Narrado pelo autor:
- Alô. - Marcus atende seu celular que marcava um número desconhecido.
- Alô, eu sou o policial Pedro Barbosa, Com quem eu falo?
- Marcus Pedrosa. No que posso lhe ajudar?
- Só quero informar que houve um incidente e estamos aqui com quatro jovens e uma diz que se chama Nathalie Pedrosa.
- O quê houve com ela?! - Marcus dá um pulo da cadeira e sente suas costas gelarem.
- Ela está bem, assim como os outros. Eles disseram que quatro caras estavam tentando estuprar uma menina e eles reagiram.
- Me dê o endereço e diga pra eles ficarem aí que irei busca-los agora mesmo!
Marcus anota o endereço e sai numa velocidade que parecia estar numa corrida olímpica até a garagem.
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- Alô. - Sílvia atende o celular, pensava que era Luka, mas era um número desconhecido.
O policial conta o acontecido e Sílvia tem um ataque no meio da sala.
- MAS COMO QUER QUE EU FIQUE CALMA SE ACABOU DE ME DIZER QUE MEU FILHO QUASE FOI MORTO POR BANDIDOS ARMADOS??!!!!!!!
- Mãe? - Luka pega o celular. - Fica calma, eu tô bem.
- MEU BEBÊ!! Vou ir agora mesmo te buscar, me dá o endereço!!!
- Mãe se acalme, não precisa vir, o pai da Nath já esta vindo. Fica aí mesmo!
- Ok, mas pelo amor de Deus me manda notícias em!!! Te amo.
- Tá, tchau também te amo.
Sílvia joga o celular no sofá e fica andando de um lado pro outro na sala.
- O que aconteceu Sil? - Jane entra na sala já meio preocupada.
- Um desastre Jane! Um policial acabou de me ligar dizendo que o Luka, a Nathalie e mais dois amigos viram uma menina sendo atacada por um grupo de caras,eles reagiram e tentaram defender a menina e agora os caras estão presos e estou preocupada com os dois. Você sabe que eles ainda são muito frágeis.
- Sim eu sei, mas está quase chegando a hora de... você sabe. Aí eles não serão tão frágeis assim. - Jane responde e Sílvia engole em seco ao lembrar dá época mais difícil da sua vida.
- Meu Deus, não me lembre disso. Ainda faltam quatorze anos.
- Desculpe, mas você não pode guardar isso pra sempre.
- É, eu sei.
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Marcus chega no local e corre para abraçar os dois que estavam conversando.
- Ai meu Deus! Ainda bem que estão bem. - Marcus nem notou que estava apertando de mais.
- Pa...pai... Vo...cê... Está me... Esma...gando!
- Oh desculpa! - Marcus solta os dois e pragueja mentalmente por não ter controlado a força. - Me digam, o que aconteceu? - ele olhou em volta e de repente parou e fechou a cara ficando sério.
Ele ficou olhando pro carro amassado e com os vidros das janelas todos trincados.
Sua filha começa a contar, mas ele só vê o carro no seu campo de visão. Estava curioso pra saber o que aconteceu com a viatura.
- E foi assim que aconteceu papi, pai? Pai? - ele realmente não escutou uma palavra do que ela disse.
- Sim querida, o que aconteceu com aquela viatura? - Marcus aponta pro carro destruído.
- Ah, os policiais deixaram sua filha irritada e aconteceu isso. - Luka sorriu e Marcus foi até o carro.
Ele se abaixa e olha cada parte amassada do carro.
Não é possível! Não nessa idade! - pensa e passa a mão pela marca do punho de Nathalie.
- Sua mão não está doendo filha? - ele tinha que Ter mais uma prova de que aquilo estava acontecendo de verdade.
Marcus estava realmente assustado.
- Estranho, até que não. - Nessa hora um enjôo passou por Marcus. Ele sente seus pés fraquejarem, mas tenta não demonstrar a apreensão.
