*Narração do Nathan.
Eu discuti muito com o meu pai, mas como sempre ele deu a ultima palavra. Minha mãe não estava em casa, então eu não tinha minha fiel “advogada” kk’s.
Eu marquei com o Guilherme de ir lá em casa pra podermos conversar sobre minha futura decisão. Como ele estava demorando pra chegar lá em casa, eu mandei uma mensagem pra ele.
*Esta aonde?
*Gatinho, eu tô aqui no bar do *** com os meus amigos! – E me mandou um áudio com os amigos dele dizendo “Oi” pra mim, eu pude reconhecer a voz de todos.
*Hmm, você esta no bar com seus amigos né? Que bom... – Digitei eu, pode não parecer, mas eu estava PUTO! Ele disse que ia lá em casa e agora ele me liga e fala isso, não que eu também não tivesse outras coisas pra fazer.
*Você ficou bravo amor?
*Ñ. – Digitei eu.
*Tem certeza que não esta bravo?
*Tenho.
*Você parece bravo... Esta tudo tranquilo mesmo? – Digitou ele.
*Tranquilo.
*Então tá bom. – Digitou ele.
*Eu só acho engraçado que... – Digitei eu, isso desencadeou uma discussão longa que terminou comigo dizendo que tinha mais o que fazer e mandando ele aproveitar com os amigos dele. Desliguei a “internet” no meu telefone, não demorou muito e ele me ligou, mas eu não atendi.
-Ele quer ficar com os amiguinhos dele né? Tranquilo! – Disse eu.
Eu até poderia arrumar um amigo e sair, mas isso seria muita infantilidade da minha parte. Eu estava na cozinha comendo tangerinas, na verdade eu e meu cachorro estávamos comendo tangerinas.
Quando eu como tangerinas aqui em casa, é quase uma briga, porque meu cachorro AMA tangerina, e sempre que ele sente o cheiro quando eu estou descascando, ele aparece do nada! Até arranha a porta pra entrar e se eu não abrir ele fica chorando. Por isso eu tenho que descascar três tangerinas, uma pra mim e duas pra ele, afinal, meu bebê é enorme e se eu der só uma, ele pula em mim pra pegar a que eu estou comendo. Vai entender... Um cachorro que é viciado em tangerina! Kk’s
Estava lavando a louça quando ouço a moto do Guilherme estacionando na garagem lá de casa e o cachorro começou a fazer um estardalhaço. Ele entrou com um buquê de rosas na mão e um sorriso lindo no rosto.
-Oi amor... – Disse ele me olhando, eu virei o rosto e fiquei como estava. – Vai ficar me ignorando meu gatinho? – Ele me abraçou por trás e beijou meu pescoço e deu um cheiro que me fez arrepiar. – Desculpe não ter avisado que estava com os meus amigos, mas eu estava me divertindo tanto que esqueci!
-Eu devia te esculachar, mas esta tudo bem, você também tem que se divertir com seus amigos. Mas avise que esta lá e que não vai vir, porque eu cancelei planos pra ficar contigo também, não se esqueça que também tenho amigos e gosto de estar com eles ok? – Disse eu me virando e dando um selinho nele.
-Você tem toda a razão, foi desatenção minha. Eles queriam que você fosse pra lá, pra ficar com a gente! Eles te adoram sabia?
-Sabia kk’s – Disse eu. -O que é isso? – Perguntei eu secando minhas mãos no pano de prato.
-Um buquê de flores, o que parece? – Disse ele com um sorriso lindo.
-E pra quem é? – Perguntei eu com os olhos brilhando.
-Pra você ué, pra quem mais seria?
-Pra mim, amor? Que lindo! – Disse eu pegando o buquê e dando um beijo nele, mas não foi qualquer beijo, um baita de um beijo de língua, com direito a mordidinha e chupada nos lábios; Tenho que manter a “chama” acesa né? Kk’s. – Obrigado, que coisa linda!
-Obrigado eu kk’s – Disse ele lambendo os lábios.
-Eu vou colocar elas num jarro! – Disse eu.
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Guilherme e eu estávamos deitados na minha cama conversando sobre varias amenidades e tentando arrumar um argumento pra convencer meu pai, mesmo ele sendo um tirano, eu o amo e não quero sair de casa com ele chateado comigo e me “renegando” como filho dele, dizendo pra não voltar pra casa e todas as chantagens emocionais que ele faz.
-Me chama de Jay-Z , vai... Kkk’s – Disse ele me fazendo cócegas.
