Galera, antes de tudo quero agradecer a todos que comentarem. Vocês não sabem o quanto fico feliz quando vejo um monte de comentários positivos sobre a minha história. Muita gente tem pedido para que eu continue escrevendo, mas eu realmente Previ essa história para apenas 5 capítulos. Mesmo assim, como gosto muito de fazer vocês felizes eu pergunto a vocês, o que preferem, que eu reescreva a história com muitos detalhes que eu omiti dessa história mais curta, com mais capítulos, visão de Carlos, enfim... Ou se preferem que eu continue escrevendo a partir da onde este capítulo terminar. O que tiver mais preferências eu farei. Agora vamos lá :)
Cap.5 (FINAL)
Voltei para casa atordoado. Confuso. Com medo... Ele havia me beijado... Eu estava muito confuso porquê sabia que tinha gostado... Mas ao mesmo tempo me preocupava com minha fobia. E se ela impedisse eu de manifestar o que sinto... Será se ela pode diminuir com ele por perto, assim como diminuiu quando ele esteve na minha casa ou quando dormiu nas minhas pernas ? Sorria comigo mesmo, descobrindo novos sentimentos... Eu não podia evitar. Ele era muito legal. Eu realmente não olhava muito para o fato dele ser homem, e sim pela personalidade fofa e respeitosa que ele tem. Quem aceita no mundo em que vivemos ficar sem tocar a pessoa amada ? . Isso é quase heroísmo ! Ele merecia e muito a atenção que eu dava para ele... Merecia que eu tentasse, pela primeira vez na vida ficar com alguém... Mesmo inexperiente... Mesmo sem nem saber beijar... Precisávamos disso !
TEMPO DEPOIS
Durante dois dias ele não veio para aula. Mesmo com ele longe, ninguém mexeu comigo. Eu estava mexido. Queria ve-lo, estava sentindo falta dele. Cada vez mais se confirmava dentro de mim a minha primeira paixão por alguém. Tinha seu número, mas esse sempre dava desligado. Não sabia o seu endereço. O que restava era esperar que ele voltasse. Depois de mais um dia sem ve-lo, sai da escola rapidamente e me encaminhei para casa. Durante o caminho, ficava o tempo todo lembrando das suas peripécias na rua, me fazendo rir, tentando me tirar do clima triste que eu estava metido. Ainda confuso, as vezes olhava para o céu. Tava parecendo um bobão atordoado com saudade do amigo desaparecido. Virei mais uma esquina. O outono já começava a se manifestar, com a enorme quantidade de folhas nas ruas. Caminhava no meu ritmo, sentindo a brisa no rosto, quando de repente alguém me puxa. Quando vejo quem é, me desespero.
- Olha só, Achei que não viria hoje Júnior ! - esse garoto era um dos que mais me torturavam dentro do colégio.
- Me solta Gilberto !
- Calma aí... Vim te mostrar uma coisa legal hoje ! - quando ele me empurra para a parede, começo a me desesperar. Todo aquele sentimento ruim voltou, minha respiração fica ofegante, parece que meu coração para. Flashs daquele acontecimento vem a minha cabeça. Achei que seria estuprado de novo - porquê você se acha tanto ein ? - Fechei os olhos. Não sabia o que iria acontecer, mas comecei a chorar, de medo - o gato comeu sua língua ? Porquê não fala nada ? - Achei que não haveria saída dali... Até que de uma hora para outra ouço um barulho de pancada. Ele me solta e enfim me sinto confortável para abrir os olhos. Era ele. Carlos havia me salvado.
- Nunca mais encoste um dedo nele ! Ou te mato ! - falou, pegando na minha mão. Gilberto ficou caído no chão, com a mão na cabeça. Carlos havia acertado uma pedra nele. Ainda atordoado, ele se levantou.
- Já entendi tudo ! - falou, sorrindo cinicamente.
- Nunca mais ! - Carlos falou novamente. Quando Gilberto saiu andando, ele me olhou pela primeira vez depois de dias. A minha primeira reação foi abraca-lo. O mais forte que podia. O meu coração estava ultra acelerado, Achei que sofreria aquilo novamente.
- Carlos... - lágrimas rolaram os seus olhos.
- Ele fez alguma coisa com você ? Fala !
- Não... Não fez nada... Só me assustou.
- Aí Deus, o que teria acontecido se eu não tivesse resolvido vir até a sua casa para conversar. Nunca mais te deixo sozinho, nunca ! - falou, beijando meu rosto e me abraçando ainda mais forte.