- Me deixe ver, pode ter fraturado algo.
Marcus examina a mão de sua filha e o que mais queria encontrar não encontrou. Hematomas.
- Se está assim comigo imagina quando souber que o Luka foi esfaqueado.
Marcus se levanta num pulo.
- O QUÊ??!!!!!! - ele encara Luka e sente sua espinha esquentar, suas mãos começaram a suar frio, quase congelada.
- Ops, acho que falei de mais. - Nathalie tapa a boca.
- Você acha? - Luka olhava pra ela como se quisesse arrancar sua traquéia com os dedos.
- LUKA ME MOSTRE AGORA!!! - Marcus sente um frio em todo os seu corpo, parecia estar pronto para desmaiar.
Luka levanta a camisa e o corte da faca se torna visível. Marcus começa a tremer ao ver aquela perfuração da faca no lombo de Luka.
- Não dói? - Marcus pergunta apertando suavemente perto do corte.
- Não. - Luka diz e ele aperta mais forte na esperança dele gritar ou se afastar, mas isso não aconteceu.
- Vamos pro hospital agora! Vão pro carro.
- Tio antes pode dar uma carona pros dois? - Luka aponta pra dois garotos perto de uma viatura conversando com um policial.
- Claro, mas depois vamos direto pro hospital ok?
- Tá.
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- Sílvia se acalme, daqui a pouco o senhor Marcus liga pra você e dá noticias. - Jane tentava acalmar os nervos de Sílvia que andava de um lado pro outro na sala.
- Não dá Jane! E se aconteceu alguma coisa com o Luka?! Meu Deus! Ele e o Cássio ainda são tão frágeis pra se protegerem sozinhos!
- Ok, vou fazer um chá de camomila pra você. Precisa se acalmar um pouco.
- Preciso muito.
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- Luka você está bem? - o garoto de olhos turquesa pergunta pela centésima vez. Marcus achava que tinha alguma coisa estranha naquele garoto. Tinha certeza de que conhecia ele de algum lugar. Parecia meio familiar.
- Sim, estou bem Guilherme.
-Tem certeza de que está bem? - pergunta o outro garoto de olhos verdes claros.
Marcus olhou pelo retrovisor de dentro do carro e ficou uns segundos analisando o rosto do garoto que parecia muito, mas muito preocupado com Luka
- Eu já disse que estou bem, assim como disse nas outras quinhentas vezes, por favor parem de perguntar.
- Coitado Luka, ele só está preocupado com você. - diz Nathalie.
Estou vendo - Pensa Marcus dando um sorrisinho.
Luka se aproxima do garoto e diz algo em seu ouvido, mas Marcus não consegue ouvir.
Marcus resolve tirar uma com a cara de Luka e acabar com aquela cena melosa, já que ele nunca, em todos os anos que viveu, nunca gostou dessas coisas melosas de romantismo excessivo.
- Ei vocês dois aí atrás, parem com essa melosidade! Conhecem algo chamado beijo? Isso talvez sirva. - Ele olha novamente pelo retrovisor e teve uma enorme vontade de cair na risada com a cara de Luka e do outro garoto ao seu lado.
- Pa-pai co-mo...? - Nathalie mudou a expressão e perguntou ficando de boca aberta.
- Ah filha, tá meio que na cara né. Já perdi a conta de quantas vezes seu amigo perguntou se o Luka tá bem. - Luka ficou branco, Marcus estava passando mal de tanto que segurava o riso. -O jeito que o seu amigo olha pro Luka e vice-versa.
Nathalie e o outro garoto que Luka chamou de Guilherme riam em silêncio ao ver a expressão de pavor na cara de Luka.
- Não se preocupe Luka, não vou falar pra sua mãe. - Luka pareceu se aliviar um pouco. - Acho que nem vai precisar.
- O que disse? - Luka pareceu confuso e olhou pra baixo.