-Para de gracinha kk’s – Disse eu, ele deitou a cabeça em meu peito e eu apoiei meu queixo em sua cabeça e fique fazendo cafuné nele.
-O que a gente vai fazer agora?
-Eu não sei, desculpa amor, você não tem necessidade de ficar aqui e ver o quanto o seu namorado e a minha família são complicados! – Disse eu.
-Meu NOIVO! E NOSSA família, eu vou lutar por você, não vou deixar você pra trás, eu quero você ao meu lado! Já sei, eu vou lá conversar com seu pai! – Disse ele se levantando do meu peito e me encarando. – Eu vou lá falar com ele de homem pra homem, tenho certeza que ele vai me escutar!
-Não faça isso! Você não conhece o meu pai? Ele NUNCA vai te escutar e o pior, vai brigar com você, você vai revidar, vocês vão discutir e eu não quero mais brigas nessa casa. Eu tenho que me impor Guilherme, chega do meu pai mandar em mim e na minha vida! Sou um homem e tenho que viver a minha vida! – Disse eu com toda a determinação do mundo, chegou a gora de tomar as rédeas do meu destino.
-Esse é o meu garoto! – Disse ele. -Tinha que ter um programa chamado “Casos de família: Versão zona sul”, tua família ia aparecer toda a semana kkk’s
-Pior que é verdade kk’s E minha mãe ia ser aquela que fala o tempo todo, meu pai ia ser aquele que discute com a plateia porque mesmo estando errado acha que tem razão e eu ia ser o fino que não discute com ninguém! – Disse eu.
-Tu é fino? Aonde? Fino igual meu pau kkk’s Tu ia ser aquele barraqueiro bem favelado que ia discutir até com a apresentadora!
-Ainda bem que você sabe que seu pau é fino mesmo! – Disse eu só pra provocar!
-Fino, mas você fico louquinho em cima dele né? Consigo dar conta do recado kk’s – Disse ele me abraçando e dando um beijo na ponta do meu nariz.
-Consegue mesmo, eu estou brincando amor. Seu pau é perfeito pra mim, eu acho ele delicioso! – Disse eu.
-Own, que fofo. – Disse ele. – O seu também é uma delicia, é perfeito de tão lindo! Seu pau moreninho kk’s
-Kkk’s Olha os nossos papos cara, a gente falando do pau um do outro! Kk’s Que idiotice! – Disse eu rindo, nós dois comelamos a rir como dois idiotas. -E para de me chamar de “favelado”, cala tua boca senão o próximo que eu jogo na “roda” é você! Chego pro meu pai e digo que você esta me obrigando a ir morar contigo kkk’s
-Amor, você teria coragem de fazer isso comigo? – Perguntou ele
-Teria!
-Eu sei que você esta blefando! – Disse ele sorrindo debochadamente pra mim. – Meu mauricinho marrento! – Ele deu um selinho em mim.
Eu o deixei no quarto e fui falar com meu pai. Cheguei em seu escritório e lá estava ele.
-Podemos conversar? – Perguntei eu.
-Se for sobre você sair de casa, não. Tenho mais o que fazer filho! – Disse ele sem tirar os olhos do seu notebook.
-Não tem não! – Disse eu fechando seu notebook, ele me olhou com os olhos arregalados, como se estivesse surpreso com a minha atitude, o que eu acho estranho, já que ele conhece minha personalidade forte. – Vamos conversar AGORA!
-Pois bem, fale... – Disse ele se recostando no encosto da sua poltrona de couro.
-Eu te amo, muito. Você é e sempre vai ser o meu herói, meu ídolo e o homem da minha vida. Mas eu tenho que viver a minha vida e se pra isso eu tenha que partir meu coração e deixar essa casa, eu vou fazer.
-Esta determinado a ir contra o seu próprio pai? Por causa de um namorico? – perguntou ele tirando seus óculos de leitura e me encarando.
-Não, eu estou disposto a ir contra o mundo, pela minha liberdade e pelo livre arbítrio, tenho uma vida e quero vive-lo, tenho idade mais que suficiente pra tomar as rédeas do meu destino. Não quero ter anos e viver nessa casa, mas apesar de tudo, mesmo quando eu não morar mais aqui, tiver uma família, filhos, e for um adulto completo, eu sempre vou saber que meu coração esta nessa casa e eu sempre vou ser o seu garotinho. Sempre... – Disse eu pude ver que seus olhos ficaram marejados.
-Ok, essa é sua decisão? – Perguntou ele.
-Sim.
