Eu e... Meu irmão? Parte 9

Um conto erótico de Danny-13
Categoria: Homossexual
Contém 1261 palavras
Data: 20/07/2015 22:02:14

- Pelo amor de Deus, que gostosos! - falou Lisa quando veio buscar eu e Carlos no motel de estrada na segunda de manhã. Os garotos universitários estavam andando para seus carros, guardando os barris de bebida, bagagens e claro, a maioria sem camisa.

- Você não tem namorado? Falei entrando no carro.

- E você não tinha vergonha? Como veio parar aqui afinal?

- Longa história. Respondi.

- Ótimo, longa estrada. Pode começar a contar.

Ao meu lado, um Carlos sóbrio e feliz pegou minha mão e apertou. Sorri de volta, estranhando o aquilo significava. As memórias da noite passada vinham e sumiam como flashes. O que será que tinha acontecido? Sempre que bebo faço besteira. É minha marca registrada.

Comecei a despejar toda a história de meu pai com os dois. Aquilo era doloroso, porém, era melhor compartilhar do que fingir que estava tudo bem. Quase dei o vacilo de comentar que Christopher era o garoto da boate daquela noite, mas esse detalhe eu teria que contar em Off para ela. Nem imagino o que Carlos pensaria se soubesse...

****

Christopher

****

- Aonde será que ele está? Devo chamar a polícia? Perguntou a mãe de Gabriel enquanto andava de um lado para o outro na cozinha de sua casa.

Ontem, depois que sai da casa do meu pai eu parei em quase todos os hotéis e motéis da estrada para ver se o encontrava, mas não tive sorte. Talvez ele tivesse apenas vindo pra casa, eu pensei, e então eu vim.

- O que exatamente aconteceu lá? Perguntou ela soando aflita.

- Parece que ele e meu pai brigaram, ou coisa assim, e ele ficou chateado e fugiu.

- Ele não está aceitando muito bem essa história. Pelo menos sei que meu filho pode se virar.

Algo martelava na minha cabeça. A mãe de Gabriel também achava que ele não estava se esforçando para se acertar com meu pai, mas isso não era toda a verdade, meu pai não estava colaborando muito. Não fez nem um telefonema para saber se ele já havia aparecido ou estava bem. A mágoa de Gabriel tinha fundamento afinal.

- Na verdade, acho que Gabriel está certo. Eu falei sem pensar.

- Como assim? Em fugir? Perguntou a mulher abraçada ao telefone.

- Não, digo, quanto ao meu pai. Ele é ótimo e eu o amo, mas com Gabriel... A história é diferente. Ele nem se importou quando eu disse que o filho dele tinha sumido e nem ao menos telefonou depois pra saber.

A mãe de Gabriel se sentou pensativa na bancada ao meu lado.

- Não entendo. Seu pai me procurou, disse que queria ter o Gabriel na vida dele novamente e eu pensei que estava sendo ótimo...

A porta da frente se abriu e nós dois pulamos. Corri para a sala de estar, e vi Gabriel jogando a mochila no chão e seu amiguinho músculoso atrás dele. Fui até ele com passos largos e passeis meus braços em volta dele com toda força. Oh, não queria soltá-lo nunca mais.

- O que está acontecendo? Alguém morreu? - perguntou ele com a voz sufocada. Eu tive que rir. Esse garoto não existe. Carlos me encarava de cara feia, mas eu ignorei. Que se dane seu mané!

Finalmente soltei meu pequeno e ele respirou fundo. Meus olhos estavam marejados e eu não conseguia parar de rir. Estava feliz demais por ele estar bem. Parece que eu me importo mesmo com ele.

- Você quer me matar? Eu estava louca de preocupação! Falou a mãe dele passando por mim e tomando o em seus braços.

- Posso explicar. Disse ele.

- E vai mesmo, agora vá tomar um banho enquanto eu faço café.

E ele se encolheu e subiu as escadas. Carlos como um bom e estupido cão fiel subiu logo atrás dele.

- Não acha que é hora de ir para casa? Falei para as costas dele.

Ele se virou sorrindo.

- Você não ouviu a mamãe? Hora de tomar banho.

Eu juro que a raiva que senti parecia uma chama acesa dentro do meu peito, queimando tudo rapidamente. Queria subir lá e socar a cara dele... E depois entrar no chuveiro com Gabriel, claro.