- Você sabe sua sua mãe não é burra - Eu sei bem disso, pensou Marcus lembrando do seu passado. - vocês com certeza deixaram escapar algo, é só ela ligar os fatos. - Ela faz isso muito bem, pensou.
Luka pareceu que iria desmaiar ali mesmo no carro. O garoto ao seu lado também fez uma cara de quem tinha acabado de levar uma paulada na cabeça.
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- Luka mostre pra ela. - Marcus estava perdendo completamente a paciência com a mulher da recepção do hospital. Ele já estava com vontade de quebrar todo o hospital e sair arrastando a mulher até achar o médico que não queria atender Luka.
- Esta doendo? - Vou enfiar uma faca nas suas costas pra você ver se dói vagabunda! , Marcus pensou sem paciência e olhou pro Lucas como se implorasse pra ele dizer que sim antes que ele transformasse a mulher em poeira de tanto bater nela com o teclado do computador.
- Está, tá doendo pra cacete! - Luka faz uma cara de dor bem convincente.
- Está esperando o que? Ele ser esfaqueado outra vez pro médico decidir atende-lo?! - Marcus tentava controlar o tom da voz.
a mulher se assustou com o quase grito do Marcus e pegou o telefone e chamou o médico dizendo que era urgente.
Depois de alguns minutos o médico aparece e Luka vai com ele.
Quando Luka entrou na sala do médico, a primeira coisa que Marcus iria fazer era ligar pra Sílvia. Ele precisava conta-la os acontecidos e também avisa-la do que estará por vir.
- Nathalie sente-se um pouco porque Luka com certeza vai demorar. Eu vou ligar pra Sílvia e contar direito o que aconteceu.
- Tá, vou me sentar ali, se precisar de algo me chame.
Marcus se afastou o suficiente pra que sua filha não escutasse uma palavra do que ele iria falar no celular. Ele foi pra um corredor e olhou em volta, não havia ninguém por perto
- Oi Marcus, me fala, o que aconteceu! - Silvia atende o celular e parecia estar muito nervosa.
- Luka, Nathalie e os outros dois estão bem. - Marcus disse e Sílvia suspirou.
- Ah, que bom!!
- Eu não diria isso.
- Por que Marcus?
- Acho que está acontecendo o que menos queríamos.
- Como assim? - Sílvia mudou o tom da voz, ficou mais nervosa do que estava antes.
- Espera, já ligo de volta, estou com o meu celular pessoal. - ele desligou, pôs o celular no bolso direito da calça, e do bolso esquerdo retirou outro celular e ligou novamente pra Sílvia. - Pronto.
- Agora abre o bico! - Sílvia atende novamente.
- Luka levou uma facada nas costas. - rapidamente Marcus afastou o celular do ouvido e o pôs no chão, ele pode escutar o grito de Sílvia de longe.
- O QUÊ!!!!!!!
Ele se afastou uns dois metros do celular, Como esperava, o celular explodiu e seus pedaços voaram para todos os lados. Os cacos do celular eram menores que uma bolinha de gude.
Ele olhou em volta e suspirou aliviado quando não viu ninguém por perto que poderia ter visto aquilo.
Ele pegou outro celular do bolso direito de trás da calça jeans e ligou novamente pra Sílvia.
- Calma Sílvia. - ele se apressou em dizer.
- Como quer que eu me acalme se acabou de dizer que meu filho acaba de ser esfaqueado!!! - ela disse gritando.
- Não deveria se preocupar com isso Sílvia.
- Mas como não me pre...
- Está acontecendo Sílvia! - Marcus a interrompeu. - O que não queríamos que acontecesse está acontecendo.
Marcus escuta a respiração de Sílvia mudar e novamente põe o celular no chão e se afasta a tempo de o celular quase explodir em sua mão.
Ele pega outro celular do bolso esquerdo de trás da calça e liga pela terceira vez pra Sílvia.
- Quer parar de explodir meus celulares!!! Eu só tenho esse aqui, e o outro é o meu celular pessoal, então se acalme e pare de destruir todos eles!!