-Tudo bem então. Você já conhece a minha... – Disse ele, eu me levantei e fui em direção a porta, meu coração estava dolorido por estar tomando essa decisão, mas eu não sou mais uma criança e preciso ter controle sobre a minha vidaNarração do Pai.
Logo depois que Nathan saiu, eu não conseguia mais me concentrar no trabalho, tudo que vinha na minha cabeça eram pensamentos dele quando criança, eu nunca parei pra pensar que um dia ele deixaria o “ninho”, que um dia ele se tornaria um adulto e viveria sua própria vida, isso esta sendo um baque pra mim. Eu tinha um quadro de “colagens” em meu escritório, cheio de fotos antigas, do Nathan quando bebê. Eu fiquei um bom tempo olhando aquele quadro até que a “matriarca” da família entrou e pelo seu olhar, que pude ver quando ela tirou seus óculos escuros, vi que ela já estava a par da situação.
-Você perdeu o juízo? – Perguntou ela colocando sua bolsa de grife em cima da minha mesa. Estava tão linda, perfeitamente maquiada, num vestido “tubinho” preto de mangas longas, salto alto, e seus cabelos volumosos e cacheados estavam brilhando.
-Amor, eu posso explicar...
-Explicar o que? O fato de você querer prender nosso filho em casa ou o fato de dizer que não seria mais pai dele, caso ele fosso morar com o NOIVO dele, você tem noção das coisas ou vive numa realidade paralela? – Disse ela, agora vocês sabem a quem o Nathan puxou. – O NOIVO dele, noivo! Não é nenhum peguete, ou namorico! Eles tem uma coisa séria e depois quase três anos de namoro, você não precisa de provas que eles se dão bem, se amam e se repeitam né?
-Mas eu não consigo pensar nele deixando essa casa, tem noção do quanto é difícil pra mim? – Perguntei.
-Claro que não, afinal, ele só tem pai não é mesmo? A mãe que se FODA! É difícil pra mim também, saber que o bebê que saiu daqui! – Disse ela batendo em sua barriga e depois em sua vagina. – Já cresceu e vai embora, mas me doeria muito mais se o visse triste e sozinho pelos cantos, ele fica reluzente de felicidade perto do Guilherme, eles se amam demais e são maduros o suficiente pra viverem uma vida juntos!
-Eu sei amor... – Disse eu sentindo meu olhos marejarem. – Mas é dói tanto sabe? Ele é meu único filho, meu menino. Ele vai embora, e se ele não aparecer mais? E se ele não quiser mais voltar e nos esquecer aqui? Eu me senti o homem mais sortudo do mundo quando ele nasceu, e as primeiras palavras dele foram “papai”.
-Nem me lembre disso, o rancor ainda não passou... – Disse ela com seu sorriso lindo,o mesmo sorriso daquela garota pela qual me apaixonei a anos e anos atrás. – Você conhece o nosso menino, sabe o quanto ele é ligado conosco, ele não vai nos esquecer aqui e é lógico que ele vai voltar kk’s Se não voltar a gente bota a policia atrás dele! Nós infelizmente não criamos os filhos pra gente, criamos os filhos pro mundo... – Disse ele me abraçando, eu continuava sentado na minha poltrona e ela em pé, eu encostei minha cabeça em seu peito e sentia seus braços em volta de mim.
-Eu sei bem disso, mas a pior parte é saber que não vamos mais acordar com ele pulando em cima de nós e gritando “Bom dia”, ou ver ele dançando no meio da cozinha, vendo os clipes musicais de manhã cedo, na hora do café. – Disse eu deixando um lagrima cair, que rapidamente foi limpada pelos seus dedos
-Essa casa não vai ser a mesma coisa, mas ele vai estar feliz e nós vamos estar felizes por eles. Os meninos se amam, o Guilherme é louco pelo Nathan e vai cuidar muito bem dele e, sejamos sinceros, você conhece nosso menino, se ele não gostar de onde vai morar, ele pega os pertences dele e volta de mala e cuia pra casa! Kk’s Ele é assim... – Disse ela gargalhando.
-Eu sei, se ele não se sentir bem onde estiver, ele vai voltar... Vai doer muito deixar meu filho ir, mas a vida tem que seguir o seu curso né? Será que um dia a saudade passa? – Perguntei eu.
-Acho que não, mas ele vai ligar TODOS os dias e vir almoçar com a gente todo o domingo!
-Tá certíssima amor, agora esta falando como eu! – Disse eu.