*****

Gabriel

*****

Já passava das oito da noite quando um filme insuportável de guerra terminou. Havia perdido no par ou impar com o Carlos e ele escolheu o filme. Agora? O lindo estava dormindo ao meu lado enquanto eu esperava loucamente para o último soldado com as duas pernas morrer. Ele não morreu, se querem saber.

Christopher podia ter ficado e feito companhia, mas por alguma razão ele saiu sem dizer tchal.

A campainha tocou e me virei pra o escritório de minha mãe. A luz estava acessa, mas eu sabia que ela não ia se mexer pra abri a porta. Tal mãe, tal filho. Me arrastei até a porta e suspirei quando abri.

Lucas estava parado bem ali, tentando sorrir. Seu rosto anguloso e bonito estava corado novamente, estava usando uma camisa preta e uma bermuda xadrez e chinelos. Tão simples, tão gato...

- O que está fazendo aqui? Perguntei, já me sentindo horrível por estar usando meu velho blusão de dormir e um short velho que usava na época que tentei gostar de futebol. Quase gostei... Até dar de cara com a trave.

Ele sorriu, e recuou.

- Não me quer aqui?

- Boa, agora responde a pergunta. Falei cruzando os braços.

- To precisando conversar. Foi só o que ele disse.

- Perai.

Corri até a cozinha, peguei duas latas de Coca-Cola e nos sentamos no degrau da frente. Antes de tudo, quando Lucas e eu éramos apenas amigos, e ele tinha tipo um milhão de namoradas, fazíamos isso quase toda noite.

- Meu pai tá me tirando do sério. Falou ele.

- Porque?

Lucas quase riu.

- Depois que a gente... Enfim, ele quer arrumar uma namorada pra mim. Acha que pode me "concertar" agora que você saiu da minha vida.

- E eu sai? Perguntei abrindo a lata. Eu sabia que aquela não era uma pergunta justa, mas eu tinha que saber. Eu ainda gostava muito dele, doía ouvir que eu não fazia mais parte de sua vida. Por mais que eu merecesse...

Lucas ficou olhando o vazio por um tempo.

- Você me magoou muito Gabriel.

- Eu sei, é só que... Não sei o que fazer. Não posso curar essa dor assim do nada.

- Você me amava? Lucas perguntou me encarando.

Pensei bem no que poderia dizer. Eu já havia feito coisas demais com aquele menino, ele não merecia nem um pouco. Na verdade, eu que merecia.

- Sim, te amei. Mas, não sei, acho que passou.

- Porque não terminou comigo? Precisava mesmo transar com um estranho pra isso?

- Eu acho que fiz isso pra ter um motivo para terminamos.

- Como assim?

- Lucas acorda, você é perfeito. Fez tudo por mim, enfrentou sua família por mim e tudo mais. Eu não tinha porque terminar com você, só não estava feliz.

Ele riu realmente pela primeira vez naquela noite e meu coração deu uma cambalhota. Talvez, só talvez, eu ainda o amasse.

- Acha mesmo isso de mim? Ele perguntou.

- Se contar por aí eu nego - falei tomando mais refrigerante. - Não tenho conselhos sobre o seu pai, só que você sabe como ser feliz, só precisa ser esse cara que você é.

- Você tá mal ne? Perguntou ele se aproximando e passando o braço forte em volta de meus ombros.

- Não, To feliz que ainda podemos ter essas conversas.

Eu ajeitei minha cabeça no seu ombro. Caramba, eu era um lixo de pessoa. Como eu não havia notado isso antes? Sou egoísta, impaciente, irresponsável e... Acho que eu também não iria me querer como filho... Ou namorado, afinal.

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Comentários

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Curti muito a atitude do Biel de sair fora desse pai q ñ vale uma colher de chá de caviar sequer. To achando mega fofo o Carlos togo carinhoso com o Biel e investindo pesado nele. Acho interessante as crises de ciumes do Chris tbm. Quanto ao Lucas eu acho q ele ainda vai ser muito amigo do Biel mais acho bem dificil de os dois voltarem a ter um relacionamento, pois sempre terá o peso da traição assombrando eles. Ansioso por muito mais, continua logo Danny.

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Excelente! Vai desenvolvendo a história. E, saiba que discordo totalmente da Bella/Alex

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elioph claro que levo numa boa rsrsrs... Aqui é justamente para darmos opiniões sobre os contos que lemos, depois do meu acidente estou lendo muito por aqui e quando li este conto resolvi desabafar sobre o que estava sentindo, pois fiquei agoniado quanto mais o conto andava pois não via uma escolha partindo do protagonista e também acho feia a forma dele brincar com os garotos, e como aqui é um espaço para isso resolvi comentar. Entendo você, cada um tem sua visão do conto, a minha foi a que comentei, realmente acho que ele está perdido e não sabe com quem coloca o protagonista. Obrigado pelos elogios dados a mim e a Bellinha no seu commen't, espero que continue nos acompanhando e gostando das nossas histórias. Beijos.