- Ok, mas o que te faz pensar nisso? - ela parecia mais calma, estava se esforçando pra não ficar nervosa de novo.
- Luka disse que não sentia dor no corte profundo que a faca fez, não sangrou muito como deveria sangrar, eu passei a mão e apertei em cima do corte e ele ainda dizia não sentir dor.
- Mas isso é impossível...
- Calma que anda não terminei.- Marcus a interrompeu. - Nathalie socou uma viatura e adivinha, o carro foi destruído, ainda está com a marca da mão dela na porta do carro. Perguntei se ela sentia dor no punho, ela disse que não sentiu nada e não tinha nenhum hematoma em sua mão.
- Mas eles são muito novos, é impossível nessa idade!
- E é com isso que estou preocupado. Eles são muito novos pra ter controle de tudo.
Marcus percebeu que Sílvia estava muito nervosa, e provavelmente com medo do que ele falou.
- Estou indo aí agora, me dá o nome do hospital!
Marcus falou o nome do hospital e ela desligou em seguida.
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- Jane, vou ao hospital encontram Marcus. Toma conta do Cássio pra mim. - Sílvia diz entrando apressada na cozinha.
- Meu Deus, o que aconteceu?
- Luka levou uma facada nas costas. - Jane põe as mãos na boca e faz uma cara de pavor.
- Ai Meu Deus!!!
- Calma, isso é o de menos! Acho que está acontecendo Jane.
- Como assim está acontecendo?
Sílvia contou o que Marcus disse e Jane ficou paralisada com a boca meio aberta.
- Mas não pode ser, eles não tem idade o sufi...
- Eu sei Jane! É isso que me preocupa, eles ainda são pequenos, não vão conseguir controlar!!! - Sílvia estava ficando nervosa novamente.
- Calma Sílvia...
- Eu preciso do chá, está pronto?
- Sim, mas está muito quente.
- Ótimo! - Sílvia se levanta e pega uma xícara e vai até o fogão. Ela põe o chá na xícara, a fumaça saia por ela, realmente o chá estava muito quente.
Sílvia põe a xícara nos lábios e bebe o chá não se importando com a temperatura.
- Sabia que você me deixa nervosa fazendo isso?
- Pois fique nervosa com outra coisa Jane.
- A chave do carro esta perto da televisão. - Jane diz pegando a xícara da mão de Sílvia.
- Que disse que eu vou de carro?
- Vai de quê então? - Jane fez uma careta e Sílvia ri.
- Correndo ué!
- Ah Não Sílvia! Nem pense nisso, Marcus vai te matar.
- Ele não manda em mim. Tchau.
- Tchau, tome cuidado.
- Pode deixar——————————————————————————————————————
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Oiiiiiii Genteeee!!!! (°u°)
Voltei, mas só por hoje.
Acabei de escrever esse capítulo e estou pondo aqui pra vocês!!! Meu PC Foi consertado faz três dias, e acabei de terminar essa parte. <3<3<3<3<3
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Pra quem quiser ler o capítulo 10 completo com todas as partes, eu irei postar no Wattpad dia 28/06, Porque só escrevi isso e vou terminar de escrever, Ainda estou sem celular então fica mais complicado, o PC cansa meus dedos rsrsrsrs.
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° bell ° , Roliv e Rapha_Twd ♥ e outros leitores, Fico feliz que gostaram... e podem me xingar pelo tempo que fiquei fora, eu deixo rsrsrs... Sobre a mãe, o pai de Luka e Marcus vocês ficarão sabendo de pouquinho em pouquinho ao longo dos Próximos capítulos, segurem a curiosidade aí!!!!! bjossssss ( ˘ ³˘)❤
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Se gostaram desse capítulo, deem uma votadinha aí e comentem o que acharam, isso me deixa mais feliz e me inspira a Continuar a escrever os capítulos... Bjinhosssss