-Deixe nosso menino seguir a vida dele, afinal o criamos pra isso não é? Pra ele saber se virar, e criamos um homem maravilhoso! – Disse ela sorrindo
-Criamos mesmo... E eu acho que preciso conversar com ele não é mesmo?
-Sim, você precisa. – Disse ela me dando um beijo delicioso, pegou sua bolsa e já ia saindo. Mas eu dei uma tapa em sua bunda e uma apertada.
-Pelo menos vamos ter mais liberdade nessa casa não é mesmo? – Disse eu a puxando pro meu colo.
-Com certeza... – Disse ela mordendo meu queixo. Começamos a nos beijar ardentemente, eu subi seu vestido e apalpava sua coxas, ela abriu os botões da minha camisa.
-Você é tão gostosa! – Disse eu abrindo o zíper do seu vestido e o deixando deslizar pelo seu corpo, revelando uma lingerie bem sexy, eu a puxei pela cintura e beijei todo o seu corpo. Mesmo depois de tantos anos, ela continuava uma mulher de parar o transito, e tão vaidosa, seu perfume doce que eu adoro exalava da sua pele.
-Tranque a porta... – Sussurrou ela em meu ouvido. Eu corri e tranquei a porta, voltei pros seus braços e pros seus lábios, íamos fazer amor ali mesmo*Narração do Nathan.
Eu estava passando pelo corredor pra ir falar com a minha mãe, quando vejo ela e meu pai saindo do escritório, minha mãe estava toda descabelada kk’s O batom dela estava todo na boca do meu pai, o vestido dela estava no meio da coxa. E meu pai com as roupas todas as amassadas e um sorriso de orelha a orelha. Os dois com cara de criança que aprontou. Eu passei por eles, sem nem olha-los.
-Filho, agora que estou mais calmo e mais relaxado. Quero conversar com você! Desculpa por eu ter sido tão duro com você meu bebê! – Disse ele. Eu olhava pra eles de canto de olho, apavorado pelo o que tinham acabado de fazer!
-Tudo bem...
-Minha “tchutchuca”, ainda consegue me fazer muito feliz! – Disse ele beijando minha mãe. Tchutchuca? Sério?!
-Eca! – Disse eu.
-Eca, por quê? Quando tiver filhos e for completamente adulto, vai deixar de fazer amor com o Guilherme?
-Não preciso saber que vocês fizeram... – Disse eu descendo as escadas.
-Amor! Nós fizemos muito amor! Kkk’s – Disse meu pai, como perceberam desde o primeiro capitulo, meus pais são bem mente aberta e desencanados.
-ECA! Pais não transam! – Disse eu correndo desesperado pra cozinha e deixando eles dois NOJENTOS rindo. Gente, ECA!!
Voltei pro quarto de barriga cheia; Eu sou o maior “come e dorme”, sempre que eu almoço ou janto, me dá logo um soninho, o que me faz me arrastar pra cama e tirar um cochilo bem gosto; Ainda tive a sorte de ter um noivo que é igual mim, o Guilherme também adora dormir e eu adoro dormir com ele kk’s Ele estava dormindo na minha cama só de samba canção e eu tirei minhas roupas ficando só de cueca Box. Eu o abracei por trás e beijei suas costas, enrolei minhas pernas com as dele e peguei no sono assim, abraçado á ele.
Eu acordei depois de pegar no sono e meus pais estavam na porta do quarto nos olhando dormir. Eu fingi estar dormindo, só pra ouvir a conversa deles kk's Quem nunca?
-Eles são tão lindos juntos não acha? – Disse minha mãe.
-Acho, eles lembram a gente quando tínhamos a idade deles, tão apaixonados... E ainda sou! – Disse ele a abraçando pelos ombros.
-Você realmente acha certo separa-los? Já que eles querem ter algo sério e ficarem juntos?
-Realmente, eu pensei nisso e o Nathan já é um adulto e pode viver a sua própria vida. Quando ele acordar vamos conversar sobre isso, eu não quero que ele “mude” daqui completamente, quero que pelo menos um pedacinho do meu filho fique aqui, entende? – Disse ele a encarando.
-Entendo... Vamos tomar um café e esperar nossos meninos acordarem e vamos conversar com os dois! – Disse minha mãe saindo do quarto e puxando meu pai pela mão.
Continua...
Pronto meus amores, aqui esta um novo capitulo, me desculpem pela demora! Eu amo vocês e nem tenho como agradecer a todo o amor e os comentários de vocês.
Deixe sua nota, um comentário e muito obrigado por ter lido o meu conto! XOXO ♥
