respondi.
- Precisei de ajuda, ainda bem que o Vinícius pediu o amigo dele pra me ajudar, por que se dependesse de você. - Disse dando um sermão.
- Tchau mãe. - Fechei a porta na cara dela. Ela poderia falar o que quisesse mais não me comparar aquele menino.
Arrumei minha mochila com algumas peças de roupa.
- Aonde você vai? - Minha mãe perguntou.
- A qualquer lugar em que eu me sinta bem. - Disse passando por ela e descendo as escadas.
Peguei meu carro e dirigi até a casa da minha avó mãe do meu pai, ela e minha mãe não se dão bem desde a separação dos meus pais, e minha vó gosta muito de mim, mesmo depois que me assumi gay , ela,não mudou nenhum pouco.
Cheguei e ela me abraçou muito forte.
- Estava com saudades de você Pequerrucho. - Disse minha vó.
- Também vó. - Disse me sentando e conversando com ela.
Contei como foi no Rio, e ela me olhava com muito entusiasmo, me deitou no colo dela e me fez carinho, amo os cafunés da minha avó, ela disse que fez um bolo, e me chamou para ir a cozinha comer.
- Vó seus bolos são os melhores. - Disse com a boca cheia.
- Come para depois falar, Pequerrucho. - Disse ela rindo. Ela só me chama de pequerrucho.
Fui ao meu quarto, “sim tenho um quarto na casa dela”, tirei minhas coisas da mochila e fiquei vendo televisão com ela, o meu celular tocou trocentas vezes, passou alguns minutos e o telefone da casa da minha vó toca, ela atende e fica o tempo todo olhando para mim.
Ela negou varias vezes e desligou.
- Era sua mãe, querendo saber se você estava aqui ou se veio aqui, eu disse que não, mas... - Disse voltando a se sentar. - O que aconteceu?
- Ela, meu irmão, sentem saudades do Vinícius e ficam inventando desculpinhas, mas minha mãe passou dos limites, o menino com quem o Vinícius me traiu estava na festa do Arthur, e minha mãe jogou na minha cara que eu não ajudei ela, mas o Diego ajudou. - Disse eu decepcionado.
- Calma meu neto. - Ela voltou a me fazer cafuné.
- Você pode ficar aqui o tempo que precisar. - Disse ela. A casa também e sua.
Fui pro quarto dormir, mas não consegui pregar o olho, passei a noite inteira em claro, decidi voltar para casa. Me despedi daminha avó e fui bem cedo, cheguei e estavam dormindo no chão da sala, Vinícius e o Arthur,minha mãe em um sofá e o meu padrasto em outro.
- Mãe vai pra cama. - Sussurrei pra ela
- ONDE VOCÊ ESTAVA? - Ela gritou e todos acordaram.
- Se você vai gritar eu vou embora e nunca mais volto. - Disse pra ela. - Quer saber tchau.
Subi para o meu quarto e assim que tranquei as portas, meu celular toca.
* - Alô
- Oi Enzo.
- Já, esqueceu de mim?
- Diogo?
- Isso, como esta a volta pra casa?
- Ta uma merda, preferia estar longe.
- Quer conversar?
- Adoraria.
- Vem aqui em casa to em BH, decidi vim fazer uma visita aos meus pais nas férias.
- Acho melhor não.
- Por quê ?
- Me encontra no shopping e te explico.
- Ok.
- Daqui a 30 minutos.
- Ate lá.
*
Tomei um banho, mesmo morto de cansaço, me arrumei e estava saindo.
- Aonde você vai? - Disse o Vinícius.
- Minha vida não te interessa mais. - Disse saindo e entrando no meu carro.
Fiquei na praça de alimentação esperando ele. (Uma dica quando vier a BH, e tiver que esperar alguém, nunca fique enfrente ao shopping, e lugar de garotos de programa esperar clientes, kkk's).
Ele chegou me abraçou.
- Você esta péssimo, um carro te atropelou? - Disse ele tentando ser engraçado.
- Quase. - Disse abrindo um sorriso falso.
- Quer conversar? - Perguntou.
- Quero.
Contei a ele toda a história, cada detalhe, desde o início do namoro até a traição, com o irmão dele, ele ficava parado e só ouvia, não disse nada, quando terminei de contar tudo ele estava chocado.
- Espero que você não se importe, eu preciso ir. - Disse se levantando.
- Já vai? - Disse sem jeito. - Pensei que fosse ficar mais.
- Desculpe Enzo, mas eu preciso ir. - Disse isso, me deu um abraço e saiu.
Juro, fiquei sem saber o que fazer, mas não podia o impedir de ir, fiquei sentado ali , algumas horas, quando sai do shopping já estava anoitecendo e eu fui pra lá de manha.
Dei uma volta pelo bairro, e entrei em casa, todo mundo ficou calado na sala, eu subi para meu quarto, e me deitei na cama, cochilei com a roupa.
Acordei com alguém abraçado comigo, fazendo carinho na minha cabeça, estava muito bom, mas eu já sabia quem era
- Sai do meu quarto e nunca mais entra. - Disse sem abri o olho.
- Como você sabe que sou eu? - Ele perguntou.
- Conheço o seu modo de me tocar agora, tchau. - Disse novamente a ele. - E da próxima vez não vou ser educado.
- Beijos amor, dorme bem. - Disse ele saindo.
Peguei um dos travesseiros e arremessei nele, ele fechou a porta e voltei a dormir.
Continua...
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Espero que tenham gostado de mais esse capitulo da minha série de contos!
Muito obrigado a todos vocês que estão lendo, meu conto, caso alguém queira entrar em contato comigo, segue meu E-mail: enzohenri@outlook.com.