TEMPO DEPOIS
Mais uma vez ele me acompanhou até minha casa. Pela primeira vez entrou no meu quarto e viu meus segredos.
- Sua casa é muito linda, sabia ? - falou, saindo do banheiro.
- Você já tinha dito isso uma vez, lembra ? - perguntei, fazendo ele sorrir.
- É verdade... - tomava uma xícara de Nescau quente, buscando esquecer aquele acontecimento repentino. Abraçei minhas pernas e fiquei olhando para o nada- porquê você estava andando por ali ?
- Como disse, estava vindo aqui, atrás de você, pra conversar...
- Porquê você faltou esses dias ? - fiquei olhando para o seu corpo, de costas para mim.
- Estava com vergonha do que fiz.
- Mas...
- Eu não devia ter te beijado. Não daquele jeito. Prometi para mim mesmo que não faria nada contra a sua vontade, e mesmo assim fiz. Tenho certeza que você ficou mais com medo do que gostou do beijo que eu te dei. Tenho que botar na minha cabeça que... - o único jeito de o calar foi dando um abraço bem forte nele. Sai da minha cama, e pela primeira vez na vida, sem medo, sem fobia, sem nada, consegui abrir o meu coração para alguém e dar um abraço sincero, carinhoso e perfeito. Senti quando ele acariciou o meu braço.
- Não diga besteiras... Eu gostei do beijo - recostei minha cabeça em sua costa. Ele ficou em silêncio por alguns segundos, talvez digerindo a informação.
- Gostou ?
- Gostei... Foi a primeira vez que alguém me beijou... Eu gostei muito que tenha sido você.
- Mas... E sua fobia Júnior ? Eu não quero ser o motivo de mais medo para você - falou, se soltando de mim, virando, e me olhando nos olhos.
- Eu não sei explicar... Acho que ela some quando você está por perto - falei, corado - quando você está por perto, me da vontade de sorrir, adentra o meu corpo uma paz incomparável, alguns sentimentos estranhos. Não quero que você fique longe de mim. Gosto de abraçar você... Acho que gosto de você !- vocês deviam ver o enorme sorriso que brotou no rosto dele - teria Calma com um garoto que mal beijar sabe ? - ele sorrisou.
- Estou a quase 1 ano esperando ouvir você falar que gosta de mim. 1 ano que imagino diversas coisas que até um tempo atrás não podia fazer com você. 1 ano que ficava apenas te observando, de longe. 1 ano que me escondia de você, que era apaixonado de longe. 1 ano que vejo você e não posso tocar. Você acha mesmo que eu não teria paciência depois de 1 ano esperando ? - sorrimos juntos. Mais uma vez nos abraçamos. Fiquei pensando em algumas coisas, e pela primeira vez notei ele realmente. Me lembrei. Já havia o visto. Já havia o reparado. Já havia virado o rosto quando ele passava, algumas vezes fazendo nossos olhares cruzarem um com o outro. Já havia notado aquele olhar direcionado a mim, algumas vezes na biblioteca. Mas minha fobia não deixava pensar muito nele. Agora eu pensava. Agora meu coração estava aberto. Agora não existia mais fobia. Agora eu o queria - te amo, Júnior - sorri. Nos separamos... Olhamos um nos olhos do outro. Por um momento o mundo parou. E voltou a girar, quando nossas bocas se encontraram, no momento mais mágico da minha vida até ali.
TEMPO DEPOIS
E depois de alguns amassos e nossa total aceitação dos sentimentos um do outro, ele foi embora. Antes de sair, me deu um beijo, e me entregou um papel.
- Tchau Júnior. Te amo...
- Tchau Carlos... - fiquei o observando partir. Quando ele sumiu por entre o por do sol, Fechei a porta. Só então abri o papel que na minha mão estava.
" Sem você, eu até seguiria a vida. Mas sem a graça de vive-la !" Direitos a Autora que escreveu
FIM (OU NÃO)
Gostaram ?? Dêem aí a opinião de vocês. Obrigado novamente, acho que essa foi a história mais gostosa que eu já escrevi. A história que me deu prazer, que me sorrir, mesmo escrevendo. As vezes nem eu acredito que escrevo as histórias. Tô pensando em escrever apenas histórias mais curtas agora, parece que elas fazem mais a minha praia. As minhas histórias mais elogiadas são as curtas... Obrigado por tudo gente. Beijos