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Nossa momentos turbulentos... Continua gabriel...

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βεℓℓα & Alex, no caso Alex, não concordo com você em relação ao protagonista e em relação ao enredo, acho que o Gabriel é um personagem extremamente real e palpável, cheio de confusão interna, e de sentimentos não definidos, bem fora dos padrões que são construídos a maioria dos personagens daqui da CDC, ele é humano, erra como qualquer um . Ele traiu o Lucas, sim. Foi errado? Foi. Mas isso faz dele a pior pessoa do mundo? Não. Vejo tanta gente falando que ele não sabe se decidir com quem quer ficar, imagino que essas pessoas devam ser incrivelmente bem resolvidas e se conheçam muito, pq eu definitivamente tenho muitas dúvidas na minha vida, as vezes não consigo nem decidir com que blusa eu vou ao trabalho, imagina escolher entre 3 pessoas (pra mim 2, pq acho o Lucas carta fora do baralho), poderia até chamar o Gabriel de um anti-herói, cheio de conflitos internos e de incertezas, isso faz de um personagem algo mais palpável ao meu ver. Quanto ao enredo, acredito que sejam formas diferentes de escrever, a sua e a do Danny-13, e pra VC não agrada, talvez por não ter acontecimentos grandiosos ou reveladores, mas essas coisas não acontecem com todo mundo. Adoro seus contos Alex, assim como os da Bella, são sempre cheios de energia, mas também gosto da forma de escrita do Danny-13, enfim, acho que no final é mais questão de gosto mesmo. Alex espero que leve esse comentário na boa, afinal sou seu fã e da Bella tbm. Hehe. E Danny-13, aguardo o próximo capítulo! :D PS: estou postando pela segunda vez, mas na primeira só foi o nome Bella e eu tive que escrever de novo! Ahahha. Espero que dê certo dessa vez.

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Concordo com todo mundo que comentou, principalmente βεℓℓα & Alex.

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GatoJr, é sério isso ? Me fala que é ironia ou zoeira, pooor favor. "Se ele realmente o amasse, perdoaria a traição". Cara, na boa, esse seu comentário tem que ser ironia, porque não dá pra acreditar que uma pessoa realmente pense isso. Tem certeza que o Lucas que não é um bom namorado ? Agora eu que digo: se o Gabriel realmente amasse o Lucas, ele não teria o traído. E eu concordo com o Alex. O protagonista não sabe o que quer, não se decide com quem fica...

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Fala sério, desculpa mas já chega, vou parar de acompanhar seu conto, ele não anda, o protagonista não sabe o que quer, fica enrolando, não fica nem com um e nem com outro e ao mesmo tempo fica com os três... Na verdade acho que até o próprio escritor está perdido, sem saber o que fazer. Desculpa, mas é o que aparenta. Você escreve bem cara, o problema é a história, o protagonista não me cativa e a história não anda, ele não escolhe, não há casal protagonista para a história do conto finalmente começar, simplesmente não tem história, nem casal, ele na verdade não ama ninguém, mas o que parece meeesmo é que você está perdidinho, aqui há pessoas que querem ele com Carlos, outros com Lucas e outros com Chris e você não sabe o que fazer. Desculpa, mas é o que parece, esta é minha opinião. É isso, boa sorte aí com o conto, parei por aqui. Beijos. Ah e aqui é o Alex, falando para os leitores que nos conhece dos nossos contos, não é Bellinha, para depois não ficarem bombardeando ela por esta opinião tão direta, não é ela aqui tá gente? Na verdade acho que após o acidente fiquei um pouco impaciente rsrsrs... 10 pela escrita como sempre. Beijos 😊

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Meu Deus... esse Gabriel ta aparecendo eu... kkkkkkkkkkk não decide logo o que quer... mas definitivamente, o Lucas não é um bom namorado pra ele, se ele realmente o amasse, perdoaria a traição, e não sairia dando aquele chilique que ele deu... enfim, ainda não sei o que vai acontecer com o Carlos e com o Christopher, então, basta esperar a proxima parte!!! posta logo, não vejo a hora!!!

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